Fanfic: Perdonamé. (Vondy) | Tema: RBD - Vondy

Á noite.

Dulce saiu do escritório direto para seu apartamento, estava cansada, tudo o que desejava era um bom banho e cama, também não iria encontrar com Christopher aquela noite como de costume, além do cansaço, não havia gostado de como a tratou e ignorou o dia inteiro.

• Eu falei, mas ele não quis acreditar... – Alfonso contava a Anahí sobre o episódio do restaurante mais cedo. – Dul te falou alguma coisa?


• Não, nem nos falamos hoje, mas evidente que é isso. – Disse certa – Depois de anos, para quê mais ele a procuraria?


• Ele é bem gente boa, nem tinha razão para todo esse auê, mas Christopher é birrento e Christian sem limites. – Negou – A ignorou todo o tempo no restaurante, ela tentava e ele lá, respondendo tudo minimamente, todo frio. Acho que ela não entendeu nada. Quando subimos de volta para o escritório, era outra Dulce da que chegou animada no restaurante. Totalmente cabisbaixa.


• Acha que devo contar pra ela? – Alfonso deu de ombros.


• Se quiser, não vejo problema. – Deitou ao lado de Anahí, encostando a cabeceira – Eu não quis contar, porque não quis me meter, mas se quiser esclarecer com ela, por mim tudo bem.

Anahí pegou o celular e levantou da cama em direção a sacada do quarto, iria enviar um áudio para Dulce esclarecendo todo ocorrido.

Após alguns minutos...

• Pronto! – Voltou ao quarto mexendo no celular – Mas só ficou um ponto aqui, acho que já deve estar dormindo. O que eu também vou fazer, aproveitar que nosso bebê está bem quietinho. – Acariciou a barriga.

Alfonso concordou, Anahí deitou e logo adormeceram.

• Desculpa por hoje mais cedo, não quis causar climão entre vocês. – Christian se desculpava outra vez com o amigo por telefone.


• Fica tranquilo, Chris. Não foi nada. – Mentiu.

Ao contrário do que havia dito aos amigos, seu sangue ferveu desde que ouviu de Alfonso sobre o relacionamento de Dulce e Guillermo, principalmente por saber que quase subiram ao altar, sua mente estava um turbilhão, se ele havia a traído, por quê Dulce ainda o ajudaria? Seus pensamentos não se desligavam, sua mente não parava de se perguntar o porquê de Dulce ajuda-lo, se havia existido uma possível traição. Será que ela o amava? Questionou-se.

Manhã seguinte.

Mais uma vez, Dulce não havia passado na casa de Alexandra para ver Christopher, havia saído direto para o escritório, Maite por sinal, já se encontrava lá, cumprimentaram-se e cada uma foi para sua sala, a manhã foi de atendimentos, ambas pediram almoço, por volta das 15 horas, Dulce teve uma audiência online, o que lhe facilitou muito a vida naquele momento, assim que encerrou, alguém bateu a porta de seu escritório.

• Entra! – Disse enquanto desconectava-se do sistema online e juntava alguns papeis espalhados em sua mesa – Oi, Guill...ermo! Trouxe tudo o que te pedi?


• Oi, Dulce! Aqui está – a entregou uma pasta – Toda documentação que me pediu, extratos bancários, extratos dos depósitos que venho fazendo ao longo dos meses, meus documentos e as cópias das certidões das crianças, espero não ter esquecido de nada.


• Acredito que não. – Analisando toda documentação da pasta – Tentou contato novamente com os meninos?


• Tentei, mas como te falei, não me atende. – Negou – Todos os números que tenho, nenhum atende.


• Mas chama? – Ele assentiu – Preciso dos prints dessas ligações e também de gravações das chamadas, caso consiga alguma. Mas pelo momento, pra ajuizar isso aqui é suficiente. Comecei a trabalhar nisso ontem, assim que acabar, envio pra Mai, ela já está ciente de tudo, vai protocolar por mim.


• E quanto as devo por tudo? – Perguntou e Dulce negou – Como não, fala com a Maite e me fala.


• Isso é entre eu e ela, não precisa se preocupar. – Guardou o envelope de Guillermo em sua gaveta – Fica tranquilo.


• Não acho justo e nem certo, mas você quem sabe. – Gesticulou.


• Exatamente, eu quem sei. – Brincou.

Eles riram.

• Agora já vou, não quero ocupar mais do seu tempo. – Ia levantar-se, mas Dulce pediu para que ficasse mais umm pouco.


• Não ocupa, fica tranquilo. Me fala, onde está morando agora? – Começaram a conversar.


• Voltei para o meu apartamento, lá é melhor pra ficar sozinho, e mais seguro para quando as crianças voltarem, eu acho. – Essa era uma questão que ainda tinha dúvidas, mas depois resolveria depois – e você, ainda mora só? – Ela assentiu – Ok, mas no começo foi difícil. - Relembrou.


• Nossa, muito! – Riram juntos – Lembro que tinha muito medo de ficar sozinha.


• Mas era muito mais perto pra mim ficar no apartamento, que ir pra casa dos meus pais todos os dias. – Disse e o viu concordar.

Ficaram em silêncio por alguns segundos.

• Você é uma ótima pessoa, Dulce. – Disse olhando-a nos olhos – Eu definitivamente vacilei muito com você, e te peço mil perdões por isso, você não merecia que eu tivesse errado com você.


• Eu também acho que não merecia. – Riu para descontrair, o clima estava pesando – Mas são coisas que todos estamos destinados a passar.


• Muito sábia também, espero que tenha me perdoado, ou que um dia me perdoe, de verdade. Hoje me sinto afortunado de apesar de tudo, ainda me permitir pode contar com você. Muito obrigado mesmo!


• Já te disse, não tem que agradecer. Não vou invalidar tudo o que vivemos de bom, por um erro seu. – o viu abaixar a cabeça – Não tem nada ver.


• – A encarou e sorriu – Bom, eu já vou, e qualquer novidade te aviso. – Ela assentiu levantando-se e o acompanhando até a porta, assim que Guillermo despediu-se e assim que saiu, a porta abriu-se novamente.

Dulce logo deparou-se com Christopher entrando em sua sala.

• Esse cara não sai mais daqui? – Apontou para trás, onde Guillermo acabara de passar e fechou a porta atrás de si.


• E como você sabe que ele já esteve aqui? – O olhou desconfiada.


• Eu sei de tudo, Dulce Maria. – Respondeu.


• Não tenho tempo para paranoias, Christopher. – Rolou os olhos e desligou seu computador – Não me confunda com você.


• Fala sobre o que? - a olhou confuso, de fato não havia entendido a indireta.


• Falo sobre tudo. – Respondeu grosseira – Ontem eu estava toda preocupada com você, tentando me aproximar de você e você o tempo todo me virando a cara, me ignorando e eu não te fiz nada pra merecer isso. NADA. – Enfatizou.


• E por isso eu vim me desculpar, mas você parece não estar muito afim de se reconciliar. – Ironizou – Que foi, quer voltar pra ele?

Dulce o olhou incrédula. Como pode? 

• Eu não sei quem te contou, nem o que te contou, mas eu não vou aceitar que fale assim comigo. Eu nunca te desrespeitei, ao contrário de você, que veio atrás de mim, e foi só chegar no Brasil e deitou com aquela louca que você chama de ex-mulher. – Dulce já estava vermelha, Christopher estava a tirando do sério. – Ainda assim, permaneci do seu lado, acreditei em você e olha como você me trata.

• Nem tanto do meu lado. Afinal, passou dias sem me ver, sem ao menos ouvir o que eu tinha pra dizer. – Jogou na cara – Então não diga que sempre esteve ao meu lado.


• E você por acaso me procurou pra ouvir o que eu também tinha pra te dizer? – Referiu-se a Guillermo – Que por sinal, eu não tenho nada o que te dizer, tudo o que ele vem fazer aqui, é relacionado a trabalho, e que eu saiba você não é advogado.


• Se ele é melhor que eu, volta para ele então. – Christopher insistiu.


• Você é mesmo um idiota! – O olhou com dor – Que raiva que eu estou de você! Quem você pensa que eu sou, hein? Que burra que eu fui de acreditar em você, olha tudo que tá acontecendo comigo, olha o que eu passei naquela delegacia por sua culpa, e tudo que está me falando agora.


• Não falei nada, só disse que se o acha melhor que eu, pode ficar com ele. – deu de ombros, e aquilo soou debochado.


• Eu não vou mais discutir com você. Ou melhor, eu não vou mais falar nada com você, eu não quero mais nada com você. – Viu Christopher assustar-se e aquelas palavras a assustaram também, mas não permitiria que falasse com ela daquela maneira, então continuou. – Eu e você acabamos aqui e agora.


• Volta pra ele então. Assim ele te enche de chifres e serão muito felizes. – Sorriu sarcástico, deu as costas e saiu.

Dulce voltou a sentar, sentiu o chão sumir abaixo de seus pés. Parou e o escarou sem conseguir esbolçar nenhuma reação. Christopher havia passado de todos os limites. Sentiu seu coração ser esmagado.