Fanfics Brasil - Let me go - Romanogers One-Shots: Romanogers & WinterWitch

Fanfic: One-Shots: Romanogers & WinterWitch | Tema: Vingadores


Capítulo: Let me go - Romanogers

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— Nat, deixa ela! — Steve pediu pela enésima vez, vendo Natasha passar o protetor solar na filha.


— O sol está muito forte — argumentou. Era a primeira praia que pegavam com a pequena e Natasha estava um tanto super protetora, se é que era possível ser mais do que a ruiva já era normalmente.


— Natasha, são quatro e meia — observou checando as horas. Natasha não disse nada, apenas continuou espalhando o protetor solar no pequeno corpinho de oito meses da filha que estava distraída com alguns brinquedos espalhados em uma toalha na areia. Steve riu colocando os óculos e pegando o protetor solar


— Steve! — Natasha se assustou ao sentir o creme em suas costas.


— Você cuida dela e eu cuido de você — sorriu beijando a nuca dela que se arrepiou.


—  Tentando não me deixar queimada, Rogers? —  Brincou maliciosa.


— Posso ter algumas atividades programadas com você hoje a noite, senhorita Romanoff —  Ele devolveu a brincadeira, ruborizando um pouco. Ela se virou para ele, só para confirmar se ele estava vermelho e riu ao perceber que sim. — Prontinho, protegida.


—  Vai ser sempre assim, não é?! —  Perguntou feliz, se recostando no peito dele e colocando a filha no colo. Steve confirmou passando um braço pela cintura, a deixando mais perto. Com a mão livre, ele brincava com a bebê no colo de Natasha.


— Sempre será assim, né bebê — Afirmou acariciando a mãozinha gordinha da filha. — Amo vocês. — Sorriu beijando a bochecha de Natasha.


— Amo vocês também — Disse sorrindo também, se virando um pouco para ele e dando um selinho nele.


Assim com o som do mar, a brisa e o calor, os três passaram aquela tarde na praia, aproveitando aquele pequeno momento de felicidade.


* * *



— Mamãe!!! — Natasha ouviu a vozinha familiar chamá-la e correr até ela pelo gramado do complexo.


— O que foi, minha boneca? —  Natasha estava deitada em um lençol no gramado, abriu os olhos para ver a filha correndo até ela.


—  Pá você —  A pequena estendeu uma margarida a ela que, pegou cheirando a flor.


—  Muito obrigada, senhorita Rogers —  agradeceu se sentando e dando um beijinho na bochecha da pequena.


— Mamãe, põe assim —  Tomando a flor de volta da mão de Natasha, a pequena colocou a flor no cabelo da ruiva — igual eu.


— É sim, igual a você  — Natasha a pegou no colo a enchendo de beijos —  Hummm, acho que alguém precisa de um banho, tá salgadinha —  Brincou fazendo cócegas nela.


— Para mamãe!!! —  Pediu rindo.


— Certo —  Ela parou, ajeitando as roupas da pequena —  Temos que ir. Vamos chamar o senhor Rogers, Evie? —  Chamou olhando as horas.


— Já? —  Resmungou decepcionada, se jogando na barriga de Natasha que tinha voltado a se deitar.


— Amor, cuidado —  Pediu, a colocando um pouco mais para baixo.


— O que foi, machuquei você mamãe? —  Perguntou preocupada, Natasha nunca reclamou por ela fazer aquilo.


— Não mas você tem que tomar mais cuidado, tudo bem? —  Evie assentiu ainda estranhando. —  Vamos recolher esses brinquedos. —  pediu se levantando de vez e começando a recolher a pequena bagunça que tinham feito.


—  Mamãe —  Evie a chamou de repente abraçando as pernas de Natasha.


—  O que foi? — Natasha a pegou no colo.


— Eu amo você, mamãe — Declarou abraçando Natasha pelo pescoço.


—  Eu também amo você —  Retribuiu a apertando em seus braços, abraçando todo seu mundinho.



Depois da batalha em Wakanda e do estalo de Thanos, Steve e Natasha tinham sido apoio um do outro para tentar se reerguer e trazer todos de volta. A esperança tinha surgido depois de acharem a localização de Thanos mas já era tarde, as joias tinham sido destruídas. Naquela noite nenhum dos dois conseguiu dormir, pensando no que tinham perdido, quem tinham perdido e em quem ainda tinham. Criando coragem e com nada mais a perder, os dois tiveram uma conversa confessando seus sentimentos um pelo outro.



Após um ano e meio de relacionamento, eles descobriram a gravidez, o que foi um baita susto já que a ruiva era estéril mas, depois de muitos exames, eles descobriram que a esterilização do Red Room não tinha sido feita de forma eficiente e uma das trompas dela não tinha sido completamente rompida e, nove meses depois, Natasha tinha dado a luz a uma menina. Evangeline Rogers Romanoff. Ruiva e pequena como a mãe, os olhos do pai e mesmo pequena era possível ver a determinação de ambos naquele rostinho fofo.



Agora, três anos depois, Natasha e Steve tinham encontrado um motivo a mais para viver e fazer o possível para trazer todos de volta. O nome, Evangeline, tinha sido escolhido por isso, representava boas notícias e eles esperavam que mais uma boa notícia chegasse logo. Os três passavam os dias no complexo, raras as noites que ficavam por lá, eles tinham comprado uma casa não muito longe dali. Estavam sendo bons anos, apesar dos pesares.


 
—  O que minhas meninas estão fazendo? —   Steve apareceu atrás das duas. Natasha colocou Evie no chão, a pequena voltou a sair correndo, sabendo que teria pouco tempo para brincar ali. —   Vamos para casa? —   Ele se aproximou de Natasha a abraçando.



—  Já estávamos indo até você —  retribuiu o abraço, passando os braços pelo pescoço dele —  Conseguiu alguma coisa? — Perguntou esperançosa.


—  O de sempre —  Disse desapontado mas já estava acostumado, os dois já estavam acostumados. —  Mas vamos conseguir —   Natasha concordou triste. Eles ficaram ali, abraçados por alguns minutos observando a filha correr e brincar em um pequeno playground que eles tinham instalado. —   De onde ela tira tanta energia? —  Steve perguntou curioso e indignado, eles tinham revezado os cuidados com Evie durante o dia, Steve tinha brincado de tudo o que era possível, Natasha tinha passado o resto da tarde correndo com ela pelo complexo e, mesmo assim, ela estava com a corda toda.


—   Com sorte, ela dorme antes das nove —  Deduziu dando um selinho nele. —  Vamos? —  Steve assentiu. —   Vamos Evie —  Chamou a filha que voltou correndo, ofegante. —   Chegando em casa a mocinha vai direto para o chuveiro. — Avisou.


—  Mas se eu quise corre mais? —  Perguntou ofegante.


—  Depois do banho? Tenho certeza que essa energia toda vai estar esgotada —  Disse debochada.


—  Não vou não —  afirmou convencida, correndo para o carro. Natasha sorriu, se não fosse por Evie ela não tinha tanta certeza de como conseguiria seguir, o nascimento dela tinha sido como devolver ar aos seus pulmões.


 


 



—  Bons sonhos meu amor —   Natasha beijou a testa da pequena e saiu do quarto, deixando uma Evangeline apagada e seguiu para o seu. —   Esperando por mim? —   Sorriu ao entrar no quarto e encontrar Steve acordado. Ela apagou a luz e foi se deitar com ele.


— Sempre —  Ele a recebeu em um abraço, a beijando em seguida —  Amo você —   Declarou finalizando o beijo e a beijando.


—  Amo você —   Disse da mesma forma se aconchegando no peito dele, dormindo.


—  O que foi? —  Ele a conhecia bem e sabia quando algo estava errado, a incomodando. Natasha não costumava dormir de imediato, mesmo quando estava exausta, ela ficava um tempo acordada a menos que algo a estivesse incomodando. —   Eu sei que não está dormindo, Natasha —  Avisou.



—  E...e se nunca trouxemos todos de volta? Já fazem cinco anos, matamos o Thanos mas...


—  Shii... vamos arrumar um jeito, sempre damos —   Consolou —  Você até engravidou quando não podia —  Brincou, e ela riu de leve —  Não se preocupe, nós vamos achar um jeito de trazer todos, sempre damos um jeito de conseguir o que queremos — Natasha concordou.


—   Steve, o que você acha de mais um bebê? —   Perguntou depois de alguns minutos em silêncio.


—  Está pensando em mais um? —  Ele, que estava quase dormindo, abriu os olhos a encarando no escuro.


—  Podíamos considerar, não acha? —   disse distraída, brincando com a mão dele.


—  Não acha que sua bonequinha vai ficar com ciúmes? —  Provocou.


—  Não, Evie vai adorar um bebê —  Afirmou sorrindo. —  Mais um bebezinho? —  Insistiu.


—  Quantos você quiser — concordou a beijando — Quer tentar hoje?


— Só se você quiser tentar sozinho, Evie acabou com as minhas energias — Confessou exausta. —  Como uma criança de três anos consegue? E olha que antes nos lutávamos com aliens — Soltou indigna, fazendo Steve gargalhar — Mas amanhã sou toda sua. — Disse maliciosa. Steve assentiu a beijou na testa  mais uma vez, voltando a dormir. Natasha ficou mais alguns minutos acordada antes de pegar no sono.


 


* * *



— Mamãe, assiste desenho comigo — Evie pediu se ajeitando no sofá da sala do complexo com seu sanduíche de manteiga de amendoim.


— Já vou — Natasha gritou do banheiro, recolhendo as coisas que tinha usado e colocando em uma nécessaire.


— Mamãe, vem logo! — Reclamou. Só tinham se passado alguns minutos mas Evie estava um pouco impaciente naquele dia, fazendo Natasha sorrir se lembrando de quando estava grávida.


Vivia chamando Steve da mesma forma. Precisava dele perto o tempo todo, os enjoos só passavam quando sentia o cheiro dele, então quando ele passava alguns segundos longe ela o chamava daquela mesma forma, com a mesma impaciência.



— Só um minuto, Evie — Pediu saindo do banheiro, antes precisava olhar alguns dados que Rhodes tinha mandado.


— Meninas, cheguei  — Steve anunciou-se entrando na cozinha deixando as sacolas que havia trazido, ele tinha ido ao mercado comprar algumas coisa para eles almoçarem, e foi para a sala de jantar, onde eles costumavam trabalhar. — O que são esses dados?



— Supostamente Clint — Ela deu um suspiro triste dando uma mordida em seu sanduiche de manteiga de amendoim.


— Sabemos onde ele está? — Natasha negou, fechando os dados.


— Mamãe! — Evie voltou a chamar chorosa. Natasha sorriu revirando os olhos.


— Já vou, Evangeline Impaciente Rogers — Falou alto, indo para a sala.


— Ei, oi!! Tem alguém em casa? Aqui é o Scott Lang, a gente se conheceu há alguns anos no aeroporto, na Alemanha. Eu...eu era o cara que ficava grandão, eu tinha uma mascara irreconhecível...— Eles ouviram um dos interfones.


— Nat, isso é uma gravação antiga? — Steve perguntou olhando a câmera de segurança do portão principal. Natasha voltou para ver do que ele falava.


— Não, é o interfone da entrada. — Disse com um olhar cheio de esperança, observando a câmera — Você fala com a Evie, eu abro — Sem dizer nada, ele foi na sala falar com a filha para que ela ficasse quietinha enquanto eles trabalhavam.


Scott apareceu como uma luz no fim do túnel com uma solução para trazer todos de volta. Uma louca viagem no tempo através do reino quântico. Apesar dos contratempos em transformar Scott em bebê, criança e idoso, com a ajuda de Tony e Professor Hulk, eles conseguiram arrumar a máquina de assalto no tempo para ir atrás das joias  e reverter o estalo.



* * *



— Posso ir com você? — Evie perguntou fazendo uma carinha fofa para convencer. Natasha riu olhando o que ela fazia pelo retrovisor.


— Não, a mocinha vai ficar com a tia Pepper até virmos te buscar — explicou novamente, estacionando o carro em frente a casa dos Stark. — Vamos? — Evie assentiu tentando soltar o cinto. Natasha a ajudou e as duas saíram em direção a entrada, tocando a campainha. Pepper logo as atendeu. — Obrigada por ficar com ela — agradeceu entregando a bolsa de Evie.



— Não por isso — Pepper sorriu gentilmente pegando a bolsa. — Voltem inteiros, por favor — pediu. Natasha concordou sorrindo.



— Evie, vem cá — Natasha chamou. A pequena nem bem tinha dito oi para Pepper e já tinha saído para brincar com Morgan. — Se comporte, ouviu? — Evie fez que sim — Volto logo, tudo bem? — a pequena voltou a assentir — Amo você — Disse a pegando no colo e a abraçando — Tchau, meu amor. — Dando um beijo na bochecha dela, Natasha se despediu.


Já no complexo, todos estavam prontos para o assalto no tempo. Antes de propriamente começarem, Natasha puxou Steve para um canto, queria um tempinho com ele. Nas últimas semanas, eles tinham focado mais no trabalho  e em cuidar de Evie e acabavam sem tempo para passarem juntos.


— Quando voltarmos tenho algo para te contar — ela fez mistério, dando seu clássico meio-sorriso.


— Vai me dar alguma dica? — Tentou mas sabia que ela nada diria. Natasha fez que não — Vou ganhar pelo menos um beijo de consolo? — pediu se fazendo de pobre coitado. Ela riu confirmando. Steve a abraçou pela cintura e as mãos dela correram para seu pescoço, o puxando para mais perto e o beijando. — Amo você — disse ofegante ao final do beijo.



— Te amo — Ela disse da mesma forma, retomando o beijo.


— Hey!!! Tá na hora, casal — Tony os chamou.


— Hora de trazer todos de volta — Natasha anunciou sorrindo. Steve concordou. Os dois subiram na plataforma junto com os outros.



— Há cinco anos nós perdemos. Todos nós. Perdemos amigos. Perdemos família. Perdemos parte de nós. Hoje temos a chance de tentar desfazer isso. Conhecem sua equipe, conhecem sua missão. Peguem as joias, tragam elas de volta. Uma viagem para cada um, não podem errar. Só uma chance. Muitos de nós estão indo para um lugar que conhece, isso não quer dizer que sabemos o que esperar. Tomem cuidado, cuidem uns dos outros. Esta é a luta das nossas vidas. Nós vamos vencer. Custe o que custar. Boa sorte— Disse Steve fazendo mais um de seus discursos motivadores.


—  Ele fala tão bonito —  Rocket comentou com Scott.


— Né?! —  Scott concordou.


— Tá legal, vocês ouviram o homem! —  Tony disse  —  Digita ai ô chuchu bombado, liga essa coisa —  Pediu. Professor Hulk assim fez, ligou a máquina quântica


—  Promete que vai trazê-la de volta inteira, né? —  Rocket pediu a Clint, que iria com sua nave para Volmir, acompanhado de Natasha.


—  Tá, tá, tá pode deixar, vou fazer meu melhor — Clint confirmou sorrindo.


— Eita promessinha furreca —  Rocket resmungou, enquanto Hulk subia na plataforma também.


— Te vejo em um minuto — Natasha disse sorrindo para Steve. Assim, os trajes foram acionados e cada um foi para seu destino com sua respectiva equipe ou dupla.


 


|Volmir|


Natasha e Clint estavam em um impasse, alguém teria que se sacrificar em troca da joia da alma. Uma alma por outra, era o que dizia o trato.


— Acho que nós sabemos quem tem que ir — Clint começou


—  Acho que tem razão. —  Natasha concordou, imaginado que ele falava dela.


—  Eu tô achando que não falamos da mesma pessoa, Natasha —  Rebateu


—  Nesses cinco anos eu tentei fazer uma coisa, chegar até aqui, esse foi o motivo: poder trazer todo mundo de volta — Essa era a única chance de trazer todos, mesmo que para isso ela precisasse deixar as duas pessoas que ela mais amava na terra e em todos os outros mundos possíveis.


—  Ah não vem com essa de heroína pra mim, Nat! —  Pediu


—  O quê? Você acha que eu quero? Eu tô tentando salvar sua vida, seu idiota! — Ela já estava levemente irritada, que droga! Ele não podia só aceitar que ela iria fazer aquilo?


—  É, mas eu não quero que faça —  as lágrimas começavam a surgir nos olhos dele, não podia deixá-la fazer aquilo —  Natasha, você sabe o que eu fiz — Lembrou para que ela usasse de lógica para deixá-lo ir —  Você sabe no que eu me transformei


— Não julgo as pessoas por seus piores erros — Natasha argumentou.


— Talvez devesse.


—  Você não julgou —  Ela já não conseguia esconder algumas lágrimas que começaram a se formar em seus olhos, se lembrando de quando ele a tinha recrutado para participar da S.H.I.L.D


— Não julguei —  Concordou —  E hoje, aquela antiga assassina russa, tem a família que tanto sonhou — Sorriu, fazendo com que Natasha sorrisse também com as lembranças de Evie e Steve. Um breve filme de sua vida com aqueles dois passou pela cabeça da ruiva apertando seu coração machucado, que tinha sido remendado com os sorrisos inocentes da filha, mas ela precisava fazer aquilo, ainda precisava limpar o vermelho de sua conta e trazer todos de volta. — Eu vou — Clint se prontificou, depois de minutos em silêncio, os dois apenas observando um ao outro e pensando — Você ainda tem muito o que viver com a Evie e o Steve. — Argumentou. Natasha fez que não, sentido seu coração se despedaçar.


— Eu tive meus melhores anos com eles, pude me despedir... Eu vou — Impôs. —  Clint Barton, eu vou nem que eu tenha que te amarrar em algum lugar para isso —  Ameaçou


— Você é muito mala, sabia? — Reclamou. Os dois se aproximaram, colando suas testas. Era uma despedida e essa seria definitiva — Tá, venceu —   Clint vendo que não teria outra saída, ela não mudaria de ideia, concordou. Ela sorriu aliviada mas mal teve tempo de reagir ao acordo, só sentiu uma pancada forte na parte de trás do joelho e ser derrubada no chão


— Diga a minha família que eu os amo — ele pediu se preparando para correr mas Natasha foi mais rápida em dar alguns golpes nos braços dele, o derrubando


— Por que não diz você? — ela retrucou atirando um de seus dardos elétricos nele e, em seguida, correndo em direção ao precipício. Clint foi rápido em conseguir se livrar do dardo, se levantar e atirar uma flecha próximo ao pé de Natasha, fazendo com que ela caísse.



Se aproveitando disso, ele correu em direção ao precipício se lançando a morte mas algo o atingiu assim que pulou. Natasha. Ela o prendeu a um equipamento de escalada, ficando pendurada a ele apenas pela mão, um impulso e ela cairia.



— Não, não faz isso —  Pediu angustiado, tentando segurá-la. —  Espera!


— Só diga ao Steve e a Evie que eu os amo — Pediu.


— Nat, não! — tentou puxá-la.


— É a minha hora. — Disse com dificuldade, já estava escorregando das mãos dele.


— Nat, não por favor, não! —  Pediu desesperado


— Eu tô tranquila. — Afirmou.


— Não, por favor! — Era tarde, ela já tinha feito um impulso para se soltar caindo vários metros até o chão. 


Clint não teve muito tempo para pensar, uma tempestade de luzes e raios surgiu e ele "acordou" em uma piscina rasa, com a joia na mão. Ela tinha ido, se sacrificado por aquilo. Logo em seguida, seu traje foi acionado, o levando de volta para o complexo e a linha temporal de 2023.


— Pegamos todas? — Bruce perguntou, assim que todos chegaram


— Estão me dizendo que isso funcionou? — Rhodes sorriu feliz, balançando o objeto que guardava a joia do poder. A felicidade logo se foi quando ouviram o barulho de algo batendo no chão de ferro. Clint, já sem forças e em choque pela perda da amiga, caia de joelhos, ainda na plataforma


— Clint, cadê a Nat?  — Bruce foi o primeiro a perguntar, sentindo falta da ruiva. Steve  sentiu seu coração se apertar. Clint não respondeu, nem encarou Steve, não sabia como contar.


— Clint. Cadê. A. Nat?! — Steve repetiu a pergunta pausadamente.


—  Acho melhor irmos para outro lugar — Clint advertiu. Clint, Tony, Thor e Bruce foram para uma área externa, os demais deixaram-os sozinhos.


— Pode começar, Clint —  Tony pediu. Com um suspiro cansado, Clint começou a relatar o que tinha acontecido em Volmir.


— Deveria ter sido eu — se culpou, ao terminar o relato.


Steve estava sem reação, totalmente abatido. O que ele explicaria para a filha? Como viveriam sem Natasha?


— Steve — Tony o chamou — Temos que fazer, por ela — o lembrou. Ainda apático, Steve assentiu, se levantando.


Todos seguiram para o lab, todo o complexo seria fechado. Após uma breve discussão com Thor sobre quem daria o estalo, Professor Hulk colocou a manopla estalando os dedos. Alguns segundos depois, Scott saiu da sala, observando passarinhos a voarem pelo jardim, coisa que não acontecia tinha algum tempo. O celular de Clint, que estava em uma bancada próxima, começou a tocar. Laura.


— Funcionou! — anunciou sorrindo com lágrimas nos olhos.


— Não totalmente — Hulk lamentou olhando para Steve — Eu tentei — Disse em tom de desculpa e com dificuldade, ainda jogado no chão sentindo uma queimação absurda no braço.


Steve não disse nada. Ele precisava de Evie, sua filha, a única coisa que o lembraria de Natasha, que aliviaria ao menos um pouco, aquela dor que ele estava sentindo. Pegando o carro da ruiva, ele dirigiu até a casa dos Starks. Quando Pepper abriu a porta, ele apenas passou pela loira que o olhou confusa, antes de perguntar qualquer coisa, ela viu o carro de Tony estacionar de qualquer jeito e ele correr até a casa.


 


— Evie — Chamou.  Em um segundo a ruivinha apareceu, acompanhada de Morgan que correu até Tony.


Steve pegou a filha no colo a abraçando o mais forte que conseguia, sem machucar a menina, aspirando seu cheirinho como se fosse o ar que ele precisava para viver. Tentando evitar que as lágrimas caíssem, ele se afastou um pouco dela a observando. Podia ver muitas coisas de Natasha naquele rostinho, o nariz, os lábios, as sobrancelhas...


— Papai, achei isso na minha mochila — Ela disse estranhando o objeto, entregando a ele. Steve pegou o bastão com as mãos trémulas, se  sentando no sofá próximo colocando a pequena sentada em seu colo.



"Não, por favor, não!" — Steve pedia em pensamento.



Evie estava confusa e queria muito saber o que era aquilo. Abriu a bolsa a procura de seu copinho para tomar suco com Morgan e achou aquele bastão estranho, parecia uma caneta mas não tinha como escrever. Tony tinha acabado de explicar a Pepper o que tinha acontecido e agora, os dois observavam Steve e Evie sentados no sofá.


"Steve, o que você acha de mais um bebê?!" Natasha tinha perguntado a um mês, um mês e meio mais ou menos. "Quando voltarmos, tenho uma coisa para te contar". Ela tinha o avisado antes de partirem.



Foram as duas primeiras coisas que vieram a mente de Steve. Ele conhecia aquele bastão, tinham feito um teste de gravidez parecido no consultório médico na gestação de Evie. Retirando o lacinho que cobria o resultado, Steve se deparou com duas listinhas rosas. Grávida.



— Steve — Tony o chamou receoso — o que é... — Ele se aproximou e pôde ver o teste, reconhecendo também — Ela estava... Grávida? — Perguntou surpreso. Steve assentiu ainda encarando aquele teste.


De quantos meses ela estaria? Como ele não reparou nas mudanças no corpo dela?  No comportamento?  Na primeira vez, Natasha teve todos os sintomas possíveis e imagináveis de uma gestação, do sono e enjoos a enxaqueca e desejos estranhos. O corpo tinha mudado muito rápido, assim como os hormônios mudaram bastante o humor dela. E como dessa vez ele não tinha percebido nada?


Olhar para aquele teste estava sendo como reviver vários momentos, não só em relação a gravidez mas desde o momento em que se conheceram, a primeira missão, o beijo no shopping, as brincadeiras... Tudo! As lágrimas saiam sem nenhum esforço, ele tentava se controlar por Evie mas estava impossível, a pequena apoiou o rostinho no ombro do pai observando sem entender o porquê do choro e ainda curiosa com o objeto.


Custe o que custar, ele tinha dito. Custe o que custar. O que custar... E quando custou? Natasha e um filho, metade de sua família, metade de sua vida.



            "Não queria que ficasse sozinho"



Agora ele e Evie estavam sozinhos, sem seu porto seguro, sem seu lugar no mundo.



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Autor(a): lety_atwell

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♪ Música: It's been a long, long time ♪   — O cheiro está ótimo — Steve elogiou entrando na cozinha depois de mais uma missão. — Vamos ver se o gosto acompanha o cheiro — Natasha brincou, se virando para ele — Você demorou — Reclamou fechando a cara. — Temos a grávida care ...


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