Fanfic: A seleção - AyA (adaptada) | Tema: Rebelde

— Na verdade, não. Como você sabe, a situação na Nova Ásia é cada vez mais preocupante. Nosso trabalho juntos é mais militar. Não sobra tempo para falar de mulheres.

Minha mãe e Diana deram uma gargalhada. Talvez a situação fosse um tanto cômica.

— Nosso tempo está acabando. Gostaria de lhe fazer uma última pergunta. Como seria a mulher perfeita para você?

Alfonso recuou um pouco na cadeira. Tive a impressão de que seu rosto ficou vermelho.

— Para ser franco, não sei. Acho que essa é a melhor parte da Seleção. Não haverá duas mulheres iguais no concurso, nem em beleza, nem em personalidade. Ao longo do processo, conhecendo todas e conversando com elas, espero descobrir o que quero — disse o príncipe, sorrindo.

— Obrigado, Alteza. Ótima resposta. Julgo falar por todos em Illéa ao lhe desejar a melhor das sortes.

Felipe estendeu a mão para outro cumprimento.

— Obrigado — agradeceu Alfonso.

A câmera demorou um pouco para cortar a imagem. Vimos o príncipe olhar para seus pais como que perguntando se tinha dito a coisa certa. A tomada seguinte era um close no rosto de Felipe, de modo que não pude saber a resposta do casal real.

— Receio que tenhamos chegado ao fim da transmissão de hoje. Obrigado por assistir ao Jornal Oficial de Illéa. Até a semana que vem.

Era isso. Uma música começou a tocar e os créditos da equipe apareceram na tela.

— Anahi e Alfonso estão namoraaaaaando... — cantou Diana. Joguei uma almofada nela, mas não pude conter o riso. O príncipe era todo duro e caladão. Era difícil imaginar alguém feliz ao lado de um cara tão sem graça.

Passei o resto da noite tentando ignorar as provocações de Diana, até finalmente poder ficar a sós no quarto. Ficava inquieta só de pensar em estar perto de Alfonso Herrera. As cutucadas da minha irmã ficaram em minha cabeça a noite inteira. Custei a pegar no sono.

Foi difícil identificar de onde vinha o barulho que me acordou, mas logo que abri os olhos inspecionei o quarto no mais absoluto silêncio, para o caso de alguém estar lá.

Toc, toc, toc.

Voltei lentamente a cabeça para a janela. Lá estava Christopher, sorrindo para mim. Saí da cama e fui até a porta na ponta dos pés para fechá-la e passar a chave. Voltei para a cama, destravei a janela e a abri com cuidado.

Um calor que nada tinha a ver com o verão subiu por meu corpo assim que vi Christopher pular a janela e cair na minha cama.

— O que você veio fazer aqui? — sussurrei, sorrindo na escuridão.