Fanfic: O Desafio(adaptada) | Tema: Vondy
Christopher parou o carro na primeira vaga.
— Acho que estamos no lugar certo. Eles acham que ganharam uma espécie de concurso da pousada. Tive que cronometrar a viagem para que chegássemos no momento em que eles estivessem tomando os drinques.
Dulce riu.
— Uau! Você é tão maquiavélico quanto sua avó.
— É bom saber que, se eu não conseguir meu emprego de volta, pelo menos posso ganhar dinheiro manipulando os outros. Fico feliz por essa ter sido a única coisa que herdei da vovó.
— Isso e o bom gosto impecável — murmurou Dulce, olhando para o carro.
— Também acho — concordou Christopher. Mas, quando Dulce se virou para ele, notou que Christopher não estava olhando para o carro, e sim para ela. Aquilo não era real. Não era real. Ele lhe ofereceu o braço. — Vamos?
Com uma risadinha, ela aceitou a oferta e caminhou com ele até a enorme pousada. Era anexa a um restaurante muito chique, bem no centro de Alki Beach.
O sol ainda estava alto, mas não fazia tanto calor a ponto de impedir uma caminhada na praia ou um jantar ao ar livre. Dulce queria os dois. Isto é, se, antes, não virasse abóbora.
— Pronta? — sussurrou ele em seu ouvido quando abriu a porta para que ela entrasse.
Incapaz de encontrar as palavras, ela apertou o braço de Christopher e fez que sim com a cabeça.
O cheiro de comida refinada inundou seus sentidos quando eles entraram de braços dados no lugar.
— Ah, sr. Uckermann! — Um velho senhor de smoking estava parado diante deles.
— A mesa está pronta, exatamente como o senhor pediu. Gostaria de começar com o champanhe?
Christopher olhou para Dulce, como se quisesse saber a opinião dela.
— C-champanhe está ótimo. — Ela engoliu em seco, nervosa, quando seus olhos examinaram o restaurante e finalmente pousaram em seus pais. Estavam sentados em um canto, conversando distraídos.
Sentiu a respiração acelerar. Perdendo de repente a coragem, ela fez menção de se virar e ir embora, mas Christopher a segurou com firmeza. Quando os pais de Dulce olharam em sua direção, curiosos, Christopher fingiu não se importar com eles.
Apenas os cumprimentou com um aceno de cabeça enquanto o garçom os levava para uma parte privada do restaurante.
Dulce quase chorou ao ver a mesa. Estava coberta de pétalas de rosa e, nos pratos, estava escrito “feliz aniversário” com chocolate. Morangos estavam dispostos ao redor da mensagem. No canto havia um presente gigante.
Ela precisou se conter para não chorar, ou a maquiagem ficaria arruinada.
Ninguém nunca fizera por ela nada que fosse sequer parecido com isso. Era inconcebível que Christopher pudesse até mesmo ter pensado em algo assim, quanto mais ter planejado tudo em apenas uma hora! Só podia ser obra da vovó. Não tinha como o coração dele ser tão bom assim... Ou isso, ou ele só estava se sentindo culpado por ela tê-lo acusado de ser egoísta.
Ele afastou a cadeira para que ela se sentasse e sussurrou outra vez em seu ouvido:
— Feliz aniversário.
Dulce sentiu que estava ficando ruborizada e se concentrou em respirar. A tarefa era muito difícil, pois tinha acabado de sentir os lábios de Christopher roçarem a ponta de sua orelha, o que fizera seu coração bater com mais força.
Christopher se sentou enquanto o garçom abria uma garrafa de champanhe.
Concluída a tarefa, o homem os deixou sozinhos com os aperitivos e o espumante.
— Dulce? — A voz de sua mãe revelava animação e surpresa. — É você, querida?
Com um sorriso tenso, Dulce cumprimentou a mãe e o pai, que se aproximavam. Os dois procuravam observar tudo, absorver cada detalhe da cena, até que seus olhos finalmente pararam em Christopher.
— Christopher Uckermann? — Seu pai estendeu a mão. — Ouvi dizer que sua avó acabou de demiti-lo. Essa deve ter doído! Como vão as coisas?
Dulce teve de se esforçar para não permanecer boquiaberta.
Com gestos elegantes, Christopher se levantou e apertou a mão do pai de Dulce.
— Obviamente, estou ótimo. Um trabalho é só um trabalho. Tudo o que importa é que Dulce esteja ao meu lado, me apoiando. Enquanto ela estiver comigo, vou estar bem.
Se ela não soubesse que Christopher estava representando, teria acreditado nele. A mãe os observava, quando perguntou:
— Vocês dois estão... namorando?
Dulce abriu a boca para responder, mas Christopher a interrompeu.
— É claro. Por que mais estaríamos aqui?
No rosto de sua mãe se abriu um sorriso tenso quando ela olhou para a roupa de Dulce e depois para o prato.
— Ah, querida! Mas é claro, hoje é o seu aniversário! Como pudemos esquecer outra vez?
— Não sei — disse Dulce, e a voz saiu falhada. Ela ergueu a taça de champanhe. — Faço 22 hoje. Viva!
Christopher ergueu sua taça e bateu-a na dela.
— Ah, isso é ótimo. — A mãe inclinou a cabeça, olhando para Dulce. — Christopher a trouxe aqui para comemorarem seu aniversário... Não é nada sério, então.
— Sério? — repetiu Dulce. Será que eles eram loucos? Como a conversa tinha ido de uma desculpa meia-boca por terem esquecido seu aniversário a isto, agora? A deixarem claro que não se convenciam de que Christopher pudesse querer sair com ela. Dulce mordeu o lábio e olhou para Christopher. Todas as suas inseguranças voltaram com força. Por que ele ficaria com ela? Era um dos solteiros mais famosos de Seattle. Já namorara até modelos.
Ela fez menção de se levantar. Aniversário ou não, não aguentava mais.
Entretanto, quando se levantou, Christopher a puxou para seu lado e a fez sentar-se em seu colo.
— É melhor que eles ouçam de nossa boca, Dulce.
— Ouçam o quê? — Seu pai parecia ignorar completamente a tensão.
— Sobre nós. — Christopher acariciou o braço dela, bem devagar. — Estamos namorando, e é bem sério.
Dulce ficou tensa.
A mãe riu.
O pai se juntou à mãe.
Dulce tentou se afastar, mas Christopher a segurou com firmeza. Ela conseguia sentir a raiva que emanava dele.
— Quer saber, amor?
Ainda em seu colo, Dulce se virou para ele, que continuou:
— Por que não vamos comemorar em algum outro lugar? Tenho uma casa bem aqui, na praia... Podemos passar seu aniversário com o restante da família.
Bem, era isso, ele tinha conseguido: Christopher a tinha resgatado e se transformado, de um sapo babaca, em um príncipe encantado. A respiração de Dulce ficou acelerada quando suas bochechas sentiram o toque dos dedos dele. Não era real.
Não podia ser real. Imediatamente, toda a insegurança do acampamento escolar estava de volta. Uma baleia. Ela era uma baleia, e, no momento, estava sentada no colo de Christopher. Dulce mandou que o coração parasse de bater tão depressa.
Precisava lembrar a seu corpo que Christopher era bom em provocar reações físicas.
Porque já sabia disso muito bem. Este homem já a fizera se apaixonar por ele duas vezes — não conseguiria uma terceira. Quando ele moveu a outra mão, massageando suas costas, Dulce estremeceu involuntariamente. Não era isso que sempre quisera, que Christopher a defendesse?
Tudo bem que agora ela estava bem mais velha, e claro que era tarde demais, mas quase dava para acreditar que ele tinha potencial para ser o homem com quem Dulce tinha sonhado a vida inteira. O cara que não escolhia apenas os caminhos fáceis, mas também seguia pelos difíceis. E ela precisava desesperadamente encontrar essa qualidade em um homem, ainda mais depois de rever os pais. Ela não queria o tipo de relacionamento que os dois tinham, vivendo em uma bolha só deles. Dulce queria amor, diversão, um herói, um melhor amigo. Droga. Talvez ela só estivesse projetando todas as suas necessidades e desejos em Christopher porque fora ele quem lhe dera um pouquinho de atenção. E esse pensamento a levou de volta à insegurança inicial: por que, entre todas as pessoas do mundo, ele iria querer justamente ela? Não iria.
A verdade doía, mas ela precisava parecer forte na frente dos pais, para que eles acreditassem nessa mentira — uma mentira que ela rezava para que fosse verdade. Christopher só estava ali porque, por algum motivo, estava tentando fazer o que provavelmente seria sua única boa ação do ano, e não porque seu coração tivesse de repente se libertado da prisão de gelo e começado a bater por ela.
— Família? — Sua mãe parecia irritada. — Que família? A família dela está aqui. Bem aqui... Exceto por Maite, que viajou para Los Angeles a trabalho. — Ela suspirou. — Nossa Maite é tão bem-sucedida! Sabia que ela é química?
Dulce queria chorar. Na verdade, queria saltar do colo de Christopher e quebrar alguma coisa. Em apenas algumas horas, Christopher fora para ela uma família melhor do que seus pais tinham sido durante anos! Família? Ele acabara de agir mais como família do que eles tinham feito a vida inteira. Ela travava uma batalha interior: não sabia se levantava e dava um tapa na cara da própria mãe ou se apenas saía, sem falar nada.
Em vez disso, libertou-se de Christopher, que a abraçava com firmeza pela cintura, levantou-se e ficou olhando de cara feia para os pais por um tempo. Ela nunca mais tentaria conquistar a aprovação dos dois. Era inútil tentar. Então, em vez disso, iria se divertir e mostrar que podia ser feliz sem eles.
— Christopher, você está certo. Vamos chamar vovó e ver se ela quer se juntar a nós para jantar.
Ele se levantou e a puxou para um abraço.
— Ótimo plano. — Sem qualquer aviso, tocou os lábios nos dela. Então a beijou como se não estivesse fingindo. Como se realmente gostasse dela e quisesse mostrar o que aqueles pais estavam perdendo. Mais uma vez, ela se deixou levar pelo momento, pelo que deveria ser sentir-se desejada. Passou os braços ao redor do pescoço dele e suspirou junto a seus lábios. Era seu aniversário, afinal.
Eles se separaram quando seu pai pigarreou.
— Olhe, Dulce, se você acha que é uma boa ideia ser vista com um play boyzinho...
Christopher riu.
— Um playboyzinho milionário. — O sorriso de Christopher foi tão arrogante que Dulce quis socá-lo, mas seus pais tinham pedido por aquilo. — Pelo menos acerte o título. — Ele enfiou a mão no bolso e pegou algumas notas de cem dólares. — Vamos, amor.
Sem nem um aceno de despedida, eles deixaram o restaurante e entraram no carro de Christopher. Ela teve um momento de satisfação quando viu os olhos arregalados com que o pai fitava o carro.
Então, quando estavam a pelo menos 1,5 quilômetro do restaurante, Dulce caiu no choro.
Autor(a): leticialsvondy
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Praguejando, Christopher encostou o carro e o desligou. — Sinto muito, Dulce. Se eu tivesse alguma ideia de que eles iriam tratá-la como... Ele soltou outro palavrão, com vontade de estrangular os pais dela por terem estragado o aniversário da filha. Em que merda eles estavam pensando, quando compararam Dulce com a irmã? Dulce era ú ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 44
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rt1508 Postado em 12/08/2020 - 19:28:10
Continuaaaaaaaa por favoor
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nathalia_muoz Postado em 26/07/2020 - 20:07:32
Continuaaa por favor, no dejes la historia
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anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:38:15
Por favor, me diga que a senhora não tá pensando em abandonar, foi uma das melhores fanfics, mais engracadas e construtivas que já li, continuaaa pelo amor de Deus, eu sempre vou tá aqui comentando <3
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anne_mx Postado em 15/07/2020 - 23:01:52
Finalmente Christopher entendeu que a ama e ela assumiu isso tbm, só falta um assumir p outro, amém que Jace não é tão idiota como pensei, amei o momento entre irmãos entre o Ucker e o Poncho, não sei porque mas algo me diz que a Dul e o Ucker se casaram sem querer ao assinarem os documentos KKKKKKKKK continuaaaa, amo vovó Nadine <3
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anne_mx Postado em 13/07/2020 - 00:18:44
Puts, que cena linda essa do casamento, eles dois se amam tanto, quando vão aceitar isso e se permitirem serem felizes? Continuaaa, quero só ver em que vai dar isso tudo <3
leticialsvondy Postado em 15/07/2020 - 22:07:32
Parece que o Christopher percebeu isso agora
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anne_mx Postado em 13/07/2020 - 00:17:40
KKKKKKKKKKKK eu amei a cena deles com as fantasias, epna que tudo que é bom dura pouco, Belinda tinha que aparecer e fazer merda né? E depois o Christopher tinha que ser idiota né? Ai ai sei não, continuaaa <3
leticialsvondy Postado em 15/07/2020 - 22:06:30
Pelo menos ele não ficou com ela, amei ver ela quebrando a cara kkk
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anne_mx Postado em 12/07/2020 - 14:58:22
KKKKKKKK vovó Nadine achou alguém a altura dela pra estressar ela tbm, amei a chegada da beata Petunia KKKKKKKKKK meu vondy juntos se beijando é tudo pra mim, continuaaaa, quero só ver eles indo p cama de novo juntos, se é que me entende <3
leticialsvondy Postado em 12/07/2020 - 21:45:31
Você vai rir muito com essas duas kkkkk Postando!!
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anne_mx Postado em 10/07/2020 - 22:17:03
Agora eu até entendi o Poncho um pouco, mas mesmo assim, ele ainda é meio idiota kkkkkkkkk Foi lindo a Dul indo atrás dele e conversando com ele, eu simplesmente amei, claro, até o idiota do Jace aparecer! Vovó é tudo pra mim, a véa dormindo com uma arma minha gente KKKKKKKKKK Medo de fazer isso no dia que eu for me casar e aparecer uma Nadine dessas, continuaaaa, e já tá na hora da Dul dar um fora no Jace né? O cara é um completo babaca! Amei a cena da madrugada, foi lindo ver a sinceridade do Christopher <3
leticialsvondy Postado em 11/07/2020 - 22:32:40
A parte da casa da árvore é uma das minhas preferidas <3 Vovó é a melhor, ainda vai aprontar mt kkkkkk
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anne_mx Postado em 08/07/2020 - 23:40:33
Ai Anahí, tô quase te tornando minha favorita, pq Dulce só tá me decepcionando, obrigada por dizer o que tava entalado na minha garganta e Alfonso é um idiota em? Entre ele e Jace, acho que não sei qual me irrita mais!
leticialsvondy Postado em 10/07/2020 - 15:45:56
A Annie realmente é a mais sensata dali kkkkk O Poncho pelo menos explica um pouco agora porque ele age assim né, mas... Postando!!
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anne_mx Postado em 08/07/2020 - 23:28:23
O jeito que eu amo Anahí é diferente <3 Esse Jace é um pé no saco, pelo amor de Deus, que macho insuportável, continuaaaa, quero ver meu vondy juntinhos <3
leticialsvondy Postado em 08/07/2020 - 23:33:11
Acho que ainda vai gostar dela ainda mais kkkk