Fanfics Brasil - Capítulo 49 O Desafio(adaptada)

Fanfic: O Desafio(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 49

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Virgem. Ela era virgem. Ele a usara para sexo casual e, fazendo isso, poderia ter arruinado a garota perfeita. A garota mais maravilhosa do mundo, sua alma gêmea.


Christopher deu um beijo carinhoso na testa dela e se afastou.


— Aonde você vai? — perguntou Dulce.


— A lugar nenhum — respondeu ele, e estava falando sério. Não iria a lugar algum, a não ser que ela fosse junto. Deixou as calças caírem no chão e se aproximou da cama. Dulce o encarou. Droga, ele poderia observá-la o dia inteiro!


O cabelo castanho-avermelhado caía sobre o sutiã de renda vermelha. Dulce tinha mesmo comprado lingerie. Caía bem nela, bem até demais, considerando os pontos pretos que estavam surgindo em sua visão. Ia perder a cabeça se não pudesse tê-la naquele instante.


Christopher se ajoelhou na cama.


— Tenho uma coisa a dizer.


— É mesmo? — Dulce tremeu sob o toque dele. Christopher pegou sua mão e envolveu seu dedo com a boca, sugando-o.


— Estou com ciúmes deste dedo há uma hora. Na verdade, fiquei com ciúmes até do chantilly.


Ela gemeu.


— E agora?


— Agora quero lamber você. — Ele colocou as mãos no quadril dela. — Inteira. Sem me esquecer de nenhuma parte.


— Nenhuma? — Ela arqueou as sobrancelhas.


— Nenhuma — repetiu Christopher, beijando-a, aprisionando seus lábios. Ele a pressionou contra a cama e a beijou, absorvendo-a, e então percebeu, naquele momento, que o gosto dela ficaria gravado nele para sempre. Tudo nela combinava perfeitamente com ele, que só estivera cego demais para notar, antes. E agora nunca a deixaria ir embora.


Os lábios de Christopher se encontraram suavemente com os dela, enquanto ele pressionava seu corpo contra o calor do corpo dela. Mas, quando ela suspirou, ele se afastou.


— Que foi?


— O que mudou?


As palavras não vinham. Então Christopher não só havia perdido o jeito, como também parecia incapaz de comunicar uma das coisas mais importantes que tinham acontecido em sua vida.


Dulce fechou os olhos de leve. Quando os abriu outra vez, estavam marejados. Christopher segurou o rosto dela entre as mãos e respondeu, bem baixinho:


— Eu. Eu mudei.


Ela franziu a testa.


— Fui eu, não você. Você sempre foi constante. Não importava se queria me esfaquear ou me beijar, você nunca mudou. Fui eu, estou diferente.


— Simples assim? — Dulce parecia cética.


Mas que droga! Ele queria primeiro se perder nela, e só depois ter a conversa séria. Mas sabia melhor que qualquer um que as mulheres não eram assim.


Então, com o autocontrole que raramente conseguia ter, Christopher se afastou e se sentou na cama, apenas de cuecas, esperando que Dulce também se sentasse.


Quando ela se sentou, Christopher a envolveu com os braços e a tirou da cama, carregando-a até o banco junto à janela, onde poderiam olhar para o lago, para suas memórias antigas — o passado dele.


Quando Dulce estava acomodada em seu colo, Christopher pegou um cobertor da cesta no chão e os cobriu. O contato com a pele dela fazia seu corpo inteiro formigar. Os dois estavam na cadeira, juntos, com as pernas emboladas. Christopher apoiou o queixo no topo da cabeça de Dulce e a abraçou de lado.


— Foi bem ali, perto do deque.


Dulce suspirou.


— O quê?


— A primeira vez que me droguei.


Ela enrijeceu.


Christopher engoliu em seco.


— Eu ainda era um garoto, além de um idiota, jovem e arrogante demais. Sei o que está pensando: algumas coisas nunca mudam. Mas não consigo nem imaginar no que eu teria me transformado se ele não tivesse me encontrado.


— Ele?


— Bill. — Christopher apertou as mãos de Dulce. — O pai de Anahí. Eu tinha bebido tanto naquela noite! Tive sorte de continuar vivo. Não parava de beber porque não parava de cheirar cocaína. Me sentia invencível, como se pudesse voar. Quer dizer, não fiquei nem um pouco cansado. Só queria passar a noite acordado, na farra. Eu me sentia um adulto, achava que aguentaria.


— O que aconteceu?


Christopher riu.


— Bem, meus pais estavam passando o fim de semana fora. Eu tinha ficado em casa com Alfonso, mas ele tinha saído com alguns amigos e me deixado sozinho. Então, dei uma festa. Só algumas pessoas. Todas estavam no último ano do colégio ou eram ainda mais velhas. Fiquei me achando o máximo. “Bem, continuando.” — Christopher pigarreou. — Meu pai tinha pedido a Bill que ficasse de olho na gente durante o fim de semana. É claro que eu não sabia. Ele me encontrou dentro d’água: eu tinha caído do deque e batido a cabeça em um dos barcos amarrados. Todos os meus supostos amigos estavam chapados demais e não repararam. Mas Bill pulou na água. Ele salvou a minha vida.


Dulce apertou ainda mais as mãos dele e disse:


— Acho que... É de pensar que, depois de um momento tão “revelador”,  pessoa mudasse o estilo de vida. Não entendo.


— Eu mudei. — Christopher deu de ombros. — Por um tempo. Tirei boas notas, pratiquei todos os esportes possíveis, pedi milhares de desculpas a Bill. Ele só contou para a mulher dele, não disse nada a meus pais nem a Anahí. Aquilo nos aproximou. Ele era o meu exemplo. Eu o respeitava. Tinha sido a primeira vez, na minha adolescência, que um adulto me tratava como adulto, então eu quis que ele sentisse tanto orgulho de mim quanto sentia de Alfonso e Anahí.


Tremendo, Christopher fechou os olhos e murmurou um palavrão. Por que era tão difícil? Talvez porque fosse a primeira vez que contava aquilo em voz alta, e para alguém com quem se importava de verdade, alguém que amava. E, ao expor a alma, percebeu como era assustador amar outra pessoa. Ao amar, você entregava ao outro o poder de feri-lo, de rejeitá-lo. E Christopher sabia, lá no fundo, que, no instante em que mostrasse quem realmente era, a máscara cairia e restaria apenas ele, Christopher Uckermann, um homem devastado. Depois de tudo aquilo, será que Dulce ainda o desejaria? Ou será que o deixaria, como ele merecia que ela fizesse?


— Na faculdade — continuou —, Anahí e eu éramos inseparáveis. Sei que você sabe de todos os detalhes sórdidos. Quer dizer, tenho quase certeza de que era você quem me xingava por mensagem de texto de um número desconhecido, o que durou o ano inteiro.


Dulce riu.


— Então. — Christopher sorriu. — Dormimos juntos na faculdade... Mas naquela noite... Merda, eu sabia o que estava fazendo! Disse a ela que eu era jovem e idiota, mas eu sabia. Só não me importava. Sabia que mudaria nossa amizade. Sabia que mudaria, mas, ainda assim, queria. Ainda a queria, mesmo sabendo que não iria além daquela noite. Acho que, lá no fundo, sempre soube que nos dávamos melhor como amigos. Bill já tinha dito diversas vezes que garotos e garotas não podiam ser amigos. Acho que ele estava tentando me avisar que, não importa a situação, os hormônios sempre assumem o comando. E quando misturamos álcool com hormônios... — Como ele odiava contar aquela parte! — Anahí não se lembra de muita coisa, mas eu lembro.


— Como assim? — perguntou Dulce, baixinho.


Bem, era hora.


— Bebemos a mesma quantidade, mas ela é bem menor que eu. Ela lembra que transamos e que foi esquisito, mas acho que não lembra que chorou. Ou que, no meio do caminho, me pediu que parasse. Disse que não queria decepcionar o pai...


Dulce se virou para encará-lo.


— Você não parou, não foi?


— Não. — Christopher quase engasgou com aquela palavra. — Eu disse a ela que tudo bem, que era normal ter medo. Disse... — Christopher fechou os olhos. — Disse a ela que a amava. E que, já que eu a amava, estava tudo bem.


Dulce terminou a história para ele.


— E aí você foi embora.


— Como o babaca que era, eu fui embora. — Christopher suspirou. — Saí do alojamento dela e fui direto para a república. Estava me sentindo tão culpado que só queria ficar anestesiado. Desaparecer. Então, enchi a cara, acordei na cama de outra garota e descobri, algumas horas depois, que enquanto eu traía Anahí e Bill... Os pais dela sofreram um acidente e morreram.


Eles ficaram em silêncio por alguns minutos, até Christopher voltar a falar:


— Sabe qual foi a pior parte? Era uma espécie de encruzilhada. Eu podia ter ido até ela, pedido desculpas, lamentado a morte deles ao lado dela. Podia ter sido o amigo que ela merecia que eu fosse. Mas, em vez disso, culpei a mim mesmo. Senti como se a morte dos pais dela fosse culpa minha, acreditei que, se eu tivesse parado quando ela pediu, os dois ainda estariam vivos.


— Christopher. — Dulce segurou o rosto dele. — Isso não é verdade, e você sabe disso. Não poderia ter evitado o que aconteceu com alguma coisa que deixasse de fazer, assim como não poderia ter provocado tudo.


— Acho que agora já sei — respondeu ele. — Mas ainda me sinto mal. Isso sempre me assombrou, e, para ser sincero, era fácil demais ignorar, me entregar à ideia de que eu podia viver pelo prazer, fazendo o que quisesse. Queria ficar o mais longe possível de Anahí e de tudo o que ela representava.


— Ela confiou o coração a você...


— E eu o parti — concluiu Christopher. — Em um milhão de pedacinhos. E, quando tive a chance de consertar, pisei neles, destruindo toda a nossa amizade.


Dulce estava cabisbaixa, sem se mover.


— No que você está pensando? — sussurrou Christopher, sabendo muito bem que estava soando como uma mulher, mas sem se importar.


— Estou triste por você. — Dulce passou um dedo por seu peito. — Triste por aquele garoto de 14 anos que ainda está lutando para se tornar o homem que deveria ser.


— Eu sou. — Christopher segurou o rosto dela. — Sou esse homem. Quero ser esse homem. Você me faz querer ser.


Dulce olhou bem em seus olhos, procurando, esperando.


— Alfonso me deu uma coisa, hoje. — Christopher a afastou com gentileza e andou até a cômoda, então abriu a gaveta e pegou a carta.


— O que é isso? — Dulce tomou o papel das mãos dele.


— Uma carta de Bill.


Notando o assombro de Dulce, Christopher continuou falando:


— Alfonso tinha recebido a ordem de me entregar apenas se atendida uma condição.


— Qual?


— De que eu estivesse apaixonado.


A carta caiu das mãos de Dulce e planou até o chão.


— Está falando sério?


Em dois passos, Christopher estava na frente dela. Ele a ergueu nos braços e a beijou na boca, absorvendo cada parte dela.


— Sim. Eu amo você, e sinto muito por vir com todo esse passado. Sinto muito por ter beijado uma garota e tê-la feito chorar. Sinto muito que essa garota tenha sido você. Sinto muito por não ter me comportado como o homem que fui criado para ser. Mas ao seu lado, Dulce — mais um beijo fervoroso —, sou esse homem. Você me faz ser esse homem, porque me faz acreditar que posso ser.


Dulce assentiu enquanto algumas lágrimas escorriam por seu rosto.


— O que ela diz? — perguntou, apontando para a carta.


— Tudo o que eu precisava ouvir — respondeu Christopher com sinceridade. — Tudo o que eu não queria ouvir. Disse que você deveria sorrir mais do que chorar. — Ele secou as lágrimas que escorriam pela bochecha dela. — Disse que eu deveria ver você como uma parceira, não apenas como amante. — Ele segurou as mãos dela diante dos lábios e beijou cada um dos dedos. — É quase como se ele soubesse que eu ia fazer merda, mas me amasse mesmo assim.


— Christopher, isso é que é o amor.


— Amor. — Christopher sorriu. — Amor não é algo que vem sem esforço: ele machuca. Quando olho para você, parece que meu peito vai explodir. Quando você me toca, sinto em todos os lugares do corpo. Quando você inspira, seguro o ar até você expirar. O amor é um inferno. É uma tortura. Pode deixar a gente maluco, é a coisa mais assustadora que já senti. Parece que acabei de entrar em um prédio em chamas... Mas você é a minha água, Dulce. Só preciso saber de uma coisa.


— O quê? — sussurrou ela.


— Você vai me salvar?



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Autor(a): leticialsvondy

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Sem responder, Dulce ficou na ponta dos pés e o beijou. Sua língua buscou a dele, abrindo caminho de leve na boca de Christopher, que retribuiu o beijo de modo hesitante. Dulce pôs as mãos no peito dele e o empurrou para a cama. — Que Deus tenha piedade de você, Christopher Uckermann, se deixar um bilhete de agradecimento depois desta ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 44



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  • rt1508 Postado em 12/08/2020 - 19:28:10

    Continuaaaaaaaa por favoor

  • nathalia_muoz Postado em 26/07/2020 - 20:07:32

    Continuaaa por favor, no dejes la historia

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:38:15

    Por favor, me diga que a senhora não tá pensando em abandonar, foi uma das melhores fanfics, mais engracadas e construtivas que já li, continuaaa pelo amor de Deus, eu sempre vou tá aqui comentando <3

  • anne_mx Postado em 15/07/2020 - 23:01:52

    Finalmente Christopher entendeu que a ama e ela assumiu isso tbm, só falta um assumir p outro, amém que Jace não é tão idiota como pensei, amei o momento entre irmãos entre o Ucker e o Poncho, não sei porque mas algo me diz que a Dul e o Ucker se casaram sem querer ao assinarem os documentos KKKKKKKKK continuaaaa, amo vovó Nadine <3

  • anne_mx Postado em 13/07/2020 - 00:18:44

    Puts, que cena linda essa do casamento, eles dois se amam tanto, quando vão aceitar isso e se permitirem serem felizes? Continuaaa, quero só ver em que vai dar isso tudo <3

    • leticialsvondy Postado em 15/07/2020 - 22:07:32

      Parece que o Christopher percebeu isso agora

  • anne_mx Postado em 13/07/2020 - 00:17:40

    KKKKKKKKKKKK eu amei a cena deles com as fantasias, epna que tudo que é bom dura pouco, Belinda tinha que aparecer e fazer merda né? E depois o Christopher tinha que ser idiota né? Ai ai sei não, continuaaa <3

    • leticialsvondy Postado em 15/07/2020 - 22:06:30

      Pelo menos ele não ficou com ela, amei ver ela quebrando a cara kkk

  • anne_mx Postado em 12/07/2020 - 14:58:22

    KKKKKKKK vovó Nadine achou alguém a altura dela pra estressar ela tbm, amei a chegada da beata Petunia KKKKKKKKKK meu vondy juntos se beijando é tudo pra mim, continuaaaa, quero só ver eles indo p cama de novo juntos, se é que me entende <3

    • leticialsvondy Postado em 12/07/2020 - 21:45:31

      Você vai rir muito com essas duas kkkkk Postando!!

  • anne_mx Postado em 10/07/2020 - 22:17:03

    Agora eu até entendi o Poncho um pouco, mas mesmo assim, ele ainda é meio idiota kkkkkkkkk Foi lindo a Dul indo atrás dele e conversando com ele, eu simplesmente amei, claro, até o idiota do Jace aparecer! Vovó é tudo pra mim, a véa dormindo com uma arma minha gente KKKKKKKKKK Medo de fazer isso no dia que eu for me casar e aparecer uma Nadine dessas, continuaaaa, e já tá na hora da Dul dar um fora no Jace né? O cara é um completo babaca! Amei a cena da madrugada, foi lindo ver a sinceridade do Christopher <3

    • leticialsvondy Postado em 11/07/2020 - 22:32:40

      A parte da casa da árvore é uma das minhas preferidas <3 Vovó é a melhor, ainda vai aprontar mt kkkkkk

  • anne_mx Postado em 08/07/2020 - 23:40:33

    Ai Anahí, tô quase te tornando minha favorita, pq Dulce só tá me decepcionando, obrigada por dizer o que tava entalado na minha garganta e Alfonso é um idiota em? Entre ele e Jace, acho que não sei qual me irrita mais!

    • leticialsvondy Postado em 10/07/2020 - 15:45:56

      A Annie realmente é a mais sensata dali kkkkk O Poncho pelo menos explica um pouco agora porque ele age assim né, mas... Postando!!

  • anne_mx Postado em 08/07/2020 - 23:28:23

    O jeito que eu amo Anahí é diferente <3 Esse Jace é um pé no saco, pelo amor de Deus, que macho insuportável, continuaaaa, quero ver meu vondy juntinhos <3

    • leticialsvondy Postado em 08/07/2020 - 23:33:11

      Acho que ainda vai gostar dela ainda mais kkkk


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