Fanfics Brasil - My Favorite Place - Romanogers One-Shots: Romanogers & WinterWitch

Fanfic: One-Shots: Romanogers & WinterWitch | Tema: Vingadores


Capítulo: My Favorite Place - Romanogers

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— Sabe o que seria perfeito? — Natasha disse animada, olhando para o céu azul, deitada ao lado de Steve na grama verde sobre uma toalha grande de piquenique. 


 


 


 


— O que? 


 


 


 


— Ficar longe dessa loucura, só nós dois… — Contou, mais relaxada desta vez. 


 


 


 


— E o mar? — Completou, imaginando que seria um bom lugar próximo as ondas, o barulho suave. 


 


 


 


— Ah, não! Muita areia e sal — Já imaginando a areia grudada ao corpo em lugares indesejados. 


 


 


 


— Quem sabe as montanhas? — Tentou. — Seria ainda mais reservado, longe de tudo...


 


 


 


— Melhorou — Concordou, esticando a mão e pagando um punhado de uvas e colocando uma na boca de Steve. — Tem alguns lugares bem legais próximos da Rússia. 


 


 


 


— Na verdade, qualquer lugar serve se for com você. — Declarou da forma melosa que Natasha ainda estava se acostumando a lidar.


 


 


 


Depois de Washington, Steve tinha feito uma ligação, mas não para uma enfermeira e sim para uma certa agente russa que trabalhava com ele. 


 


 


 


Steve nunca esteve tão nervoso quanto no momento em que digitou os números de Natasha no celular, ouvir chamando e quando ela finalmente atendeu ele achou que desmaiaria. Ele achou que teria de ser mais insistente que o normal para Natasha aceitar o pedido, mas na primeira proposta a russa disse sim. 


 


 


 


Em um ótimo clima europeu, já que Natasha estava passando uma temporada em Madrid e não voltaria tão cedo aos Estados Unidos.


 


 


 


Alguns meses depois, estavam de volta aos EUA, secretamente, aproveitando o anonimato e aquele amor que estava fluindo entre os dois.  


 


 


 


Era bom estar daquele jeito. 


 


 


 


 


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Respirando fundo, Natasha se olhava no espelho encarando o reflexo cansado. Abrindo a torneira da pia. Secando o rosto, a ruiva pegou o celular que estava hackeando o sistema de segurança do prédio que Ross estava invadindo.


 


 


 


Digitando os números do oficial, Natasha não se surpreendeu quando ele atendeu no primeiro toque.


 


 


 


— Alô? 


 


 


 


— Não faça isso — Pediu, já imaginando que ele perguntaria o que. 


 


 


 


— Fazer o que? — Confuso. 


 


 


 


— Vir atrás de mim. Poupe-se do constrangimento, parece estar desesperado — Colocando a chamada no viva-voz, a ruiva terminava de se arrumar para sair do banheiro. Ela pegou o moletom preto, enfiando os braços nele.


 


 


 


— Achei que estivesse me ligando para fazer um acordo. Porque do meu ponto de vista, é a fugitiva federal que está desesperada. — Reverteu, lembrando a ela qual era a real situação. 


 


 


 


— Do meu ponto de vista, parece que você precisa repousar. Foi a sua segunda ponte de safena? — Perguntou curiosa, o alfinetando com o problema de saúde


 


 


 


— Eu não me preocuparia comigo — Dispensou — Temos Barton, Wilson e o outro cara, o incrível ladrão que escolheram. Rogers está foragido. Você não tem amigos. — Disse imaginando que aquilo fosse intimidá-la de alguma forma e convencê-la a se entregar mais rápido. Ela já estava cercada no prédio mesmo — Para onde você vai? 


 


 


 


— Tive muitas vidas antes de conhecê-lo, Ross — relembrou. — Não deveria ter tido tanto trabalho. Eu cansei. — Desligando a chamada, ela colocou o moletom e soltou o cabelo que estava em um coque.


 


 


 


Respirando fundo, ela saiu do banheiro calmamente caminhando até a borda da balsa que a levaria para uma parte mais distante da Noruega, jogando o celular na água.


 


 


 


Olhando a vastidão de árvores que a cercava, Natasha voltou a respirar fundo encarando a situação em que estava. Mais uma vez, estava sozinha, sem ninguém e por conta própria. 


 


 


 


Não era exatamente indicado fugir com mais pessoas, já que o risco de ser encontrada seria maior, mas ela adoraria ter uma certa pessoa junto naquele momento. 


 


 


 


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Steve estava começando a achar que fugir não era exatamente o que ele mais sabia fazer na vida. Quer dizer, fugir das autoridades como estava fazendo naquele momento, estava mais acostumado a se esconder de inimigos como a HYDRA. 


 


 


 


— Boa viagem, Senhor Longbottom — Desejou o atendente do aeroporto, que tinha acabado de conferir o cartão de embarque que ele tinha apresentado. 


 


 


 


— Obrigado — Forçando um sorriso, ele pegou seus documentos e seguiu pelo corredor que o levaria para o avião, procurando seu assento e esperando ansiosamente para que o avião se colocasse no ar o mais rápido possível. 


 


 


 


Quando as orientações de colocar os eletrônicos em modo avião e as orientações de como usar a máscara de oxigênio em caso de queda foram dadas, ele se sentiu mais aliviado, sabendo que logo estaria no ar e ninguém tinha o interceptado. 


 


 


 


 


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A balsa não demorou a chegar em seu destino, levando Natasha a uma cidadezinha, onde fez uma parada em um mercado comprando os suprimentos que precisaria para os próximos dias. 


 


Por ali ela ainda não precisaria se preocupar em ser descoberta, até Ross e sua equipe chegarem ela já teria conseguido escalar para um outro lugar. 


 


 


 


Colocando as compras no banco de trás, ela seguiu por uma estrada praticamente deserta a levando para os confins da Noruega.


 


 


 


— Após o acordo de Sokovia, a caçada aos Vingadores remanescentes continua… — O noticiário do rádio dava a manchete do dia que, é claro, envolvia os vingadores e os últimos acontecimentos — Steve Rogers e Natasha Romanoff, no momento, estão foragidos — Avisou o radialista. 


 


 


 


Natasha parou o carro, depois de andar vários quilômetros de estrada e um pedaço da floresta, ouvindo a notícia e bebendo seu café, pensando no que tinha acabado de ouvir. Rogers também estava por aí, talvez não tão sozinho quanto ela. 


 


 


 


Encarando o trailer que seria seu lar pelos próximos dias, assim ela esperava, Natasha saiu do carro e foi em direção da nova casa.


 


 


 


Com uma arma em mãos, ela foi cautelosa ao entrar, faziam cinco anos que não usava aquele esconderijo e alguém poderia estar ali. Se certificando de que estava tudo bem e que tudo estava como tinha deixado a russa baixou a arma, se permitindo respirar um pouco.  


 


 


 


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Steve estava começando a pensar que se entregar a Ross seria mais fácil. 


 


 


 


Depois de ter saído do aeroporto o mais rápido que conseguia, ele precisava achar um veículo, mas com um total de vinte euros para gastar, começava a achar que seria um pouco difícil de acontecer. 


 


 


 


A caminhada infinita tinha começado, enquanto ele tentava não parecer suspeito. Ele poderia correr, mas chamaria atenção, pedir carona também era arriscado, o Capitão América não estava com uma boa reputação depois do tratado de Sokovia. Então, naquele cenário, a única opção era ir caminhando até a estação de trem mais próxima que o levaria a seu destino. 


 


 


 


O capitão já estava na metade do caminho quando resolveu fazer uma parada, já que começava a escurecer e ele não conhecia muito bem aquela parte da Europa. Seria melhor fazer uma parada em alguma pousada ou hotel de baixa reputação por aquela noite. 


 


 


 


Barganhando uma estadia, Steve conseguiu um lugar que coubesse em seu orçamento, não era exatamente confortável, mas serviria para passar a noite. 


 


 


 


★☆★


 


 


 


Natasha olhava as estrelas pela janela do seu quarto no trailer que ela deveria chamar de casa pelos próximos meses. 


 


 


 


De todo o espaço, aquela janela enorme atrás da cama era ótima. Todo o cenário das árvores, do lago e das estrelas. Era esse cenário que ela tinha imaginado anos atrás quando estava com Steve em um piquenique falando sobre o futuro. Claro que ela adoraria estar em uma casa, uma lareira para abrigar melhor do frio do que o aquecedor velho que estava no canto do quarto fazendo um grande esforço para esquentar aquele único cômodo, com um dos abraços de Steve a envolvendo enquanto ele conta alguma história sobre qualquer coisa que achasse interessante, ela deitaria a cabeça no peito dele ouvindo as batidas do coração sentindo que finalmente tinha seu lugar no mundo, que alguém sentindo sua falta caso sumisse, tendo as estrelas, a lua e as águas como um toque final para aquele cenário. 


 


 


 


Entretanto, aquilo tudo ainda era uma utopia durante aquele tempo. Não sabia onde Steve estava, eles tinham se desentendido enquanto defendiam lados opostos do acordo, apesar de Natasha ter mudado de lado no meio do caminho. Assim, ela duvidava muito que Steve fosse procurá-la e o orgulho não a deixaria tomar a iniciativa. Pelo menos não naquele momento. 


 


 


 


Com um longo suspiro, ela puxou o cobertor por sobre o ombro, ficando de lado na cama e tentando se concentrar para dormir. 


 


 


 


Estava segura ali, nada aconteceria. 


 


 


 


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Steve mal podia acreditar que tinha conseguido chegar a seu destino e em tão pouco tempo. Bom, na verdade ainda tinha um grande caminho a ser percorrido, e isso demoraria mais do que o esperado, mas ter pego o trem sem ser reconhecido e, consequentemente, não ter sido pego já era uma grande vitória. 


 


 


 


A partir dali, o caminho seria completamente deserto e solitário, sem contar que levariam vários dias, mas o seu destino reservava a melhor recompensa. 


 


 


 


 


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Os dias sozinha não estavam sendo tão animadores quanto Natasha imaginava, já tinha lido uma pequena pilha de livros que tinha dito que leria antes do ano acabar tinha cinco anos, visto a maioria das séries que tinha em um pen-drive e estava entediada. O frio excruciante impedia que ela fizesse qualquer outra atividade além de se manter no pequeno espaço do trailer. 


 


 


 


Estava tão entediada que já tinha reorganizado o lugar duas vezes, organizado seu pequeno arsenal de armas quatro vezes, incluindo limpeza das balas — das quais não tinha nenhuma necessidade. Tinha até organizado os arquivos de seu antigo computador em ordem alfabética. 


 


 


 


Ou seja, estava no total, completo e puro tédio. 


 


 


 


— Ah, que saco! — Reclamou se jogando na cama. Era a única coisa que tinha para fazer, longe de tudo e todos, sem poder contar com ninguém para arquitetar um plano para tirar os amigos da cadeia, sem nada de útil que pudesse fazer. 


 


 


 


Aos poucos o sono foi a dominando, já que era a única atividade que poderia fazer sem se entediar naquele momento: dormir e sonhar que logo tudo aquilo acabaria. 


 


 


 


★☆★


 


 


 


— Nossa, dormi demais — Acordando e se deparando com a escuridão da noite, Natasha se assustou com o avanço das horas. 


 


 


 


Fechando as cortinas do quarto, ela estava seguindo para a área compartilhada do trailer quando o farfalhar das folhas, denunciando que alguém andava pela área. Poderia ser apenas um animal selvagem, então ela deixou passar, era o hábito desconfiar de tudo, mas ninguém sabia que ela estaria ali, não seria Ross ou qualquer pessoa que conhecesse. 


 


 


 


Aliás, se fosse Ross, a aquela altura, teriam içado o trailer e feito a prisão nos ares para que não houvesse chances de Natasha fugir. 


 


 


 


Indo para a cozinha, ela foi esquentar um pouco do macarrão com queijo que tinha sobrado do almoço. 


 


 


 


Se sentando na mesa, ela olhou de relance para a janela reconhecendo a silhueta de uma pessoa do lado de fora que se aproximava cautelosamente. 


 


 


 


— Droga! — Esbravejou, pegando uma arma escondida estrategicamente embaixo de sua cadeira e saindo cuidadosamente da cozinha para o quarto, onde tinha uma rota de fuga que poder usar para surpreender quem quer que fosse. 


 


 


 


Tomando muito cuidado aonde colocava o pé, Natasha deu a volta no trailer indo atrás da pessoa que estava a ponto de "invadir" sua nova residência. Mas, diferente do que ela pensava, a pessoa deu três toques na porta. Ainda desconfiada, a ruiva esperou para ver qual seria a próxima atitude do invasor, a arma continuava apontada para qualquer movimento em falso o gatilho seria pressionado.


 


 


 


— Natasha — Chamando a russa, ela se surpreendeu ao identificar a voz com a qual estava sonhando havia dias. 


 


 


 


— Steve Rogers, o que trás o Capitão América à Noruega? — A voz carregada de malícia e ironia fez com que um sorriso se abrisse no rosto do loiro, enquanto ele se virava cautelosamente para a ruiva.


 


 


 


— Olha, contando que o Ross está atrás até da minha sombra, muita coisa me trás aqui, — O tom de voz descontraído fez Natasha abrir um pequeno sorriso — mas o principal motivo que me fez correr o risco de ser reconhecido e preso e ter andando pela estrada sem fim por uma semana foi você — Contou e aquilo era uma declaração enorme. Queria dizer que em todos aqueles dias em que fantasiava com um momento a dois com ele, não era a única a pensar naquilo. Na verdade, Steve tinha feito muito mais por eles do que ela, arriscado tantas coisas que, quando ela deu por si, tinha se jogado nos braços dele. — Senti saudade — Admitiu ele, a abraçando. 


 


 


 


— Eu percebi — Murmurou contra o ombro dele — Você disse que passou quantos dias andando mesmo? — o cheirinho que vinha de Steve não era exatamente o mais agradável. 


 


 


 


— Uma semana. Deu pra perceber? — Perguntou sem jeito. 


 


 


 


— Um pouquinho — Afirmou, se afastando e rindo. — Tem um banheiro, caso queira usar… — Comentou casualmente. 


 


 


 


— Sabe, outras pessoas estariam achando super romântico o fato de eu ter desbravado o mundo para vir até você — Resmungou ultrajado, com um leve sorriso, a seguindo para dentro do trailer — Você ia atirar em mim? — Constatou indignado, a observando guardar a arma de volta ao seu esconderijo. 


 


 


 


— Até cinco minutos atrás você era um invasor ou alguém da equipe de Ross — Lembrou. 


 


 


 


— É, você tem um ponto — Considerou, pegando a toalha que ela tinha atirado nele. — Entendi o recado. 


 


 


 


Natasha riu da expressão de contrariedade de Steve, o observando ir até o banheiro. A russa colocou o que ainda tinha do Mac'n'cheese em outro prato e o colocou do outro lado da mesa, esperando que Steve terminasse de se organizar. 


 


 


 


— Comida! — Exclamou o loiro, assim que saiu do cubículo do banheiro. 


 


 


 


— Imagino que essa caminhada não tenha com um grande banquete — Brincou a russa, se sentando novamente na mesa. 


 


 


 


— Mal conseguia me manter em pé, quem dirá levar várias refeições na mochila — Considerou, se sentando à frente dela. — Está aqui há quantos dias? 


 


 


 


— Provavelmente um mês — Respondeu ainda pensando em quanto tempo estava naquele lugar longe de tudo, que apesar de ser terapêutico, estava a deixando louca pela solidão. 


 


 


 


— E não te acharam — Disse impressionado 


 


 


 


— Digo o mesmo do senhor, Rogers, passando por imigração, policiais da Interpol e tudo mais… — Comparou, levando uma garfada de macarrão à boca.


 


 


 


— É bem solitário, não é? — Natasha concordou em silêncio, bebendo um pouco da água. 


 


 


 


— Um pouco. 


 


 


 


— O que fez você escolher ficar do lado do governo? — Ainda não fazia sentido para Steve o fato de Natasha ter deixado os órgãos governamentais de um país e aderir o de outro, quando na fundo todos tinham o mesmo princípio


 


 


 


— Parecia certo, até a Alemanha. Depois eu vi que estar com o Ross e todos os que arquitetaram o tratado, seria como me manter acorrentada, ver injustiças e não poder fazer nada por estar a serviço do governo ou só lutar nas causas que eles julgam ser justas. — Explicou, sabendo que Steve entenderia, afinal ele não tinha exitado em discordar do acordo. — Senti sua falta — Confessou, sentindo as bochechas esquentarem em um grande espetáculo, já que era incrivelmente raro Natasha Romanoff corando.


 


 


 


— Também senti a sua. 


 


 


 


— Não ficou chateado por eu não ter ficado do seu lado com o acordo? 


 


 


 


— Fiquei um pouco surpreso, na verdade, mas não chateado — Corrigiu pensativo. Não concordava com o posicionamento de apoiar o acordo, mas tinha ciência de algum dos motivos — E também, no final, você percebeu que não era a melhor opção para os vingadores. 


 


 


 


— Acho que podemos nos chamar de separadores — Murmurou sob o copo enquanto bebia mais água. Steve riu com a comparação, que era o reflexo da verdade, estavam se separando. — Estamos bem com isso? 


 


 


 


— Estamos — concordou, voltando sua atenção ao prato e levando a conversa para um lugar mais alegre. 


 


 


 


Não estava mais sozinha e não precisava mais se sentir tão melancólica, então podia evitar esses assuntos. 


 


 


 


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Se esconder com outra pessoa poderia ser mais arriscado, com certeza era, mas também era mais divertido. Natasha e Steve se entendiam tão bem quanto creme de amendoim e geleia. 


 


 


 


Depois de meses naquela floresta, eles já não se preocupavam mais com Ross e sua turma. Estavam mais focados em apenas curtirem um ao outro, no momento em que podiam ser mais leves, mais eles, apesar de ainda terem um pontada de preocupação, principalmente em relação aos amigos que precisariam tirar da cadeia. 


 


 


 


Essa última parte ainda levaria tempo, coisas estavam em andamento e eles só podiam esperar. 


 


 


 


— Essa cadeira deveria estar um pouco mais para esquerda, não acha? — indagou Natasha, analisando a posição da cadeira que ficava na área externa do trailer. Durante os meses em que estavam ali, eles fizeram várias adaptações e a colocação de duas cadeiras em frente ao trailer para conversarem ao ar livre no verão, já que a neve estava começando a dominar o ambiente e não seria possível até a estação seguinte. 


 


 


 


— Eu acho que você está muito mandona esses dias, Romanoff — Analisou o capitão a envolvendo com seus braços. — O que acha de entrarmos? Está começando a nevar e você está com frio — Os floquinhos brancos começam a cair e o vento gelado soprava contra os dois, fazendo com que o rosto de Natasha ficasse vermelho pelo frio. 


 


 


 


 


— Tem chocolate quente lá dentro — Disse o abraçando, sentindo o corpo se esquentar automaticamente pelo calor que emanava dele — Podíamos assistir um filme — Sugeriu.


 


 


 


— Quantos você quiser — Garantiu, beijando-a na testa — Agora vamos antes que fiquemos congelados aqui para sempre. 


 


 


 


Entrando no trailer o calor do aquecedor ligado os esquentou rapidamente. Enquanto Natasha procurava um filme antigo para assistirem, Steve colocava os chocolates em xícaras para os dois com alguns marshmallows. 


 


 


 


— Tem um espacinho aí pra mim? — Entregando uma xícara a ela, ele se sentou no espaço que tinha no sofá. A "vantagem", de um espaço tão pequeno quando aquele é que tudo estava perto, a mesa que comportava o notebook não estava tão longe do sofá, permitindo que eles ocupassem dois ambientes. 


 


 


 


— Nós já pensamos no que vamos fazer nos próximos dias para ajudar o Sam, o Scott, o Clint e quem mais o Ross tiver pego? 


 


 


 


— Precisaremos arranjar reforços — Lembrou e talvez fosse o mais importante, eles até conseguiram dar conta de tudo sozinhos, mas ter backup não era má ideia. — Com o feriado, vai ficar mais fácil, menos guardas, menos vigilância… 


 


 


 


— Ótima hora para invadir — Concluiu empolgada em fazer algo a mais do que brincar de casinha, como estavam fazendo nos últimos dias. — Gostei do bigode — Um pouco do chocolate tinha ficado acima da boca de Steve, formando um bigodinho de chocolate — Deixa que eu limpo. — Se erguendo um pouco mais, Natasha se aproximou dele, o beijando. 


 


 


 


— Acho que vou me sujar mais vezes — Disse ao final do beijo. — Natasha, não! — Segurando a xícara na mão dela, ele a impediu de derramar a bebida em cima dele. 


 


 


 


— Chato! — Reclamou, dando um último beijo nele, antes de voltar a atenção à tela. 


 


 


 


Não estava nem na metade do filme e Natasha tinha caído no sono. Steve a ajeitou como dava em seu colo, esperando que as letrinhas dos créditos começassem a subir antes de levá-la para o quarto. 


 


 


 


Assim que o filme acabou e ele a levou para o quarto, Steve deitou com ela na cama pensando no que estava acontecendo em sua vida. 


 


 


 


Apesar de tudo, estava feliz por estar com Natasha. Ela era a única forma de alegria, conforto e familiaridade em que ele podia contar. 


 


 


 


— Eu dormi muito? — Se espreguiçando na cama, ela abriu os olhos focalizando Steve que sorriu. 


 


 


 


— Só o filme todo. 


 


 


 


— E eu perdi muita coisa? 


 


 


 


— Eu diria que não. 


 


 


 


— Que horas são? — Tentando visualizar o relógio atrás de Steve, ela não conseguia ver as horas. Ele se virou para olhar os números verdes no despertador.


 


 


 


— Onze e vinte. 


 


 


 


— Humm — Voltando a deitar na cama, a ruiva sentiu uma espécie de déjà vu, mas não exatamente um déjà vu já que tinha vivido isso antes. — Acho que demos check em uma realização. 


 


 


 


— O piquenique? — Perguntou se lembrando também da conversa de meses atrás. 


 


 


 


— Montanhas, um lugar distante… 


 


 


 


— Só nós dois — Completou, sentindo um sorriso preguiçosamente feliz se instalar em seu rosto. 


 


 


 


— Tem alguns pontos que poderiam ser diferentes — Considerou se referindo aos amigos. — Mas esse estar aqui é o suficiente. 


 


 


 


— É como estar em casa. — Disse pensativo. Estava em casa mesmo, era assim que se sentia. 


 


 


 


— Ainda não estamos em casa, Steve — Disse um pouco chateada, aquele trailer era bom, mas não seria tanto quando a casa que tinham nos Estados Unidos. 


 


 


 


— Nat, onde você estiver vai ser minha casa. Você é o meu lugar no mundo. 


 


 


 


— Steve… 


 


 


 


— Sério, lar é onde nós sentimos a vontade para ser quem somos e é assim que me sinto quando estou com você — Contextualizou, a encarando com intensidade. 


 


 


 


Natasha pensou um pouco sobre a frase e era verdade. Sempre que estava com Steve eram momentos em que podia ser ela mesma sem medo dos julgamentos ou coisa parecida, era como estar em um lugar tão confortável com alguém que ela não tinha vontade nenhuma de largar. 


 


 


 


— É um ótimo conceito de lar — concordou — então acho que também estou em casa, porque você é o meu lugar favorito. 


 


 


 


Os abraços de Steve também era uma das coisas favoritas de seu lugar favorito, a forma como ele a confortava era tão familiar. 


 


 


 


Ao final, era isso. Eles eram o que precisavam por enquanto, se completam, se amavam – mesmo não tendo dito explicitamente um ao outro – e viam um futuro naquilo. 


 


 


 


Ambos se encaravam com aquele brilho no olhar que dizia tudo sem que precisassem proferir uma palavra. Os rostos foram se aproximando na expectativa de um beijo que foi interrompido pelo show de luzes que entrava pela janela. 


 


 


 


Não, não era Ross ou qualquer outra pessoa para prendê-los, mas um anúncio para o ano que se iniciava. 


 


 


 


— Feliz ano novo — Desejou a russa depois do susto. 


 


 


 


— Feliz ano novo, senhorita Romanoff — Sussurrou fofo beijando a testa dela, seguindo em uma linha até os lábios. 


 


 


 


O ano novo prometia muitas coisas das quais mudariam várias coisas em suas vidas, mas, felizmente, eles seriam uma constante um para o outro. 


 


 


 


 


 




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Autor(a): lety_atwell

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