Fanfic: O Duque e Eu 🔞 - Evansson - 2° Temporada | Tema: Scarlett Johansson, Hayley Atwell e Chris Evans, Evansson

30 de julho de 1814
Londres, Mayfair
Hayley e Scarlett

— Estou curiosa com uma coisa — A morena comentou enquanto bordava uma fronha. Scarlett que estava com ela bordando algo para Simon, abaixou o olhar do bastidor em que bordava e encarou a irmã em uma pergunta silenciosa para que ela continuasse com o que quer que ela fosse dizer. — Qual será a cor do seu próximo vestido de baile — Contou com um sorriso instigante.

— O que os meus vestidos de baile têm? — Agora ainda mais curiosa, ela deixou o bastidor de lado e tentou entender do que ela falava.

— Não sei se todos perceberam, mas eu percebi. — Instigou jogando o corpo um pouco para frente. — Eu não sei o motivo, porém, adorei o conceito. — Continuou com o mistério, vendo que prendia a atenção da loura.

— Perceberam o quê?

— Violeta, azul, laranja, anil, verde, dourado ao invés do amarelo e... — Listando as cores, ela deixou um ar misterioso antes de chegar ao vermelho.

O vermelho não era uma cor muito usada entre as mulheres por ser uma cor muito chamativa, apenas as mulheres casadas tinham “permissão” para usar a cor, as viúvas também. Ninguém tinha muita coragem de fazer isso, uma ou outra dama tinha usado o tom nas temporadas anteriores, apenas. Hayley duvidava que a irmã teria essa ousadia.

— E...? — Insistiu querendo saber com o que a irmã continuaria.

— Vermelho. — Disse em voz alta — próxima cor seria o vermelho. Entretanto, não acho que tenha coragem de usar algo tão ousado— com um olhar divertido, Hayley voltou a atenção para seu bordado e Scarlett a olhava sem saber exatamente como pensar sobre o que a irmã acabará de falar.

— O que te faz pensar que eu não tenho coragem para usar vermelho?! — Com certo interesse, Scarlett parou o que estava fazendo e pensou sobre aquilo.

A antiga Scarlett, antes de Simon, antes de todo o caos, com certeza não usaria um tom de rosa um pouco mais forte, quanto mais um tom vermelho.

— Porque eu conheço você e sei que raramente usa uma cor mais chamativa, quem dirá vermelho — Justificou sem muita preocupação — E então, usaria ou não vermelho?!

— Vai ter que ir ao baile para descobrir — Chantageou voltando ao bordado. Hayley deu um riso anasalado e voltou dia atenção só tecido também.

Residência Kilmarting
Elizabeth e Sebastian

— Senhor, a Condessa gostaria de saber se ainda irão ao baile de hoje a noite, na residência dos Deinerts. — Uma das criadas bateu a porta do escritório onde Sebastian estava enfiado com seu criado pessoal, conversando sobre algo que parecia super secreto.

— Ahn, diga a ela que iremos sim. — Confirmou, sem prestar muita atenção na criada que apenas assentiu e observou o ambiente por mais alguns segundos antes de sair.

— A Condessa está desconfiada senhor observou em tom neutro e Sebastian deu um longo suspiro.

— É, está — Concordou largando a pena na escrivaninha. Desde o passeio e a visita a modista, alguns dias antes, Sebastian tinha reconhecido a voz que ouvirá antes de entrar no comércio, era Hayley e ele tinha certeza. Agora precisava se lembrar qual era o sobre nome da família ou do cunhado. Qualquer coisa que o fizesse chegar até ela antes de Elizabeth. — Espero que a encontre antes que a Condessa resolva participar, a sua forma, das nossas reuniões.

— Tem certeza de que não se lembra do sobrenome, senhor?! —Albert insistiu e o Conde negou. Não que fosse difícil decorar nomes, afinal ele era conde e deveria saber o nome de cada um da sociedade Londrina, mas por algum motivo não se recordava de Hayley.

— Me lembro de ser alguma coisa com J mas, se ela tivet se casado mais uma vez... — Comentou pensativo.

— Johnson? — Sugeriu e ele negou. — Podemos perguntar a governanta sobre as moças de Londres. Elas geralmente organizam a lista de convidados.

— É, podemos — Concordou pensativo. Como pudera se esquecer do nome da sua primeira esposa?! A relação que teve com Hayley tinha sido uma coisa rápida, bem rápida. E, assim que dissera sim a um padre para se casar com Elizabeth, esquecido ainda mais rápido, mas não a ponto de esquecer o nome da pessoa. Ou tinha?! Enfim, agora ele precisava se lembrar de tudo.

☆☆☆

O momento bordado tinha acabado e Hayley tinha saído com Jeremy para algum lugar. O pai, o tio e o Grão-duque, aparentemente, tinham saído também. A mãe tinha ido visitar uma amiga e ela não sabia onde a Grã-duquesa estava, provavelmente em seus aposentos. Christopher, ela não tinha visto o dia todo e esperava que assim continuasse. Não estava com ânimo para rebater qualquer coisa que ele resolvesse falar.

— Poppy, eu adoraria ir com vocês ao Hyde park hoje, mas se importa de ir sem mim? — Scarlett pediu mordendo o lábio. Queria mesmo ir com o filho, mas sabia que se cansaria e ainda tinha que ir ao baile dos Deinerts naquela noite.

— Vá descansar, Scarlett — Poppy sorriu pegando o menino nos braços e o levando para fora da sala de estar.

— Obrigada — A loura agradeceu dando um tchauzinho para o filho que fazia o mesmo enquanto se afastava com a babá. Assim que Poppy da saiu, o mordomo entrou no cômodo — Sim?!

— Senhora, o Conde de Clafin deseja vê-la — Anunciou ele esperando a resposta.

— Humm, onde ele está?! — Não poderia recebê-lo onde estava, Simon e ela, junto com Poppy, tinham feito uma grande bagunça com bloquinhos de madeira.

— Como não sabia aonde a senhora estava, pedi que fosse ao jardim enquanto a procurava — Avisou.

— O leve para a sala de estar azul, estarei esperando lá — Pediu se adiantando e saindo junto com o mordomo da sala.

— Sim senhora — Desaparecendo da visão de Scarlett no segundo seguinte, o senhor foi atrás do conde, enquanto a loura se apressava até a sala azul.

Chegando a sala, ela se ajeitou um pouco, colocando o vestido no lugar e tentando colocar os fios de cabelo, que se desprendiam do penteado, no lugar e ficou a espera do Conde.

— Olá, Samuel — Scarlett o cumprimentou com uma leve reverência assim que o homem passou pela porta da sala de visita azul.

— Senhora Dauriac — Retribuindo o cumprimento, ele também fez uma breve reverência.

— Sente-se — Pediu apontando para uma poltrona a sua frente — O que devo a honra da visita?! — O cortejo não era segredo, mas acontecia aos poucos e ele estava a visitando pela quarta vez naquela semana.

— Estava passeando por aqui e achei que deveria passar para vê-la — Justificou aceitando o convite para se sentar — E acho que é sempre bom visitar a pessoa que eu pretendo desposar, não acha?! — Argumentou sorrindo.

— É tem razão — Concordou — Aceita uma xícara de chá?! — Ofereceu educadamente, já se preparando para chamar algum criado para que trouxesse uma bandeja com o chá e biscoitos.

— Não. Não será necessário — Declinando ao pedido, ele se levantou e ela também. Por algum motivo, Samuel, que era sempre calmo, estava nervoso, mexendo nas mãos como se estivesse prestes a ter um treco.

— Você está bem?! — O observando mais atentamente, Scarlett tentou se certificar de que estava tudo bem mesmo.

— Sim, está tudo bem — Ele balançou a cabeça em sinal positivo e continuou a fita-la com bastante interesse. — Eu só passei para vê-la e saber se irá para o baile de hoje a noite.

— É claro que irei. Imagino que o senhor também — Supôs e ele assentiu. — Se veio apenas para isso, creio que estava bem perto mesmo da Residência Somerset, poderia ter mandado um bilhete — Observou com um leve sorriso.

— Vê-la pessoalmente é sempre uma dádiva — Elogiou e Scarlett sentiu suas bochechas ficarem quentes.

— É sempre bom vê-lo também, Samuel — Retribuindo o elogio com um sorriso envergonhado, ela sentiu as bochechas arderem ainda mais na certeza que estavam ficando cada vez mais vermelha.

— Não sei por quê, mas toda vez que a vejo sinto como se borboletas estivessem em meu estômago — Sam também não sabia porque estava dizendo aquilo, mas sentia a necessidade de dizer e Scarlett sentia a necessidade de ouvir.

Não fora uma mulher que ouvirá muitas declarações românticas em seus relacionamentos anteriores. Joias e roupas não seriam palavras, não seriam aquele olhar perturbado pela paixão. E bem, aquela não era exatamente uma declaração super romântica, mas já era algo que a deixava derretida

— Seria tão inapropriado assim fugirmos para Gretna Green?! — Brincou ele sabendo que seria um tanto quanto estranho, pelo fato de não terem impedimentos para a oficialização do casamento.

— Sim, seria muito, muito inapropriado — Antes que Scarlett pudesse pensar em uma resposta, uma voz surgiu na porta e ela jurou que poderia matá-lo apenas com um olhar.

— Ah, vossa graça, não sabia que estava em casa — Tomando uma maior distância de Samuel, Scarlett voltou para próximo da poltrona que estava sentada. — O conde veio me fazer uma visita — Apontando para o outro homem na sala, ela fez com que Christopher se virasse para cumprimentar o conde.

— Boa tarde, Christopher — Sam desejou, se aproximando do duque e estendendo a mão. Com um pouco mais de força do que de costume, Christopher apertou a mão do conde.

— Boa tarde — O olhar intimidador deixaria qualquer um assustado, mas deixou Samuel e Scarlett curiosos. — Estão sozinhos aqui a muito?!

— Não. — Samuel e Scarlett responderam ao mesmo tempo e riram pela coincidência.

— Cheguei a alguns minutos e já estava indo — Sam disse já se dirigindo a porta.

— Espera que eu te acompanho até a saída — A loura de prontificou indo junto com ele. Christopher ficou observando a sala vazia por alguns segundos e saiu de encontro a Scarlett.

— Achei que deveria ter dama de companhia para receber visitas masculinas — Com as mãos nos bolsos, ele se aproximou da entrada a fuzilando com o olhar.

— Isso já está perdendo a graça, Evans — avisou de mau humor — Esses olhares repreendedores, os comentários... Pode parar. — Ordenou.
.
— Vai mesmo se casar com ele?! — Chegando um pouco mais perto dela, ele se apoiou no corrimão esperando a resposta.

— Quando ele me pedir, eu aceitarei. Obviamente — Afirmou. — Por que?

— Ele não ama você — garantiu com um olhar perturbado.

— E quem me ama? Você?! — Questionou arqueando uma sobrancelha.

— Como vai casar com alguém que não ama você?! — Rebateu se esquivando da pergunta dela.

— Bem, se eu não puder ser amada gostaria de ser respeitada. — Esclareceu — e Samuel faz isso.

— Ah, claro. Eu vejo como — Ele riu de forma irônica.

— O que??

— Ficar com você, sozinhos, na sala de visitas, não é bem respeitar — Comentou de forma irônica.

— Mas eu tenho certeza de que se algum boato nós atingisse, casamento seria na semana seguinte — assegurou despreocupada. — Isso é o suficiente para mim.

— Vai casar sabendo que alguém só a pediu por puro decoro?

— Não é o que todos fazem? Alguns ao menos — O olhando de cima a baixo, ela o analisou e deu uma leve risada.

— Sabe que eu deveria aprovar esse relacionamento, não é?! — Mudando o tom da conversa, ele se aproximou ainda mais dela, a deixando sem ter muito para onde correr, a deixando entre ele e a porta da frente.

— Pelo Simon?! Você o negligenciou desde o primeiro dia, me deixou desde a chegada de Hayley e agora tudo...— Ela gesticulou para ele, apontando para ela — isso! E pra que? Você já casou com a Hayley, logo vocês terão a família de vocês e, com sorte, logo eu terei a minha.

— Você já tem uma família, Scarlett — Relembrou de má vontade.

— Não sei para que tanto, juro que não entendo. Alguns meses atrás você mal lembrava que eu existia. Agora não sai do meu pé! — Esbravejou ela. — Não vejo a hora de Samuel e eu oficializarmos o noivado e o casamento acontecer! Sair das propri...— Antes que ela pudesse continuar a boca dele encontrou a sua, a beijando calorosamente. Ele não queria pensar em vê-la saindo de nenhuma das propriedades de Somerset, ele a queria. Para sempre. Faria o que fosse preciso, só não queria ouvi-la falar em ir embora. Iria consertar seus erros e fazê-la sua mais uma vez.

Mesmo morrendo por dentro, por saber que se machucaria depois, Scarlett correspondeu ao beijo. Sentindo a língua dele a invadi-la, reconhecendo o sabor dele, a textura dos lábios, o perfume dele invadia suas narinas, a inebriando e a fazendo perder os sentidos. As mãos dele encontraram a cintura dela, a trazendo ainda mais para perto, deixando os corpos se conectarem mais uma vez.
Aos poucos, ele foi a afastando da porta ele começou a guia-la em direção a escada e Scarlett se deixou levar. Não sabia para onde ele a levaria mas tinha certa noção: Para o quarto.
Ela queria solta-lo, para-lo, empurra-lo. Qualquer coisa que a leva-se para longe dele, mas parecia que em seus corpos haviam imãs que os mantinham juntos. Os beijos como combustível, aumentava o fogo que os consumiam.
Christopher sorriu ao perceber a entrega dela. Apesar de toda a barreira que ela impunha, ainda tinha uma parte dela que o queria. E ele se agarraria àquela parte, faria de tudo para que ela voltasse a amá-lo da mesma forma de antes. Da forma que ele aprendera a amá-la mesmo que tarde demais.
O Duque finalmente chegou a porta de algum quarto vazio no segundo andar, ele brigou com a porta para conseguir abri-la. Quando conseguiu abri-la, ouvisse o barulho de porta da frente assim como o falatório de Hayley e Melanie. Juntando todas as suas forças, Scarlett o empurrou e os dois se encararam ofegantes.

— Isso nunca aconteceu — Scarlett afirmou categórica, se ajeitando colo podia, tentando se recompor ao máximo. Christopher apenas a observava ainda apoiado na porta com uma certeza, eles finalizaram aquilo.

☆☆☆

Os últimos enfeites eram colocados nos cabelos de Scarlett e ela se admirava no espelho, adorando cada detalhe da sua roupa aquela noite.
Seria o último baile e ela se vestiria de acordo para fechar aqui primeira parte da temporada. Os detalhes em ouro combinavam perfeitamente com o tom escolhido para o vestido, os cabelos em um penteado escolhido a dedo, onde alguns fios de seu cabelo se desprendiam e caiam delicadamente para fora do penteado.

— Acho que o senhor Clafin terá problemas no baile de hoje — Anne comentou sorrindo para o reflexo da loura no espelho. — Se não teve até agora, hoje vai ser a prova final — Brincou.

— Não está tudo isso — Desconversou, se virando para a criada.

— Você está deslumbrante. É claro que está tudo isso — Rebateu. — Agora só falta o perfume. — Anne esticou o braço, alcançando o frasco transparente com o líquido um tom de âmbar bem clarinho e borrifou em pontos específicos e até estratégicos, como atrás das orelhas. — Agora está pronta.

Com um largo sorriso, Scarlett se analisou mais uma vez no espelho e sorriu satisfeita. Como de costume, foi até o quarto do filho, beijou-lhe a testa e desejou boa noite ao menino sonolento que elogiou a mãe.
Saindo de casa, ela perceberá que tinha sido a última a sair, não fosse por Jeremy que a acompanharia até o baile.

— Você está... Linda! — O irmão elogiou, oferecendo a mãos para auxiliá-la descer os últimos degraus da escada.

— Obrigada — Sorriu descendo os últimos degraus, chegando até ele. — Vamos??

— Vamos! — Enroscando seu braço no dela, eles foram até a carruagem que os esperava do lado de fora da residência. Como saíram mais tarde que os demais, não só dos residentes da casa Somerset mas como o resto de Londres, eles chegaram bem rápido a casa Deinert.

Entrando no grande salão, foi como se todos parassem para admirar a dama que acabará de entrar, como na primeira vez que pisará em um evento em da temporada.