Fanfics Brasil - Ninguém Sabe O Que Tem Até Que Perde O Duque e Eu 🔞 - Evansson - 2° Temporada

Fanfic: O Duque e Eu 🔞 - Evansson - 2° Temporada | Tema: Scarlett Johansson, Hayley Atwell e Chris Evans, Evansson


Capítulo: Ninguém Sabe O Que Tem Até Que Perde

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21 de Outubro de 1814 


Londres, Inglaterra 


Mansão Somerset 


 


— Hayley? — Christopher esperava uma resposta e ele tentava pensar em uma coisa muito boa. Tinha que ser muito rápida, afinal, Elizabeth estava sendo bem sucinta em suas respostas, o que era consequentemente rápido. 


 


— O que acham de terminarmos essa conversa na sala de visitas? — Sugeriu Hayley, tentando ganhar tempo para responder.  


 


— Acho uma ótima ideia — Concordou Elizabeth, com um sorriso enviesado. A Condessa enroscou seu braço com o do marido e seguiu os anfitriões pelo longo corredor, até a sala anteriormente preparada para um encontro casual e feliz.  


 


Todos se acomodaram nos acentos da sala, Elizabeth e Sebastian dividiam um lugar de dois lugares e Evans se sentou em frente a Hayley, em uma poltrona preta. 


 


— E então, qual a história engraçada por trás disso tudo? — Iniciando a conversa, Christopher se recostou no acento, cruzando os dedos e esperando por uma resposta.  


 


— Bem, nós nos conhecemos durante um baile...? — Se virando para o Conde, Hayley procurou o olhar dele para que confirmasse. 


 


— Na casa dos Arkadani — Acrescentou, ficando levemente apreensivo. Elizabeth segurava sua mão e apertava a unha contra a palma de sua mão conforme se via nervosa.  


 


— E foram a Gretna quando? — Elizabeth interveio, não teria paciência para uma ronda de perguntas até chegarem ao casamento.  


 


— Gretna Green? — Indagou Christophe, arqueando uma sobrancelha. Todos sabiam o que Gretna Green significava. A capela dos apaixonados, aonde os casamentos proibidos por qualquer motivo que fosse aconteciam.  


 


— Digamos que era o único meio possível de um casamento acontecer — Sorriu de maneira forçada, não só pelo aperto de Elizabeth em sua palma a cada segundo, mas também pelo olhar mortal de Christopher em sua direção.  


 


— O nosso casamento já estava arranjado — Explicou Elizabeth ao notar a confusão no olhar do Duque. — O casamento Kilmarting.  


 


— Você é a famosa Elizabeth — Comentou reconhecendo o nome. Como dito anteriormente, o casamento era majestoso, a união dos Olsen com os Stan era bem conhecida pelo fato de transforma e fundir grandes propriedades, as transformando em um império. — É, Gretna Green definitivamente era a única opção — Aquiesceu o homem, se virando para a esposa — E o casamento... Ele foi... Consumado? — Indagou, esperando que a resposta fosse negativa. Os olhares cruzados de Hayley e Sebastian pareciam que estavam durando horas.  


 


Christopher se levantou e foi até um barzinho na lateral da sala, pegou um copo e o encheu de conhaque, a única bebida disponível naquele momento. Assim que a bebida inundou todos os seus sentidos, ele permitiu se virar para as outras pessoas na sala.  


 


— Acho que esse jogo de olhares foi o suficiente, mas eu prefiro as respostas verbalizadas, para que tudo fique as claras. — Disse o duque tentando seu melhor tom calmo. — E então? Foi ou não consumado?  


 


◆ ♔ ◆ 


Samuel 


 


Depois de terminar a leitura de seu livro, Samuel se dedicou ao trabalho. Ele era um pouco metódico, sempre da primeira carta a direita até a última a esquerda, por mais curioso que estivesse para abrir a última carta que o mordomo havia trazido, não só a carta, mas também a caixinha que viera junto.  


 


— A carta pode aguardar — Resmungou ele, pegando a primeira carta da linha continua de cartas.  


 


 


◆ ♔ ◆ 


 


Mansão Somerset  


  


O silêncio após a pergunta de Christopher era mortal.  


Ninguém tinha coragem de responder, mesmo que todos soubessem a resposta, até mesmo Christopher.  


Qualquer pessoa sabia que, para qualquer masculinidade, não se deveria dizer um homem tinha sido traído. Ou que sua esposa não era virgem. 


Não era apenas o decoro moral, mas também uma garantia legal. 


Com os minutos de espera, Christopher estava ficando mais e mais impaciente. 


 


—  E então...? — Insistiu o duque. 


 


— Devemos responder essa pergunta com sinceridade ou só dizer o que a Vossa Graça gostaria de ouvir? — Enrolou Elizabeth. 


  


— Com sinceridade, Milady — Respondeu ele, forçando um sorriso.  


  


— Elizabeth! — Repreendeu Sebastian sabendo que a esposa responderia, mas se ele estava questionando a consumação do casamento anterior da esposa queria dizer que ele não sabia.  


 


— A deixe responder — Insistiu Christopher com um olhar mortal para Hayley e Sebastian.  


  


Hayley estava mais quieta que nunca.  Sabia aonde aquele conversa poderia levá-la, sabia que ele ficaria furioso, sabia que estava mais encrencada que nunca. Era a pessoa mais azarada do mundo naquele momento. Tudo bem que ela sabia que, ao se casar com um Duque, deveria participar de todos os eventos da temporada ou pelo menos a maioria dele, e Sebastian, sendo um Conde, também teria de participar. Ela esperava esbarrar com ele durante a temporada, era obvio que aquilo aconteceria, só não esperava que ela fosse ficar amiga da mulher do seu ex marido e que ela saberia da existência do relacionamento anterior. 


 


— O conteúdo das cartas era bem íntimo — Começou Elizabeth, sem se importar com a carranca que o marido mostrava. — E com íntimo eu quero dizer vulgar. Então sim, o casamento foi consumado — Decretou a morena. Hayley fechou os olhos com força e Sebastian passou as mãos nervosamente pela cabeça. Estavam perdidos.  


 


Christopher, que estava de costas mais uma vez para os três enchendo seu copo de Brandy mais uma vez, não se moveu, mas foi possível ver os músculos de seu pescoço se mexeram. Ele não se virou, ficou longos minutos penando em uma conversa que ouvira anos antes... 


 


Flashback ON 


— Anne, é verdade o que falam da Hayley? — Perguntou. 


— O que falam dela?! — Devolveu cansada, sabia exatamente do que ela falava. Christopher aguçou um pouco mais os ouvidos, o que falavam sobre a futura esposa? Sarah revirou os olhos com o descaso. 


— Oras, que o exílio dela para a França foi por um casamento desonroso?! — Perguntou tentando ser discreta, mas sem sucesso. 


— Eu NÃO sei — enfatizou — Eu só sei que a Scarlett ficou bem triste com a irmã longe — Comentou de forma a deixar o assunto por encerrado. 


— Humpf! Estraga prazeres — Resmungou voltando ao trabalho. 


Christopher ficou alguns segundos processando aquela informação. Hayley não mentiria para ele daquela forma ou mentiria? 


 
Flashback OFF 


Aquela conversa, vez ou outra, voltava para assombrá-lo e fazê-lo se lembrar de que tinha algo que deveria perguntar a esposa, mas nunca o fazia. Lembrava-se de ter perguntado a Scarlett sobre a integridade da irmã antes de oficializar a relação em frente a um padre e a loura disse que a irmã era totalmente apropriada, que poderia continuar com a oficialização.  


 


Scarlett não mentiria assim para ele, mentiria?  


Ela poderia não saber que a irmã tinha se casado, o que era difícil já que eram tão próximas, mas poderia acontecer. E se lembrava da noite de núpcias, Hayley tinha sangrado, ele se lembrava da mancha nos lençóis brancos na manhã seguinte. 


Quando o homem finalmente se virou para as outras pessoas na sala, todos estranharam sua expressão calma, plácida e o meio sorriso. 


 


— Christopher?! — Chamou Hayley apreensiva.  


 


— Creio que a nossa reunião acabou — Foi a única coisa que ele disse, no tom mais calmo e assustador que eles poderiam ouvir naquele momento. — Você não! — Ordenou ele, falando com Hayley que deu meia volta, de volta a sala, tentando manter a calma. Não deveria estar tão nervosa, afinal estava grávida e não tinha muito o que ele pudesse fazer com relação a isso. 


 


O copo de Brandy ainda estava cheio, Hayley observou isso enquanto ele caminhava em direção a ela e se sentava no sofá em frente ao dela, deixando a mesinha entre os dois. “Muito bem”, pensou ela, “Ao menos tem uma barreira entre nós”.  


 


— Então? — Começou ela, esperando que ele iniciasse logo o assunto.  


 


— Como? — Perguntou e ela não entendeu — Você sangrou, na noite de núpcias! — Exclamou batendo o copo na mesa de madeira, fazendo um barulho alto e Hayley deu um leve pulinho no seu acento. — E não tente me enganar — Advertiu e ela assentiu.  


 


— França — Disse como se aquilo explicasse tudo e em parte explicava. As melhores amantes vinham, em sua maioria, da capital francesa, Paris, lugar em que Hayley tinha passado a maior parte de seu exilio.  


 


— França? — Repetiu ele tentando entender. 


 


— Os melhores perfumes, os melhores cozinheiros, joias e amantes — Continuou e ele arqueou a sobrancelha — Algumas meninas precisavam ser inocentes o suficiente para barões, viscondes, condes e... duques. — Disse cautelosa, procurando as melhores palavras, que obviamente não existiam para aquele momento. — Eu sabia que precisaria me casar — Ela fez uma pausa — E que precisaria ser intocada, virgem para isso.  


 


— A solução para todos os seus problemas — Comentou irônico pegando o brandy e o virando em um gole, pensando se deveria ir até o barzinho e pegar mais da bebida, mas não achava que aquela era a decisão certa, afinal já não estava em seu estado normal pela fúria que tomava conta do seu ser e se bebesse mais do que deveria não conseguiria se controlar.  


 


— Em parte sim — Concordou a atual Duquesa — Eu arranjaria um marido e ele saberia que eu era completamente virgem. Uma pequena atuação e pronto — Completou e Christopher se sentiu o homem mais idiota do mundo, ele tinha caído na atuação dela? Era obvio que sim, ou não estariam tendo aquela conversa.  


 


— C-como... como você fez? — Interrogou mesmo sem certeza de que queria saber.  


 


— Um corte não muito grande na parte de trás da coxa e voiala — Esclareceu com um leve sorriso. 


 


Um corte. Na coxa! E ele tinha o certificado de idiota em sua testa. 


Ele achava que sabia distinguir uma mulher virgem de uma não-virgem, afinal, em seu tempo em Eton, tinha saído com algumas meretrizes e, por obviedade, não eram mais virgens. E, quando se casou com Emily ela era virgem e soube a diferença. Com Scarlett, ele também sabia que ela não era mais virgem, uma vez que já tinha se casado. E Hayley... Bem, Hayley o havia enganado.  


 


— Eu preciso pensar — Disse o duque se levantando do sofá e saindo com um olhar vago. 


◆ ♔ ◆  


 


Scarlett e Jeremy 


 


Depois do café da manhã, Jeremy disse que iria resolver algumas coisas de um celeiro que ficava nos fundos da propriedade. Scarlett, ainda concentrada na refeição, assentiu e continuou a comer, Simon e Poppy apareceram em seguida a acompanhando no final da refeição.  


O dia, como prometia, foi bem tranquilo, Scarlett bordou algumas peças para o novo bebê, para Simon e para si mesma, Anne lhe fez companhia o tempo todo, bordando coisas para si também. Depois do almoço, Scarlett, Simon, Poppy e Anne, foram caminhar pelos arredores. Quer dizer, Scarlett foi fazer uma caminhada, já que Simon estava mais interessado em correr pela vegetação fazendo com que Anne e Poppy tivesse que correr atrás do pestinha de cabelos louros. 


 


— Simon Robert! Volte aqui — Ordenou Scarlett sem muita credibilidade, afinal estava rindo. 


 


— Scarlett! — Repreendeu Anne, ofegante pela corrida. 


 


— O que? Eu não consigo evitar — Respondeu ainda rindo. 


 


— Eu percebi — Resmungou, se colocando ao lado da loura. Que Poppy corresse atrás dele, já estava cansada demais. — Está tudo bem? — Preocupada, Scarlett estava com um olhar abatido.  


 


— Só estou cansada — Deu de ombros, continuando a andar. Anne assentiu e continua a acompanhá-la, enquanto observava Poppy correr atrás de Simon. 


 


◆ ♔ ◆ 


Mansão Clafin 


Samuel 


O dia chegava ao fim e Samuel ainda não tinha chegado a tal caixinha com a carta. As cartas pareciam poucas, mas ao abri-las tinham tanto a ser dito e resolvido que levou mais tempo do que imaginara.  


Já estava quase na hora do jantar e ele nem tinha saído do escritório, deveria ter deixado o lugar tinha uma hora e meia no mínimo, já podia até ouvir as reclamações da mãe por ficar mais tempo que o saudável no escritório, mas estava muito curioso para saber o que tinha na carta e seu TOC era grande demais para ignorar as cartas que tinham na frente.  


Olhando mais uma vez para as cartas que ainda tinham que ser respondidas, ele constatou que faltavam duas para chegar ao maldito embrulho, que parecia se afastar a cada vez que o olhava. 


 


◆ ♔ ◆ 


 


Mansão Kilmarting 


Elizabeth e Sebastian 


 


— Não me olha assim, você sabe que eu estou certa — Disparou Elizabeth ao chegarem em casa, muito antes do esperado.  


 


— Infelizmente, eu sei que está — Concordou a contra gosto — O que não quer dizer que eu ache certo o jeito que você contou tudo — Ponderou, a seguindo para o andar superior. 


 


— Juro que procurei as melhores palavras, mas não tinha um jeito melhor de dizer que ele tinha sido enganado pela própria esposa — Considerou entrando em seu quarto — Ou acha que tinha —Indagou, se sentando na cama e tirando os sapatos  


 


— Não acho que não — Disse pensativo, se sentando ao lado dele.  — De qualquer forma...  


 


— De qualquer forma, deveríamos ter contado! — Insistiu ela, soltando um longo suspiro ao se deitar na cama.  


 


— Cansada? —  Analisou preocupado e ela assentiu. Sebastian sorriu e pegou um dos pés dela começando uma massagem, por mais bravo que estivesse. Não achava que aquele tinha sido o melhor jeito de estragar um casamento. Quer dizer, era claro que não havia um jeito melhor de dizer que a pessoa com quem escolhera passar o resto da vida tinha te enganado. — Que tal jantar e cama? — Sugeriu Sebastian, não querendo que ela dormisse sem comer nada.  


 


Elizabeth resmungou um “aham” sonolento. 


 


 


◆ ♔ ◆  


 


Mansão Somerset  


Christopher  


   


O relógio marcava onze da noite e Christopher não conseguia sair de seu escritório.  


A garrafa de whiskey estava a sua frente e ele não tinha certeza de deveria voltar a encher o copo pela terceira vez.   


Decidindo que sim, era uma boa ideia, ele encheu a garrafa e bebeu o líquido cor de âmbar bem devagar, sentindo a queimação em sua garganta, a mente ainda processando o que tinha acontecido naquela tarde.   


Hayley não tinha apenas se casado, tinha um casamento consumado que fora muito bem escondido e agora estava explodindo em sua cara.   


Ele tinha se deixado seduzir por alguém que não deveria ter chegado nem perto, tinha dado sua atenção e tempo para alguém que não merecia nenhum dos dois. Tinha negligenciado as duas pessoas mais importantes de sua vida por uma mentira. Por algo que, pensando melhor, ele nem queria direito, tinha sido um grande impulso.  


E agora, Hayley estava grávida. Não só ela, mas Scarlett também estava e ele queria muito que uma delas não estivesse – Hayley, para deixar mais claro. Mas ainda tinha alguma esperança, com a informação de que Hayley tinha um casamento anterior consumado, ele poderia incluir na apelação para o divórcio, criaria o bebê e lhe daria toda a assistência. Enquanto isso poderia seguir sua vida com Scarlett e seus filhos, com sorte o bebê que a loura esperava seria uma menina parecida com a mãe.  


  


— Ainda dá tempo — Ele sussurrou para si mesmo, deixando o copo com menos da metade do líquido na mesa e se levantando. Ele tinha que agir o quanto antes, não podia deixar Scarlett se casar com Samuel, tinha que convencê-la de que ainda tinham um futuro juntos.  


  


Como ele não tinha jantado, não sabia se ela estava em casa, mas ao contar pela hora, ela já deveria estar em casa e se preparando para dormir, senão estivesse dormindo.   


Subindo apressadamente para o segundo andar, ele se dirigiu o mais rápido que o corpo permitiu para o quarto da loura, ansioso para vê-la, abraçá-la, beijá-la e, quem sabe, fazer amor com ela.   


Abrindo a porta do quarto que ela ocupava, ele esperava vê-la ressonando sob a cama, mas ao contrário disso, achou o quarto perfeitamente arrumado.  


  


  


◆ ♔ ◆  


  


Mansão Clafin  


Samuel  


  


  


A última carta tinha sido devidamente lida e respondida, agora Samuel poderia se dedicar a pequena caixa e a sua carta. Era bem tarde e seus olhos já estavam cansados, mas a curiosidade não lhe deixaria dormir senão lesse aquilo.   


Começando com a caixa, ele a abriu e viu o anel de noivado que dera para Scarlett algumas semanas antes e se assustou, por que ela devolveria? Apressadamente, ele pegou a carta que acompanhava a carta e retirou o lacre que fechava o papel. O desdobrando ele viu, pela primeira vez que ele conseguia se lembrar, a letra de Scarlett em um sucinto bilhete 


  


“Caro Conde de Clafin,   


  


Eu sei que deve estar se perguntando o porquê da devolução do anel de noivado e a verdade é: Eu não posso fazer isso.   


Não posso me casar com você.   


Não há nada de errado com você, é perfeitamente adequado para um marido. 


Os motivos que me levam a declinar o noivado e o ótimo casamento que eu teria com você não podem ser revelados por hora, mas espero que um dia eu possa esclarecer isso pessoalmente e que você me perdoe. 


De qualquer forma, acho que deveria cortejar a Lady Clarke, Emilia, acho que formariam um lindo casal, além do que fui melhor casamenteira do que caça maridos essa temporada, então acho que vale a tentativa. 


Desculpe por isso, do fundo do meu coração.  


  


Com carinho,  


Scarlett." 


  


◆ ♔ ◆  


  


Mansão Somerset 


Christopher 


 


Adentrando o quarto, Evans notou que a penteadeira que costumava estar cheia de joia, perfumes, enfeites de cabelo e todos os produtos que as mulheres costumavam usar estava vazia. Seguindo para o guarda-roupas de Scarlett, seus vestidos, espartilhos e roupas de baixo não estavam mais por lá.  


Ao ver aquilo, o coração de Evans começou a bater descompassado, um grande vazio começava a ser presente em seu peito e um frio na barriga inexplicável.  


Saindo do quarto de Scarlett, ele andou algumas portas até o quarto do filho, torcendo para que as coisas do menino tivessem por ali, mas, assim como no quarto de Scarlett, estava tudo vazio, não fosse pela mobília e alguns brinquedos que seriam impossíveis de levar em uma grande viagem.  


De volta ao quarto da loura, ele procurava alguma explicação para o que estava acontecendo, algum pedaço de papel que lhe explicasse porque as coisas tinham sumido. Vasculhando atentamente o ambiente, a cama bem feita abrigava dois envelopes que ele não tinha percebido antes, ele pegou o primeiro, o maior o abriu e leu, reconhecendo a letra delicada.  


  


"Não sei quem irá encontrar essa carta, mas quero que saiba que, Simon e eu, estamos bem. Não foi algo feito no impulso, mas minha partida tinha sido planejada. Então estamos bem e em um lugar bem longe daqui. 


Antes que se perguntem: Não, nem Hayley, nem Jeremy sabem que fugi, eles não têm nada a ver com isso. 


Ainda não seu se voltarei um dia, as decisões que me fizeram ir embora foram mais fortes que qualquer coisa e, possivelmente, se tornem um impedimento para um regresso. De qualquer forma, reforço que estou bem. Simon e eu.  


Com carinho,  


Scarlett." 


  


Ainda sem acreditar no que acabara de ler, Evans pegou o segundo envelope com seu nome escrito em grandes letras. Com as mãos tremulas, ele desfez o lacre e começou a ler.  


  


"Caro Christopher,  


  


Imagino que saiba o motivo principal da minha partida repentina com um casamento marcado daqui a alguns dias. Estou grávida. E sim, você é o pai. Simon terá um irmão ou irmã daqui poucos meses e eu não conseguiria sustentar essa mentira a Samuel. Ele é um bom homem e não merecia ser engando a essa maneira, além do que a gravidez teria quatro meses quando o bebê nascesse e não seria nada apropriado.  


Sei que Hayley está grávida, então não sentira tanta falta de mim, Simon ou do bebê que está por vir. 


Peço que não me procure. Em nenhuma hipótese! Você já fez o suficiente na minha vida.  


Simon está bem.  


A gravidez está indo bem.  


Só lhe escrevi para que saiba disso. 


Adeus, 


Scarlett" 


  


Ele a perdera. 


Perdera Scarlett.  


Perdera Simon.  


Perdera seu segundo filho.  


Perdera sua família.  


Tinha perdido tudo.   



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Autor(a): lety_atwell

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