Fanfics Brasil - I'm not the only one - Romanogers One-Shots: Romanogers & WinterWitch

Fanfic: One-Shots: Romanogers & WinterWitch | Tema: Vingadores


Capítulo: I'm not the only one - Romanogers

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Steve não soube como nem quando, só sentiu o peso de Natasha o apertando contra a parede de seu quarto e a boca da ruiva atacando a sua, o beijando.


— Por que isso? — Ofegante e confuso, Steve se afastou um pouco dela em busca de ar e uma visão melhor dela.


— Eu não sei qual vai ser sua reação mas eu preciso te dizer uma coisa — Ainda buscando coragem para dizer o que precisava, Natasha respirou fundo e fechou os olhos — Steve, e-eu...amo você — confessou abrindo os olhos, o encarando. Steve a encarou por alguns segundos tentando processar aquela informação — Eu não deveria ter dito — Se arrependendo da atitude, ela se afastou dele.


— Nat, não! — A puxando de volta Steve inverteu as posições e a beijou com toda a paixão que conseguia — Eu também amo você — Assumiu também, fazendo Natasha soltar uma leve risada de alivio.


— Amo você! — Ela repetiu se atirando em cima dele, passando os braços pelo pescoço de Steve quase o enforcando.



* * *



— Bom dia — Steve desejou entrando na cozinha, onde todos tomavam café — Bom dia, Nat — Se aproximando da ruiva, ele deu um selinho nela e se sentou ao seu lado.


— Bom dia, Rogers — Natasha retribuiu, voltando a atenção ao seu café.


— Quem diria que isso duraria três anos — Tony comentou se servindo de café.


— E que teríamos uma Natasha tão afetuosa em público — Sam acrescentou.


— Natasha só fica assim com a Lila e com a Morgan — Clint também entrou na conversa


— Oie!!! Eu tô aqui sabia? — Natasha interrompeu — Como vocês sabem que fazem três anos?


— Tony fez uma marcação bem discreta no calendário — Sam apontou para as folhas na geladeira, onde o dia seguinte estava marcado com canetas marca-texto rosa e azul. Revirando os olhos, Natasha voltou a atenção ao seu café. — O que teremos de especial amanhã?


— Desde quando isso virou um interrogatório? — Natasha devolveu a pergunta indignada. — O que acontecer amanhã, como sempre, não será da conta de vocês. —  Deu o assunto por encerrado.
O dia passou normal com Clint e Tony importunando Natasha para saber se ela faria algo especial para Steve, já que eles sabiam que Steve faria alguma coisa para Natasha.
Despistando os dois, a ruiva saiu para buscar o presente de Steve. Ela tinha feito um pedido em uma joalheria para fazerem uma corrente com um pingente em forma de escudo, nas cores da Viúva Negra, que se abria revelando uma foto dos dois. Vendo o presente ela ficou satisfeita e saiu feliz da loja, estava tudo pronto para o dia seguinte.


— Mas o que...? — Com a compra feita, Natasha estava seguindo seu caminho para o seu carro quando reparou, curiosamente, em um casal aos beijos até ai nada de novo sob o sol mas Sharon foi o que chamou a atenção, ela estava trabalhando na CIA em um caso com a S.H.I.E.L.D.  — Que surpresa, agente 13 — Ela sorriu seguindo seu caminho, até que ouviu uma voz muito familiar.


— Te vejo amanhã? — Sharon perguntou.


— Amanhã não dá, talvez no final de semana — A voz masculina respondeu, fazendo Natasha paralisar. Era... Steve?. Natasha se virou para ter certeza do que estava ouvindo. Não podia ser Steve, ele nunca faria aquilo com ela. Não ele. Ao voltar a atenção para o casal ela sentiu o coração parar.


 


— Nat? O que está fazendo aqui? — Clint questionou entrando em sua sala. — Aconteceu alguma coisa no seu escritório?  — Natasha fez que não sem dar muita importância — O que foi? — Clint perguntou agora preocupado, a conhecia o suficiente para saber que algo estava errado. — Natasha! — Sem mais paciência para continuar perguntando, ele foi até ela ver o que estava acontecendo. — Você está hackeando o celular do Steve? — Ele observou as informações na tela confuso. — Por que?


— Bom porque eu descobri que meu maravilhoso namorado está tendo um caso com a Sharon — Explicou irônica, salvando os documentos em um pen-drive e o retirando do PC. — Obrigada — Ela se levantou indo até a porta.


— Ei, ei, ei... volta aqui — Ele a chamou a pegando pelo braço e fechando a porta — Me conta isso direito — Pediu a sentando no sofá. Natasha respirou fundo e começou a relatar o que tinha visto mais cedo no shopping e o que viu no celular de Steve ao hackear. — Steve não fez isso — Soltou indignado.


— Acredite, ele fez — Afirmou forçando um sorriso.


— O que você vai fazer?  — Ele estava preocupado.


— Preciso de um tempo, vou passar alguns dias em Nova Jersey. — Ela estava com um olhar vago, sem emoção nenhuma. — Eu vou indo, tá? — Clint não disse nada, apenas deixou que ela seguisse seu caminho.


Natasha foi para seu quarto arrumando uma pequena mala, saindo minutos depois. Sabia que tinha dito a Clint que iria para Jersey, onde tinha uma casa, mas Steve também sabia disso e seria o primeiro lugar que eles a procurariam. Mudando de rota, ela seguiu para o Brooklyn, ficaria com Yelena e Pietro por uns dias.


Yelena, sua irmã mais nova, tinha aparecido alguns anos antes em uma missão que eles tinham feito na Rússia e as duas estabeleceram uma relação muito boa. Yelena acabou indo com os Vingadores para Nova Iorque, onde conheceu Pietro, que tinha ficado com Wanda no complexo, e a atração entre os dois foi instantânea. E já tinham cinco anos que os dois estavam juntos e tinham alguns meses que tinham tido uma filha, Molly.


Seria um ótimo refugio para Natasha, ficar próxima da irmã e da sobrinha.


— Oi maninha — Natasha forçou um sorriso ao ver a loira abrir a porta.


— Oi Nat — Yelena abriu a porta surpresa, Natasha nunca aparecia sem avisar. — O que aconteceu? — Perguntou direta, sabendo que tinha um motivo maior para a irmã aparecer daquele jeito — Andou chorando? — Observou, reparando nos olhos vermelhos dela.


— Posso entrar? Te explico melhor ai dentro — Pediu, secando uma lágrima que insistia em sair. Yelena deu passagem para que Natasha entrasse, fechando a porta em seguida. As duas seguiram para a sala, Natasha se sentou em um dos sofás. Yelena fez o mesmo, se sentando em um sofá em frete a irmã. — Cadê a Molly? — Perguntou sentindo falta da sobrinha.


— Dormindo — Disse sem dar muita importância aquilo. — Mas me conta, o que aconteceu e quem eu vou ter que matar? — Pergunto brincado um pouco e falando sério. Natasha riu de leve e explicou toda a situação com Steve, deixando Yelena de boca aberta. — Você está me dizendo que o Capitão América, Steve Rogers, o menino de ouro da américa, te traiu? — Repetiu. Natasha fez que sim, jogando a cabeça para trás apoiando no encosto do sofá tentando evitar novas lágrimas.


— Definitivamente eu não sou para o amor — Ela concluiu — Posso ficar aqui alguns dias? — Pediu.


— Claro, é por isso que você tem um quarto aqui. — Permitiu. Natasha sorriu agradecida, não queria voltar para o complexo e ter que lidar com as perguntas mudas nos olhares dos amigos. —  Sabem onde você está? —  Natasha negou. —  Clint?


—  Nem ele. Disse que estava indo para Nova Jersey e deixei um recado para Steve dizendo que tinha uma missão, então... —  Explicou. — O quarto está usável?


— Está sim, se você quiser ir se deitar — Ofereceu.


Natasha se levantou indo para o andar superior e seguiu para o quarto que era destinado a ela. Abrindo closet, ela pegou algumas roupas que tinham ficado ali da ultima vez.



***Complexo Vingadores***



— Clint, você v...


Steve não teve tempo de completar a frase, só sentiu o peso do punho fechado de Clint no seu rosto. Tony, que vinha atrás de Steve, rapidamente foi segurar Clint.


— Clint, o que aconteceu? Enlouqueceu? — Tony perguntou o sacudindo.


— Tony, me solta por que eu ainda não acabei — Ele praticamente gritou, visivelmente irritado, se debatendo para se livrar dos braços de Tony.


— O que aconteceu, dá pra ouvir os gritos lá de baixo — Wanda e Bucky entraram na sala, ouvindo os gritos.


— Clint, me explica por que eu também não entendi — Steve perguntou pela primeira vez, ainda sentido o rosto arder.


— O que acha de chamar a Sharon para explicar? — Clint perguntou irônico. Steve o olhou surpreso, como ele sabia?


— O que a Sharon tem haver com isso, Clint? — Bucky quis saber, não estava entendendo nada.


— Ele está traindo a Natasha com ela — Revelou chocando a todos. No choque da noticia Tony soltou um pouco Clint, que avançou novamente para Steve. — Wanda, me solta. —Usando seus poderes, Wanda voltou a segurar Clint.


— Eu sei que você está bravo mas bater nele não vai resolver — Tentou acalma-lo. — Vamos sentar e conversar. Tudo bem? — Clint fez que sim mas assim que Wanda o soltou, ele voltou para cima de Steve, que se defendeu dessa vez.


Demorou um pouco mas conseguiram acalmar Clint e se sentaram para conversar, deixando Steve falar tudo o que havia acontecido entre ele e Sharon,


— Eu não acredito que você fez isso, Steve! — Tony exclamou incrédulo. — Como você foi fazer isso com a Tasha?


— Só foi acontecendo, quando eu percebi já estava sem controle — Steve tentou explicar mais uma vez.


— Onde ela está? — Wanda tinha olhado o complexo todo mas nenhum sinal da ruiva. — Ela não está no complexo.


— Clint, eu sei que você sabe onde ela está. Cadê ela? Eu preciso falar com ela — Steve pediu ficando em pé, enfrente a Clint.


— Ela precisa de um tempo, a deixe, quando ela quiser conversar ela te procura — Ele dispensou ainda muito irritado.
Steve não disse mais nada, apenas saiu da sala. Precisava falar com Natasha, esclarecer as coisas com ela. Sharon tinha sido um enorme erro, as coisas tinham ido longe demais sem que ele percebesse e apenas aconteceu.  Ele ligou para ela uma, duas, três vezes e nada de atender. Na vigésima vez, ele desistiu. Daria o tempo dela, ele já tinha errado demais.



* * *



Duas semanas tinham se passado e nada de Natasha aparecer, Steve estava sem saber o que fazer. Arrependimento estava longe do que estava sentindo, um remorso muito grande, precisava falar com ela e esclarecer tudo com ela. Ele tinha tentado por diversas vezes arrancar de Clint alguma informação mas sem sucesso e Wanda se recusava a ajudá-lo, ele teria que esperar o tempo de Natasha. Tinha tentado com Yelena e Pietro mas os dois também não tinham notícias da ruiva.


— Natasha, atende por favor! — Pediu ligando pela enésima vez naquele dia para ela — Vamos!!! — Insistiu mas acabou caindo na caixa posta de novo. — Já sei! — Nas duas semanas que tinham se passado ele já fazia uma ideia de onde ela poderia estar, em Nova Jersey.


Arrumando algumas coisas Steve pegou seu carro e seguiu para a casa de Natasha, ficava localizada no centro e era um lugar muito agradável. Ele gostava de passar as tardes livres com ela lá. Sempre que podiam, eles despistavam os amigos e seguiam para lá. Ao chegar, tudo estava trancado e aparentemente não tinha ninguém na casa.


— Vamos Nat!!! — Resmungou tentando mais uma vez ligando para ela. Olhando mais um pouco ao redor, ele reparou em uma pilha de jornais velhos e se lembrou que Natasha guardava uma chave ali. Remexendo um pouco na pilha, ele achou a chave e entrou no imóvel. — É, aqui ela não veio — Depois de passar alguns minutos procurando vestígios de que Natasha esteve ali ele não achou nada, concluindo que ela não esteve ali.


Voltando para o carro, Steve pensou onde mais ela poderia estar. Tinha que ser um lugar próximo, ele estava passando os últimos dias no quarto dela e reparou que ela não tinha levado muita coisa e alguns produtos que ela usava ainda estavam no banheiro, então longe ela não estava e não pretendia demorar muito. Para onde ela poderia ter ido?


Pensando um pouco, ele voltou para Nova Iorque seguindo para o Brooklyn. Se ela não estava ali, estaria com Yelena. Ela precisava estar. Yelena encobriria a irmã com certeza e Pietro concordaria em esconder a cunhada, até mesmo de Wanda.



***Natasha***


"Tive que sair, volto antes do jantar. Alias, pode fazer o jantar hoje? E cuidar da Molly? E fazer as compras?
Amo você
—Yelena"
Natasha tinha acabado de acordar com o choro de Molly e foi ver o que estava acontecendo, Yelena não costumava deixar a pequena chorar por muito tempo. Depois de uma pequena vasculhada na casa, ela não encontrou ninguém na casa só aquele bilhete na porta da geladeira.


— Era só o que me faltava, Yelena! — Natasha reclamou indignada com a sobrinha no colo — Acredita nisso, Molly?. — Ainda indignada, Natasha subiu com Molly para trocarem de roupas para o dia cheio. — Estamos iguais — Constatou ao ver que as duas estavam vestindo all-star e calça jeans. — Agora vamos para a parte difícil, sua cadeirinha. — Já pontas, Natasha seguiu para a garagem, para colocar a cadeirinha no veiculo. Um pequeno desafio.


— Babababa — Molly resmungou sentada na cadeirinha, observando Natasha colocar o suporte.


— É Molly, sua mãe é uma aproveitadora — Respondeu ao resmungo. Molly tinha só sete meses então não falava mas os resmungos poderiam ser considerados conversas. — Pronto, acho que consegui, agora eu tenho que colocar você aqui — Pegando a cadeirinha, Natasha colocou no suporte se certificando de que estava bem colocada e finalmente saiu.



Chegando a casa de Yelena, Steve encontrou tudo fechado mais uma vez mas dessa vez ele esperaria até alguém chegar. Depois de três horas, Steve estava quase dormindo quando um carro estacionou na garagem e, para a felicidade de Steve, era o carro de Natasha. Saindo do carro ele foi até ela, que estava distraída pegando as compras enquanto conversava com Molly.


— Nat? — Chamou atrás dela.


— Rogers — Ela se virou para ele com um olhar vazio. — O que veio fazer aqui?


— Precisamos conversar — Disse obvio.


— Olha Steve, o que eu vi já foi o suficiente pra entender que você e a Sharon se merecem — Dispensou calma. Ela abriu a porta do carro pegando Molly que estava dormindo na cadeirinha e as compras no porta-malas. Steve a seguiu pegando o que ela não podia por estar com a bebê nos braços. Natasha não contestou, o conhecia e sabia que ele seria insistente.


— Vai me ignorar por quanto tempo? — Ele questionou depois duas horas em silêncio. Natasha já tinha deixado Molly no berço e guardado as compras mas não tinha trocado nenhuma palavra com ele. Natasha não respondeu, apenas continuou a passar as páginas da revista que "lia". — Já que você não quer falar, eu falo — Decidiu. Natasha continuou a ignorá-lo, se acomodando melhor no sofá — Não tem desculpa para o que eu fiz, eu sei, trair você foi a pior decisão que eu to-


— Tá, já que você quer falar eu tenho algumas perguntas — Natasha se pronunciou pela primeira vez — Desde quando isso começou?


— Mês passado — Confessou envergonhado, olhando um ponto especifico no chão.


— Você...você a ama?  — Aquela pergunta doía, doía muito mas ela precisava saber. Se ele a amasse, não teria nada que ela pudesse fazer.


— Não, não a amo — Ele levantou olhar para ela, esperando que ela acreditasse ele. Natasha o estudou por alguns segundos, tentando ter certeza de que ele falava a verdade. — Eu amo você, Tasha.


— Steve, eu juro que estou tentando entender o que aconteceu mas  está difícil. Eu não era suficiente para você? — Perguntou se levantando, andando de um lado a outro.


— Você é mais que suficiente, Nat. — Afirmou triste, tentando se aproximar dela mas ela se afastou.


— Então por que você fez, Steve? — Realmente ela queria entender o porquê, Steve não era assim. — Eu fiz alguma coisa?


— Natasha, você sempre foi maravilhosa. Uma ótima amiga, namorada... e-eu só  me deixei levar pela Sharon. — Tentou explicar.


— Ainda assim, você tinha a opção de não ficar com ela — Lembrou obvia.


— Eu sei, não tem justificativa mas Nat, eu amo você. — Ele tentou se aproximar mais uma vez mas, novamente, ela se afastou.


— Certeza? Porque se amasse mesmo não teria feito isso — Disse sentida.


— Eu sei — Concordou se sentando em uma das poltronas, Natasha fez o mesmo e os dois ficaram em completo silêncio. — Nat.


— O que? — Ela perguntou baixinho, tentando fazer com que ele não percebesse a voz de choro mas ele notou. Se levantando, ele foi até ela e se ajoelhou a sua frente.


— Nat, eu sei que o que fiz não é certo mas me perdoa? — Pediu.


 


— Tasha, você tem que parar com isso e falar com ele — Yelena opinou. Tinham alguns dias que Steve estava passando com os três e tinha um clima estranho entre Natasha e Steve. Ela o perdoou mas não era o suficiente para voltarem mas queria muito esquecer de tudo e voltar.


— Você fala assim porque não foi o Pietro — Respondeu levemente irritada, brincando com Molly no chão do quarto da bebê.


— É, não foi mas se fosse e eu ainda estivesse interessada nele tentaria uma reaproximação aos poucos, retomando a confiança devagar. — Orientou. — Pensa nisso.  — Deixando Natasha com Molly, Yelena saiu do quarto.


Naquela noite no jantar Natasha trocou algumas palavras com Steve e o ajudou com as louças do jantar em uma aproximação lenta, como a irmã tinha sugerido. Steve ficou feliz ao ver o que ela estava fazendo e agradecia mentalmente a Yelena por aquilo.


Os dias foram passando e os dois estava com uma relação estável. Natasha tentava se lembrar diariamente das palavras de Yelena e ir com calma, eles não conversavam muito mas o que ela estava disposta a falar já deixava Steve feliz. Eles já tinham voltado para o complexo e os amigos estavam tentando entender o que estava acontecendo entre os dois. 


— Não acredito que até o Clint saiu! — Natasha saiu da cozinha indignada ao ver que estava sozinha no complexo, não fosse por Steve. — Vocês me pagam!


Decidindo evitar Steve enquanto estavam sozinhos, Natasha foi para a academia. Treinar sempre a fazia pensar sobre as coisas. Steve e ela estavam se "resolvendo", não tinham uma relação como antes mas estava bem melhor e ela sentia o coração voltar a bater mais forte por ele sem doer tanto.


— Steve Rogers, o que você fez comigo? — Se perguntou desligando o chuveiro. Já tinha acabado o treino e estava saindo do banho. — Muito inteligente, Natasha, agora vai ter que atravessar o complexo todo só de toalha — Reclamou ao perceber que tinha deixado as roupas em seu quarto. — Ok, vai ser rápido.


Tentando ser o mais rápida possível, ela saiu pingando até o andar dos quartos. A porta do quarto de Steve era a primeira e a sua em seguida, ela estava torcendo para que ele não aparecesse naquele momento mas, infelizmente, ela não tinha tanta sorte. Ela estava passando pela porta de Steve, quando o mesmo saia do quarto distraído com um livro e acabou esbarrando em Natasha que se desequilibrou. Na tentativa de continuar em pé, ela se segurou nele mas acabou o levando junto para o chão caindo por cima dele.


— Nat...


— Steve...


Os dois ficaram apenas se olhando por longos segundos até que Steve levantou um pouco a puxando para um beijo. Natasha não resistiu, apenas correspondeu ao beijo. Em parte era o que ela queria, voltar a ser dele. Os dois ficaram ali, jogados no chão, por minutos se beijando. O beijo foi esquentando, Steve se levantou e a levou junto a prensando contra a parede.


— Meu...quarto — Ela pediu ofegante, sentindo os beijos seguirem para o pescoço dela. Eles  não iriam se conter só com aquilo. O quarto dela seria a melhor opção, já que ela ainda queria ter algum tipo de controle na situação. Sem questionar, Steve fez o que ela pediu e seguiu para o quarto dela, trancando a porta em seguida.


 



— Bom dia — Steve desejou sorrindo afastando alguns fios de cabelo que caiam no rosto de Natasha.


— Bom dia — Ela retribuiu o sorriso por alguns segundos mas logo ficou séria. 


— O que foi? — Questionou confuso ao perceber a alteração dela.


— Steve, o que aconteceu ontem não quer dizer que vamos voltar — Contou em tom sério mas ele tinha que saber. — E-eu queria muito esquecer e voltar com você mas ainda dói.


— Eu sei que o que eu fiz foi errado, que te machuquei mas não tem nenhuma chance de voltarmos? — Perguntou triste.


— Eu não sei — Ela estava realmente em duvida daquilo. Ainda o amava, isso ela tinha certeza mas saber o que tinha acontecido ainda machucava.


— Eu vou para o meu quarto —  Ele se levantou, colocando suas roupas e indo para seu quarto.


Natasha observou tudo em silêncio. Ela via verdade no que Steve estava dizendo sobre ter se arrependido mas ainda assim, não se sentia segura para voltar, para dar uma segunda chance. Algumas horas depois ela ainda estava pensativa no quarto, sentada em uma poltrona num canto, quando ouviu uma batida na porta e algo passando por baixo da porta em seguida. Ela se levantou indo pegar o papel que tinha sido passado por baixo da porta abrindo a carta, pela letra ela sabia que era de Steve.


"Nat, eu sei que o que fiz foi muito errado, trai sua confiança e estraguei toda nossa relação. Isso não tem justificativas, eu sei. Mas eu ainda amo você e eu sei, que lá no fundo, você ainda me ama também (sei que parece um pouco arrogante mas é verdade). E espero que você me dê uma chance, de verdade. Não precisa me responder agora mas me dá outra chance?



PS: Use nossa aliança como pingente da sua correntinha caso sua resposta seja um talvez/sim."


Natasha leu e releu aquele bilhete pensativa rodando a aliança no dedo. Tantas outras pessoas já a tinham machucado e nem se importaram em tentar reaver o que tinha sido feito e Steve estava ali pedindo mais uma chance.


— Espero que tenha feito a escolha certa, Natasha — Ela sussurrou para si mesma saindo do quarto, dando de cara com Steve. — Steve! — Disse surpresa. Ela tinha resolvido sair do quarto naquele momento pois imagina que ele já teria ido embora como ele tinha dito no dia anterior.


— Natasha — Ele passou por ela indo até o quarto que estava ocupando com um enorme sorriso.



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Autor(a): lety_atwell

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