Fanfic: One-Shots: Romanogers & WinterWitch | Tema: Vingadores
— Dois minutos para chegarmos — Natasha avisou, já se preparando para sair do carro.
Bucky esperou por horas e Wanda não voltou, no dia seguinte, os outros foram informados do sumiço dela e iniciaram uma busca. Uma semana depois, eles finalmente tinham a encontrado. Onde? Uma base da HYDRA em uma parte periférica de Nova Iorque para o desespero de Bucky, ele sabia do que eles eram capazes.
— Bucky, você vai com a Nat e Sam atrás da Wanda, Stark vai passar a localização — Steve orientou pegando seu escudo. Bucky assentiu ansioso.
Steve, Clint e Tony iriam primeiro, abrindo caminho em seguida, Nat, Bucky e Sam entrariam. Estava tudo pronto.
*** Wanda ***
Tudo tinha acontecido sem que ela percebesse, rápido demais. Se lembrava de estar sentada em um lugar afastado, onde tinha visão para as crianças que corriam e brincavam pelo parque. De repente uma pancada e tudo ficou escuro.
Quando acordou estava presa em uma maca, as mãos e pés amarrados. A sala praticamente lacrada com alguma coisa que inibia seus poderes. As roupas que usava tinham sido retiradas e trocadas por um avental de hospital, que estava aberto e um homem passava o aparelho de ultrassom em sua barriga.
— São oito semanas e dois dias — Disse um dos homens, um senhor com cabelos grisalhos, que fazia o exame.
— Podemos testar? — O outro perguntou ansioso. A visão dela ainda estava um pouco turva mas ela podia jurar que aquele homem se parecia com Strucker. Eles estavam tão concentrados que não tinham percebido que ela tinha acordado.
— É muito cedo, ela nem entrou no segundo trimestre, o risco de aborto é muito grande. — Explicou — Esperaria pelo menos até treze semanas, para garantir — O senhor sugeriu. A referência ao aborto fez Wanda se desesperar, não poderia perder seu bebê. — Caso arrisque, os dois podem morrer.
— Não tem outra saída? Precisamos testar antes que eles nos encontrem — Disse nervoso.
— Teríamos que esperar uma semana — Disse o senhor pensativo. — Podemos diluir um pouco do soro.
— E o que uma semana vai fazer de diferença? — "Strucker" perguntou irritado.
— Qualquer tempo que tivermos para esperar é melhor, maiores são as chances de sucesso — explicou. — Tenha paciência, sei que dará um jeito caso os vingadores apareçam, a HYDRA espera muito desse projeto — Tentou convencê-lo.
HYDRA. Aquilo soou como uma bomba nos ouvidos dela. Como eles sabiam da gravidez? E de que soro eles estavam falando? Projeto?
Os dias foram passando e logo se completou uma semana. Durante aquele tempo, eles não fizeram nada com ela, apenas a deixaram na mesma sala para conter os poderes. Ela já tinha pensado em várias formas de fugir mas aquela sala não tinha um saída, além da porta trancada.
Aquela manhã foi especialmente agitada, várias pessoas entrando e saindo daquele "quarto" sem trocar nenhuma palavra com ela. Wanda não estava se importando muito com aquilo, se demorassem mais para começar qualquer procedimento mais chances ela tinha dos amigos aparecerem, então ela estava calma, até "Strucker" entrar. Naquele momento ela só esperava que, por um milagre, algum dos vingadores surgisse a porta.
— Senhorita Maximoff quanto tempo — "Strucker" se aproximou dela com uma expressão amigável — Ou devo dizer, senhora Barnes — Um sorriso malicioso surgiu no rosto dele.
— O que vocês querem? — perguntou demonstrando toda a sua irritação e certo medo. Dois agentes se aproximavam dela com armas de choque.
— Acho que ainda lembra de ter se voluntariado para os experimentos da HYDRA, certo? — Perguntou retoricamente — Calma, senhora Barnes, isso só será usado em caso de resistência da sua parte — advertiu se referindo as armas de choque — Como ia dizendo, você se voluntariou para os experimentos e temos que terminá-los — Ele forçou um sorriso. Nesse momento o senhor, que a tinha examinado no primeiro dia, entrou na sala com uma bolsa, aparentemente, de soro. — Se você puder vir até aqui — pediu apontando a maca.
— E-eu não posso — ela disse hesitante, involuntariamente colocando a mão na barriga. "Strucker" acompanhou o movimento dela, entendendo.
— Não se preocupe com isso, nós pensamos nele também — contou se aproximando dela — Na verdade, é exatamente por estar carregando esse bebê, esse feto, que você está aqui. — confessou. — Não teremos o dia todo, Wanda — insistiu. Ela não se moveu. "Strucker" fez sinal para que os dois agentes a levassem para a maca.
Ela tentou usar seus poderes mas, mesmo com toda sua força, o que saiu não seria suficiente para levantar uma agulha. Foi carregada até a maca sem problemas, sendo amarrada novamente. O médico amarrou um elástico no braço dela, para fazer a pulsão da veia, espetando a agulha em seguida, colocando o soro.
— Isso pode te dar um pouco de sono — Avisou. — Vamos ver esse bebê — Anunciou, ligando o aparelho de ultrassom, abrindo o avental de Wanda e passando o aparelho, fazendo algumas anotações em seguida. O soro começou a fazer efeito bem rápido e em poucos minutos a deixou sonolenta, como o médico tinha dito, os olhos foram ficando pesados e rapidamente ela estava dormindo.
— Ela ficará quanto tempo apagada? — Perguntou "Strucker"
— Provavelmente até amanhã — Deduziu.
O médico ficou no quarto, monitorando Wanda para que nada saísse fora do esperado. "Strucker" saiu, deixando alguns agentes de plantão.
***Bucky***
— Já encontrou a localização dela Stark? — Bucky perguntou impaciente, derrubando outro agente.
— Acho que sim. Desça mais um andar, terceira sala a direita, desmemoriado — Tony informou escanceando aquele andar.
— Vamos?! — Natasha o chamou passando por ele, que a seguiu. Sam vinha logo atrás, dando cobertura. Eles não tiveram dificuldades em encontrar a tal sala, assim como os agentes que a vigiavam. — Vocês cuidam dos agentes, eu vou destravar a porta — delegou, carregando sua arma e avançando até a porta. Bucky e Sam não tiveram muito tempo para contestar, só seguiram as ordens da ruiva.
— Conseguiu? — Sam se aproximou de Natasha, já tinham terminado com os agentes.
— E o que eu não consigo, Samuel Wilson?! — Respondeu convencida, dando um último comando e abrindo a porta. Natasha foi rápida em reagir e atirar nos agentes que estavam na sala, deixando o caminho livre para Bucky que parecia hipnotizado em seu objetivo de chegar até Wanda que estava apagada.
— Acharam ela? — Steve perguntou pelo ponto.
— Achamos — Sam respondeu — Já estamos subindo.
Bucky a observou por alguns instantes, retirando com cuidado todos os intravenosos que estavam no braço dela. Carregando o corpo inerte dela, ele saiu da base sendo escoltado por Sam e Natasha.
Hill estava os esperando no carro, eles tinham certa noção de que ela estava sendo usada para cobaias então precisaria de cuidados médicos imediatamente.
— Pode ir, Hill — Natasha autorizou fechando a porta. Tony, Clint e Steve iriam atrás em outro carro. — Me dê o braço dela, está sangrando — Pediu pegando um kit de primeiros socorros e começou a limpar o braço que sangrava.
Chegar ao complexo foi rápido com os atalhos de Hill e a velocidade do carro. Stark já tinha dado orientações para que levassem a morena até a área médica e lá ela passou as próximas duas horas. Bucky, do lado de fora da sala de exames, andava de um lado a outro impaciente, queria saber se ela estava bem, se ficaria tudo bem com o bebê mas parecia que aqueles exames nunca acabariam.
— Barnes — Dr. Cho entrou na sala, para o alivio de Bucky. — Ela está bem — o acalmou.
— E o bebê?! — Perguntou ansioso.
— Também. — tranquilizou — Mas ela vai ter que ficar por aqui hoje — disse séria.
— Por que? — Perguntou sem entender.
— Eles estavam testando um novo sérum nela, pela nossa base de dados é uma mistura do seu sérum e o da Nat. Na concentração que está não causará muito efeito sobre ela mas pode causar algum efeito no bebê — Explicou.
— Que efeito? — Agora ele estava preocupado, nunca se perdoaria caso algo acontecesse ao bebê.
— Super força, sentidos aguçados, tendencia mairo a dor... esse tipo de coisa — Enumerou — Só vamos ter certeza depois que o bebê nascer. Por agora, vamos tentar retirar todo o sérum que pudermos.
— Eu posso vê-la?
Cho autorizou o acompanhando até o quarto em que Wanda estava, ainda dormindo. A médica tinha dito que ela ficaria adormecida por algum tempo, provavelmente até o dia seguinte. Ele ficaria por lá até ela acordar, tinha um sofá no quarto e seria o suficiente para dormir.
O dia amanheceu e Bucky podia sentir toda a dor de ter passado a noite naquele sofá, as celas da HYDRA tinham sido bem mais confortáveis. Se remexendo no pequeno espaço, ele não percebeu um par de olhos verdes o observando.
Wanda tinha acabado de acordar, tentando se situar. De imediato percebeu que não estava em uma sala da HYDRA, o que a deixou um pouco assustada mas logo passou ao focalizar Bucky se revirando no sofá. Ele era muito grande para aquele sofá.
— Você acordou! — Percebeu aliviado, se levantou indo até a cama e se sentando aos pés de Wanda— Você está bem? — Wanda fez que sim.
— O bebê? — Quis saber preocupada.
— Helen disse que está tudo bem com ele — a acalmou — Agora estão tentando tirar a maior parte do soro do seu sangue — explicou os tubos no braço dela. Com um suspiro de alívio, Wanda se recostou na cama, relaxando.
— Precisamos conversar — Anunciou depois de alguns minutos em silêncio.
— Eu sei — Admitiu baixinho
— Eu sei que você foi pego de surpresa, eu também, mas achei que ficaria, sei lá, contente.— Ela disse sentida, com algumas lágrimas se formando. — O que deu em você?
— E-eu fiquei assustado e... — ele tentava explicar e achar as palavras — com medo de perder você — assumiu.
— Me perder? — Perguntou confusa. — me perder como?
— Eu era a pessoa mais importante da sua vida, agora vai ter o bebê — disse parecendo uma criança. — Eu só queria que seu mundo começasse e terminasse em mim — explicou, se sentando na cama.
Wanda não podia acreditar no que ele estava falando. Ele estava falando sério? O bebê nem tinha nascido e ele estava com ciúmes? E ele estava com ciúmes do próprio filho com ela? Ela secou as lágrimas que caíam, rindo.
— James Buchanan Barnes, você é um idiota — declarou rindo. Ele a observava com curiosidade — Vem cá — pediu que ele se aproximasse, e ele foi. — Você já é meu mundo e ele começa aqui... — tocou o peito dele, próximo ao coração — E vai continuar aqui — tocou a própria barriga. Bucky sorriu com o gesto que acalmou seu coração. Ficando ainda mais próximo dela a beijando.
— Desculpa, eu fui um idiota, tudo o que eu quero é ter esse bebê com você — se desculpou finalizando o beijo.
— Um bebê não vai me se parar de você, só me faz te amar mais. — disse séria. — Eu amo você.
— Eu também amo você. — declarou. — Me desculpa? — pediu. Wanda assentiu sorrindo — Sem divórcio?
— Sem divórcio — Disse rindo — Eu estava com raiva de você, aliás...— fez uma pausa se lembrando do motivo da raiva — O que você estava fazendo com a sua ex?
— Achei que tinha esquecido. Eu juro que não encontrei com ela de proposito. Eu estava no bar muito bêbado e ela apareceu, se sentou ao meu lado e começou a puxar conversa — se explicou. — Foi só isso.
— Jura? — perguntou ainda em duvida
— Eu juro — confirmou.
— Certo mocinho. Nunca mais faça isso — Pediu bem séria agora — Eu amo você e me machucou.
— Juro que nunca mais faço, não queria machucar você.— disse se sentindo muito culpado .— Como você foi parar em uma base da HYDRA?. — Perguntou querendo entender como ela tinha sido raptada, logo a vingadora mais poderosa. Wanda respirou fundo e começou a relatar o que se lembrava daquele dia.
O dia passou rápido, com a visita de todos os amigos de uma única vez para confirmar a notícia da gravidez que foi comemorada por todos.
Wanda foi liberada com orientações de repouso por aquela semana e sob a vigilância de Bucky a orientação foi mais que cumprida, ela não podia respirar sem que ele estivesse perto a deixando louca com tanta proteção.
Com o passar dos dias os sintomas de gravidez foram aparecendo, enjoos matinais, muito sono, uma fome absurda e crises de choro. Tudo isso deixa Bucy perdido! Em um minuto ela estava bem, no outro estava chorando. Ou tinham acabado de almoçar e ela pedia algo que, provavelmente, não teria na dispensa.
— Wanda, eu juro que eu não sei onde eu vou achar isso! — Bucky dizia pela décima vez. Os dois estavam rodando por Nova Iorque atrás de algum lugar que vendesse comida brasileira, Wanda estava com desejos de açaí
— Amorzinho, eu também não sei mas o bebê quer — Insistiu. — É sério, precisamos achar isso — reclamou acariciando a barriga já grandinha com seus sete meses.
— Já que esse bebê quer tanto esse tal de açaí e estamos fazendo uma missão impossível para achar, ele poderia cooperar no próximo ultrassom e mostrar se é o Gael ou a Marie — Opinou estacionando em um mercado.
— É aqui? — Ela olhou o lugar com curiosidade. Bucky confirmou saindo do carro e seguindo para ajudá-la. — Já disse que esse bebê vai ser como você, não consigo nem sentir o que é — Disse frustrada. Já tinha tentando usar seus poderes para descobrir o sexo do bebê mas não conseguiu nada.
— Espero que depois de procurarmos em Nova Iorque toda, ele coopere. — reclamou passando a mão na barriga dela, sentindo um chute em seguida. Finalmente acharam o tal açaí, Wanda mal esperou chegarem em casa e foi comendo no carro mesmo, se deliciando a cada colherada. — Eu não acredito que tivemos que comprar um jogo de talheres — dispensou indignado. — Não dava para esperar chegar em casa?
— Tá uma delícia! — exclamou o ignorando.
— De onde você tirou isso? — Wanda o encarou sem entender — Açaí — explicou.
— Lembra quando fomos na sorveteria semana passada? — Ele fez que sim — Ouvi uma mulher dizendo que queria comer um pote disso e ela disse com tanta vontade — explicou se lembrando, sentindo a boca se encher de água. — que eu também queria um pote.
— E então, dentro das suas expectativas? — perguntou curioso. Ela assentiu satisfeita enfiando mais uma colher na boca fazendo-o rir. Satisfeita com o seu pote de açaí, Wanda voltou a ter muitos desejos com a sobremesa fazendo com que tivessem um estoque em casa.
— Será que hoje iremos descobrir quem está ai dentro? — Sasha, a médica de Wanda, brincou entrando na sala de ultrassom.
— Espero, já compramos todo o açaí possível para esse bebê nos contar. — Bucky reclamou emburrado.
— Algum palpite? — Sasha perguntou passando gel na barriga de Wanda.
— Você primeiro — Wanda pediu.
— Eu acho que é uma menina — opinou — E você?
— Não sabia que achava que era uma menina — sorriu o observando — Mas eu acho que é um menino — confessou com uma cara fofa.
— Então vamos acabar com essa dúvida? — Sasha interferiu — acho que todo o estoque de açaí funcionou, estou cooperando hoje papais — Sorriu.
— E então? — Wanda disse curiosa e ansiosa.
— Será uma garotinha — anunciou sorrindo, fazendo os dois sorrirem também.
Com a descoberta, os preparativos para a chegada do bebê tomaram uma velocidade maior para finalizar alguns detalhes, não demorou muito para estar tudo pronto para Marie vir ao mundo.
— Filha, você poderia sair né? — Wanda perguntou a barriga, cansada. Já estava com seus nove meses, só esperando a vontade de Marie para sair mas ela parecia bem contente na barriga da mãe. — Sério Marie, você nem tem mais espaço ai dentro — tentou convencer. Em resposta, ela recebeu um chute bem forte.— Já entendi, você fica ai o quanto quiser.
— Dormir? — Bucky a chamou. Ela estava na sala, assistindo um filme e ele tinha ido tomar banho. A ajudando a se levantar, os dois caminharam, a passos de elefantinho como ele gostava de dizer, até o quarto. — Tudo bem? — perguntou a ajudando a se ajeitar na cama. Wanda assentiu se recostando nos travesseiros. Bucky se deitou ao lado dela, dando um beijo na testa dela e outro na barriga. — Amo vocês.
— Amamos você — disse fechando os olhos, se deixando levar pelo sono.
Passava das duas da manhã quando Wanda acordou sentindo seu lado da cama completamente molhado, a bolsa tinha estourado.
— Bucky — Ela o chamou — Barnes! — Insistiu e ele resmungou alguma coisa — Bucky, sua filha quer nascer, minha bolsa estourou — avisou e como mágica, ele se levantou assustado. — Bom dia papai, bem vindo a realidade — disse rindo
— É sério?! — Perguntou desnorteado. Wanda assentiu mordendo os lábios, sentindo uma contração forte.
Bucky foi rápido em ajudá-la a se vestir e descer para a garagem com as malas. Chegar na maternidade foi rápido também, as ruas estavam vazias aquela hora.
Quando chegaram, uma enfermeira levou Wanda para alguns exames, enquanto Bucky cuidava de internação dela. Ele nem sabia como preencher aquilo de tão nervoso que estava. Assim que conseguiu preencher, ligou para Steve avisando que Wanda estava em trabalho de parto.
— Wanda, por favor, toma a anestesia! — Bucky já implorava ouvindo os gemidos angustiados dela. Já estavam naquele hospital a mais de trinta horas e nada de Wanda chegar aos dez centímetros.
— Bucky, eu não quero — disse mais uma vez, sentindo outra contração. Bucky se aproximou dela para tentar ajudá-la — Não, não me toca — pediu o afastando. Ele suspirou irritado se sentando em um sofá no quarto. Agora isso!. — Pode pegar mais gelo para mim? — pediu. Bucky não respondeu, apenas saiu do quarto indo atrás do gelo.
— Ainda nada? — Steve, o seguiu. Steve, assim como os outros, estava na sala de espera. A única pessoa no quarto, além de Bucky, era Natasha que ajudava Wanda como podia.
— Não — disse irritado — Não lembro da Nat ter ficado tanto tempo em trabalho de parto.
— Comparado a Marie, James foi um foguete. Foram sete horas — disse lembrando-se do nascimento do filho.
— Sete horas? Marie já vai nascer de castigo — A seriedade com que ele falava fez Steve rir — É sério, já são trinta horas e nada! — disse indignado. — Ainda faltam dois centímetros.
— Não faltam mais. — A voz de Natasha os alcançou — Buchanan Barnes, sua filha está nascendo — Anunciou sorrindo. Bucky mal ouviu o que a ruiva tinha dito e saiu correndo até o quarto em que Wanda estava.
— Wanda… — Assim que entrou no quarto, ela já estava pronta para empurrar. Natasha entrou em seguida o empurrando para próximo de Wanda, para que ele também a ajudasse.
— Acho que chegou a hora — Wanda sorriu nervosa em meio as lágrimas. Se aproximando, ele deu um beijo na testa dela, como se dissesse que tudo daria certo.
— Pronta? — Ele perguntou. Confirmando ainda nervosa, a médica orientou sobre o que ela deveria fazer.
— Um, dois, três e empurra — a médica contava. Wanda fez isso, três vezes mas nada.
— Olha, ela é filha do Barnes mesmo. Que criança teimosa!! — Natasha comentou indignada soltando um pouco a perna de Wanda, fazendo todos rirem.
— Mais uma vez, vamos — a médica disse ainda rindo. Wanda voltou a empurrar mais duas vezes e um chorinho finalmente invadiu a sala. — Parabéns mamãe — colocando a bebê no colo de Wanda pela primeira vez, Marie berrava a plenos pulmões.
— Oi pequena, é a mamãe — se apresentou sorrindo e chorando.
A médica chamou Bucky para que ele cortasse o cordão e em seguida, Marie foi levada para fazer os exames de rotina. Wanda foi levada a outro quarto e só estava a espera da filha.
— Você está me deixando zonza, James! — Ela reclamou. Bucky andava de um lado a outro impaciente. — Já já a trazem.
— Isso está demorando muito — resmungou parando ao lado dela. — Eu v-
Antes que ele terminasse, uma enfermeira entrou empurrando o carrinho com uma bebezinha bem impaciente resmungando dentro do bercinho.
— Alguém está ansiosa para conhecer vocês — a enfermeira sorriu, colocando o carinho ao lado da cama de Wanda. Tirando a bebê do bercinho, a senhora entregou-a para Wanda. Uma vez no colo de Wanda a boquinha de Marie começou a procurar por seu leite, queria sua comida. — Acho que está com fome — comentou, ajudando a morena com aquilo.
— Pudera, passou os nove meses pedindo comida — Bucky disse divertido se aproximando das duas. A enfermeira deu mais algumas instruções a Wanda sobre amamentar e saiu deixando os três a sós — Ela é tão pequena — Comentou hipnotizado, passando a ponta dos dedos nos dedinhos pequenininhos da filha.
— Tem seu cabelo — Wanda observou baixinho tocando os fios bem finos.
— E os seus olhos — ele disse da mesma forma, encarando os dois olhos verdes curiosos. — E sua boca. — acrescentou.
— E seu nariz — adicionou. E assim os dois ficaram, observando aquela coisinha pequenina que chegava para completar a vida deles.
Wanda e Marie receberam alta dois dias depois. Marie tinha ganhado peso e Wanda estava bem, podiam ir para casa.
— ... E aqui, é o seu quarto — Bucky tinha feito um tour pelo complexo com a pequena mostrando os lugares em que eles passariam a maior parte do tempo.
— Ainda mostrando o complexo a ela? — Wanda perguntou a porta do quarto.
— Ela precisa conhecer a casa dela. — Disse obvio, colocando a bebê no berço.
— Dormindo? — Questionou rindo, se aproximando dele — Cadê o cara que estava reclamando de ter um bebê? — Disse brincando, passando os braços pelo pescoço dele — Eu era a pessoa mais importante da sua vida, só queria que seu mundo começasse e terminasse me mim — O imitou. Ele riu.— Eu é quem estou sendo deixada de lado, nem me olha mais depois que ela nasceu e olha que ela só tem três dias — Reclamou.
— Acho que tenho que reaver meu comportamento — fingindo preocupação ele a puxou para mais perto, aproximando seus rostos — Amo você, bruxinha — Declarou sorrindo.
— Amo você, soldado — disse da mesma forma o beijando mas isso não durou muito, uma certa pessoinha os chamava. — Já ouvi, senhorita Barnes.
— Bucky Barnes, o que é isso? — Perguntou não sabendo se ria ou brigava com ele. Marie, agora com dez meses, estava em um balde de ferro grande cheio de água de biquíni e óculos de sol no jardim e, por algum motivo, Bucky cortava algumas laranjas e colocava na banheira. — Você também, Sam?
— Aí droga! Você disse que ela estava em missão, Bucky! — Sam se assustou ao ver a amiga — Aqui o que você pediu — entregou a Bucky uma caixa de morangos. — Em minha defesa, Bucky disse que você estava em missão e tinha deixado — explicou — E ela está se divertindo, Wanda — Argumentou apontando para Marie colocava um pedaço de laranja na boca. Wanda olhava toda a cena indignada com uma mão na testa.
— Está calor e ela estava com fome. Só juntei o útil ao agradável — Bucky se defendeu. — Sam, tem uma caixa de uvas também — Pediu. Para evitar a possível bronca de Wanda, Sam nem contestou, só saiu do jardim indo atrás da caixa de uvas
Se dando por vencida, Wanda decidiu entrar na brincadeira e retirou os tênis de corrida se sentando ao lado de Bucky e brincando com a filha. Em minutos, os dois começaram uma guerra de água e estavam os dois encharcados com uma Marie sorridente no meio dos dois.
Autor(a): lety_atwell
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— Nat, deixa ela! — Steve pediu pela enésima vez, vendo Natasha passar o protetor solar na filha. — O sol está muito forte — argumentou. Era a primeira praia que pegavam com a pequena e Natasha estava um tanto super protetora, se é que era possível ser mais do que a ruiva já era normalmente. — Natasha, s&at ...
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