Fanfic: A seleção - AyA (adaptada) | Tema: Rebelde
— Uma Três? — minha mãe e eu exclamamos.
— Sim. Após a Seleção, muitas garotas têm dificuldade para voltar à vida antiga. Garotas das castas Dois e Três saem-se bem, mas as Quatro e inferiores costumam sofrer. A senhorita agora é uma Três, mas seus familiares permanecem Cinco. Caso vença, todos serão Um, membros da família real.
— Um — a palavra saiu devagar dos lábios da minha mãe.
— Por último, caso permaneça até o final da Seleção, a senhorita vai se casar com o príncipe Alfonso e ser coroada princesa de Illéa, assumindo todos os direitos e responsabilidades desse título. Compreende?
— Sim — apesar da pompa, era a parte mais fácil de suportar.
— Muito bem. A senhorita poderia assinar este comprovante de que ouviu todas as regras oficiais? E poderia assinar o recibo do cheque, por favor, senhora Portilla?
Não consegui ver a quantia, mas foi o bastante para encher os olhos de minha mãe de alegria. Eu detestava a ideia de partir, mas tinha certeza de que, ainda que voltasse já no dia seguinte, aquele cheque sozinho me garantiria um ano bem confortável. E então todos iam querer que eu cantasse para eles. Haveria muito mais trabalho. Mas será que uma Três tinha autorização para cantar? Se eu tivesse que escolher uma carreira dessa casta, acho que seria professora. Talvez assim pudesse ao menos ensinar música.
O magrelo juntou a papelada e se levantou para sair, agradecendo a atenção e o chá. Eu precisava conversar só com mais um funcionário do governo antes de partir: minha assistente, a pessoa que ia me buscar em casa e levar ao aeroporto. Depois... ficaria sozinha.
O magrelo perguntou se eu podia acompanhá-lo até a porta. Minha mãe consentiu, pois queria começar a preparar o jantar. Não me agradava a ideia de ficar a sós com ele, mas era um trecho curto.
— Mais uma coisa — ele lembrou, com uma das mãos na porta. — Não é exatamente uma regra, mas seria imprudente não seguir. Quando o príncipe Alfonso convidá-la para fazer alguma coisa, a senhorita não deve recusar. Não importa o quê: jantar, sair, beijar, mais que beijar, qualquer coisa. Não o dispense.
— Como?
Por acaso o mesmo homem que tinha acabado de me fazer assinar uma declaração de pureza estava dizendo que eu tinha que entregar tudo a Alfonso se ele quisesse?
— Sei que soa um pouco... inadequado. Mas não convém rejeitar o príncipe em nenhuma circunstância. Boa noite, senhorita Portilla.
Senti nojo, revolta. A lei, a lei illeana, era esperar até o casamento. Era um jeito eficaz de conter doenças e ajudava a manter intacto o sistema de castas. Filhos ilegítimos eram jogados na rua e pertenciam à casta Oito. A pena para quem fosse descoberto — por gravidez ou por uma denúncia — era a cadeia. Bastava uma suspeita para alguém passar umas noites na prisão. A lei me impedira de ter intimidades com a única pessoa que amei, e isso me incomodava. Mas agora que Christopher e eu tínhamos terminado, ficava feliz de ter sido obrigada a me segurar.
Autor(a): aliceaya
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Eu estava furiosa. Não tinha acabado de assinar um documento dizendo que seria punida se desrespeitasse as leis do país? Ele tinha dito que eu não estava acima das leis. Mas aparentemente o príncipe estava. Senti-me suja, abaixo de um Oito. — Anahi, querida, é para você — cantarolou minha mãe. Eu tinha escutado a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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Thaysilva Postado em 05/08/2020 - 02:46:52
Continua
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rbd_forever1234 Postado em 15/07/2020 - 23:13:55
Comecei a ler agora e estou gostando! Se der dá uma passada na minha: https://fanfics.com.br/fanfic/60555/vida-adulta-rbd-amor-amizade-romance-lgbt
aliceaya Postado em 16/07/2020 - 18:27:21
Que bom que está gostando. Pode deixar que passa sim!!!