Fanfics Brasil - You're not alone - Romanogers One-Shots: Romanogers & WinterWitch

Fanfic: One-Shots: Romanogers & WinterWitch | Tema: Vingadores


Capítulo: You're not alone - Romanogers

81 visualizações Denunciar


☆ Briefing ☆


 


— Wanda, Pietro, Peter e Bruce, vocês vêm comigo e entraremos aqui - Tony explicou apontando para uma planta de um dos prédios. — Steve, Clint, Bucky e Sam, vocês vem para essa outra sala ao leste. Entendido? — Todos confirmaram.


— Não está esquecendo ninguém, Tony? – Natasha questionou ao não ser colocada em nenhuma das duas equipes. Tony fez a contagem apontando para cada um dos vingadores e se virou para Natasha.


— Não, todos já estão escalados. – disse confuso. — Por que?


— Talvez porque você esteja se esquecendo de mim! – disse óbvia.


— Ah sim, vamos lá... – ele se levantou indo até uma das prateleiras que tinham na sala pegando alguns papéis – a Hill vai precisar de ajuda. – avisou entregando alguns arquivos para ela.


— Eu não vou com vocês?! – Surpresa.


— Não na linha de frente. – Steve observou – Vai ficar com a Hill e o Fury.


— Isso é algum tipo de piada? – Perguntou indignada. – Por que eu não vou com vocês? – Quis saber.


— Porque você tá grávida – Sam disse como se aquilo fosse novidade.


— Eu tô grávida, não doente! Ainda posso lutar


— Não, não pode! – Steve disse sério.


— Eu só...


— Tasha – Tony a interrompeu – Realmente, você está grávida e não doente. – concordou – Só que vamos imaginar que acertem sua barriga – Propôs se debruçando na mesa a encarando – Na melhor das hipóteses com um soco, e não vai ser fraco. Você tem 8 semanas de gravidez, o bebê não resistiria. – explicou –Na pior, com um tiro ai perderíamos vocês dois. E dessa vez não temos pedras do infinito para te trazer de volta – completou – Independente do que acontecer nós perderíamos.


— Ok, eu fico com a Hill – aceitou abrindo o arquivo. – Vai ser bem... Divertido!. – Disse ironicamente


— Que bom que está pensando assim, Romanoff – sorriu — Saímos em vinte minutos. — Avisou deixando que os outros se levantassem para se aprontarem.


— Nat — Steve a chamou antes que ela saísse também.


— O que? — Ela se virou sem muita paciência, odiava ser controlada como naquele momento. Por mais que soubesse que era necessário.


— Serão sete meses com essa cara fechada? — Perguntou para provocá-la a abraçando pela cintura.


— Steve! — Exclamou tentando se soltar dele. — Não é porque você é o pai do meu bebê que eu não vou matar você se começar a me encher muito.


— Duvido — Desafiou arqueando uma sobrancelha. Natasha sorriu e passou os braços pelo pescoço dele o deixando mais próximo.


— Sabia que não deveria me deixar chegar tão perto do seu pescoço? — Advertiu sussurrando com uma voz sedutora no ouvido dele — Tenho sempre uma faca comigo — Para confirma, Steve sentiu uma coisa gelada em seu pescoço e ela mostrou uma pequena faca.


— De onde isso saiu? — Perguntou atônito, não tinha de onde ela ter tirado aquilo.


— Eu tenho meus truques. Agora vamos, Capitão América — Se soltou dele e saiu pela porta antes que ele alcançasse mais uma vez para fazer a real pergunta que queria fazer.


Desde que descobriram a gravidez, Steve estava sendo super protetor demais, Natasha não podia respirar que ele já estava do seu lado perguntando se estava tudo bem. O que ela achava até fofo, mas em momentos como aquele ela odiava. Na verdade, ele estava superprotetor desde que, com um novo estalo, eles a trouxeram de volta a vida, assim como Pietro, depois de derrotarem Thanos.


Com um novo estalo parte do organismo de Natasha tinha se reprogramado e, dessa forma, a esterilidade da ruiva tinha sido revertida e um ano depois da sua volta, ela tinha engravidado.



— Bem-vinda senhorita Romanoff — Hill desejou debochada


— Não começa, Hill — Natasha resmungou se sentando em uma das mesas de controles disponíveis.


— Como está esse bebezinho? — Perguntou a agente, passando a mão na barriga de Natasha.


— Se fizer isso de novo, vai perder a mão — Advertiu a encarando com um olhar mortal.


— Ah, nada disso. Vai se acostumando, quando essa barriga começar a crescer vai piorar — Hill avisou rindo e saiu para verificar algumas coisas. Natasha agradeceu a saída da outra e passou a acessar o sistema para ficar a par da missão que os outros realizariam.


— Romanoff — A voz de Fury soou atrás dela. — O que faz aqui? Deveria estar no complexo.


— Ah, você também não Nicky — Reclamou cansada de repreensões sobre o trabalho. —Mulheres grávidas trabalham até os seis meses — Considerou de cara fechada.


— Quando seu emprego é ficar digitando em um computador de um lugar seguro e não sair chutando a bunda de alguns idiotas por aí — Argumentou. — Caso sejamos atingidos durante essa missão, quero que vá com a Hill — ordenou saindo do campo de visão da ruiva sem esperar uma resposta.


— Chegamos em cinco minutos — Hill avisou. Digitando algumas coisas rapidamente em algumas telas.


Natasha rapidamente passou a prestar atenção em tudo o que se passava no rádio e que conseguiam ver nas câmeras de segurança. Tinham recebido algumas informações sobre a entrega de alguns produtos super radioativos a uma nova facção que se assemelhava com a H.Y.D.R.A.


Eles não tiveram muitos problemas para localizar e desarmar a equipe, claro não antes de muito combate físico, o que estava deixando Natasha enlouquecida, era a hora que acabava descontando a frustração, irritação e estresses do dia a dia, e naquele momento ela adoraria fazer aquilo. Fora que, tinha visto dois erros que ela diria serem de principiante na parte da invasão, que a estava deixando louca.



— Foi divertido com a Hill e o Fury? — Steve perguntou já no quarto dos dois, prontos para dormirem.


— Tirando a parte que eu quis matar vocês por não estarem cobrindo todas as possíveis entradas, foi divertido — Respondeu forçando um sorriso.


— Vai ficar reparando em cada errinho que cometermos a partir de agora? — Em tom de brincadeira, ele se deitou ao lado dela.


— Vou, vocês me deixaram de lado — soltou emburrada, se acomodando do seu lado da cama. Steve riu de leve e a puxou para os seus braços, beijando o topo da cabeça dela — Não vai conseguir me amolecer assim — Comentou adorando os carinhos.


— Ah, sim! Tenho certeza que não — Concordou sínico, apertando ainda mais o abraço — Esse bebê não deu trabalho hoje?


— Não. Sem enjoos, mal humor de sempre, apetite um pouco fora do normal — Relatou com um leve sorriso, adorava aqueles momentos com Steve depois de mais um dia. Ele a embalava em seus braços, eles conversavam sobre qualquer coisa, as mãos dele fazendo um delicioso carinho em seus braços e assim dormiam.


— Isso é bom, não é? — Ela concordou já sentindo o sono próximo, chegando mais rápido que de costume.


— Acho que podemos adicionar o sono em excesso nos sintomas — comentou o beijando. — Me deixar ir na próxima?


— Nem pensar — foi rápido em negar — Vocês vão ficar sãos e salvos. — Assegurou. — E agora mocinha, dormir.


— Boa noite, capitão — Desejou já sentindo os olhos pesados.


— Boa noite, Romanoff — Disse baixinho a observando pegar no sono.


 


Os dias seguiram assim depois daquilo, Natasha tentando voltar à ativa, mas todos a impediam o único que podia fazer era ficar com Fury e Hill nas naves durante as missões.


 


— Tia Nat — Morgan a chamou enquanto brincavam na sala do complexo.


— O que foi Morguna?


— Por que você não foi com o tio Steve? — Perguntou com uma carinha fofa


— Porque nós vamos ter um bebê e a tia Nat precisa ficar longe de perigo por um tempinho — explicou entediada com aquilo, até Morgan sabia.


— Vai demorar para o bebê chegar? — Natasha tentou se decidir se achava aquilo fofo ou irritante. Estava com Morgan tinha duas horas e ela já tinha feito tantas perguntas e, Deus do céu, em alguns meses teria um só seu para fazer as mesmas perguntas e com a mesma frequência.


— Faltam cinco meses para que chegue — respondeu animada colocando mais uma peça do acampamento de bonecas que elas montavam para as bonecas de Morgan.


— O que vamos fazer agora, tia? — Com o acampamento já pronto, Morgan não queria brincar mais com aquilo. Natasha respirou fundo tentando pensar no que faria com aquela criança.


— Vamos brincar na cozinha. O bebê e eu estamos com fome — Sugeriu já se levantando e Morgan a seguiu. Na cozinha, Natasha deu algumas frutas e cookies a Morgan e preparou o mesmo para si.


— O que é isso? — Morgan apontou para um dos pontos que eles usavam nas missões.


— É um dos brinquedinhos que usamos no trabalho — explicou pegando o ponto e colocou no ouvido da pequena. — Aí a gente coloca assim e nós podemos ouvir um ao outro.


— Mesmo de longe? — Impressionada. Natasha sorriu e fez que sim — Tia, estão falando — Avisou ao ouvir ruídos virem do ponto.


— Deixa a titia ouvir — retirando de Morgan, ela colocou em seu ouvido. Os pontos e os microfones ficavam na sala de equipamentos, geralmente, mas Clint sempre esquecia os seus por aí, por isso o ponto estava ali e o microfone na sala de reuniões, onde Steve e Tony conversavam sobre uma outra missão que seria dali dois dias e precisariam de mais alguém, já que Natasha não iria participar. — Morgan, o que acha de ir na sala de equipamentos?


— Eba!!! — Morgan já tinha ido lá algumas vezes e adorava os “brinquedos especiais” que ali tinham.



☆☆☆


— Por que você está com o uniforme da viúva negra? — Hill estranhou, assim que Natasha entrou no quinjet.


— Só deu vontade de vestir — Justificou dando de ombros — T’Challa vai ficar no meu lugar? — Questionou vendo o Rei de Wakanda conversar com Steve.


— Nessa missão, sim — Respondeu Hill enquanto digitava alguns códigos no computador para ter acesso.


Natasha assentiu e foi até os rapazes, recebendo os parabéns de T’Challa pela gravidez. Em pouco tempo eles chegaram a uma pequena ilha no pacifico. Aquele era um tipo bom de missão, não teriam muitas pessoas, não além dos que realmente deveriam sofrer as consequências. Seria limpo, com sorte, rápido e sem muitos problemas... Ou não.

— Steve, temos um problema — T'Challa avisou sem saber como falaria aquilo, Natasha estava desacordada com uma mancha de sangue crescente no chão.


— Que tipo de problema? — Interrogou do outro lado ofegante.


— Natasha — E ele não precisou dizer mais nada.


☆☆☆


— Como você tirou os olhos dela??? — Steve perguntou visivelmente irritado a Fury, enquanto esperavam Natasha ser examinada.


— Caso não tenha ficado claro Rogers, eu não sou a babá da Natasha — Respondeu ríspido, sem paciência. Estava tão nervoso quanto Steve. A ruiva tinha perdido uma quantidade razoável de sangue e aqui os assustava. Steve não disse nada apenas continuou andando de um lado a outro.


Natasha tinha escapado da supervisão de Hill e Fury para entrar junto com os outros na missão. Ela conseguiria ter saído ilesa, é verdade, mas mesmo que Natasha fosse uma ótima agente, a gravidez estava a deixando um pouco mais lenta e com o raciocínio mais devagar, demorando um tempo nas suas reações. O que a fez cair de um cano de ventilação do teto de quase cinco metros. Caso T'Challa não tivesse aparecido, além da queda, um dos guardas do banker a teria ferido.


— Steve, Fury — Dra. Sasha, a ginecologista de Natasha, os chamou entrando na sala em que esperavam.


— Como ela está? — Steve se apressou em perguntar.


— Está muito bem. — Garantiu — Foi um pequeno deslocamento de placenta que, apesar de pequeno, garantiu todo aquele sangramento. Ela só precisa ficar alguns dias de repouso para que a placenta volte a se ligar a parede uterina. Com aquilo Steve sentiu tudo voltar aos trilhos e ele podia voltar a respirar, estava tudo bem. — Se quiserem entrar, estão autorizados.



— Os dois ao mesmo tempo? Quer dizer que eu estou muito encrencada — Observou a ruiva sorrindo sabendo que estava em maus lençóis, com Steve pelo menos.


— Vai ter que ficar fora das missões até esse bebê nascer — Fury decretou e Natasha assentiu, sabia que aquele seria seu “castigo” por ter saído do quinjet — A bronca maior vai ser com ele — Apontou Steve — Só vim para ter certeza de que estava bem.


— Como vê, estou bem — Afirmou com um longo suspiro. Fury assentiu e saiu, deixando Steve e Natasha sozinhos.


— Por onde eu devo começar — Divagou Steve andando pelo quarto.


— Steve, não precisa de sermão — Natasha dispensou tentando se livrar.


— Natasha, precisa sim! Isso foi loucura, foi irresponsável, foi impensado! E você sabe disso! — Acusou apontando para ela — Você dizia que queria ter um lugar no mundo, uma família e agora tem, vamos ter um bebê e a sua maior preocupação é se está ou não em uma missão?


— Steve... — Natasha tentou interrompe-lo, mas ele continuou a falar


— Não Natasha, você vai ouvir dessa vez. — Steve não estava gritando, mas o tom assustou Natasha, nunca tinha o visto daquele jeito. — As coisas sempre funcionam do jeito que você quer e não vai dar para ser assim dessa vez, Natasha. Estar grávida te assusta? Muito bem, a mim também. Vai ser meu primeiro filho e eu estou tão perdido quanto você, mas Natasha, eu não vou conseguir passar cinco meses controlando cada respiração sua com medo de você sair por aí se colocando em risco, eu já estou com medo suficiente por você estar grávida mesmo com tudo estando bem. Se você não quiser o bebê, tudo bem, eu entendo, só me fala isso para não surtar de preocupação com você. — Ele fez uma pausa respirando antes de continuar — Ok, você passou pelo RedRoom, não conheceu seus pais, foi uma vida difícil. Não te culpo por isso, sei que isso te deixou com várias feridas e que elas precisam cicatrizar, só tenta não afetar o bebê por isso. — Antes que Natasha pudesse revidar o que ele tinha dito, Steve já tinha saído a deixando com seus pensamentos e culpa.



— Ah, oi Sam — Steve forçou um sorriso ao ver o amigo do lado de fora.


— Steve, não acha que pegou pesado demais com ela? — Sam perguntou baixinho, na porta do quarto, tinha ouvido tudo o que o capitão dissera a viúva, afinal estava praticamente gritando.


— Não, Sam. Eu amo ela, sou louco por ela! Só que Natasha tem que entender que agora não seremos só ela e eu, tem um bebê no meio — Desabafou cansado, se apoiando na porta. — A dra. disse que foi um pequeno deslocamento de placenta e que alguns dias de repouso serão o suficientes, só que se dá próxima vez não for? — Perguntou retoricamente e Sam entendeu. Na próxima que Natasha aprontasse poderia perder o bebê ou pior, a própria vida mais uma vez.


— Entendi cara. Eu sei que a Nat vai odiar isso mas... Se precisar de ajuda para vigiá-la — Disse dando apoio a Steve.


— Acho que não vou precisar. De qualquer forma, obrigado — Agradeceu abrindo um pequeno sorriso.


— Como ela tá?! — Quis saber.


— Com a maior cara emburrada do mundo e com uma culpa maior ainda — admitiu triste, odiava ver a russa daquele jeito, mas ela precisava entender.


— Vai deixá-la se sentir assim até quando? — Questionou sabendo que não a deixaria assim.


— Eu só vou comer alguma coisa, tô morrendo de fome e já volto para entender a cabecinha confusa de Natasha Romanoff — Explicou e Sam riu.

— Vamos, eu te acompanho.


☆☆☆


 


Uma queimação nos olhos de Natasha logo se transformou em lágrimas uma dezena delas, centenas, milhares...uma torneira. A chuva de hormônios da gestação a deixaram mais sensível e emotiva, conseguia esconder a frustração e a raiva, a maioria das emoções na frente dos outros, entretanto nem todo o seu autocontrole era o suficiente para ouvir tudo o que Steve tinha dito, ver toda a frustração, raiva e medo nos olhos dele... Era demais. Estava chorando sem mesmo perceber.


Estava com tanto medo daquela mudança, o que se tornava irônico quando se olhava o histórico de sua vida. Mudanças, mudanças e mais mudanças, quase todas foram sem seu consentimento, sem pedirem qualquer permissão. E aquele bebê, junto com Steve, significava uma mudança que ela tinha procurado por anos, que dava a segurança que ela precisava.


Pensar naquilo só a estava deixando pior. Só queria que Steve passasse pela porta para poder se desculpar e ser consolada, era só disso que precisava naquele momento. O bebê estava bem e não tinha sido comprometido com sua irresponsabilidade, ela estava bem e, apesar de estar bravo, Steve também estava muito bem.


— Toc toc — Hill abria a porta, colocando apenas a cabeça para dentro do quarto. — Posso entrar? — Natasha assentiu fungando e tentando limpar as lágrimas inutilmente — Você enlouqueceu?


— Eu sei, fui inconsequente, me coloquei em risco assim como o bebê. Já me arrependi e nunca mais vai se repetir — Respondeu de forma robótica ao questionamento que ela sabia que viria de Hill, Sam, Bucky e todos os outros. — Veio me dar mais sermão ou o que?


— O que o Steve te deu já foi o suficiente — Comentou se sentando na poltrona que tinha no canto do quarto.


— Já estão sabendo então? — Deduziu se afundando nos travesseiros.


— Não precisa ser um gênio para saber que Steve ficaria fora de si com a sua escapadinha — esclareceu — E agora? Vai sossegar em casa?


— Vou. E-eu não posso mais me colocar em riscos assim — Concordou baixinho, tentando não voltar a chorar. Hill arqueou as sobrancelhas surpresa. Imaginava que Natasha fosse ignorar qualquer recomendação de todos e faria o que quisesse, como sempre. — Sabe onde Steve está?


— Ele tinha ido comer com o Sam, eu acho — Respondeu pensativa — É, acho que ele foi comer.


As duas ficaram ali conversando por algum tempo até que Natasha caiu no sono, coisa que Hill estranhou, mas a gravidez era justificável. Hill estava quase dormindo quando ouviu o barulho da porta se abrindo.


— Ah, é você — Constatou ao ver Steve — Minha hora já deu — Ainda um pouco sonolenta, Hill se levantou e se espreguiçou. — Fiquem bem — pediu antes de sair. Steve balançou a cabeça positivamente e esperou a porta se fechar.


Calmamente ele se aproximou de Natasha a observando em seu sono. Os olhos e nariz ainda estavam vermelhos, delatando o choro. Ele se sentou perto dela, afastando os cabelos dela do rosto e beijou-lhe a testa.


Por que ela tinha que de ser tão teimosa? Mas ele amava aquela teimosia, amava Natasha Romanoff por inteiro, mesmo que o enlouquecesse.


— S-Steve...? — Chamou Natasha a acordando.


— Romanoff — Sorriu ao ver os olhos verdes se abrirem. — Como está?


— Depende — ponderou — Como estamos? — Questionou sentindo seus olhos voltarem a se encher, iria chorar. Steve desviou os olhos por um instante para um ponto qualquer na parede e a russa pode sentir sua espinha gelar. Ele terminaria com ela?


— Depende, você vai respeitar o que a médica disse? — Retrucou com um sorriso de canto. Ela se apressou em assentir. — Então estamos ótimos. — Afirmou a beijando em seguida. — Você me enlouquece as vezes, mas eu te amo.


— Eu te amo também — Declarou ainda ofegante após o beijo. — E eu juro que não vai acontecer mais. — Garantiu.


— Será que eu consigo te manter assim por uns dezoito meses seguidos mais ou menos? — Perguntou brincando.


— Já está querendo me engravidar de novo? — Constatou incrédula. — Nem tivemos esse bebê ainda.


— Se for para te manter quietinha um tempo, assim que esse sair colocamos outro — Explicou rindo, Natasha riu também mas em seguida voltou a beijá-lo.


— Com você eu topo qualquer coisa — expôs sincera contra a boca dele e Steve sorriu com aquilo.


☆☆☆


Cinco meses e duas semanas depois...


Natasha já estava a quase cinco horas em trabalho de parto e o processo tinha parado em oito centímetros e nada de dilatar. Aquilo já estava ficando mais que exaustivo e dolorido que ela já achava que estava morrendo, achava não, tinha quase certeza e levaria Steve com ela.


— Nat, amorzinho, se continuar desse jeito eu vou acabar me machucando — Advertiu quando as mãos dela quase quebraram as suas.


— Steve, amorzinho, a dor que você está sentindo não e nem metade da minha — Retrucou entre dentes sentindo outra contração bem forte. — Isso vai demorar muito? — Perguntou ao ver a médica loira entrar no quarto.


— Preciso fazer o toque — Sasha disse fazendo uma caretinha sabendo que o exame a causaria mais dor. A ruiva resmungou alguma coisa incompreensível e assentiu deixando a médica fazer o que tinha dito. — Boas notícias, nove centímetros! Logo esse bebê estará aqui, se conseguir andar os dez podem chegar mais rápido. — Disse animada.


— Vamos seguir as ordens médicas? — Steve sugeriu tentando animá-la para fazer aquilo, ele também estava angustiado, não aguentava mais ouvir os gritos e gemidos dela. Sabia que era por um bom motivo, mas ainda assim...


— Eu topo qualquer coisa para esse monstrinho sair — Afirmou, saindo da PPP, como é chamada a cama de parto, com a ajuda de Steve.


Os cinco meses que se seguiram foram até que tranquilos, para a felicidade de Steve, Natasha tinha cumprido as orientações todas, ficado em casa, cumprido com a dieta, fora quando tinha desejos. Ambos se animavam o enquanto a gravidez avançava, a barriga crescendo, os primeiros movimentos do bebê.


— Ei, não chame o bebê de monstrinho! — Steve repreendeu, mas sorria.


— Enquanto ele estiver quase me matando será um monstrinho — Reclamou dando os primeiros passos. — E você também.


— Eu?! — Exclamou ultrajado, rindo.


— Você o colocou aí — Explicou. Eles andaram por longos minutos pelos andares do hospital até a dor de Natasha se tornar mais que insuportável, indicando que o bebê estava chegando.



— Pronta para expulsar esse bebê? — Sasha voltou com a mesma animação ajudando Natasha a se deitar na cama.


— Contando que...aí!...Saía — Considerou se acomodando melhor na cama.


— Pronto Steve? — A loira perguntou para o capitão que estava ficando pálido. Steve assentiu engolindo em seco.


— Steven, se você desmaiar enquanto eu... coloco esse bebê no mundo, mato você — Ameaçou. — AAAH!!! — Gemeu sentindo a dor ficar ainda mais forte, se é que era possível.


— É papai, sem desmaios, esse bebê quer e precisa de toda sua atenção — Sasha incentivou, enquanto se sentava a frente de Natasha para realizar o parto. — É, dez centímetros, bem vinda ao final da partolândia mamãe. Vamos empurrar!


Quase quarenta minutos empurrando e ameaçando Steve, Natasha finalmente tinha dado à luz a um pequeno ruivinho de olhos azuis que chorava a plenos pulmões, assim como a ruiva que se deixou cair no encosto aliviada e surpresa por ter conseguido. Ela tinha conseguido.


— Você conseguiu, Nat! — Steve parabenizou beijando a testa dela, que recebia o pequeno nos braços.


— Consegui dois meses de fraldas limpas — Disse vitoriosa se lembrando da aposta que tinham feito quando ela estava grávida de seis meses e Steve não queria descobrir o sexo e ela sim assim, caso fosse menina Natasha trocaria todas as fraldas pelos próximos dois meses e se fosse menino, Steve o faria.


— É, conseguiu — Concordou sorrindo.


Steve cortou o cordão e Sasha continuou a cuidar de Natasha, que foi para o quarto no momento seguinte. Levou alguns minutos mas logo Steve e o bebê estavam com ela.


— Oi mamãe — Steve fez voz de bebê se aproximando de Natasha com o bebê.


— Olá monstrinho — Respondeu sorrindo e abrindo os braços para pegar o pequeno. — Já escolheu o nome? — Perguntou a Steve que tinha ficado encarregado daquilo caso fosse menino.


— Já que não podemos chamá-lo de monstrinho para sempre, o que acha de James Clint Rogers-Romanoff? — sugeriu.


— Eu amei — Concordou sorrindo ainda admirando o bebê em seus braços.


— Está encantada, não é? — Ela nem precisava responder, sabia que sim, ele também estava.


— Ele é perfeito — Afirmou, passando as costas dos dedos na bochechinha de James.


— Viu como foi bom respeitar as regras? — Zombou se sentando ao lado dela na cama para admirar o bebê.


— É — Concordou se deixando ser abraçada por ele.


É, tinha valido muito a pena, valeria a pena por mais quantas vezes forem precisos. Ver aqueles olhinhos curiosos de James a encarando era maravilhoso e ter Steve a seu lado fazia com que tudo tivesse mais significado.


— Eu amo você — Declarou ela de repente. — Amo vocês.


— Eu também amo vocês — Disse com um olhar apaixonado, olhando para James e Natasha.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): lety_atwell

Este autor(a) escreve mais 5 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

O Central Park poderia não ser o local mais seguro para se fazer um passeio tão tarde da noite, mas 4com certeza era o mais romântico. A neve de novembro caindo sob a iluminação pálida dos postes de luz do caminho enfeitado por um tapete branco que a neve formava, a fumaça quente que saia das respirações se encont ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 0



Para comentar, você deve estar logado no site.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais