Fanfic: O Duque e Eu 🔞 - Evansson - 2° Temporada | Tema: Scarlett Johansson, Hayley Atwell e Chris Evans, Evansson

21 de outubro de 1814

Em algum lugar da Inglaterra

Scarlett

Se deslumbrar era muito fácil com a paisagem inglesa quando as flores floresciam de uma forma incrível como as daquela tarde. As peônias, madressilvas, rosas de todas as cores, pequenas margaridas... Formavam um lindo cenário. Simon correndo mais a frente com Poppy ajudando a babá a encher um cesto com várias das flores fazia aquele cenário ser ainda mais bonito. Como se em um lembrete de que também estava ali, o bebê em seu ventre chutou com força e ela sorriu, tocando sua barriga, já bem grande, no lugar aonde o filho ou filha tinha chutado.

Inalando o ar profundamente, Scarlett sentiu o agradável aroma das flores e um leve cheiro amadeirado que era bem familiar, junto com o calor de um corpo e dois braços fortes a abraçando pela cintura. A boca quente beijando-lhe o pescoço, seguindo de uma fungada carinhosa no lugar. A loura deixou seu corpo relaxar naquele apoio macio e quente, como os pálidos raios de sol que os banhavam.

O clima era bom. A paisagem era boa. A vida era ótima.

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Hayley

Acordar nunca havia sido um problema para a atual Duquesa. Mas com o passar dos dias ela sentia que queria dormir mais cinco, dez, quinze... Um dia inteiro!

Sabia que aquilo era o bebê, ela nunca tinha sentindo aquele cansaço nas primeiras horas matinais.

— Será que vai ser assim até o fim? — Resmungou afastando as cobertas e colocando as pernas para fora da cama, alcançando o sininho para chamar Mary. Em segundos a criada já estava a porta do quarto, sabendo exatamente o que cumprir naquele horário.

— Bom dia, senhora — desejou assim que entrou no quarto, junto com alguns lacaios com água quente e uma banheira de porcelana.

— Bom dia — Retribuiu arqueando as sobrancelhas. Geralmente, Mary lhe perguntava antes de tomar as providências.

— O dia será cheio. Achei que gostaria de adiantar as coisas — Explicou Mary, enquanto ficava ordens aos lacaios.

— É, tem razão — Assentindo em concordância, as mãos de Hayley correram para os botões frontais da camisola. Os lacaios saíram e Mary foi até a porta para fechá-la, enquanto Hayley se livrava da camisola e entrava na banheira em seguida, a água quente estava mais que receptiva para relaxar e deixar com que o aroma dos óleos de banho a abraçassem naquela manhã de um dia cheio.

— Prefere tomar o desjejum no quarto também ou irá descer? — Questionou a criada, enquanto ensaboava os ombros da morena.

— Descerei. Quero conversar com a Scarlett antes de receber as visitas, saber se ela estará aqui e se quer participar — Disse Hayley, observando as bolhas que o sabão formava na água.

— Claro — Concordou Mary. — Preciso que a senhora vá um pouco para frente — Pediu, quando o tempo recomendado para deixar o creme no cabelo venceu. Hayley avançou um pouco com o corpo, deixando um belo espaço para que Mary lhe jogasse um balde de água limpa para tirar o creme do cabelo.

De banho tomado e devidamente vestida para ao dia, Hayley desceu para a mesa do café encontrando os sogros e os pais fazendo a refeição, Christopher provavelmente já tinha ido para o trabalho e Scarlett deveria estar dormindo, o que era estranho a irmã sempre fazia as refeições com a família.

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Mansão Clafin

Samuel

O dever da temporada estava estendido naquele ano e Sam ainda não tinha se decidido sobre odiar o fato ou gostar dele, afinal a extensão da temporada tinha lhe garantido um casamento com uma das mulheres mais cobiçadas da temporada.

Scarlett era uma mulher adorável, uma ótima companhia, polida as medidas em que a sociedade pedia e seria uma ótima condessa. Lhe daria herdeiros saudáveis e seriam todos felizes.

— Está pronto senhor — Anunciou o mordomo, ajeitando um último detalhe, mínimo que só ele reparara, nas vestes do Conde e se afastou um pouco para analisar o trabalho.

— Impecável como sempre — Comentou Samuel, também analisando o seu estado no espelho

— Um nobre sempre precisa estar impecável — Atalhou Suttons, indicando que o Conde deveria ir na frente. Samuel saiu do quarto e se dirigiu para a sala de jantar, onde seus pais o esperavam para fazer o desjejum. 

— Bom dia, querido — Desejou a mãe ao vê-lo

— Bom dia, mãe e pai — Retribui, sentando-se em seu lugar e começando a refeição, que aconteceu em uma conversa agradável e casual, como de costume.

Assim que terminaram, cada um seguiu seu caminho e Samuel foi para o escritório onde uma pilha de papéis o aguardavam.

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Mansão Kilmartin

Sebastian e Elizabeth

Todos sempre falavam da importância de se ter um herdeiro. De continuar sua linhagem. Do título ser passado a alguém da sua prole. Era isso que sempre escutaram em toda a sua vida. Tanto Elizabeth, que deveria dar ao seu marido o filho homem para que se orgulhasse e mostrasse que era uma boa esposa, quanto para Sebastian, que deveria engravidar a futura condessa assim que possível.

O que não contavam era que, depois de concebido, a gravidez era um processo bem difícil.

Nos primeiros dias estava indo tudo muito bem, mas de repente, alguma coisa virou em Elizabeth e todos os sintomas que a condessa estava sentido ficaram ainda mais intensos e os que ela nem pensava em sentir surgiram.

— Com certeza é a coisa mais deselegante que uma condessa já fez — Ponderou Elizabeth ao se sentar ao lado do marido na mesa de café da manhã com um balde ao seu lado, para caso seu estômago resolvesse se revoltar e colocar toda a comida para fora.

— Veja pelo lado positivo, isso nos trará um bebê — Considerou ele, bebericando seu chá e sorrindo por cima da xícara.

— Você fala isso porque não é o seu corpo fora de controle — Reclamou a condessa, colocando alguns biscoitos em seu prato seguidos de peixe defumado e se serviu de uma xícara de leite quente.

— Mas você faz questão de me manter a par de tudo — Observou, enquanto fingia se concentrar no jornal sobre a mesa quando na verdade estava a sondando. Um dos sintomas mais aflorados durante a gravidez eram as repostas diretas e certeiras.

— Porque, senhor Sebastian, a culpa do meu estado é sua! — Relembrou o fato que ela lhe jogava na cara a cada cinco minutos. Ele riu e alcançou a mão dela na mesa.

— Falando sério agora. — Mudando a postura por um momento, ele ficou um pouco mais sério — Temos compromissos a tarde, tem certeza de que está em condições de sair? — Interrogou preocupado.

— Os compromissos serão a tarde, geralmente, nesse horário, costumo estar bem melhor — Garantiu forçando um sorriso e analisando o que tinha colocando em seu prato. Talvez deixasse o peixe de lado.

— Se você diz... — Não se estendendo no assunto, ele voltou a atenção para outras coisas.

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Scarlett, Jeremy e Simon

— Bom dia, senhorita — Jeremy desejou ao ver Scarlett entrar na sala de jantar.

— Bom dia — Respondeu baixinho, se sentando em uma das cadeiras disponíveis. — Simon? — Dando falta pelo barulho do filho, ela olhou em volta e nada do pequeno.

— Acho que ainda está dormindo, não o vi nem a Poppy — Contou colocando mais um pedaço de bacon e pão em seu prato.

— Humm — Resmungou a loura se servindo de chá.

— O que aconteceu? Dormiu mal? — Questionou o homem, observando a cara abatida e cansada da irmã.

— Acordei péssima — Corrigiu. Tinha tido uma ótima noite de sono, assim como um sonho lindo. Mas ao acordar teve um mal estar enorme, além dos enjoos e ânsias normais da manhã. — Eu não sei é o fato de serem filhos de Christopher ou se sempre será assim, mas essas gestações sempre me deixam exausta no início.

— Na vez passada você passou mais tempo deitada do que qualquer coisa — Falou se recordando de que a maior parte do tempo em que estava grávida de Simon, Scarlett passou em um quarto.

— Estava cansada de ficar trancada — Resumiu. — Mas espero que isso passe logo — Ponderou. Seu apetite estava especialmente voraz naquele dia, ao invés do habitual chá com biscoitos ela atacou vários sanduíches de presunto e ovos. Não sendo o suficiente, ela adicionou um pouco de peixe defumado, torradas com todos os patês e geleias disponíveis na mesa e, para finalizar, seu favorito, bolinhos de creme. Não poderia faltar um doce naquele prato.

— Já estava estranhando o fato de não ter nenhum doce nesse prato — Comentou Jeremy em um tom divertido, atacando um bolinho também. Scarlett não disse nada, apenas continuo comendo calmamente sua refeição.

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Elizabeth e Sebastian

— Está pronta? — Sebastian exclamou surpreso ao ver Elizabeth descer as escadas, já vestida com um vestido rosa chá e acessórios de pérolas.

— Por que a surpresa? Sempre me arrumo com rapidez — Disse de forma afetada, encenando já que era claramente ao contrário.

— Ah, sim, você se arruma tão rápido quanto um raio que cai na terra. — Concordou, deixando alguns papéis de lado e indo até ela. — Você não iria tirar um cochilo agora a tarde? — Se lembrando de que sempre, após o almoço a mulher costumava dormir, ele estranhou o fato de ela não estar o puxando para a cama.

— Devo ter ficado muito agitada com o passeio está tarde que nem me deu sono — Reparando nesse fato também, ela pareceu pensar sobre o assunto. — Provavelmente foi isso. Não tem muitas damas grávidas essa temporada e ter alguém para discutir é animador.

— É, deve ser bom mesmo — Admitiu.

— Para você também, o Duque também se tornará pai agora — Lembrou e ele assentiu se atentando a informação.

— Podemos ir? — Mesmo que tudo já estivesse pronto ele sabia que sempre era bom perguntar.

— Vamos! — Respondeu já se dirigindo a porta de saída. — Aproveitando que esse bebê não quer me ver deitada pelo resto do dia — Acrescentou envolvendo seu braço como de Sebastian enquanto se dirigiam para a carruagem.

— Acho que o ocorrido pela manhã foi o suficiente — Considerou.

— É, pode ser. — Concordou entrando na carruagem.

Assim que se acomodaram dentro do veículo, o cocheiro atiçou os cavalos para que começassem a andar em direção a saída da propriedade para a rua.

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Hayley

A manhã tinha passado voando, quando Hayley deu por si já era hora do almoço e estava atrasada com as arrumações para receber as visitas.

Christopher tinha chego a pouco e se trancada em seu escritório para arrumar alguns papéis que discutiria com Sebastian.

A sala de chá lilás, do lado norte da casa, já estava devidamente organizada para o recebimento das visitas. Hayley também já estava devidamente vestida com um vestido amarelo claro a espera de seus convidados. A única coisa que estava “incomodando” a morena, era o sumiço de Scarlett, já era o segundo dia que a irmã sumia com a organização do casamento e ela queria a presença dela naquele dia. Não sabia exatamente o porquê, mas queria.

— Senhora? — Mary a chamou, chamando sua atenção. — O Senhor Evans gostaria de saber que horas a senhora marcou com a senhora Stan? — Perguntou.

— Eles chegarão daqui a uma hora — Informou a morena informou olhando para o relógio na parede.

— Certo, o avisarei — Dizendo isso, ela saiu da sala deixando Hayley mais uma vez sozinha.

Sozinha de novo na sala, Hayley analisou mais um pouco a sala para se certificar de que estava tudo da forma como queria. Depois de se dar por satisfeita em relação a arrumação da sala, ela seguiu para a antessala de entrada, faltavam poucos minutos para os convidados chegarem e, como todos em Londres, eles deveriam chegar religiosamente em ponto.

— Ansiosa? — Perguntou Mary, com um sorriso de canto.

— Pontual — Corrigiu da mesma forma.

Na verdade, se ela fosse ser verdadeira com sigo mesma, ela estava ansiosa sim, e até um pouco nervosa, sem saber exatamente o porquê. Já tinha recepcionado pessoas em sua casa antes, em Somerset e até mesmo em Londres, mas naquele dia em especifico ela estava especialmente ansiosa com aquela pequena recepção, como se algo dentro de si soubesse que alguma coisa poderia acontecer, alguma coisa importante.

— Chegaram — Anunciou a criada ao ouvir a agitação de cavalos a porta e ver a movimentação dos criados na entrada.

— Avise a Christopher — Pediu a duquesa a um criado que passava, afinal também eram convidados dele.

A conversa animada chegava aos ouvidos de Hayley conforme o casal se aproximava, a deixando ansiosa para que aparecessem em seu campo de visão, o que não demorou a acontecer, fazendo a Duquesa se perguntar se estava delirando.

Tinha anos que não via aqueles olhos, aquela boca, aquele cabelo que, anos antes, a faziam querer correr com seus dedos por horas. Isso anos atrás, quando acreditava piamente em algo chamado amor, mesmo que de forma proibida.

Antes que ela pudesse pensar em qualquer coisa, a voz de Christopher estava cada vez mais próxima em uma conversa com alguém, que ela não sabia quem era, mas estava próxima o suficiente para que ela não pudesse pensar em qualquer coisa.

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Samuel

O trabalho no escritório poderia ser maçante, na verdade era mesmo. Cem por cento do tempo era apenas ele e os papéis, tinteiros e mata-borrões. Então, às vezes, ele precisava de uma certa distração que vinha em forma de livro. E era exatamente o que estava fazendo, lendo um romance policial logo após o almoço para espairecer antes de voltar a segunda pilha de papéis que precisava analisar.

Batidas na porta foram ouvidas e ele fechou o livro, autorizando a entrada do mordomo que entrou com um envelope comum e uma pequena caixa, deveria ser do tamanho de uma caixinha de anel, e fora orientado a deixar na mesa, ao lado da pilha que já estava formada, para que ele lesse assim que terminasse o trabalho.

Assim o mordomo fez, deixando a correspondência na mesa e saindo da sala novamente, deixando o vazio e silêncio da sala para Samuel mais uma vez que voltou a seu livro.

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Hayley

Era um daqueles momentos em que você está em perigo e espera que a amiga entenda a mensagem de seus olhos, com aquele pedido de socorro “discreto” para te livrar de um cavalheiro que estava se alongando por tempo demais na análise do clima da semana ou sobre o buffet. Mas Sebastian pareceu não notar seu olhar desesperado para que ele mantivesse a boca fechada ou que fingisse uma surpresa diferente.

— Hayley? — Chamou ele, animadamente surpreso.

— Hayley?! — Repetiu Elizabeth em um tom chocado. — A que estou pensando? — Perguntou se virando para o marido.

— Eu só ouvi até agora, e espero saber mais sobre o que está acontecendo — Disse Christopher em um tom descontraído, entrando na antessala.

— Isso vai ser interessante —Murmurou Mary para si mesma, sabendo que a confusão seria certa.

— Vocês já se conhecem — Perguntou o Duque apontando para Hayley e Sebastian — Pensei que apenas as damas se conhecessem.

— Eles já foram casados — Elizabeth explicou em um tom enfático, sem dar tempo de ninguém responder antes.

Christopher olhou para a esposa na espera de que aquilo fosse apenas uma brincadeira, mas a forma como Hayley e Sebastian se olhavam era mais do que um belo delatador da verdade sobre o que havia acontecido anos atrás, de uma paixão jovem e desajuizado, que batia a porta com suas consequências.