Fanfic: O Duque e Eu 🔞 - Evansson | Tema: Scarlett Johansson, Hayley Atwell e Chris Evans
Escócia, Dumfries Galloway
Paróquia Gretna Green
10 de abril de 1811
— É lindo! — Hayley exclamou feliz ao ver o conjunto de vestido e joias que Sebastian acabara de lhe entregar — Obrigada! — Agradeceu ela se atirando nos braços do Conde
— Qualquer coisa por minha futura esposa — Replicou Sebastian a acolhendo em seus braços e a beijando em seguida. — Vá se aprontar enquanto falo com o padre — Pediu afastando-se dela. Hayley assentiu ainda admirando os presentes.
— O banho está pronto, senhorita — A criada avisou entrando no quarto do hotel onde ficariam por aquela noite. Hayley se virou para acompanhar a criada até onde tomaria seu banho e se prepararia para o casamento.
Depois de ter perdido o Duque de Somerset para a irmã, Hayley fez seu próprio caminho para outros membros da aristocracia e até que tinha sido fácil. Sebastian Stan Stirling, Conde de Kilmarting, um escocês que passava alguns dias na Inglaterra foi uma ótima opção. Além de ser rico e deter um titulo, Hayley realmente gostava dele e o Conde parecia retribuir o sentimento.
E como, na vida de Hayley, nem tudo são flores, eles tinham um problema: Ele já era prometido de alguém! Hayley sabia, é claro, mas aquilo era simples de se resolver: Casando-se primeiro com o conde em uma cerimônia secreta em Gretna Green, a famosa paróquia realizava casamentos para jovens apaixonados que não podiam realizar a cerimonia da forma tradicional, como era o caso deles.
Com uma desculpa qualquer Hayley conseguiu ficar longe da supervisão dos pais e criadas da mansão Somerset por alguns dias, tempo o suficiente para a pequena viagem. E agora, ela estava devidamente vestida para o casamento e pronta para ganhar o título de condessa.
A pequena capela tinha sido decorada com algumas margaridas e velas de cera de abelha, que davam um cheiro agradável ao lugar. O padre estava no altar ao lado de Sebastian que parecia ansioso para que o casamento acontecesse. Calmamente, Hayley, seguiu seu caminho para o altar com um pequeno buque de rosas em suas mãos, ressaltado pelo branco do vestido.
Chegando ao altar, o padre começou a pequena cerimonia, não haveriam muitos detalhes, apenas as promessas de sempre. Os dois disseram sim, as testemunhas, as filhas do estaleiro do hotel, assinaram os termos e o padre autorizou que o noivo beijasse a noiva.
— Lembrando que o casamento só será válido depois de consumado — Observou o padre. Hayley olhou para Sebastian um pouco envergonhada e ele sorriu apartando de leve a mão dela. Aquela seria a parte divertida de todo o processo que fizeram até ali.
Voltando ao hotel, foi tudo do jeito que Hayley imaginava. Sebastian teve calma, foi carinhoso e a deixou a vontade para aquele momento. Da forma que um dia sua mãe lhe contara que seria. Nada parecia errado. Ao final, com os dois exaustos e suados, ele a puxou para seus braços a aconchegando em seu peito, Hayley deu um suspiro feliz e dormiu.
Inglaterra, Somerset
Chalé Somerset
21 de abril de 1811
— Se eu incumbisse um trabalho ao seu marido na Nova Inglaterra, você faria alguma objeção? — Christopher perguntou em uma tarde no chalé, que tinha sido construído na grande propriedade logo após a chegada de Scarlett.
— Bem, como esposa, eu jamais ousaria me intrometer nos assuntos de trabalho do meu marido — Respondeu com um sorriso tímido no rosto enquanto brincava com os dedos dele. Christopher sorriu aprovando a resposta e ergueu o rosto dela.
— Gostei disso — Aprovou a beijando em seguida.
Aquilo era tão fácil quanto respirar. Em um momento estavam conversando calmamente e no momento seguinte estavam se amando, tão envolvidos um com o outro que o mundo parecia não existir, e naquele momento não era diferente.
Christopher a puxou para seu colo e, de forma automática, ela se acomodou ali, mas ainda sem tê-lo dentro de si. O duque se ajeitou um pouco melhor na cama, colocando as costas na cabeceira, fazendo com que o contato fosse ainda mais intimo, o roçar das intimidades fosse mais intenso, os instigando ainda mais.
Scarlett afastou os lábios dos dele por alguns segundos, deixando que ele beijasse seu pescoço, colo e seios, sem saber se aquilo era o melhor a se fazer. O toque dele era como fogo, deixando um rasto de calor sob sua pele e, mesmo com um ano daquilo, ela ainda não sabia como reagir ao seus toques que sempre tiravam seus sentidos, a deixavam afoita e ansiosa por mais, sempre precisaria de mais.
— P-por favor! — Era uma suplica para que ele continuasse com aquela tortura deliciosa. A boca tinha encontrado o caminho para seus seios e ali se demoravam, atiçando a pele e deixando ainda mais sensível. As mãos passeavam preguiçosamente pelo corpo dela, chegando até o centro de suas pernas, tateando, testando e a provocando.
— Tão rápido, petit? — A voz arrastada pelo desejo, junto com o hálito quente dele faziam cócegas em seu ouvido e os cabelos da nuca se arrepiarem. Ela respondeu com alguma coisa parecida com “uhum” esperando que ele continuasse com aquilo. Christopher sorriu e com os dedos ele a invadiu, a sentindo quente e úmida. Scarlett gemeu com a invasão, precisava que ele fosse mais rápido com aquilo mas ao mesmo tempo estava adorando aquela deliciosa tortura de seus dedos — Diga-me, o que quer? — Pediu, ao pé do ouvido dela, dando um chupão em seu pescoço em seguida.
O que ela queria? Ambos sabiam muito bem, e ele também queria aquilo, queria muito, mas ouvi-la sempre o excitava ainda mais. Se inclinando sobre ele, Scarlett colocou a boca bem próxima ao ouvido dele fazendo seu pedido.
— Me faça sua — Pediu, ruborizando um pouco mais em seguida. Christopher a olhou por um instante, se perguntando onde estava a garota que ele conhecerá um ano antes, tímida e recatada. Ele não saberia dizer mas adorava como ela ficava na cama. Scarlett era um delicioso misto de recato e devassidão.
Ela não precisou fazer o pedido duas vezes. A erguendo um pouco em seu colo, Christopher passou a invadi-la lentamente, observando as expressões dela enquanto a penetrava, os olhos se fechando e as unhas se cravando em seus braços. Quando finalmente estava todo dentro dela, ele soltou a sua cintura, deixando que ela ditasse os movimentos em um sobe e desce lento, testando aquilo. Rapidamente ela pegou o jeito da coisa e os levava ao ápice. As mãos dele cravaram-se na cintura dela, a mantendo parada, enquanto ele se satisfazia, derretendo-se dentro dela.
Scarlett desabou sobre o peito dele, exausta, Christopher a acolheu e jogou um lençol por cima dos dois, também se entregando a exaustão.
Quando acordou, Scarlett estava sozinha na espaçosa cama. Ela se sentou, se cobrindo com o lencol, e olhou ao redor. Christopher não estava em nenhum lugar, provavelmente tinha ido resolver algum assunto de trabalho, pensou ela.
Olhando a mesinha de cabeceira, a loura se deparou com uma caixinha pequena, de uma famosa joalheria de Londres, ao lado da caixinha um bilhete. Pegando o bilhete primeiro, ela o levou até o nariz sentindo o cheiro familiar amadeirado de Christopher, e o leu.
“Meu coração e meu ser se rendem diante de vos
PS: Passando em frente ao Reisman, eles me lembraram você. Você e seus olhos que me hipnotizam todas as vezes que a vejo.
Espero que goste.
De seu servidor e amigo
C.E."
Com um sorriso bobo no rosto, Scarlett deixou o bilhete de lado e pegou a caixinha de veludo com o brasão da joalheria em dourado e a abriu, dentro havia um par de brincos esmeralda com detalhem em pequenos diamantes. Os tocando com as pontas dos dedos e com extrema delicadeza, Scarlett os admirou por longos minutos.
— Senhorita?. — A criada abriu a porta e esperou a autorização para entrar. Scarlett fechou a caixinha e a devolveu para a mesinha antes de responder a criada.
— Bom dia, Anne, pode entrar — Autorizou se mexendo na cama, tentando se levantar. — Anne, o Duque já saiu?
— Saiu sim, senhora. Disse que voltava a noite —Informou enquanto abria as cortinas — Também pediu que a senhora não se esforce demais — Observou o aviso ruborizando um pouco, assim como Scarlett.
— Tudo bem — Ela sorriu levemente envergonhada.
— Quer que eu prepare seu banho? — Anne perguntou por perguntar, sabia que Scarlett sempre tomava banho antes de começar seu dia. A loura assentiu, procurando seu hobbie para vestir.
— Achei que teria que tirá-la da cama a força
Scarlett quase engoliu a própria língua de susto ao ouvir o irmão na sala de jantar do chalé, estava tão distraída com seus pensamentos que nem reparou que Jeremy estava ali.
— Quer me matar, Remy? — acusou ela colocando a mão no peito na tentativa de acalmar o coração. — O que faz aqui? E tão cedo? — Perguntou curiosa se sentando a frente do irmão
— Visitar você. Desde que o duque te deu o próprio ducado, não passou mais na mansão — Reclamou o homem a sua frente, indo beijá-la na testa. — Como está? — perguntou, voltando a se sentar.
— Eu nem tenho tempo de sair daqui, as coisas aqui me mantem muito ocupada — Explicou se sentando na mesa e se servindo de um pouco de chá.
— É, eu sei bem o que te mantem ocupada aqui — debochou Jeremy, pegando alguns pedaços de beacon. Scarlett ficou vermelha instantaneamente, querendo jogar uma das chaleiras na cabeça do irmão. — Mas acho que hoje você terá que sair da sua caverna de luxo, Scar — Informou em um tom despreocupado mas Scarlett entendeu aquilo como um alerta, Jeremy não apareceria daquela forma caso as coisas na mansão estivessem boas.
— O que aconteceu? — A xícara que ela levava a boca parou no caminho esperando que ele completasse a informação. Jeremy pareceu enrolar para dar a resposta que a loura esperava. Ele terminou de mastigar a comida que tinha colocado na boca e a encarou por alguns segundos — Anda logo!
— Hayley — Foi a primeira coisa que ele disse e ela não entendeu. — Casou-se. Com o Conde de Kilmarting — Explicou e Scarlett levou um tempo para entender o que tinha ouvido.
— Ela andou tomando láudano escondido? — Perguntou retoricamente desacreditada, a irmã não poderia ter feito aquilo.— Isso aconteceu quando? Papai já sabe?
— Conhecendo nossa irmã, ela fez de sã consciência. Isso tem dez dias e não, papai não sabe — Respondeu na ordem que ela tinha perguntado. — Vim para saber o que deveríamos fazer.
— Sabia que você não viria simplesmente por vir, assim sem avisar — avaliou devolvendo a xícara ao pires. — O quão brava ela vai ficar?
— Conhecendo a nossa irmã... furiosa. — Considerou.
Scarlett não disse nada, sabia que a irmã ficaria daquela forma. Hayley sempre teve a ganancia de sair da vida no campo e ascender para a aristocracia inglesa. Sabia que ter “conquistado”, se é que era assim que Scarlett poderia chamar o que tinha acontecido entre ela e Christopher, o duque tinha sido uma forma de minar uma de suas chances para que aquilo acontecesse. Ela só não achava que a irmã tentaria acabar com a própria reputação daquela forma.
Jeremy e Scarlett sabiam que Hayley continuaria em busca de seu casamento com o aristocrata perfeito, só não sabiam que ela entraria em um relacionamento com alguém que era prometido a outra.
— Temos que contar mesmo? — Jeremy choramingou, não querendo delatar a irmã.
— Para o bem dela e de sua reputação, temos sim — Scarlett reforçou. — Vamos tomar café e depois cuidamos disso, sim? — Jeremy apenas concordou.
Eles esqueceram o assunto “Hayley” pelo café da manhã e passaram a conversar sobre outras coisas.
Próximo da hora do almoço, os dois se dirigiram a mansão onde os criados corriam para os preparativos a refeição e organização da casa.
— Tinha me esquecido de que aqui é bem mais agitado — Comentou ela. Geralmente o chalé, se é que era possível chamar assim, visto que o lugar tinha a mesma quantidade de cômodos do outro imóvel, era menos movimentado, ficando em silêncio a maior parte do tempo.
— Que bom que gosta de agitação. Lembre-se de que teremos mais daqui a pouco — Lembrou divertido e pode ver a irmã fechar os olhos já imaginando a confusão.
Não demorou muito para que Melanie soubesse que a filha estava na casa e correu para fazer companhia. A informação também chegou bem rápido aos ouvidos de Emily que resolveu fazer companhia a outra, para total desconforto de Scarlett. Jeremy só não estava tirando uma com a situação pois tinha noção do furação que se aproximava.
Karsten e Brolin, se juntaram ao grupo a espera da governanta chamá-los para almoçar. A família toda reunida, faltava apenas Hayley que tinha “saído” para um passeio e não demoraria muito para voltar, pois já tinha sido avisada que a refeição não demoraria a ser servida.
O clima na sala seguia em uma conversa descontraída e leve, seguindo assim para a mesa do almoço. Hayley chegou no meio da refeição, recebendo olhares repreendedores da mãe mas logo se suavizou assim que viu que a filha estava acompanhada.
Depois da chegada do Conde, a conversa girou toda em torno do moço, que estava até que feliz com tanta atenção. Hayley também estava feliz com a recepção que o marido tinha ganho, apesar de ainda não saberem que haviam se casado, e, levá-lo ali, tinha o intuito de apresentá-lo como tal.
Depois do almoço, Sebastian saiu com Hayley para uma volta pela propriedade e Scarlett aproveitou para falar com o pai e o tio sobre a situação da irmã. Jeremy, tinha tido um imprevisto no escritório e teve que deixar o assunto aos cuidados da irmã.
Obviamente, nenhum dos senhores ficaram felizes ao receber a noticia do casamento da irmã mais velha e já maquinavam formas de suavizar o acontecido.
Elizabeth Chase Olsen. Essa era a prometida de Sebastian, a morena era herdeira de grandes terras e posses, um prato cheio para qualquer um, tanto que durante uma temporada ela tinha sido a mais cobiçada, porém a mão da jovem já tinha compromisso. Os Kilmartin também tinham grandes posses e terra, com a junção aos Olsen, teriam um império.
Por conta dessa união, até o rei tinha sido envolvido e ninguém ousaria passar por cima disso. Bem, ninguém além de Hayley e sua ambição.
Quando voltaram do passeio, Hayley e Sebastian foram chamados para o escritório de Brolin com urgência.
— O que vocês estavam pensando? Esse casamento era de cuidados do estado! Uma coisa que só o rei poderia decidir contra! — Karsten os lembrou claramente exaltado.
— Quem mais sabe sobre isso? — Brolin, o tio deles, perguntou claramente irritado.
— Ninguém — Hayley respondeu.
— Ótimo. É assim que iremos manter. Para sempre — Decretou ele.
— O senhor não pode fazer isso! — Protestou a jovem — Não quando foi feito perante a Deus... — Continuou — E consumado também — Concluiu como uma última tentativa para que o casamento continuasse. Karten a olhou indignado.
— Consumado? — Ele não tinha escutado aquilo. — Vocês...? — nem completar a frase ele conseguia. — fizeram coisas improprias — Com o resto de vontade que ele tinha, Karsten completou a frase.
— Eu dormi com o meu marido? Sim, e não tem nada de improprio nisso — Assumiu.
— POR DEUS! — Esbravejou Brolin — Se você fosse minha filha... Ele retornará para a Escócia, onde se casará com Elizabeth como o planejado — ordenou..
Sebastian não teve muito como argumentar, se aquilo tinha chegado daquela forma para a família Johansson, imaginava como o pai reagiria a noticia de que ele não se casaria com Elizabeth. Então, ele apenas saiu pela porta que havia entrado.
Hayley assistiu a cena com pavor e indignação, como se não fosse ela vivendo aquilo tudo, sua alma tinha saído do corpo e só voltou pois seu tio direcionava lhe direcionava a fala.
— Será enviada a França e ficará lá até aprender a sua lição — Decidiu o tio
— O QUÊ? Não! Pai, por favor. Como o senhor pode deixa-lo fazer isso ? — Ela estava exasperada. Não podia, não queria, ir a França. Não daquela forma.
— Como posso deixá-lo fazer isso? — Repetiu seu pai — Você sabe muito bem que a amizade de Scarlett com o Duque está em um estagio extremamente delicado. Qualquer escândalo, mau boato envolvendo seu nome pode ser fatal. Você será enviada para a França e espero que faça bom uso a sua estadia por lá. — Decidiu.
— E ficará por lá até seu pai perdoa-la — completou o outro homem, que havia se sentando em uma poltrona de couro no canto da sala.
Sabendo que dali não teria mais escolha, Hayley saiu do escritório aos prantos e com a raiva saindo pelos poros. Não era possível, nada em sua vida daria certo? Virando um dos corredores que a levaria para seu quarto, ela encontrou uma das últimas pessoas que gostaria de ver naquele momento.
— Foi você quem contou, não foi — Constatou, da forma que Scarlett e Jeremy previam, furiosa. — Você não deveria ter feito isso! — Esbravejou a morena para a irmã, passando por ela sem nem ao menos olha-la
— Foi para o seu próprio bem, Hayley — Advertiu a loura. — Arruinaria suas perspectiva para sempre — Scarlett tentava se explicar, mais uma vez, correndo atrás da irmã
— Sério, Scarlett, para o meu bem? — Parando por um instante, Hayley se virou para a irmã com os olhos cheios de lágrimas — Bem, muito obrigada irmãzinha, tentarei lembrar disso enquanto estou em exilio e você aqui, na cama do Duque não desafiando o afeto de nosso pai! — Disse tudo de uma vez — Isso tudo foi para o meu bem, não para o seu — Foi a última coisa que disse antes de sair e deixar Scarlett a falar com as paredes.
Deixando a irmã por aquele momento Scarlett foi procurar a mãe, já que Jeremy ainda não tinha voltado do trabalho.
— Vai ficar para o jantar, Scarlett? — Melanie perguntou ao fim do dia.
— Já é tão tarde? — Se assustou ela. Não tinha reparado que o dia tinha avançado tanto, precisava voltar ao chalé. — Não, não irei ficar. — Ela se levantou apressada. Melanie não questionou, sabia o motivo da saída apressada da filha.
Chegando ao chalé, Anne já esperava Scarlett com um banho pronto e a loura agradeceu por aquilo, precisava relaxar. Odiava brigar com Hayley porém, aquilo era necessário, ela poderia ter estragado a vida fazendo aquilo.
— Eu fiz isso por ela — Sussurrou para si mesma, se lembrando das palavras da irmã.
— Falando sozinha, petit? — A voz de Christopher alcançou os ouvidos dela, assim como as mãos dele, a tocaram os ombros.
— Só pensando alto — Justificou, estremecendo pelo toque da mão gelada dele em contato com seu corpo quente pela água do banho. — Não ouvi você entrar — comentou sorrindo, apoiando a cabeça na borda para olhá-lo. Ele também sorriu e a beijou. — Entra comigo? — Pediu após o beijo de olhos fechados, corando violentamente.
Christopher riu contra a boca dela e voltou a beijá-la antes de responder
— Claro.
Ele foi rápido em retirar as roupas e se juntar a ela na banheira, as costas da loura. Como Scarlett tinha pedido para não encherem tanto a banheira, Christopher e ela couberam perfeitamente sem que a água transbordasse.
— Como foi o dia? — perguntou ele distraído com a pele dela, jogando uma pocinha de água no ombro dela.
— Normal. Jeremy apareceu para me fazer companhia, fui ver minha mãe... — comentou os acontecimentos escondendo o que envolvia Hayley e Sebastian. — E o seu?
— O de sempre, reuniões e mais reuniões... — Disse entediado. — Nada demais.
— Que tal me levar para passar um dia com você? Aqui é tão entediante as vezes — Reclamou se virando para ele.
— Se for comigo, a última coisa que irei fazer é trabalhar — Considerou a puxando para mais perto, se é que era possível, já estavam colados, a sentando em seu colo — Mas posso pensar no caso.
— Posso te ajudar com os papeis — ponderou.
— Querendo me convencer, Scarlett?
— Talvez. — Sorriu de uma forma encantadora — Obrigada pelos brincos — Agradeceu se lembrando do presente. — São lindos. Eu amei.
— Fico feliz que tenha gostado — Sorriu realmente feliz — Me lembraram seus olhos — Os dedos dele tocaram o rosto dela passando pelos olhos, que se fecharam ao toque.
— Não sabia que gostava tanto deles — Confessou abrindo os olhos novamente e o encarando.
— São as minhas joias — Admitiu. A sinceridade na voz dele fez o coração de Scarlett se derreter e um sinal de alerta acender em sua cabeça. Estava se apaixonando e não podia acontecer. — Acho que vou colocá-las no meu testamento. — Brincou a fazendo rir.
— Já está escrevendo um, vossa graça?
— Tenho que me precaver. Se continuarmos assim, tenho certeza de que irei ter um infarto antes dos cinquenta — Continuo enquanto a observava.
Aquilo estava ficando entrando em um terreno perigoso, ele sabia. A cada dia que passava longe e Scarlett, só conseguia pensar nela e estar com ela. Apesar de querer evitar, ele não conseguia, era mais forte que ele.
Em seus planos iria até o chalé apenas para saber como ela estava, jantar e voltar para mansão, ficar com Emily mas assim que a viu naquela banheira, seus planos foram para os ares.
— Acho que vou ter que me afastar então — deduziu, passando as mãos pelos cabelos dele.
— Nem pense nisso — impediu a puxando para um beijo e lá iriam eles mais uma vez.
Os beijos, arranhões, arfadas e gemidos duraram horas. A banheira acabou vazia. o quarto molhado foi deixado por aquela noite e o quarto ao lado foi palco para mais uma sessão de paixão e prazer. Quando finalmente se deram por satisfeitos daquilo, os primeiros sinais de que estava amanhecendo apareceram.
— Acho que não visitarei seu escritório hoje, não é mesmo — Deduziu ao ver os primeiros raios de sol passarem pela pesada cortina, enquanto ela passeava com a mão distraidamente pelo peito dele
— Tenho certeza de que nem o meu escritório, nem o resto da casa terão a sua ilustre presença, petit — garantiu ele, aproveitando dos carinhos dela.
— É, acho que sim. — Concordou se aconchegando melhor perto dele. — Boa noite, Vossa graça. — Desejou ela, se entregando ao sono.
— Boa noite, petit. — Retribuiu, beijando a testa dela.
13 de Junho de 1811
Chalé Somerset
Naquela manhã, como as ultimas duas semanas, Scarlett acordou sentindo seu estômago revirar, uma grande vontade de vomitar mas não conseguia colocar nada para fora, estava vazio.
— Bom dia, senhorita — Anne entrou como todos os dias. — Aconteceu alguma coisa? — Perguntou preocupada se aproximando da cama.
— A-acho que sim — Afirmou se sentando na cama.
— Scarlett, eu te conheço a tempo suficiente para saber que você não está bem — Confrontou. — Acho que um chá pode ajudar, não?
— É, pode ser... — Respondeu pensativa. — E, Anne, sirva o café no quarto, por favor — pediu ainda tentando se recuperar. A criada assentiu, saindo do quarto.
Com a criada for a do quarto Scarlett se levantou da cama tentando não cair ao senitr tudo rodar. Aquilo estava ficando bem recorrente em seus dias, enjoos, tonturas... estava ficando doente e não sabia como curar aquilo.
Um médico. Era disso que precisava.
— Anne, depois que me vestir, gostaria que você chamasse o médico — Pediu assim que a moça passou pela porta com o café da manhã.
— Claro — Concordou a outra deixando a bandeja cheia na mesa cabeceira. — Algo mais? — Perguntou antes de sair para aprontar o banho que ela sabia que Scarlett tomaria assim que acabasse o café.
— Não, por enquanto é só, Anne. Obrigada. — Agradeceu olhando o que Anne havia trazido e sentindo o estomago protestar ao ver os ovos com beacon. — Anne!!! — Chamou de volta.
— Sim — Em uma rapidez impressionante a criada a apareceu a porta.
— Pode levar os ovos e beacon, por favor, eles estão me enjoando. Desculpa — Se tinha uma coisa que Scarlett odiava, era recusar as coisas que as pessoas faziam para ela.
— Claro. — Sendo o mais rápida possível, Anne retirou o prato das vistas de Scarlett, o devolvendo para a cozinha.
Mais uma vez sozinha no quarto, Scarlett reparou que não era a primeira vez que aquilo acontecia, já tinha pedido para que a cozinheira alterasse o cardápio ou devolvido alguma coisa algumas vezes e aquilo não era normal.
— Eu realmente preciso de um médico. — Repetiu o pensamento em voz alta.
Comer foi uma tarefa um tanto quanto difícil para a jovem. As coisas pareciam ter tido seus gostos alterados, o que antes ela adorava comer, parecia duas vezes mais enjoativo e o que ela costumava pular nas refeições, estava muito mais saboroso. Depois de ter comido bem menos que o usual, ela foi tomar o banho que Anne tinha preparado e se aprontar para a chegada do médico.
— Senhorita Johansson — O velho doutor batia a porta. Depois de ficar um ano longe de Romain, Scarlett tinha voltado a usar o nome de solteira em algumas ocasiões, além de ter sido um pedido do Duque, ela até preferia, não se sentia como casada a tempos e quando usavam o sobrenome Dauriac para se referir a ela, Scarlett sentia que não pertencia a ela ou a família.
— Doutor. Por favor, entre — Pediu.
— Por que mandou me chamar, senhorita? — Quis saber o senhor, colocando sua valise em cima da mesinha de cabeceira.
— Bem, eu tenho acordado com um pouco de enjoo e ânsias de vomito. — Começou a explicar. Durante alguns minutos ela relatou ao médico que a ouvia atentamente. — Então...?
— Senhorita Scarlett, quando teve suas últimas regras? — Aquela simples pergunta fez Scarlett pensar por minutos, ela não se lembrava da última vez. Com a demora para a resposta fez o médico sorrir — Todos esses sintomas, somados a falta da suas regras me fazem concluir que a senhorita está grávida. Meus parabéns — Desejou o senhor, deixando o quarto em seguida.
Grávida?
Depois de um ano, ela tinha engravidado. Daria ao Duque seu herdeiro.
Involuntariamente suas mãos cobriram seu ventre em uma felicidade que não cabia dentro dela.
Naquela tarde Scarlett passou o dia enlouquecendo os criados, ela mal havia descoberto a gravidez e já estava reorganizando a casa para a chegada do bebê, nem ao menos sabia se era ali que ficaria.
Naquele dia também era aniversário de Christopher e aquela seria uma bela surpresa. Como ele tinha pedido, ela foi para mansão onde uma pequena celebração aconteceria durante o dia. Ela tentou se manter firme durante toda a comemoração, já que o menor os cheiros a enjoava.
— Tudo bem? — Christopher se aproximou dela que tentava evitar uma cena vomitando em todo o carpete da sala, Scarlett estava apoiada em uma das grandes janelas da sala tentando respirar.
— Uhum — Respondeu forçando um sorriso. — Como está, agora que completou seus trinta e três anos, vossa graça? — Perguntou divertida, se virando para ele que a analisava ainda em duvida. — Tá tudo bem, eu juro — reforçou.
— Trinta e três não é uma idade tão ruim — Considerou — Vem, vamos voltar com os outros. Depois vamos ao chalé. — ditou o cronograma que seguiriam. Scarlett o seguiu sem hesitar.
E como ele havia dito a noite seguiu como planejado, eles se juntaram aos outros conversando sobre as novidades da sociedade londrina e sobre a nova temporada que se iniciaria.
Após a entrega de presentes, Christopher pediu que Scarlett se retirasse primeiro e depois de alguns minutos ele se juntou a ela no chalé.
— Tem pensado em mudar a decoração? — Perguntou ele reparando que alguns moveis estavam em lugares diferentes.
— É, acho que sim. — Confirmou. — O que acha? — Quis saber a opinião dele.
— Por mim, você pode fazer o que quiser — Deu de ombros a abraçando. — Gostei da camisola — elogiou, analisando a roupa. A camisola tinha um tecido leve rosa claro. O busto dela ficava ainda mais chamativo pelo decote quadrado da roupa. — Essa é nova.
— Mais ou menos. Nunca tinha usado antes — explicou. — Fico feliz que tenha gostado. — Ele sorriu e deu um leve beijo na boca dela, se afastando em seguida.
Ele se sentou na poltrona ao lado da lareira e tirou os sapatos, a jovem se aproximou o ajudando com o restante. Qualquer um que entrasse no quarto naquele momento veria o que o coração de Scarlett estava vendo e o cérebro recriminando. Uma família. A esposa, ajudando o marido após mais um dia, louca para dar a noticia que mudaria suas vidas.
— O que foi, petit, está mais quieta hoje, calada... — observou ele, atiçando um pouco o fogo da lareira. — Tem algo que te incomoda? — Perguntou preocupado.
— Não, nada. Não tenho do que reclamar. — ela tentou sorrir para disfarçar o nervosismo.
— Por que chamou o doutor Stefan, hoje? — Ele tinha recebido a informação em seu escritório e esperava que ela contasse mas aquilo parecia longe de acontecer.
— Eu não estava me sentindo muito disposta e pedi que Anne o chamasse — Explicou.
— Chamou o médico por uma indisposição? — Repetiu sem acreditar. Scarlett se levantou e passou a andar pelo quarto para organizar as coisas em sua cabeça. Contar aquilo deveria ser tão difícil. — O que mais aconteceu, Scarlett?
— Bem, não é o que aconteceu e sim o que vai acontecer
— Se importa de explicar tudo isso — pediu confuso. Onde ela estava querendo chegar? Será que estava doente de algo terminal? — Você está doente?
— O que? Não! — Ela se apressou em negar — Minha saúde está ótima. É só que...
— Você...? — Ele também se levantou de onde estava sentado e se aproximou dela mantendo uma pequena distancia.
Scarlett olhou para ele por um tempo tentando se concentrar no que diria. Que diabos, porque estava sendo tão difícil, era uma coisa que os dois queriam e finalmente estava acontecendo. Por que as palavras apenas não se formavam por magica?
— Christopher, é...e-eu — Tentando formular como daria a notícia. Por fim, ela se sentou na cama, sentia que ali ela conseguiria falar o que queria.
— Você...? — Com um olhar curioso, ele se sentou ao lado dela na cama, esperando que completasse o pensamento — O que foi, petit? Pode falar.
— Eu estou grávida — Anunciou finalmente, soltando o ar dos pulmões que ela nem tinha percebido que prendia.
— Grávida?! — Questionou surpreso. — Você está grávida? Certeza?
— Acordo indisposta e enjoada, tenho que pedir para a cozinheira evitar fazer certas coisas porque o cheiro me leva direto ao banheiro e minhas regras estão atrasadas — Relatou o acontecido dos últimos dias.
— Isso é maravilhoso! — Na euforia do momento, Christopher a abraçou e se levantou com ela. — Fora isso tudo, você está bem? — Quis saber, preocupado.
— Fora isso estou ótima — Afirmou aliviada.
— Grávida?! — Repetiu mais uma vez só para ter certeza e ela confirmou com um sorriso no rosto e os olhos rasos de lágrimas.
Ele tinha mais uma chance, Scarlett lhe daria um filho.
Autor(a): lety_atwell
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