Fanfic: O Duque e Eu 🔞 - Evansson - 2° Temporada | Tema: Scarlett Johansson, Hayley Atwell e Chris Evans, Evansson
05 de fevereiro de 1815
Inglaterra, Somerset
Hayley
De todas as coisas que Hayley pensava sobre como estaria a sua vida na idade de vinte e oito anos, a última coisa que viria a sua cabeça, se é que um dia pensaria naquela possibilidade, era a de voltar a casa de sua infância em Somerset para ficar. Mesmo que por um curto período de tempo.
Mas lá estava ela, em uma caminhada matinal pela estradinha que levaria até um lado que ela costumava ir com Scarlett e Jeremy quando eram menores. Se lembrava de Scarlett e toda a sua delicadeza em andar, em como ela ia pulando as grandes pedras que tinham pelo caminho cantarolando. Hayley e Jeremy estariam fazendo qualquer aposta boba sobre quem chegaria antes no lago e é claro que ela faria de tudo para ganhar.
"Hayley é competitiva, ambiciosa", dizia seu pai a sua mãe. Melanie parecia concordar, pois olhava do marido para a filha com animação. "Conseguirá um ótimo casamento", continuava o homem.
E de tanto ouvir sobre sua determinação e ambiciosidade, ela sempre acreditou que fosse assim. Ambiciosa, determinada e competitiva para sempre ter o melhor.
Óbvio que gostava de ter o melhor, quem não?!
A única coisa que não tinham explicaram sobre ambições é que isso não vale para o amor. E tinha aprendido isso da forma mais difícil. Dois anos com Christopher a fizeram entender que não valia tudo na arte de ter o melhor.
Seduzi-lo tinha sido divertido, conseguir com que ele fizesse o que queria tinha sido um pequeno desafio. Excitante. Mas ainda assim um desafio. E, bem, ela conseguiu o que queria, mas ele não era completamente seu. E aquilo a incomodava mais do que ela achou que iria.
Ele era o melhor, o título de Duque era o maior entre a aristocracia, a família Evans tinha uma grande proximidade com o rei e a monarquia. Tinham dinheiro e sabiam administrar muito bem o que tinham, o que era raro para alguns aristocratas. Tudo isso já tinha sido destinado a ela quando o tio tinha alertado o pai da vista do duque que está à procura de alguém para ser mãe de um herdeiro.
Mas ele se apaixonou por Scarlett e sua chance tinha ido por água abaixo ou não, afinal ela tinha sido chamada para ser a acompanhante de Christopher e ela não podia desperdiçar a chance.
E Hayley não perdeu. Mas a única coisa que tinha ganho, de fato, nessa jogada era o dinheiro e o título de Duquesa, já que seu casamento com Evans ia de mal a pior desde que tinham saído da lua de mel.
Tinham voltado da viagem e Christopher tinha, mais uma vez, colocado os olhos em Scarlett.
Se lembrava da primeira vez que ela a chamará de "Petit", ele logo se corrigiu, é claro, mas sabia que estava pensando em Scarlett já que as únicas formas que ele a chamava era de Hayley e querida.
O que, para a ocasião - qualquer ocasião, na verdade -, era horrível.
Eles estavam em um momento romântico, era um piquenique nos prados, alguns meses depois do casamento e depois de voltarem da lua-de-mel. Os beijos começaram e logo esquentaram, assim que as mãos deles deslizaram pelos botões de seu vestido ela o ouviu sussurrando o "Petit" e em seguida corrigir rapidamente para Hayley, mas ela tinha escutado claramente. Ela fingiu ignorar naquele momento, mas horas mais tarde em seu quarto a lembrança voltou e sabia que sempre teria aquela sombra em seu relacionamento.
Christopher sempre a compararia, sempre se lembraria de Scarlett. Ela seria a sombra no relacionamento mesmo longe, mesmo que se casasse e tivesse seus filhos e um casamento feliz. A irmã seria para sempre a "boa lembrança" do marido.
Se tocando disso, Hayley tentou, realmente tentou, fazer com que o casamento desse certo. Hayley tentou ser a esposa que Christopher queria, a duquesa que o título precisava, mas aparentemente nada funcionava, afinal o marido parecia cada vez mais distante.
Os quartos separados - para o Duque e para a Duquesa - passaram a ser usados e, esporadicamente, o quarto conjugal. Aquilo a fez se sentir mal, ela não queria um casamento apenas para gerar o filho, no fundo sentia que queria ter o marido por inteiro. Ter a mesma relação de cumplicidade, amizade e amor que ouvia da fofoca dos criados do tempo em que ele e Scarlett ainda estavam juntos.
Chegando ao seu destino, o lago continuava o mesmo de quando era pequena, de quando apostava com os irmãos quem conseguia ficar mais tempo embaixo d'água, de quando a vida era completa e totalmente mais simples.
Deixando a cesta que carregava sobre uma pedra, ela tirou o vestido que usava, ficando apenas com uma espécie de maiô composto, basicamente, por roupas de baixo costuradas, ela entrou na água. Os pensamentos a levando para um lugar mais confortável, de lembranças mais felizes, do tempo que passara na França e conhecera Tom.
Ele não era exorbitantemente rico, nem tinha um título, mas tinha um sentimento por Hayley que ela sabia que retribuía, o que a deixou assustada o suficiente para acatar sem pensar duas vezes o telegrama do tio para que voltasse a Somerset.
Tom, ao contrário das outras pessoas, a conhecia de verdade, Jeremy e Scarlett também, mas para quem a conhecera apenas a alguns meses ele já conhecia tanto dela, despertava coisas nela que jamais pensou serem possíveis e... talvez ela devesse voltar a França, procurar por ele e...
Bem, não parecia o melhor dos planos, afinal tinham se passado anos desde que ela o deixara e eles não tinham trocado nenhuma carta durante aquele tempo. Não sabia se ele também tinha casado, se tinha filhos.
De qualquer forma, a França parecia uma boa ideia. A Inglaterra já não era seu lar a um tempo.
Inglaterra, Londres
Mansão Somerset
Melanie
Uma das piores coisas na maternidade, segundo Melanie, era saber que um dia seus filhos iriam sair de casa, que já não precisariam tanto dela como um dia precisaram. Que seriam eles os adultos, que tomariam as decisões por seus filhos, como um dia ela também tinha feito.
Pior que isso, era estar na situação em que estavam: uma filha desaparecida, outra isolada e triste e um filho fazendo malabarismo pela família. Ela se sentia mais do que impotente naquele momento. Infelizmente a situação não se resolveria com um simples abraço e uma canção de ninar. Não poderia colocar os três em seu colo e apertá-los até não poder mais, dizendo que tudo ficaria bem, afinal não sabia se tudo ia ficar bem.
— Isso tudo é culpa sua! — Acusou, apontando para o marido que lia o jornal do dia tranquilamente.
— Bom dia para você também, querida — Desejou irônico, fechando as folhas de papel e as colocando na mesa. — Posso saber do que estou sendo acusado?
— De toda essa situação! — Explicou se sentando ao lado do marido, que ainda parecia confuso — Quanto dos seus três filhos estão aqui?! Onde está o seu neto? — Perguntou e ele entendeu. Também não estava feliz com a situação, mas uma hora aquilo se resolveria. Hayley precisava de um tempo, ele entendia. Jeremy estava com ela e bem, seu problema maior no momento era Scarlett, mas Vossa Graça, o Duque já tinha colocado toda a Londres atrás da loura e logo a encontrariam. De certa forma estava tudo sob controle.
— Scarlett é a única que devemos nos preocupar, não acha? Hayley está em Somerset e em alguns dias Jeremy volta — Deu de ombros, pegando o cestinho de pães e se servindo de um.
— Hayley está infeliz em Somerset, Jeremy deve estar exausto por ajudar uma irmã e procurar pela outra e eu nem quero pensar como Scarlett deve estar — Observou, se servindo do chá já morno.
— E onde, exatamente, eu levo a culpa nisso?
— Se tivesse interferido quando o Duque escolheu Scarlett aí invés de Hayley ou quando ele decidiu por se casar com Hayley quando Scarlett estava dando a luz ao filho deles, nada disso estaria acontecendo — Esclareceu com o olhar mais reprovador que conseguia.
— Não me lembro de ouvir nenhuma objeção sua sobre nada do que aconteceu — Alfinetou o homem, colocando uns pedaços de bacon em seu pão.
— Impressionante! — Exclamou a mulher, batendo com a mão na mesa de forma nada elegante. — A você não importa a felicidade de seus filhos?!
— É claro que importa. Por isso prefiro vê-los longe, mas com a vida confortável, do que perto e passando fome. Ou se esqueceu de quando eram pequenos? — Quando os filhos eram pequenos houve um período de uns dois anos em que tudo estava extremamente difícil, alimentar os filhos era a única prioridade para o casal e, ainda assim, estava sendo muito difícil.
— É claro que me lembro — Concordou com pesar. — Entretanto, não sabemos como Scarlett está. Apesar de Hayley e Jeremy estarem bem, Scarlett está no mundo e mal sabemos de sua situação. Como você está com isso? — Apontou. — O sumiço dela, deve ter um grande motivo.
— Imagino que sim — Ele assentiu, bebendo um pouco do chá.
Com isso, os dois entraram em seus pensamentos em relação as coisas que estavam acontecendo e como tinham chegado ali.
10 de fevereiro de 1815
Inglaterra, Londres
Elizabeth e Sebastian
— Acha que vai demorar a nascer?! — Questionou o Conde, acariciando a barriga da esposa.
— Eu espero que não, assim você sai de cima de mim! — Reclamou a morena. Desde que o bebê passará a responder os toques na barrigada da mãe com chutes, Sebastian não desgrudava de Elizabeth. Quer dizer, da barriga dela. — Se bem, que acho que quando o bebê nascer você vai se esquecer de mim!
— Nem nasceu e você já está com ciúmes? — Saindo da posição que estava, ele se ergueu ficando próximo ao rosto dela — Se quiser assim que nascer eu não desgrudo de você — Garantiu, beijando-lhe a testa.
— Acho que tudo bem eu dividir a atenção com o bebê — Considerou alisando a manga desabotoada da camisa dele.
— Em que está pensando? — A vendo quieta demais, ele sabia que algo a preocupava e precisava perguntar a ele.
— E... E se o bebê for... Menina? Sei que todos esperam um menino, mas estive pensando e acho que vai ser uma menina — Essa dúvida a estava matando um pouco todos os dias, e se Sebastian estivesse tão entusiasmado com a barriga e o bebê por imaginar que fosse um menino e, no dia do parto, acabar com tudo o que e imaginava ao nascer uma menina.
— Lizzie, meu amor, se vier uma menina... E-eu vou amá-la da mesma forma, serei o mesmo pai que seria caso fosse um menino. — Garantiu surpreso por ela pensar daquela forma. Amaria ter uma menininha, ainda mais se fosse parecida com a mãe. — Acho que seria apenas um pouco mais ciumento — Acrescentou e ela sorriu aliviada.
— Disso eu não tenho dúvida, mas sabe que ela terá que debutar um dia, não é? — Disse provocativa e ele sorriu, feliz por ela estar mais calma com aquele assunto
— Eu sei, mas teremos muitooooo tempo até ela se apresentar para a sociedade — De verdade sabia que se tivesse uma menina séria um pai superprotetora e adoraria que a filha ficasse em um castelo, longe de todos aqueles que poderiam chegar perto de sua garotinha, mas Elizabeth não deixaria e, felizmente, teriam alguns anos até que a filha debutasse. — E, se for menina, será ainda melhor.
— Por que?
— Quer dizer que deveremos providenciar um herdeiro o mais rápido possível — Explicou malicioso e ela riu aproximando seu rosto do dele e o beijando.
— Eu vou adorar — Disse Elizabeth ao fim do beijo, mais ofegante que o normal, o bebê já comprimia todos os seus órgãos o que tornava até às atividades mais simples grandes desafios.
— De qualquer forma, senhora Stan, não quero que se preocupe com isso. Teremos um belo bebê e, independente de ser menino ou menina, vamos amá-lo com todo o coração — Com aquela declaração, ela não conseguiu evitar as lágrimas. Ele era tudo o que ela precisava. Sebastian a envolveu em seus braços como podia, já que a barriga atrapalhava, a consolando do choro.
15 de fevereiro de 1815
Inglaterra, Windsor
Scarlett
— Como é bom ter a privacidade da sua casa! Não ter ninguém de diferente — Ironizou a loura, ao passar pela sala de visitar e ter Christopher sentado em seu sofá.
Uma semana. Tinha uma semana, um pouco mais na verdade, que Christopher tinha encontrado Scarlett. Uma semana que o querido Duque de Somerset tinha decidido que cortejaria, da maneira correta, a moça. E, desde então, ela recebia presentes diários, não só para ela como para os filhos e ela estava entre achar fofo e ficar irritada. A tendência estava no irritada, Christopher tinha conseguido essa proeza.
— Bom dia, senhora — Respondeu ele, se levantando com a presença dela — Como está essa manhã?
— Me perguntando até quando esse teatro vai durar — Ajeitando as luvas, ela se virou para ele, esperando a resposta.
— Acaba quando você aceitar meu pedido de casamento — Disse satisfeito com a ideia.
— Christopher... — Ela ia protestar a frase, mas uma pessoinha que completaria três anos em menos de um mês, apareceu animada correndo em direção ao Duque.
— Tio Chris! — Exclamou Simon animadamente, se jogando nos braços do pai. Naquela semana, os dois tinham se aproximado bastante, Simon estava morrendo de saudade, e Scarlett imaginava que também estava com saudade dos avós e da tia, assim como Evans estava com saudades daquele menino.
— Meu Deus, quanta energia! — Bagunçando os cabelos dele, Evans o ajeitou em seu colo os dois começaram a conversar animadamente. Scarlett observou a cena com lágrimas nos olhos.
Era o que ela queria, não era? O que sempre quis? Filhos, alguém que a amasse? Christopher estava oferecendo isso de volta, mas ele tinha mudado de fato?
Apesar de estar ficando levemente irritada – não sabia se estava realmente irritada ou se estava se forçando a pensar assim –, Christopher estava se esforçando. Ainda no tinha certeza, se deveria dar esse passo, tinha uma semana apenas e muita coisa podia acontecer nos próximos dias, porém, Simon estava feliz, consequentemente ela, o bebê parecia mais agitado em seu ventre toda vez que Christopher era mencionado e aquilo deveria ser um sinal.
Christopher e Simon saíram para os estábulos para verem os cavalos, deixando Scarlett pensativa sobre o que deveria fazer.
— Scarlett — Chamou Anne ao ver a loura parada no meio da sala com um olhar fixo no sofá.
— Ah, oi Anne — Sorriu forçado, ao ver a moça. — Dormiu bem?
— Dormi — Contou a olhando de forma suspeita — O que foi? Está com uma cara — Interrogou de forma analítica. Com um grande suspirou, Scarlett puxou a criada até o sofá e sentou junto com ela.
— Aconteceu o de sempre. Christopher está com Simon nós estábulos e... Simon está tão feliz com a presença dele. Óbvio, é o pai dele. E... Confesso que eu também — Desabafou. — Ele está aqui a uma semana e eu já estou assim, não sei se posso confiar e me deixar levar se novo para me machucar em seguida.
— Scarlett... E-eu vi quanto você sofreu quando ele preferiu a Hayley, quando ele não ficou com você quando Simon chegava ao mundo... — Relembrou — A única pessoa que pode responder isso é você. Você o quer de novo em sua vida? Está pronta para o que vai vir com ele? Os problemas, responsabilidades, lembranças? Está pronta para perdoá-lo? É isso que quer do fundo do seu coração? — As perguntas disparadas, fizeram Scarlett ficar cada vez mais afundada em sua agonia.
Ela o queria em sua vida mais uma vez? Sim?! Estava pronta para o que vinha com Christopher? O título? Assumir um lugar com os boatos e falatórios em torno de si, pela forma como se casaram? Sabia quais eram as responsabilidades de Duquesa, de ser esposa e mãe, e era algo que podia encarar. As lembranças seriam dolorosas, mas elas passariam com o tempo.
Ela o perdoava? Talvez, ele teria que fazer bem mais que “cortejá-la” por uma semana.
Por fim, era isso que ela queria para sua vida?
— A única pessoa que pode responder isso. Só você vai saber se ficará bem vivendo com ele os próximos anos da sua vida — Concluiu se levantando — Pense nisso. Enquanto isso vou estar arrumando as coisas do bebê que estão no quartinho — Avisou, saindo das vistas da loura.
— E agora bebê? Papai merece mais uma chance? — Questionou a barriga, recebendo dois chutes em seguida.
Autor(a): lety_atwell
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20 de fevereiro de 1815Inglaterra, WindsorJeremy O que Jeremy poderia dizer? Ele era humano, tinha seus limites. Faziam alguns dias que ele estava em uma estalagem Londres, longe da família, das irmãs e daquele pequeno caos que tinha se tornado sua vida. Amava as irmãs, mas as duas estavam vivendo coisas totalmente opostas e loucas, tudo causado pela me ...
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