Fanfic: One-Shots: Romanogers & WinterWitch | Tema: Vingadores
Podia ser Nova Iorque, no final de dezembro com a neve dominando todo o cenário, mas dentro de seu apartamento com Wanda ainda parecia o Hawaii. Ela tinha se acostumado com o clima quente da ilha e adorava sentir o calor na pele, ele percebia pelo fato de que a namorada vivia de biquinis e lingeries. De qualquer forma, ela estava pronta para transformar todo lugar que morassem em Hawaii, o termostato ligado a quase cinquenta graus célsius denunciava aquilo, tanto que as grossas cobertas que eles usavam para dormir não se faziam necessárias, estavam jogadas em um canto qualquer do quarto.
Passando os braços pela cama, Barnes tateava em busca do corpo de Wanda, mas ela já tinha se levantando.
— Obviamente — Resmungou ele. Pelo calor, era óbvio que ela já tinha se levantado. Ainda emburrado por não a ter ao seu lado assim que acordara - o que era muito parecido com Wanda, já que ela também não gostava de acordar e não o ter ao seu lado. -, era parte do ritual deles ficarem alguns minutos na cama.
Ele vestiu seus chinelos, foi ao banheiro jogando uma água no rosto e saiu pelo apartamento em busca dela. Wanda não deveria ter acordado a muito, então não deveria ter saído. Olhando rapidamente por alguns cômodos e não a achar em nenhum, Bucky imaginou que ela deveria estar no seu lugar favorito da casa. Na verdade, eles.
Sorrindo, ele seguiu para a cozinha encontrando quem ele queria. Não só Wanda, mas o garotinho de seis anos que era bem parecido com ele, com sua expressão concentrada e os cachos pretos, que ajudava Wanda a preparar as panquecas para o café.
— Bom dia! — Desejou ele, se encostando no batente da porta e observando os dois empenhados na massa. Bucky sorriu preguiçosamente quando a namorada se virou e deixou à mostra a barriga grandinha de sete, quase oito, meses. O que era uma coisa comum, já que Wanda usava pouca roupa em casa, e naquele momento, ela usava um short de algodão e um top.
— Bom dia, senhor Barnes — Retribuiu, recebendo um beijo em sua bochecha em seguida — achei que passaria a manhã na cama — Brincou.
— Não sou eu quem costuma passar horas demais na cama — Retrucou ele, bagunçando os cabelos do filho.
— Pai, amanhã é natal! — Exclamou o menino, que só falava naquilo aquela semana, o natal era a data que o pequeno mais ansiava.
— Não é semana que vem? — Perguntou fingindo confusão.
— Não! — Reclamou o menino, jogando a cabeça para trás — É amanhã, e o papai noel vai deixar meu presente — Contou todo feliz.
— Certeza? Você tem se comportado, mocinho? — Questionou, colocando as mãos na cintura.
— Uhum, me comportei muito bem — Garantiu — Não é, mamãe? — Ele olhou para Wanda, em um pedido para elevar a moral.
— Foi sim, Noah, você se comportou muito bem — Concordou, indo em direção ao fogão para preparar as panquecas. — Agora, para provar que você é um ótimo garoto, porque você não ajuda o papai a colocar a mesa? — Pediu e, sem questionamentos, eles cruzaram o balcão e começaram a organizar a mesa para fazerem a primeira refeição do dia.
Depois de alguns minutos, a mesa já estava pronta e Wanda aparecia com as panquecas quentinhas e macias, deliciando e adoçando a manhã daquela pequena família que estava saindo de três para quatro pessoas.
Era tão estranho pensar que seis anos antes, a vida deles parecia tão completa com apenas eles dois, sem muitas preocupações, sem muitos problemas. E, em uma bela manhã, Wanda correu para o banheiro colocando todos os seus órgãos para fora, mesmo com o estômago vazio. Um teste de gravidez depois, eles eram pais e tudo virou de cabeça para baixo. Foi estranho, assustador, desafiador e completamente apaixonante.
Não que eles não fossem completos antes, mas com Noah em suas vidas era como adicionar canela nas rabanas de natal da vovó, somente o pão molhadinho e frito já era super gostoso, mas ao adicionar a canela era como se tornassem mágicas. E Noah era exatamente aquilo, mágica para juntar ainda mais os dois.
Depois do nascimento do menino, eles decidiram que em alguns momentos eles gostariam de passar em Nova Iorque, para ficar mais perto de todos os vingadores, que também eram a sua família, os natais eram sempre em NY e eles adoravam.
— Mamãe, nós vamos para a casa da tia Nat e do tio Steve amanhã? — Com a boca cheia de panquecas e com o rosto sujo de chocolate da calda da panqueca, ele perguntou para a mãe, que estendeu um guardanapo para que ele limpasse o rosto.
— Engolir antes de falar, né? — Repreendeu Bucky, cortando Wanda.
— Vamos sim — Confirmou a ruiva. Noah assentiu animado, gostava de ir à casa da tia, já que Natasha não tinha uma coisa chamada senso quando o assunto eram os sobrinhos, ela fazia todas as vontades das crianças.
Depois do café a família se organizou e ficou na sala assistindo alguns filmes natalinos, na verdade, apenas Noah assistia ao filme concentrado, os pais já tinham caído no sono. À tarde, eles continuaram com a maratona dos filmes, fazendo os famigerados biscoitos de gengibre e preparando algumas coisas para levarem a casa de Natasha no dia seguinte.
⛄⛄⛄
— Ansioso para amanhã de manhã — Perguntou Wanda com um ar sapeca.
— Claro! — Exclamou ele. — Acordar mais cedo que o normal, por causa de um velho barbudo — Resmungou.
— Você gosta que eu sei — Considerou distraidamente, enquanto passava hidratante em seu corpo.
— É, eu gosto — Concordou, concentrado demais no que ela estava fazendo. Ela estava linda, ela era linda, e a gravidez a deixava ainda mais linda. — Quer ajuda? — Sem que ela se percebesse, ele se colocou atrás dela, posicionando suas mãos em sua cintura.
— Essa mãozinha vai ficar só vai ficar só no creme, né? — Disse em tom provocativo.
— Ah, claro que sim — Respondeu com a boca encostada no ouvido dela.
— Humm, que pena — Lamentou ela. — Esperava mais que isso.
— Não seja por isso. — Tirando o tubo de creme da mão dela, ele a guiou para a cama e se coloco por cima dela — Esse bebê vai ter que nascer logo — Opinou quando a barriga dela ficou no meio do caminho entre os dois.
— Enquanto isso não acontece, sei que você vai achar um jeito da barriga não ser problema — Sorriu o puxando para um beijo.
⛄⛄⛄
— Paaaaai!!! — A voz de Noah alcançou a porta do quarto, Wanda e Bucky resmungaram, enquanto ele se sentava e procurava por alguma coisa para se vestir. A ruiva nem se deu ao trabalho, apenas se cobriu um pouco mais e continuou a dormir.
— Lembra de pegar a câmera — Orientou ela, com voz de sono. — Eu vou num estante — Avisou e a resposta que veio foi apenas da porta se fechando.
Bucky foi com o filho até a sala aonde estava árvore e embaixo, a pilha de presente. Noah olhava maravilhado para tudo aquilo, ele adorava as manhãs de natal, abrir os embrulhos e descobrir os presentes que tinha ganhado do bom velhinho.
O soldado também adorava as manhãs de natal, por ser mais um dos momentos em que podia ficar com o filho e ver sua animação com os presentes, de querer que ele participasse daquele momento. Com o histórico que tinha, aqueles momentos de ternura, amor e carinho tinham sido apagados ou talvez nunca houvessem existido, antes de sua mente ter sido apagada pela H.Y.D.R.A, mas eram memórias que estavam sendo criadas e que ele guardaria para sempre.
Wanda logo se juntou a eles, se sentando no chão, o que levaria um tempo para levantá-la pelo peso da barriga, junto com o filho, ela passou a brincar com o filho, desbravando as caixas e embrulhos deixados pelo papai noel durante a noite.
— Olha, mamãe, o carrinho que eu queria — Mostrando a Wanda o carrinho de controle remoto, ele se levantou ansioso. — Paai, podemos brincar com ele?
— Claro, assim que você terminar de abrir seus presentes — Orientou pegando a caixa com o brinquedo, que ele lhe oferecia. Ainda tinham alguns pacotes que o filho não tinha aberto e Bucky parecia mais ansioso que ele.
— Que tal esse aqui, Noah? — Pegando um dos embrulhos que estava deixando Bucky ansioso, Wanda entregou ao filho, que o abriu no mesmo desespero dos outros e, da mesma forma animada, ele se virou para Bucky mostrando o antigo uniforme de Barnes, quando ele era um sargento, para o pai.
— Agora eu vou ser um soldado que nem você, o tio Sam e o tio Steve! — Ele praticamente gritou ao ver a roupa.
— Por que será que eu sabia que ia amar? — Disse Wanda, com um olhar irônico. —Esse bebê precisa ser uma menina ou ficarei sozinha — Resmungou emburrada. Apesar da gestação avançada, eles preferiam não saber o sexo até o nascimento, era um misto de ansiedade com a alegria da surpresa.
—Ou mais um soldado para nosso mini exército — Provocou indo se sentar ao lado dela e dando um beijo rápido nela — Mesmo que seja uma menina, ela ficará do nosso lado da força — Brincou, se deitando no colo dela, ficando bem próximo da barriga. — Viu bebê, independente do que você seja, a sua missão é ficar contra a mamãe.
— Bucky! — Repreendeu ela, lhe dando um tapa no ombro.
— Cadê o Noah? — Se dando conta de que o filho não estava mais na sala.
— Sargento Barnes-Maximoff, se apresentando! — Ele surgiu na sala, vestido com o seu uniforme novo, batendo continência.
— Ah, como você está lindo! — Elogiou Wanda, o achando uma gracinha. Ele já era parecido com o pai e com a farda, eles ficavam ainda mais idênticos.
Bucky se juntou ao filho e os dois começaram uma série de marchas e reverencias militares que Wanda não fazia a menor ideia de para que serviam, mas estava adorando vê-los. Aquele seria um bom natal, mais um que passariam juntos e teriam certeza de que fizeram a escolha certa ao deixarem o passado para trás e se lançarem um nos braços do outro.
⛄⛄⛄
A brisa de uma manhã quente entrava pelas portas abertas da varanda, que invadiam os lençóis, despertando gentilmente Bucky. Além disso, as mãos gentis de Wanda acariciavam seus cabelos em um delicioso cafuné. Ele soltou um longo suspiro e abriu seus olhos lentamente, encontrando o olhar sereno de Wanda que também sorria para ele.
— Bom dia — Desejou ela.
— Bom dia — Retribuiu com a voz rouca. — Você acorda linda assim sempre ou é só hoje — Brincou ele, dando um selinho nela.
— Estou sempre linda — Respondeu convencida. Ele concordou em silêncio e eles ficaram longos minutos se encarando.
Bucky lembrando de cada momento de seu sonho, como se sentira durante aquele pequeno momento, quando tinha Noah e o bebê. Não que Wanda não fosse o bastante, mas era como se precisasse daquilo. Ele nunca tinha pensado em ter filhos, na paternidade, só que naquele momento parecia uma grande necessidade.
— O que? — Ele perguntou quando a expressão dela foi de relaxada para preocupada.
— O que está pensando? — Questionou ela, notando a alteração na expressão dele.
— Sonhei que você estava grávida — Disse estudando as expressões dela. — E que já tínhamos um filho — Continuou e ela esperou para que ele terminasse.
— E...? — Falou ela querendo que ele continuasse.
— E, e-eu achei que poderíamos tentar ter um filho. — Revelou, ansioso pela resposta dela. Wanda ficou em silêncio por alguns segundos, o deixando apreensivo.
— Sério? — Indagou, se erguendo um pouco na cama. Ele assentiu ansioso pela resposta dela. Se ela dissesse não, ele entenderia, mas queria muito que fosse um sim. — Nesse caso, eu acho que, os presentes de natal podem esperar — Os dedos dela passeavam distraidamente pelo peito dele.
— Isso quer dizer? — Falou confuso.
Wanda riu, se virando na cama e se sentando no colo dele, o beijando com fervor.
— Com isso eu respondo sua pergunta, sargento? — Ela se ergueu e o encarou com um sorriso travesso. Barnes sorriu e assentiu, a puxando de volta para seu peito, seus dedos se desfazendo com facilidade do sutiã.
Naquele natal tinha sido apenas os dois, mas no próximo a conta poderia ser três. E eram o que mais queriam.
Autor(a): lety_atwell
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Olaá 🌻✨ Ora ora, olha quem resolveu dar o ar da graça! 😂😂 Gente, sorry, mas como eu disse uma vez: odeio escrever por escrever e com 0 inspiração. E ultimamente a ressaca de escrita tá grande! Espero q entendam! Não prometo frequência, mas vou tentar postar mais aqui. Inclusive, uma pergunta ( ...
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