Fanfic: Perdonamé. (Vondy) | Tema: RBD - Vondy

• O QUE? – Dulce a olhou perplexa com o que havia escutado – Olha, eu não sei se eu preferiria não saber de nada.


• Dulce, por favor... – pediu calmamente – De verdade, não quero que a gente brigue, ou que brigue com Christopher por isso, estava chateada com você, sabe o quanto já fui imatura, e te juro, se pudesse voltar, jamais teria chego a tal ponto.


• Agora sou eu quem não quero te ver nunca mais na minha vida. – Disse com raiva – Eu nunca faria isso com você, por mais raiva que sentisse, NUNCA. – Frisou bem – Agora sai daqui!


• .. Por favor... – Cláudia pediu – Me perdoa, por tudo no mundo, me perdoa... – Cláudia pela primeira vez na vida sentiu-se mal por sua atitude contra a irmã, mesmo depois de tantos anos, aquilo foi tão inconsequente e sem importância, que jamais pensou que atingiria Dulce da forma com a qual a atingiu. – Eu só quero me aproximar de vocês.


• JÁ TE DISSE, EU NÃO QUERO MAIS TE VER. – Berrou – SAI DAQUI!

Blanca, a irmã de Dulce entrou no quarto após ouvir os gritos da caçula.

• O que está acontecendo aqui? – Blanca as olhou – O que você fez com ela?


• Fala pra ela, fala que tudo o que aconteceu não passou de uma tolice, algo insignificante pra todo mundo. – Cláudia pediu a Blanca que arregalou os olhos.


• O que você contou para ela? – Blanca perguntou o óbvio, afinal, sabia sobre o que a irmã se referia. – Você é louca?


• Você sabia? – Dulce encarou Blanca, que lhe deu o silêncio como resposta.


• Existe alguém nesse mundo que não mente para mim? – Seus olhos marejavam, Blanca se aproximou, mas Dulce se esquivou – Me solta!


• .. Pelo amor de Deus, eu não sei o que ela te contou, mas, eu só quis te proteger. Não significou nada para nenhum dos dois. Não vale a pena você ficar mais assim...


• Todos vocês mentiram para mim, TODOS! – Tentou passar, mas Cláudia colocou-se à sua frente.


• Me perdoa, por favor. – Cláudia pediu em desespero – Por tudo, me perdoa!


• Sai daqui... – Dulce pediu quase sem forças. – SAAAAAI! – Gritou.

Cláudia olhou para Blanca que a fuzilava, em seguida olhou para seu lado, onde a irmã mais nova não estava mais, as duas desceram apressadas atrás dela.

• O que aconteceu? – Christopher tentou aproximar-se assim que entrou e deparou-se com Dulce descendo as escadas ás pressas. – Amor...


• SAI DAQUI, EU TAMBÉM NÃO QUERO FALAR COM VOCÊ. – Afastou-se – Por quê todos vocês mentem pra mim? – O olhou com dor e aquele olhar o assustou.


• O que aconteceu? – Perguntou receoso, em seguida seu olhar foi em direção a escada onde Blanca e Cláudia desciam apressadas – Alguém pode me dizer o que está acontecendo aqui?

Blanca olhou para Cláudia, Dulce e em seguida para Christopher.

• A Dulce já sabe de vocês... – apontou Christopher e a irmã mais velha, e o viu levar seu olhar até Dulce.


• Sabe o que? – Perguntou com a voz falha.


• Cala a boca! – O olhou com raiva – Eu não quero ver nenhum dos três.

Dulce saiu e Christopher saiu atrás, Cláudia tentou ir até eles, mas a irmã a impediu.

• Acha pouco todo estrago que fez? Fica aí. – Fechou a porta e passou pela irmã – Deixa que eles tentem se resolver.

Blanca saiu, Cláudia ficou na sala, sentia-se culpada, Dulce apesar de ser mais nova, sempre foi muito madura, imaginou que ela entenderia e assim poderiam restabelecer vínculo.

• Ei, espera! – Christopher segurou Dulce pelo braço fazendo-a parar. – Onde vai assim?


• Eu não sei. – Disse aos prantos – Eu só quero que se afastem de mim, só isso.


• Não pode ficar nervosa assim, por favor, vamos conversar... Eu... – foi interrompido.


• Eu não quero conversar, eu já ouvi além do que deveria. – Abaixou a cabeça – Eu não aguento mais... Por quê tudo é tão difícil?


• Vamos pra casa, por favor. – Christopher pediu calmamente – Eu te imploro.

Dulce não respondeu, mas o seguiu até o carro, ele entrou no banco do motorista, fizeram todo o caminho em silencio. Chegando em casa, ele estacionou, ela desceu do carro e subiu para o quarto quase se arrastando, sentia seu corpo mais pesado que nunca. Despertou de alguns de seus pensamentos quando o viu fechar a porta do quarto atrás de si e nela ficar encostado.

• Só queria que soubesse que... Não foi minha intenção te magoar, pelo menos não agora... – disse sincero – A forma como me deixou aquele dia, acabou comigo... E...


• E aí você foi lá e dormiu com a minha irmã no quarto ao lado? – Proferir aquelas palavras, era como se a cada uma delas, Dulce levasse uma punhalada – Eu nunca te traí, eu nunca menti pra você... Eu nunca te desrespeitei.


• Eu sei... – respondeu de cabeça baixa, não conseguia mira-la.


• Eu não tenho mais forças pra te perdoar... – negou entre lágrimas – Eu fiz de tudo por nós dois, passei por cima de coisas, que você não tem noção do quão difícil foi pra mim. Posso dizer que fui a pessoa que mais te amou em toda sua vida, Christopher. – Secou as lágrimas que insistiam em sair – Eu tenho um nome a zelar, e eu apanhei dentro de uma delegacia por sua causa, eu fui agredida diversas vezes na rua pela sua ex-mulher, e eu sequer te contei as quão inúmeras vezes ela me perseguiu e me atacou, porque eu queria te poupar, eu só queria que esquecesse de tudo e fosse feliz, comigo, porque eu achava que te fazia feliz... – forçou um sorriso – Mas eu não sou pra você.


• Não fala isso... – tentou se aproximar, mas ela deu um passo para trás – Para com isso. É claro que você me faz feliz.


• Se você me amasse, você zelaria pela minha confiança, e não é a primeira vez que te falo isso, e nem só a segunda ou terceira, já falei inúmeras vezes, não estraga minha confiança, não apronta comigo. Aí você faz o que? Mente pra mim.


• Eu te amo... – disse com a voz embargada – Não duvida do que eu sinto por você.


• Você não me ama. – Negou – O que você sente por mim, é qualquer outra coisa, mas não é amor.


• Não fala isso... – pediu novamente.


• Falo e digo mais... Seja lá o que for que você sente, é doentio, digno de tratamento. – Disse enquanto ele negava com a cabeça – É claro que é...

Dulce limpou as lágrimas e aproximou-se ficando frente a frente com ele.

• Me fala, você consegue me imaginar com outro homem? – Ele negou – Guillermo, por exemplo. Consegue imaginar quantas vezes já fui pra cama com ele? – Viu a fisionomia de Christopher mudar em segundos – Consegue imaginar quantas vezes ele me tocou como você?


• Não fala essas coisas... – Christopher estalou os dedos, em sinal de nervosismo. – Ele te traiu. Então não me compara aquele cara. 


• Você é pior que ele. – Disse com raiva e afastou-se outra vez.

Dulce sentou na cama, estava começando a cansar. Ele sentou ao lado dela. Ficaram alguns minutos em silêncio...

• Me fala, tem mais alguma coisa que você me esconde? – o olhou, Christopher se manteve de cabeça baixa. – É definitivamente a última vez que te pergunto. – Tem mais alguma coisa que você esconde de mim?

Christopher de pronto lembrou-se das palavras de Alfonso, quando o amigo descobriu que ele estava custeando todo o tratamento de sua ex.  Mas viu naquele momento a oportunidade de esclarecer tudo para Dulce, e tirar de si aquele fardo que vinha a meses carregando consigo.

• Tem, não tem? – Perguntou novamente e o viu assentir – Então me fala, o que mais você me esconde?


• Há uns meses, Beatriz me procurou... – calou-se.


• Continua, quero ouvir... – disse sem olha-lo – Vai, continua.


• Me disse que desde que Laura surtou e deixou de trabalha a situação delas pesou, disse que estava arrependida de tudo o que a incentivou a fazer, e me pediu ajuda pra custear o tratamento e toda medicação.

Dulce riu negando com a cabeça.

• E você está pagando? – O viu assentir – Eu não posso acreditar!


• .. Eu quis te contar, mas...


• Eu não quero mais saber... – levantou e foi até o closet, ele a seguiu.


• Onde vai com essa mochila? – Arregalou os olhos, ela iria embora? – Responde!


• Não está óbvio? – Perguntou sem mira-lo e colocou algumas coisas na mochila – Eu vou embora daqui!


• Dulce, não faz isso, pelo amor de Deus! – Tirou a mochila das mãos dela – Olha o que você vai fazer com a gente... – a viu parar e encara-lo apontando pra si, então abaixou a cabeça, ela tinha razão era tudo sua culpa, mas não a deixaria sair assim tarde da noite. – Não precisa ir embora, essa casa é sua.


• Não, essa casa é sua! – O apontou – E eu não tenho nada o que ficar fazendo aqui.


• Eu saio do quarto, eu durmo no outro quarto, na sala, na área, onde você quiser, mas não vai embora. – Pediu em desespero – Eu te imploro.

Christopher a segurou pelo rosto, obrigando-a mira-lo.

• Não vai embora... Por favor. - Pediu em desespero.

__________________________________________________________________________

Um complemento do capítulo anterior, só para não deixa-las na curiosidade. 

Volto logo com a continuação pra vocês... Comentem bastante amores! 

Um super beijo pra vocês