Fanfic: Perdonamé. (Vondy) | Tema: RBD - Vondy

Christopher chegou em casa, a cena do surto de Laura não lhe saiu da cabeça um segundo sequer, estacionou na garagem, desceu do carro, aparentemente só Dulce deveria estar em casa, as luzes já estavam todas apagadas, subiu e suspirou aliviado quando a viu dormindo, foi até o banheiro, tirou a camisa e observou seus braços marcados, um deles Laura havia segurado com tanta força que sangrou.

• O que é isso no seu braço? – Dulce perguntou parada na porta do banheiro.

Christopher sentiu seu corpo gelar por inteiro, a olhou assustado e disse a primeira coisa que lhe veio à cabeça.

• Me machuquei numa cerca do terreno que visitei, não vi a merda do arame farpado. – Disse sem mira-la, não conseguia.


• Deixa eu ver isso aqui. – Pegou o braço dele – Isso está muito feio, parece que um gato de atacou. – Dulce brincou.

Christopher sorriu aliviado, ela havia acreditado.

• Faz o seguinte, toma banho que eu vou cuidar disso. – O viu assentir.

Dulce saiu do banheiro, Christopher banhou-se e voltou para o quarto, Dulce passou remédio e enrolou o braço dele na região em que havia machucado mais.

• Obrigado! – Ele agradeceu.


• Toma mais cuidado, se for um arame enferrujado, pode infeccionar e não quero nem pensar no que pode acontecer. – Levantou-se.


• Não vai acontecer de novo. – Garantiu

Christopher deitou-se, Dulce deitou em seguida, ela logo pegou no sono, ele custou, mas adormeceu, não dormiu bem, mas dormiu.

Manhã seguinte...

Christopher acordou com a sensação que um trator havia passado por cima de seu corpo, sentia frio, o que era estranho, pois o raiar do sol invadia o quarto. Sentou na cama com dificuldade, seu corpo inteiro doía. Dulce entrou no quarto pronta para sair para trabalhar.

• Bom dia, amor! – Aproximou-se e o sentiu quente – Está febril – Preocupou-se.


• Bom dia, amor! Não se preocupa comigo. – Passou as mãos pelo rosto.


• Claro que me preocupo, desde ontem não está bem. – Dulce lhe entregou um comprimido – Toma, vai se sentir melhor – Dulce o viu tomar o comprimido e lhe devolver o copo com água – Consegue ficar só até eu voltar, tenho uma audiência agora pela manhã, não posso deixar de ir.


• Não se preocupa, eu vou trabalhar. – Levantou.


• Não tem condições de sair assim. – Ela insistiu – Descansa hoje.


• Não posso, preciso ir. – Christopher disse e entrou no banheiro.

Dulce bufou, como era teimoso.

Passava das 08 da manhã, Christopher saiu do banho e não a encontrou mais, vestiu-se e saiu para o trabalho, sentia-se mal, a febre oscilava, mas precisava ir, era muito responsável com seus compromissos.

• Tem certeza que está bem? – O estagiário de Christopher o questionou preocupado, e o viu assentir – Bom, aqui estão as plantas, precisando é só me chamar.


• Obrigado! – Ele agradeceu pegando-as e soltando-as em cima da mesa em seguida.

Christopher passou a manhã péssimo, conseguiu tocar alguns trabalhos, mas ainda se sentia mal, seu semblante mudou quando viu Dulce entrar em sua sala.

• Não me atendeu, estava preocupada com você. – Colocou as costas da mão na testa de Christopher, ele continuava com febre – Ainda está febril, vamos para a emergência, por favor?


• Não se preocupa comigo, vou ficar bem. – Christopher tossiu – Está tudo bem.


• Por quê tão teimoso? – Ele riu – Não é engraçado, não pode ficar assim.


• Resolveu suas coisas? – Ele perguntou tentando mudar de assunto.


• Sim, tenho o restante do dia livre, por isso vim te ver. – Dulce o acariciava os cabelos – Posso te ajudar em alguma coisa por aqui?

Ele riu e a puxou para seu colo.

• Você é a melhor mulher do mundo, sabia? – Sorriu mesmo sem forças e a acariciou a barriga. – Não sei se pode me ajudar em algo, mas adoraria te ter aqui comigo o dia todo, você me deixa mais forte.


• Então eu fico sim. – Sorriu o envolvendo pelo pescoço – Eu te amo, só quero que fique bem.


• Obrigado por cuidar de mim! – A beijou.

Dulce saiu do colo de Christopher, ele lhe explicou algumas coisas do seu trabalho, ela olhava tudo atentamente. Horário de almoço, Dulce desceu para comprar almoço, já que o marido não se encontrava bem para sair.

• Dulce, querida! – A recepcionista a cumprimentou quando a viu passar.


• Oi, Manuela! Como estás? – Sorriu acenando.


• Conheci sua mãe, é uma querida. – Comentou e viu Dulce olha-la estranhando.


• Minha mãe? – Perguntou e a viu assentir – O que minha mãe veio fazer aqui?


• Veio conversar com Christopher, Dona Beatriz, muito simpática. – Manu disse sem maldade.


• Ahhh!– Dulce sorriu – Dona Beatriz é demais. – Respirou fundo, mataria Christopher quando o visse – Bom, preciso ir alí, nos vemos Manu.

Dulce atravessou a avenida irritada, recordava-se perfeitamente do nome da mãe de Laura, ela era Beatriz. O que ela ainda fazia indo atrás de Christopher e identificando-se como sogra dele? Ele teria muito o que explicar. Dentre milhões de pensamentos, comprou o almoço dela e de Christopher e retornou para o prédio.

• Aqui! – Colocou a comida sobre a mesa dele – Come logo antes que esfrie.

Christopher percebeu que Dulce voltou diferente.

• Está tudo bem? – A questionou, estranhando-a.

Dulce parou de mexer na comida e levantou olhar até ele.

• O que a mãe daquela... – respirou fundo – O que a sua ex-sogra continua vindo fazer aqui, e se identificando como sua sogra?


• Ela não veio aqui. – Mentiu – Não que eu saiba, e não atrás de mim.

Dulce o olhou desconfiada.

• Tem certeza? – O viu assentir – E esses arranhões, foi mesmo no arame farpado? – Ele assentiu – Eu não vou aceitar uma outra desculpa depois.


• Estou te falando... – disse nervoso – Não tem nada ver.


• Vou te perguntar mais uma vez, pela última vez... Você tem certeza? – Seu semblante estava sério.

Almoçaram juntos, após o almoço Dulce recolheu e descartou toda embalagem do almoço, foi até o banheiro e saiu pegando sua bolsa.

• Onde vai? – Christopher perguntou tirando atenção do notebook e olhando-a.


• Para casa, se você piorar me avisa que eu volto e vamos ao hospital, mas não quero mais ficar aqui, tenho certeza que está mentindo pra mim. – Ele levantou e foi até ela – Não vem atrás de mim.


• Dul... Espera! – A segurou pelo braço – Fica aqui comigo, estávamos numa boa, por quê isso?


• Já te disse... – olhou seu braço onde Christopher segurava e o olhou em seguida – Me solta, por favor.


• Não vai embora, me espera. – Tentou acaricia-la, mas ela afastou-se – Não faz isso.


• Nos vemos em casa. – Ela abriu a porta e saiu.