Fanfic: One-Shots: Romanogers & WinterWitch | Tema: Vingadores

A respiração ofegante e os batimentos descompassados de Natasha era um ótimo sugestivo de que estava no caminho certo. Steve continuou os  beijos que distribuía no pescoço da ruiva em uma linha que ia em direção ao sutiã de renda carmim. Passando os braços por trás dela, ele desfez o feixe da peça, deixando os seios expostos. Com um sorriso entre malicioso e ansioso, Steve passou a beijá-los com vontade arrancando gemidos extasiados de Natasha. 

Observando as reações dela o loiro foi beijando lentamente alguns pontos da barriga dela, que ia se ondulando e se arrepiando a cada beijo depositado. Natasha estava afoita com toda aquela atmosfera sensual e excitante que ele havia criado em poucos minutos, tentando extravasar tanto tesão e desejo, as mãos se apertavam contra o lençol e os cabelos dele. 

Mantendo um sorriso travesso no rosto, Steve chegou a barra da calcinha dela. Erguendo um pouco o olhar, ele a viu impaciente para que ele fosse mais rápido com aquilo, porém brincar era mais divertido. Sem retirar a renda carmim, que era a única peça que a cobria, ele passou a beijar a intimidade dela, travando uma pequena batalha com a renda mas instigando a ruiva que afastava as pernas cada vez mais para que, de alguma forma, ele a invadisse. Ao contrário do que ela imaginava, ele voltou a se colocar por cima dela, mantendo uma mão em sua intimidade, ainda coberta pelo tecido, a atiçando cada vez mais.

— Que feio, Natasha, mal toquei em você e já molhou até sua calcinha — A voz baixa e arrastada fez a ruiva fechar os olhos, morder o lábio e fechar as pernas para prender a mão dele naquele ponto. — É mais fácil se deixá-las abertas, amor — Aconselhou enquanto tentava mexer os dedos com dificuldade.

— Steve... — A voz dela saiu sussurradamente fraca, quase inaudível. Como aquele homem a deixava daquele jeito tão fácil?. Aos poucos ela foi cedendo e as pernas relaxaram, se abrindo, o fazendo sorrir e invadir a calcinha, a tocando diretamente, sentindo seus dedos deslizarem com facilidade pela lubrificação dela. Natasha se remexia impaciente contra os dedos dele, precisava que ele fosse mais firme com aquilo ou acabaria enlouquecendo. — Vai...l-logo! — Pediu frustrada ao sentir o dedo dele tocar em sua entrada mas sem penetra-la. Com uma risada rouca, ele depositou um último beijo no umbigo dela e se ajoelhou na cama.

Steve ainda estava completamente vestido, para a frustração de Natasha, tudo seria dez vezes mais fácil se ele estivesse apenas de cueca. Recuperando um pouco de suas forças, ruiva também se ajoelhou na cama, ficando próxima a ele e passou a ajudá-lo, ou fazer o trabalho, a se despir. Calmamente, ela foi desabotoando os botões da camisa social dele e depositando um beijo a cada centímetro de pele descoberto, causando arrepios e formicações no corpo dele. Assim que a camisa ficou aberta, ela se ergueu e colou seu corpo com o dele, sentido o calor que emanava do corpo a sua frente. As mãos dela correram para os ombros dele retirando a camisa e, a cada centímetro de tecido retirado, a boca dela se aproximava da dele em um beijo cheio de primeiras, segundas e terceiras intenções.

Nesse momento, Steve viu sua calma sair voando, assim como sua camisa e agarrou a  mulher pela cintura, aprofundando o beijo. Natasha sorriu entre o beijo, correndo suas mãos pelo peitoral despido do loiro a sua frente até chegar a barra da calça, procurando desesperadamente a fivela do cinto para abri-lo. Quando finalmente conseguiu abrir o cinto, Natasha arrancou a calça e a cueca que ele vestia em um passe de mágica. 

— Com pressa, Romanoff? — Provocou ele que estava tão ansioso quanto ela.

— Você não sabe o quanto — Respondeu ela  o puxando para a cama, ficando por baixo dele. Steve sorriu com aquilo, agora o controle seria todo dele. Se colocando entre as penas dela e as afastando um pouco mais, as mãos ansiosas dele voltaram a correr o corpo de Natasha em direção a seu sexo, a sentindo completamente molha, seu polegar deslizou sobre o ponto sensível do clitóris em movimentos circulares a sentindo cada vez mais entregue, ofegante e ansiosa. Observá-la ter  o primeiro orgasmo daquela noite era extremamente afrodisíaco. Os cabelos ruivos espalhados pelo lençol branco, os olhos fechados, a forma que ela mordia os lábios tentando abafar seus gemidos... o colocava em êxtase, tanto que ele já não aguentaria mais tempo. 

Procurando desesperadamente o preservativo na mesinha de cabeceira, ele abriu a embalagem e colocou em seu membro e voltou a se posicionar entre as pernas dela, a penetrou de uma vez. Natasha gemeu alto com aquilo, um misto de surpresa e alivio, sentindo seu corpo se adaptar a ele. Por mais que não fosse a primeira vez que faziam aquilo, ainda não tinha se acostumado com ele. 

A cada investida ela sentia seu corpo balançar violentamente, o recebendo cada vez mais fundo. Ela tentava se segurar nos lençóis e no colchão mas nada disso parecia surtir efeito em controlar um pouco daquele desejo louco que ela estava sentindo, tentando prolongar aquilo de alguma forma mas com Steve Rogers, era impossível.

Sentindo o membro dele preencher cada vez mais seu interior, Natasha apenas deixou-se levar pelo divino orgasmo. Sentindo seu corpo todo se contrair e relaxar, suas costas arquearam, levando sua cintura em direção a dele, intensificando a penetração e os fazendo sentir uma pontada de dor em meio a tanto tesão. Com o orgasmo a intimidade de Natasha se apertava ainda mais ao redor de Steve, quase o esmagando e aquilo foi o suficiente para que ele também se entregasse ao próprio prazer.

— Eu ainda não sinto as minhas pernas — Natasha reclamou quando o viu voltar para  a cama.

— De nada — Respondeu ele em tom malicioso e brincalhão se jogando na cama ao lado dela.  

— Bobo — Ela riu e sorriu quando ele se aproximou para dar um selinho nela. Steve puxou o cobertor que estava jogado no pé da cama e os cobriu — Boa noite — Desejou já se aconchegando nele para dormir. 

— Boa noite — Sussurrou ele contra os cabelos dela.

* * * 

— Bom dia, pessoal — Natasha desejou sorrindo ao entrar em seu escritório de advocacia. 

— Humm, esse sorrisinho — Wanda sorriu com malicia ao passar pela amiga e chefe

— Adivinha quem também vai chegar assim, Wanda — Yelena saiu da sua sala e entrou na conversa — Eles foram os últimos a saírem do escritório ontem, quer dizer, quase os últimos porque não me viram mas estavam com um papo com tanto duplo sentido que até eu fiquei confusa  — Relatou a loira fazendo Natasha revirar os olhos.  

— A noite rendeu então? — Wanda deduziu enquanto mexia sua xícara de café. 

— O que deveria render aqui é o serviço, não é Wanda? — Natasha apertou os olhos para a moça a sua frente em tom de repreensão mas sorriu em seguida — Mas para o seu governo, para o governo de você — Apontou Yelena — Steve Rogers e eu somos apenas bons amigos e colegas de trabalho. 

— E eu espero que continue assim, senhorita Romanoff — Steve se materializou atrás da ruiva com um sorriso tão aberto quanto o dela. — Bom dia senhoritas, se me derem licença, vou para a minha mesa — Steve observou indo para seu lugar como secretário de Natasha.

— Viu, isso sim é um funcionário empenhado — Natasha deu o loiro como exemplo, recriminando Yelena e Wanda.

As duas não disseram nada, apenas riram e voltaram a seus afazeres, assim como Natasha que seguiu para sua sala. Sentando em sua mesa a ruiva se deparou com um bilhete na tela do seu computador:

“Espero que nossa atividade ontem não tenha te deixado muita cansada para o trabalho hoje” 

Retirando o post-it da tela de seu computador, ela ficou ali longos minutos  namorando aquele bilhete, parecia uma adolescente com uma paixonite, se bem que Steve estava para além de uma paixonite e aquilo a assustava, nunca aquele sentimento tinha sido tão forte e, depois de algumas desilusões, Natasha tinha se desfeito de relações amorosas, apenas focando em sua carreira mas Steve... a fazia suspirar só de pensar nele. 

Tinha dois anos que Steve era seu secretário e, um ano depois, eles tinham iniciado um caso. O que tinha começado com algumas noites de sexo casual, acabou se tornando um relacionamento secreto. Wanda e Yelena obviamente suspeitavam mas não seriam eles a falarem o que acontecia entre os dois. E daquela forma funcionava para ambos. Como diziam escondido era mais gostoso. O “proibido” deixava tudo mais intenso.

Ainda distraída com seus pensamentos, ela ouviu batidas na porta.

— Entra — Autorizou depois de arrumar algumas coisas para fingir que estava trabalhando.

— Natasha, pode parar de fingir que está digitando que eu sei que você está sonhando acordada — Yelena entrava na sala com alguns papeis em mãos. — Eu só preciso que você assine esses papeis para eu protocolar esse processo, maninha — Pediu a loira jogando os papeis para ela.

— Eu não estava sonhando acordada com Steve — Reclamou pegando os papeis e assinando, sem perceber que havia se entregado. Yelena sorriu e ergueu uma  sobrancelha 

— Eu não mencionei Steve Rogers,  Natasha Romanoff — Yelena comentou se sentando a frente da irmã. Natasha continuou a assinar a pilha de papeis demoradamente evitando encarar a irmã. — Eu só não quero que você se machuque, porque você tem um dedo podre para homes — Lembrou — Mas caso ele te machuque, eu vou machucá-lo  — Ameaçou a loira assim que a irmã assinou os papeis.

— Wanda está influenciando muito você, srta. Belova — Disfarçou entregando os papeis para ela — Como eu disse, Steve e eu somos apenas amigos. — Reafirmou ela. Yelena pegou os papeis e saiu sem dizer mais nada  e deixou a irmã sozinha de novo. 

Depois daquilo o dia e a semana correram normais, por mais uma semana pelo menos, Yelena estava cada vez mais empenhada em querer provar que a irmã estava tendo um relacionamento com seu funcionário e estava infernizando a vida da ruiva  sempre que podia. Natasha sempre relevava e levava na esportiva mas de tanto Yelena falar, ela mesma já estava questionando sobre continuar ou não aquele relacionamento. 

Steve era o primeiro funcionário com quem Natasha se envolvia mas não seria o primeiro a mostrar interesse por ela apenas por dinheiro ou uma posição em seu escritório. Seu último relacionamento tinha sido daquela forma, Ryan tinha começado a se envolver aos poucos com assuntos pequenos de trabalho e quando Natasha deu por si ele estava pedindo por um lugar na empresa e deixando o relacionamento em segundo plano.

Nem Steve, nem Natasha tinham conversado sobre o que eram. Apenas curtiam estar um com o outro e o sexo era um bônus, maravilhoso diga-se de passagem, e a ruiva duvidava muito que ali tinha algum interesse mas a sementinha da dúvida já tinha sido plantada por Yelena.

Era uma noite de sexta e Natasha e Steve estavam na casa dela, jogados no tapete da sala dela, enroscados um no outro após mais um expediente e uma transa que  os deixou mais que exaustos. 

Steve reparou que naquele dia ela estava especialmente quieta. Tudo bem que Natasha não era super falante quando estava fora do escritório mas excepcionalmente naquele dia, ela tinha ficado quieta o caminho todo a para a casa dela mas ao chegarem ela parecia ter voltado ao normal mas depois de tudo ela tinha voltado a ficar quieta e pensativa.

— Tasha, está tudo bem? — Perguntou um pouco receoso. Natasha se virou para ele, ficando de frente para ele com um olhar analítico. 

A russa queria perguntar mas o medo da resposta não a deixava prosseguir. Estava apaixonada por ele, por mais que não quisesse admitir, e qualquer hesitação na resposta que ele pudesse dar a deixava ainda mais ansiosa mas ela precisava tirar aquela duvida.

— É, tem uma coisa que eu preciso te perguntar. Duas, na verdade — Começou ela — Eu sei que isso vai ser um pouco estranho, ou não, mas... — fazendo uma pausa a ruiva respirou fundo para continuar, aquilo seria mais difícil do que ela estava pensando. — Steve, seja sincero, suas intenções comigo são por que você quer alguma vantagem na empresa? — finalmente perguntou o encarando fixamente.

— Não! Claro que não! Eu estou com você simplesmente porque gosto de você — Afirmou sem pensar duas vezes.  —  Eu sei que pode parecer isso, por qualquer motivo que seja, mas eu realmente gosto e você, Natasha. —  Visivelmente Natasha respirou aliviada ao ouvir aquilo mas uma tensão pairava sobre os olhos dela — Isso foi uma coisa, qual a segunda? — Quis saber 

— Quem era aquela mulher com você hoje, na hora do almoço? — Tentado parecer o menos ciumenta e curiosa possível. Steve abriu um sorriso enorme e a puxou para mais perto.

— Ciúmes, Romanoff? — Concluiu ele.

— Não, é só... — Sem conseguir achar uma desculpa ela deixou o olhar cair para suas mãos. 

— Tudo bem, já entendi — feliz com a reação dela, ele tocou o queixo dela para que ela voltasse a olhá-lo nos olhos —Sharon é a minha irmã mais nova. Ela tinha ido buscar as chaves do meu apartamento, ela vai morar comigo — Explicou e o coração de Natasha se aliviou. — Eu sei que ainda não definimos muito bem esse relacionamento todo mas eu quero que isso seja exclusivo.

— Eu também — Concordou com um fio de voz, sentindo que ele se aproximava para beijá-la. 

E tudo estava bem de novo.