Fanfic: Perdonamé. (Vondy) | Tema: RBD - Vondy

• Eu não vou aguentar ficar aqui... – disse entre lágrimas – Eu queria morrer aqui e agora, porque eu sinto que não vou aguentar.


• Tem o nosso bebê, ele precisa de você, precisa da gente. – Disse calmamente, na intenção de também acalma-la. – Por favor...

Christopher abraçou Dulce contra seu peito, faria o possível e o impossível para que ela não fosse embora, apesar dela não acreditar, ele a amava, e a ideia de perde-la, também não o fazia nada bem.

• Eu sei que eu errei, eu sei que diante de todas as minhas atitudes, eu mereço que esteja chateada comigo, mas por favor, não vai embora não. – A apertou contra si – Se quiser, pode ficar aqui, eu fico no outro quarto, prometo.

Dulce o empurrou levemente para que a soltasse.

• Acha que só isso resolve tudo? Acha que só assim vou voltar a confiar em você? – Ele não respondeu – Responde, por favor.


• Eu sei que não é fácil, mas... Vamos tentar, por favor. Tudo isso já faz muito tempo. Já te disse, foi inconsequente, foi impensado, assim como outras atitudes que foram bem piores e você me perdoou. Ir embora não é pior que tudo isso. – Ela negou – Dul, por favor.


• Eu só queria acordar e tudo isso não ser verdade. Ser só um pesadelo. – O olhou – Mas é real, infelizmente é, e eu sinto muito, mas eu não consigo mais.


• Para de falar isso... – tentou toca-la, mas ela se esquivou.

Dulce não respondeu mais nada, pegou sua roupa de dormir, mais algumas coisas e saiu do closet, em seguida do quarto, Christopher sentou na poltrona que tinha alí, e um filme passou em sua cabeça. Sentia-se de fato um idiota, estava perdendo a mulher de sua vida, por sua inconsequência, mais uma vez.

Uma semana depois...

• Christopher! Christopher! – Alfonso estalou os dedos fazendo o amigo despertar – Estou falando com você.


• – Respondeu sem mira-lo.


• Cara, você está acabado, o que está acontecendo? – Alfonso disse estranhando-o.

Christopher tinha olheiras, seu semblante nos últimos dias não estava dos melhores.

• Aconteceram várias coisas, eu e Dulce não estamos bem, queria te contar, mas sequer tenho forças... – deixou o corpo descansar em sua cadeira.


• Não me diga que ela descobriu... – fez menção e o viu assentir – Pra quê foi contar isso pra ela grávida?


• Não fui eu quem comecei. Envolve muitas outras coisas que não partiram de mim, mas acabou que precisei contar, pra ver se assim salvo meu casamento. – Suspirou.


• Está sério assim? – Poncho o olhou assustado – Nossa, cara. Sinto muito.

Christopher agradeceu e passaram a falar de trabalho, Alfonso sempre foi muito respeitoso, se o amigo não queria falar sobre naquele momento, obviamente, o respeitaria.

Enquanto isso...

• Alguma de vocês tem conseguido falar com Dulce? – Blanca, a mãe de Dulce olhava seu celular intrigada.

As duas filhas se entreolharam.

• Falei com ela a pouco, mamãe. – Blanca mentiu – Estava entrando numa audiência muito importante, disse que depois me retornava. – Mentiu ainda mais.

Cláudia apenas abaixou a cabeça. E a mãe de Dulce deixou seu celular sob a bancada da cozinha, se a filha estava ocupada, não iria atrapalha-la.

Á noite...

Christopher chegou do trabalho procurou Dulce pelo andar inferior da casa e não a encontrou, subiu foi até o quarto, tomou uma ducha demorada, e assim que se vestiu, foi até o quarto de hóspedes, onde ela vinha dormindo nos últimos dias. A porta estava entreaberta, seus olhos passearam por todo quarto, mas ela não estava lá, viu a luz do banheiro acesa e foi até lá...

• Está tudo bem? – Bateu na porta, mas Dulce não respondeu...

Christopher preocupado abriu a porta e encontrou Dulce debruçada no vazo, ao menos conseguia falar de tanto que vomitava.

• Meu Deus! Por quê não me chamou? – aproximou-se e segurou os cabelos dela, que o encarou óbvia. – Consegue levantar? – Ela assentiu, mas ele a ajudou.


• Tudo bem, me solta... – Ela afastou-se.


• Não tem como ficar aqui sozinha, você passa mal, eu nem vejo e... – Ela o interrompeu.


• Por favor, para! – Colocou pasta de dente na escova, e escovou os dentes, já havia tomado banho, estava pronta para deitar quando passou mal. – Já disse que estou bem.


• Eu só quero ficar perto de vocês, eu vi que você se consultou ontem, por quê não me contou que ia ver o bebê?


• Vai ficar me rastreando pelo aplicativo do plano de saúde agora? – Ele negou – Não fui ver o bebê, fui pegar novas guias, ainda não fiz nova ultrassom.


• Quando for fazer, vai me dizer? – Ela assentiu sem mira-lo – Não quer mesmo ir para o quarto?


• Estou no quarto, esse é o meu quarto. – Secou as mãos e saiu do banheiro, Christopher apagou a luz e a seguiu.


• Esse não é o nosso quarto. – Coçou a nuca, estava a ponto de explodir, não aguentava mais estar longe de Dulce, os últimos dias estavam sendo os piores de toda sua vida.


• Não força, eu não consigo. – Pela primeira vez em muitos dias, Dulce o respondeu normalmente, sem frieza ou grosseria. – Vou dormir, e você deveria fazer o mesmo.


• Tudo bem... – Suspirou – Boa noite!

Christopher saiu fechando a porta, Dulce deitou, seus olhos marejavam, apesar de tudo, o amava, e principalmente naquele momento tão vulnerável, não queria estar sozinha, como estava se sentindo.

Dulce graças a gravidez conseguia dormir com mais facilidade, apesar dos pesares, com Christopher foi totalmente o oposto, não conseguia mais dormir sem Dulce, seu cheiro, seu corpo, toda aquela situação estava o tirando a paz, nem sequer dormir estava conseguindo mais.

Por volta das 04:00, Christopher acordou de um cochilo rápido, levantou-se e saiu do quarto, passou no quarto de hóspedes onde Dulce dormia, agradeceu por ela estar alí, aparentemente bem.

Desceu, tomou um copo d’água e ficou na cozinha pensativo.

O que faria para reconquistar a confiança de Dulce? Essa era a pergunta que mais se repetia em sua mente, e solução nenhuma conseguia encontrar, isso também o atordoava muito.

No dia seguinte...

Anahí já havia tirado o gesso. 30 dias passaram-se desde o acidente que sofreu junto ao marido, tudo o que conseguia era agradecer a Deus todos os dias por tê-los poupado do pior, e principalmente, ao filho. Assim, como a Dulce e Christopher, por terem cuidado tão bem de Matteo.

Após dias trabalhando em casa, por conta da perna engessada, Annie voltou ao prédio onde ficava seu escritório, no horário do almoço, como de costume, almoçaria com Maite, que já esperava quando chegou ao restaurante. Fizeram seus pedidos e começaram a conversar, Maite lhe deu uma péssima notícia...

• Meu Deus! O que Christopher tem na cabeça? Merda? – Anahí falava indignada.


• Há uma semana ela sequer consegue vir trabalhar, estou muito preocupada, Annie, não sei como aquela criança tem se sustentado alí dentro. – Referiu-se ao bebê de Dulce – Por que olha... Não tem sido nada fácil.


• O que acha de irmos lá hoje? – Anahí sugeriu, Maite a olhou receosa. – Vamos, Mai. Não podemos deixa-la sozinha.


• Não sei... E também não sei se ainda está com ele em casa, ou se saiu, não sei, ela mal conversa comigo, e eu entendo, Christian me contou tudo o que Christopher desabafou com ele. Dulce está absurdamente magoada.


• Eu disse pra irem para uma terapia de casal, não fazem ideia do quanto faria bem pra eles, do quanto os ajudariam a melhorar como casal, e consequentemente como pessoa também, abre a nossa mente para tudo em geral, na verdade. – Disse à Maite que prestava atenção na amiga atenta.


• Vou ligar pra ela, e assim sabemos se vai está em casa ou não. – Tirou seu celular da bolsa e telefonou, Anahí a olhava atenta.

Maite telefonou para Dulce que logo atendeu.

• Amiga, como está?


• Oi, Mai! Estou bem e você? – Dulce mentiu, não queria preocupa-la.


• Eu e Annie queríamos te ver, vai está em casa hoje à noite? – Perguntou a Dulce olhando Anahí que sussurrava para a amiga que a convidasse para sua casa, lá com certeza conversariam melhor, e Maite assim o fez, explicou a Dulce, e agradeceu quando a amiga confirmou, despediram-se, pois Dulce estava no laboratório aguardando os resultados de seus exames, Maite despediu-se e encerrou a chamada. – Ela vai!


• Ótimo! Melhor lá em casa, Poncho hoje vai demorar a chegar, ficamos só nós 03.

Á noite...

 Dulce seguiu para a casa de AyA conforme combinou com as amigas. Acabou chegando junto a Maite, que sorriu quando desceu do carro e a encontrou.

• A gravidinha mais linda... – Maite sorriu a aproximou-se abraçando-a – Olha esse rostinho ficando redondinho, que coisa mais linda.


• Obrigada por me lembrar que estou gorda. – Dulce brincou.


• Está linda, isso sim! – A pegou pela mão e seguiram até a porta da casa de Alfonso e Anahí, que foi quem logo as recebeu.

Alfonso e Christopher saiam do escritório de Christopher, passavam das 19:35.

• Não quer ir tomar alguma coisa, podemos conversar, vamos ver se melhora esse ânimo, está visivelmente acabado, cara. – Alfonso tentava convence-lo.


• Não quero ir pra lugar nenhum, só pra casa. – Destravou seu carro, entrou e o amigo entrou no banco do passageiro, Poncho ainda estava sem carro.


• Tomamos algo lá em casa mesmo, vamos. – Colocou o cinto e seguiram – É perto de casa, não vai acontecer nada com Dulce ficando alguns minutos sozinha em casa, é bom que dá um tempo pra ela.


• Ou pensa que estou no meio do mundo fazendo sabe-se lá o que. – bufou – Eu não aguento mais.


• Você procurou isso, cara. – Viu Christopher encara-lo – Desculpa, mas sabe que foi.

Christopher voltou a prestar atenção no trânsito. Alfonso não falou mais nada.