Fanfics Brasil - Quero você de volta O Duque e Eu 🔞 - Evansson - 2° Temporada

Fanfic: O Duque e Eu 🔞 - Evansson - 2° Temporada | Tema: Scarlett Johansson, Hayley Atwell e Chris Evans, Evansson


Capítulo: Quero você de volta

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04 de fevereiro de 1815
Londres, Windsor
Scarlett



Naquela manhã, Scarlett estava um pouco menos cansada do que de costume.
A barriga pesada não deixava que ela fizesse muitas coisas, como brincar com o filho naquele horário como gostava de fazer, mas por algum estranho motivo, ela acordou mais disposta e seu primeiro desejo foi saltar, não literalmente é claro, da cama e sair para brincar com Simon no jardim dos fundos.


— Não acha melhor se sentar, Scarlett? — Oferecendo uma cadeira para que ela se sentasse, Anne estava preocupada que ela ficasse em pé muito tempo, não era bom ficar muito tempo em pé, os pés inchariam, além da dor na coluna pelo peso da barriga.


— Estou bem, Anne — Garantiu, pegando a bola do filho e a lançando para o garoto que estava um pouco mais a frente com Poppy o ajudando.


— Oh, Anne, por favor, pode massagear meus pés? Não sei o que aconteceu para eles estarem doendo tanto — Fazendo uma imitação bem caricata da loura, Anne colocou uma mão na testa fingindo um grande drama, encenando um dos diálogos recorrentes durante a noite quando os pés a matavam pelo cansaço e inchaço. — Quando me pedir isso a noite, vou fingir não ouvi. — Ameaçou e Scarlett riu.


— Peço a Poppy então! — Decidiu, voltando a jogar a bola que o filho devolvera.


— Ah, pois bem, peça a ela — Respondeu ultrajada, pegando seu livro e passou a folheá-lo despreocupadamente, procurando pela parte que havia parado. Achando a página, a morena se esticou para o lado pegando uma flor, uma margarida, e colocando no meio do livro para marcá-lo. — Tem certeza de que não quer se sentar, não é, Scarlett?! — Insistiu. Scarlett gritou que não é continuou a brincar com Simon. Poppy, assim como Anne, riu da teimosia da loura.


— Cansou, meu filho?! — Scarlett sorriu ao ver o filho pegar a bola e se sentar no gramado, se distraindo com alguma coisa por ali. — Temos toalha de piquenique? — Se virando para Anne mais uma vez, a loura esperava uma resposta.


— Não sei, posso pedir para que arrumem alguma — Fechando o livro, ela encarou Scarlett esperando alguma confirmação se deveria pedir ou não a algum empregado da casa que arrumasse a tal toalha de piquenique.


— Não, tudo bem — Dispensou, se encostando no cercado da varanda. — Acha que ele nasce antes ou depois do aniversário de Simon? — Indagou se referindo ao filho na barriga que começará a dançar dentro do útero.


— E se ele nascer no mesmo dia? — Ponderou, já que podia acontecer de fato, Scarlett completaria os nove meses no mês seguinte.


— Seria terrível — Nos aniversários de Simon, ela sempre paparicava o filho de várias formas e com os dois nascendo no mesmo dia, aquilo ficaria difícil. — Então, bebê, vai ter que esperar até depois do dia dez de março — Disse acariciando a barriga e sentindo outro chute, mais um dos vários que já tinha recebido naquela manhã.


— Ou antes — Observou Anne, levantando o olhar de seu livro e se virando na direção do Scarlett. De onde estava sentada ela conseguia ter uma ampla visão de tudo ali na fazenda, dos estábulos a movimentação no vizinho. Scarlett estava ao seu lado, um pouco mais a frente, e ao se virar para a loura, Anne percebeu a presença de mais alguém — Scarlett — O tom era cauteloso, não sabia qual seria a reação da loura ao se virar.


— O que? — Olhando na mesma direção que a morena olhava e sentiu as pernas vacilarem, se não estivesse apoiada na pequena cerca da varanda com certeza teria caído.


Ele estava a uns dez metros de distância, mas ela sabia que era ele. O vento passava por ele e trazia a ela seu perfume, não deixando dúvidas de quem era.


— Vai ignorá-lo? — Deixando de vez o livro de lado, Anne se levantou, indo até a porta. — Ou quer que o mande embora?


— Ele não desistiu por seis meses, acha que ele desistiria agora que me achou?! — Considerou, se desencostando da cerca e entrando.


Anne se apressou em mandar um criado chamar Christopher. Não seria nada bom ter um homem cercando a casa cheia de mulheres, então que ele entrasse antes que alguém o visse.


— Por aqui, Vossa Graça — Orientou a morena, o levando para a sala onde Scarlett estava, assim que ele passou pela porta de entrada.


— Bom dia, Anne! — Desejou com um sorriso preguiçoso no rosto, notando a má vontade da outra em recebê-lo. — Imagino que não tenha ficado feliz com a minha presença.


— Evidente — Respondeu se virando rapidamente para o homem e forçando um grande sorriso.


Os dois chegaram à sala de estar e Scarlett atravessava a porta que levava a outros ambientes e, é claro, aos fundos da casa.


Christopher a admirou de perto pela primeira vez em meses. Ela usava um vestido rosa clarinho, realçando a cor de seus lábios e as bochechas coradas. O penteado do cabelo, deixava o rosto livre para que ele admirasse, mas adoraria soltar um a um dos grampos que prendiam os fios para vê-los soltos e emoldurando o rosto da loura.
O vestido era de um tecido bem levinho que marcava a barriga crescida


— Oi — Ele disse ainda encantado por vê-la.


— Me achou, então?! — Scarlett sorriu de forma calma, andando pela sala, não conseguiria ficar sentada naquela conversa. E, por incrível que parecesse, ela não é estava nervosa ou apreensiva com aquela conversa, estava incrivelmente calma.


— Sabia que eu não aceitaria simplesmente deixá-la ir — Lembrou parando no meio da sala.


— Por isso fiquei em Windsor, imaginei que depois de procurar pelo continente todo, você desistiria — Explicou com uma leve nota de frustração em sua voz pelo plano não ter dado certo.


— Não sairia de Windsor, então. A procuraria pela vida toda se fosse necessário — O tom dele era de uma promessa silenciosa, o olhar confirmado que a sentença era verdade. Scarlett sentiu um arrepiado ao notar. — Teria a procurado no inferno se fosse preciso.


— Bom, mas não foi, então... Agora que viu que estou bem, que o Simon está feliz e bem, pode dar meia volta e tomar o caminho para Londres ou Somerset. Isso fica a sua preferência — Deu de ombros, fingindo não se importar com a presença dele.


— Acha mesmo que vou simplesmente voltar para Londres sem você?! — Duvidou.


— Ah, claro que não — Ela sorriu mais amplamente — Mas terá de voltar. Não pode deixar as obrigações de Duque. — E, bem, ele podia desde que houvesse alguém para administrar as coisas e ele tinha um administrador para Londres, Somerset e Kent.


— Ah, eu posso e você sabe disso — Devolveu com um sorriso de maneira irônica.


— Sei, mas e os assuntos do parlamento? — Argumentou, sabendo que daquilo ele não poderia se abdicar.


— A próxima temporada ainda vai demorar a acontecer, até lá, posso me dedicar a convencê-la a voltar para mim — Terminou satisfeito com a conclusão das coisas.


— E o que te faz pensar que isso vai acontecer? — Perguntou achando graça.


— Temos dois filhos e ainda não somos casados, talvez?! — Considerou despreocupado. Scarlett riu, andando um pouquinho em direção ao sofá para se apoiar no braço, a barriga não a deixaria ficar em pé a conversa toda, o peso não deixaria.


— Ah, muito convincente da sua parte, mas obrigada — Desdenhou — Eu já tenho meus planos.


— E se importaria de compartilhar, senhorita?! — Naquele momento o coração de Evans passou a bater mais forte. E se ela tivesse encontrado alguém durante aqueles seis meses?! Se dissesse que estava viúva, afinal estava, ela conseguiria se casar sem problemas.


— Vai ficar sabendo uma hora ou outra mesmo, então... — Ela fez uma pausa dramática, o olhando de forma divertida. — Mas iremos para a América.


Tudo bem, ele conseguiria ficar longe dela se soubesse que ela ainda continuasse na Inglaterra. Londres, Kent, Windsor... Tanto faz, ele conseguiria viver sabendo que ela ainda estava próxima de alguma forma. Mas América? Era demais, longe demais, perigoso demais, misteriosa demais.


— América? — Repetiu e ela assentiu. — Você não pode. Não pode me deixar longe dos meus filhos.


— Francamente, Evans, se ser um pai para eles fosse uma prioridade na sua vida, isso... — Disse se referindo situação que estavam — não estaria acontecendo. Eu não teria um filho sem um pai, não estaria grávida sem um marido. — Apesar de tentar não ceder naquela conversa, tocar naqueles pontoa a deixava bastante sensível. Ela já sentia as lágrimas se formarem, a garganta ficar seca e... Enfim, estava prestes a chorar, mas não faria né frente dele.


Scarlett respirou fundo algumas vezes, tentando se recompor. Como sua vida tinha saído de um casamento comum, monótono e pacato, para aquela loucura que ela não sabia como nomear. Estava uma bagunça, ela estava "escondida" com o filho em outra cidade e grávida, prestes a ter o bebê.


O pai dos filhos... Como ela definiria Christopher? Não o consideraria um marido, afinal nunca se casaram, mas poderia considerá-lo um amante, que foi o que tinham sido. E naquele quesito ele tinha sido ótimo, atenção, presentes, carinho e... Ótimo em outras coisas também.
E aí, ela engravidou e achou que tudo continuaria da mesma forma, mas desandou de uma forma que ela não tinha certeza se conseguiria voltar a andar. Christopher sabia disso, ele tinha errado bem mais que acertado, tinha sido totalmente o oposto do que deveria ter sido a mulher que amava e aos filhos.
Eles ficaram longos minutos em silêncio, cada um preso em seus próprios pensamentos, mas que se resumia na mesma coisa.


— E-esses meses longe de você, na verdade anos, me fizeram perceber o quanto eu amo você. — Scarlett, que analisava minuciosamente o desenho do tapete, voltou sua atenção para ele — Como eu queria você sempre que acordasse, beijá-la antes de dormir... Ser seu porto seguro nos momentos difíceis, nos tristes poder te consolar e estar lá nos momentos felizes — Confessou e o coração dela palpitava dolorosamente, como ela queria que aquilo tivesse sido dito três anos antes.


— São palavras muito bonitas, Christopher, mas isso não vai consertar as coisas — Comentou fungando e limpando uma lágrima que escapou de seus olhos.


Irritado consigo mesmo por toda aquela situação e por fazê-la chorar, ele passou as mãos nervosamente pelo cabelo e deu uma volta pela sala, tentando organizar o que sentia.



— Sabe? Eu adoraria voltar no tempo para resolver isso — Disse com um ar irritado e cansado.


— Eu não — Declarou séria — Assim podemos conhecer as pessoas verdadeiramente.


— Me conheceria de verdade mesmo sem os acontecidos — Resmungou.


— Será mesmo, Christopher?! — Duvidou ela.


— Claro que sim! Seríamos um casal de qualquer forma e casais sabem coisas um sobre o outro — Justificou.


— Não somos um casal — Observou com severidade. — E acho que nunca seremos — O tom tinha se tornado mais baixo, mas ele jurou ter notado um tom de lamento na voz dela.


— Você ACHA — Ele deu ênfase na "brecha" da frase — Tem como mudar isso. — Garantiu


— Vossa Graça, algumas pessoas não estão destinadas a ficarem juntas, mesmo que queriam ao contrário. Esse é o nosso caso — O olhar cabisbaixo dela, o machucava ainda mais — Como disse, isso não consertaria as coisas.


— E o que consertaria as coisas agora, Scarlett? — Como um marinheiro perdido no mar, ele precisava que ela ligasse um farol para guiá-lo. Ela observou apreensiva ele se aproximar dela e abaixar-se a sua frente. — Faço qualquer coisa para ter você de volta. — Prometeu e foi inevitável não soltar uma leve risada irônica.


— Você já me fez promessas antes, Christopher, e eu, como uma idiota, acreditei nelas. Mas agora eu não serei a mesma idiota. — Garantiu. — As joias, os vestidos, toda a sua atenção... Eu fui muito burra em pensar que, não sei, de alguma forma você me amaria.


— Eu amo você! — Disse ultrajado por ela duvidar daquilo — Deus sabe colo eu amo você. Como eu fiquei louco esses meses todos longe de você, sem saber como você estava, como Simon estava, se... Se você ainda estava grávida — Ele tremeu um pouco com aquela frase, ainda se lembrava da quantidade de sangue na cama de Hayley, do sentimento de vazio que o atingia sempre que Emily passava pela mesma coisa. Nunca chegaria a conhecer aqueles bebês que deveria ter chamado de filhos algum dia, mas conhecia Simon, o estava vendo crescer, sabia a sensação de tê-los nos braços e imaginava que a dor seria três vezes maior se soubesse que Scarlett tinha perdido o bebê pelo fato de saber como era ter um filho que ela gerara nos braços, saber como era ouvir sua voz, sua risada... Saber que o bebê continuava ali era um grande alivio.


— Como ela está? — Perguntou sabendo que ele se referia a perda recente de Hayley, Jeremy havia contado sobre o acontecido e Scarlett lamentava não poder estar com a irmã, não poder consola-la ou escrever uma misera carta demonstrando seu apoio. Bem, agora ela podia.


— Foi para Somerset. Disse que precisava de um tempo sozinha, para pensar — Contou em um tom neutro. — Estamos divorciados — Naquele momento pareceu certo dizer aquilo, que ela soubesse que ela soubesse que tinham, de novo, uma chance de ficar juntos.


— Jeremy me disse — Murmurou baixinho. Quando o irmão tinha dito que o duque tinha entrado com o pedido de divórcio, Scarlett sentiu algo estranho, talvez alivio? Esperança? Quem sabe, mas era algo “bom”. — Imagino que seu pai esteja com uma grande lista na mão para a escolha da próxima duquesa — Brincou dando um leve sorriso. Christopher negou e retribuiu o pequeno sorriso e a olhou profundamente em seus olhos.


— Tem apenas o seu — Respondeu tão calma e sinceramente, que as lágrimas que ela segurava saíram em uma grande torrente.


— Isso não vai funcionar, Evans — Disse com a voz embargada, sentindo os dedos dele secarem, inutilmente, suas lagrimas. — E-eu não posso voltar com você — Lamentou. Ainda com um sorriso terno, ele se ajeitou da forma que melhor conseguia entre as penas dela que ainda estava apoiada no sofá, a encarando da forma mais amorosa que conseguia, acariciando a bochecha direita dela enquanto a mão esquerda a tocava a barriga, sentindo o bebê responder ao toque.


— E por que não, petit? — A voz cheia de amor a deixou ainda mais derretida, intensificando o choro. Ela ainda o amava, e de alguma forma sabia que ele também, mas não poderiam continuar.


— Eu não quero me machucar de novo — Justificou, desabando de vez no choro.



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Autor(a): lety_atwell

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