Fanfic: O Duque e Eu 🔞 - Evansson - 2° Temporada | Tema: Scarlett Johansson, Hayley Atwell e Chris Evans, Evansson
Olaá 🌻💛
Quase meia noite, mas ainda é dia 22 e hoje é dia de comemoração pq faz um ano, q eu voltei a escrever! Estava atoa no PC ( Saudades 😭💔) e tinha acabado de ver um filme de romance, q eu não vou lembrar qual era, e nasceu "promete" o primeiro capítulo dos one-shots! Um ano depois, cinco histórias postadas e muitas ainda por virem!
Enfim, capítulo novo, q deveria ter saído há 3 dias atrás, p agradecer a todos q leem e não desistem de mim por mais sumida q eu esteja!
Love u all 💜
Ah, antes que eu esqueça: TEREMOS HOOOT!!!! 🔥🔥ou seja, daqui é por sua conta e risco!
Boa leitura 📖💖
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30 de julho de 1814
Baile dos Deinerts
Scarlett e Florence
— Você veio para realmente fechar a temporada, hein — Florence brincou enquanto se aproximava da amiga. — Você está linda — Elogiou
— Obrigada. Você também está linda — Retribuindo o elogio, Scarlett analisou o vestido em um tom de verde claro que combinava perfeitamente com a moça a sua frente.
— Não mais que você — Dispensou bebericando um pouco da sua bebida. — Mas obrigada por aumentar minha autoestima — Agradeceu brincando fazendo uma leve referência e Scarlett riu.
— Florence! — Exclamou rindo. — Não é pra tanto
— Viu a Brie por aí? — Perguntou mudando.
— Ainda não, mas ela disse que vinha — Garantiu olhando ao redor no salão. — E não vai ser muito difícil de achar você, com esse vestido — Com um olhar zombeteiro, ela analisou Scarlett da cabeça aos pés.
— Florence, vai me deixar vermelha — Comentou sentindo suas bochechas corarem.
— Mais?! — Florence perguntou rindo, lembrando do fato de que Scarlett estava usando um pouco de ruge nas bochechas e nos lábios.
— Você é impossível, Florence! — Bebendo um pouco do vinho que estava no na taça em suas mãos, ela olhou mais uma vez ao redor, procurando ou por Brie ou Samuel, que eram as pessoas que ela queria ver naquele momento, porém seus olhos sempre caiam sobre um homem louro de olhos também verdes que a fitava de forma maliciosa e penetrante, e ela retribuía o olhar de forma fuzilante.
— Achei que fosse impossível você ficar mais bonita — Clafin apareceu atrás das duas, fazendo um grande sorriso se abrir no rosto de Scarlett.
— Boa noite, senhor Clafin — Florence o cumprimentou educadamente, olhando para a amiga com uma cara maliciosa.
— Boa noite, Samuel — Scarlett retribuiu, ruborizado um pouco pelo olhar de Florence. — Como está?!
— Bem, muito bem, e você?! — O olhar focado de Samuel em Scarlett faziam faíscas saírem de um par de olhos verdes do outro lado do salão.
— Acho que meu marido está me chamando — Florence disse apenas por dizer, não precisava de uma desculpa para sair dali, o clima era suficiente para fazer qualquer um com o mínimo de noção sair dali.
— Vamos dar uma volta pelo salão?! — Oferecendo um braço a ele, Samuel esperava a resposta positiva dela.
— Claro. — Aceitando o braço que ele oferecia.
Eles passaram a andar pelo salão, observando e comentando sobre as obras expostas, as pessoas, sobre qualquer coisa na verdade. Estavam apreciando a companhia um do outro.
— Mais um pouco e você vai precisar ser amarrado em uma mesa para não atacá-la, Evans — Downey comentou ao ver, mais uma vez naquela noite, o olhar focado do amigo em uma certa loura do outro lado do salão de baile. — Mais um pouco e já vão começar a falar. Se é que já não estão falando.
— Eu não me importo — Deu de ombros — Ela voltará a ser minha mesmo — Soltou convicto.
— Só se você souber fazer mágica. Duvido muito que a igreja aceite mais um divórcio seu sem um motivo MUITO bom para que aconteça. — Avisou dando ênfase na palavra muito. Nos últimos dias estava trabalhando em uma apelação para que o divórcio entre Hayley e Christopher acontecesse. — E você sabe muito bem que um filho fora do casamento não é considerado como argumento — Acrescentou.
— A igreja não está precisando de nenhuma reforma? Algumas terras?? — Compra de indulgência não era aonde ele queria chegar, mas se acabaria pecando de qualquer forma, considerando que cobiçar a mulher alheia também era pecado, então...
— Você está impossível com isso — Não precisava ser muito inteligente para ver aquilo — E se ela não quiser? Ira forçá-la?!
— Não. Nunca. — Negou dando alguns goles em sua bebida. — Se Scarlett não correspondesse ao que sinto por ela, eu não estaria me esforçando tanto para voltar para ela, para achar uma brecha que me permita ficar com ela. — Garantiu sem tirar os olhos dela.
— Como sabe que ela sente o mesmo?!— Duvidando do que o outro dizia, Christopher poderia estar apenas vendo o que queria enxergar e Robert não queria que o amigo quebrasse a cara.
— Nós nos beijamos — Contou sorrindo por detrás da taça de vinho — eu juro! — Reforçou perante ao olhar incrédulo de Downey.
Por Evans, ele contaria tudo o que tinha acontecido. Que ele a sentira realmente entregue ao beijo, não só ao beijo mas a ele também. Que o sentimento de desejo que fluía em seu corpo também era sentido no dela. Que as mãos tímidas de Scarlett o seguravam pelos braços, puxando seus corpos para que ficassem cada vez mais perto.
Se fechasse os olhos e se concentrasse um pouco, ele conseguia senti-la em seus braços, o sabor dela ainda estava vivo, assim como a textura, a maciez, dos lábios.
— Quando isso?! Nos seus sonhos?! — Zombou ainda sem acreditar. Scarlett parecia empenhada demais em seu plano de se casar para deixar que aquele tipo de coisa acontecesse.
— Hoje a tarde, depois que o Conde saiu de mais uma dessas visitas semanais. Que aconteceu pela milésima vez essa semana — A última parte saiu em um tom débil e entediado, para demonstrar o quão chato era o Conde de Clafin, segundo ele, é claro.
— É sério?! — Ele precisava perguntar mais uma vez, não parecia nada sério, mas Evans sinalizou positivamente com a cabeça — O que vai fazer referente a isso ?
— Continuar, oras — Respondeu óbvio — Eu fui um idiota, não pensei quando resolvi fazer promessas a Hayley. — Lamentou — A deixei, perdi os dois primeiros anos da vida do meu filho e estou a um passo de perdê-la. — O tom sério delatava que ele estava determinado em seu objetivo — Não vou deixar isso acontecer.
— E qual seu objetivo para tanto?! Ela parece bem encantada com Clafin e, pelo que eu ouvi, ele também está correspondendo ao sentimento, tanto que pretende desposá-la nos próximos dias — Relembrou o que todos falavam naquela temporada. Christopher apenas deu um grande suspiro. — Acho que eles vão dançar — Mudando de assunto para algo do presente. Eles voltaram a atenção para o casal que se encaminhava para o meio do salão, onde a primeira dança começava.
— A primeira e a última da noite, eu espero — Desejou finalizando o vinho, já pensando qual seria o tempo apropriado para pegar outra bebida e, dessa vez, algo mais forte como whisky.
— Sua filha está muito linda está noite, senhor Johansson — um senhor, baixinho e de cabelos grisalhos elogiou Scarlett ao pai. Evans aguçou os ouvidos para ver se conseguia ouvir mais alguma coisa. Estava tão concentrado em Samuel que nem se lembrava que outras pessoas também apreciavam a beleza de Scarlett.
— Fico lisonjeado com o elogio, vossa graça — Com uma rápida reverência, Karsten agradeceu ao Conde de Holkfoll.
Não muito longe dali, um outro grupo de homens também comentava sobre a beleza de Scarlett, em especial naquela noite, pela escolha das suas vestes que lhe caiam muito bem.
— Sabia que ela viria assim, Hayley?! — Melanie perguntou a filha mais velha ao ouvir mais um comentário sobre a mais nova. A morena fez que não com a cabeça.
— Não achei que ela realmente fosse vestir vermelho essa noite. — Comentou ainda sem acreditar no que os olhos viam.
O vestido vermelho carmim vestia muito bem no corpo de Scarlett, contrastando com o branco da pele, os detalhes em dourado e o loiro do cabelo. Tudo estava perfeitamente no lugar, perfeitamente apropriado, não era vulgar, tudo estava perfeitamente no devido lugar.
Ela estava perfeitamente, perfeita.
Obviamente isso não passou despercebido por todos os homens naquele salão de baile que a olhavam incessantemente, tecendo elogios e comentários pouco apropriados em relação a uma dama. E era mais óbvio ainda que nada daquilo passava despercebido por Evans, que a cada comentário que escutava de um homem naquele salão, tinha vontade de deferir um soco no rosto do mesmo. A mandíbula travada e os punhos cerrados indicavam que o humor do Duque não estava dos melhores, as várias taças de vinho também eram um belo sugestivo.
— Dessa forma parece que seu casamento é com ela e não comigo, Christopher — Hayley comentou baixinho próxima a Evans. Ela não estava muito afim de bancar a esposa ciumenta, mas aquilo estava demais, no começo ele até disfarçava mas com o passar dos eventos, o “interesse” do marido na irmã estava estampado.
— Sabe que eu não acho... Sou apenas um homem preocupado com os membros de sua família. — Ainda olhando para Scarlett, que estava sentada a algumas mesas de distância conversando com Brie e Florence. — Sabia que ela usaria aquele vestido?! — Desviando a atenção, finalmente, de Scarlett, seu olhar sério se dirigiu a Hayley a espera de uma resposta.
— Faz diferença?! — Respondeu sem interesse, ele deveria estar prestando atenção nela. Com ciúmes dela. E não da irmã. Hayley usava vestido rosa, modelando seu corpo com perfeição, destacando um discreto decote, deixando com um ar curioso pelo que tinha embaixo do vestido. Aquilo deveria ser o suficiente para que um marido, que ligasse o mínimo para a esposa, ficasse com um olhar mais atento a qualquer movimento da esposa, não da irmã da esposa!
— Deveria ter aconselhado ela para que não usasse vermelho — Justificou.
— Não sabia que ela usaria e mesmo que soubesse, não acharia que Scarlett tivesse coragem de usar — Esclareceu.
Mas ela teve e estava linda. Era a única coisa que a mente de Christopher conseguia se concentrar.
— Você e seu cunhado tem uma boa relação, Scarlett?? — Brie perguntou tirando as palavras da boca de Florence, que estava prestes a fazer a mesma pergunta.
— Temos... — A voz, não tão firme, deixava uma dúvida na resposta. — Ele se preocupar comigo e... Com o Simon. — Completou ainda sem muito confiança.
— É, parece mesmo. Ele não tira os olhos de você. — Florence concordou.
— As vezes ele é um pouco superprotetor demais — Justificou. — Vou pegar mais vinho — Avisou se levantando e indo em direção à mesa de bebidas, fugindo daquelas perguntas.
O baile estava longe de acabar e mais um pouco de vinho seria bem vindo, diferente de algumas companhias que poderiam ser evitadas.
— Uma ótima noite, não acha?! — Christopher surgiu atrás de Scarlett, alcançando um copo para enche-lo em seguida. A proximidade dele a fez sentir um arrepio na espinha.
— Poderia ser melhor sem seus olhares. — Acrescentou, se afastando um pouco dele, enchendo seu copo de vinho — Não preciso reforçar mas, todos estão comentando.
— Sobre os meus olhares ou sobre esse vestido? — Provocou a olhando de cima abaixo.
— Estão comentando sobre o vestido? Achei que só os seus olhares indiscretos fossem motivos para falatório. — Ela sorveu um gole da bebida que, por acaso, era do mesmo tom do vestido de Scarlett.
— Estão comentando como você está linda. — Respondeu de mau humor.
— E o que você acha disso?! — Instigou.
— Não posso discordar dos comentários, mas quero matar todos os homens que abrem a boca para falar sobre você. — ameaçou.
— Bom, infelizmente, você não poderá realizar esse desejo, vossa graça. — Zombou, olhando a orquestra se organizar para a próxima música.
— Me concede essa dança, milady?! — Convidou ao ouvir os primeiros acordes, sinalizando que a próxima música seria uma valsa.
— Você deveria convidar a Hayley para isso. — Recomendou saindo de perto dele, mas Christopher foi mais rápido e entrou em sua frente.
— Sabe que não pode recusar, ainda mais um pedido de um parente. — Suplicou com um sorriso encantador. — A música vai acabar e não saímos daqui. — Insistiu — Por favor. —Aceitando a mão que ele oferecia, ela concordou em dançar com ele. — Obrigado.
— Não me agradeça, só aceitei para não acharem que eu estou te evitando — Explicou, enquanto ele a conduzia para o meio do salão. Ela colocou os braços pelo pescoço dele e Evans fez o mesmo a enlaçando pela cintura. — Não sorria assim, estou fazendo isso...
— Por decoro, eu sei. — Completou, já sabendo que aquela seria a resposta.
Poderia ser apenas por decoro, mas o coração palpitando mais forte era pelo que tinha sentido mais cedo com o beijo. Apesar da indiferença, seu coração ainda batia de forma desesperada por ele, também pudera, tinha uma mini cópia dele em casa dormindo calmamente.
Ficar perto daquele jeito não ajudava, o cheiro dele a inebriava, o calor do corpo dele desviava toda a atenção de qualquer coisa. Conseguia sentir o hálito de menta, mesmo que ele ainda estivesse com a boca fechada e ela torcia para não abrir, porém naquela noite a última coisa que ela tinha era sorte.
— Seu perfume está mais doce ou é você?! — Disse galanteador, bem próximo do ouvido dela.
— Não deveria falar assim comigo. — O censurou, tentando desviar sua atenção dele.
— Por que não?! Não gosta? — Desafiou.
— Não, não gosto e porque você não deveria estar tendo esse tipo de conversa com a sua cunhada. — O repreendeu mais uma vez.
— Para quem não está gostando, está bem próxima. — Notando que a cada passo ela estava mais próxima, ele percebeu que Scarlett ficava mais perto. A loura se limitou a revirar os olhos e aproveitar a dança, mas não muito.
Os passos iam passando assim como a música que chegava ao fim e aquele momento também.
— Foi uma ótima dança. — Elogiou ela ao fim da dança.
— Tive uma ótima parceira. — Sorriu. — Obrigado.
Scarlett se limitou a sorrir e se afastar, o máximo possível para não se render a louca vontade de não desgrudar dele. Apesar de tudo, ela ainda estava apaixonada.
☆ ☆ ☆
O baile ainda seguia noite a fora, mas para Scarlett já era o suficiente. Ainda eram duas da manhã e os convidados ainda se divertiam bebendo, comendo e ouvido as músicas, provavelmente ficariam até o sol dar o se da graça na manhã seguinte. Depois de uma última dança com Samuel, ela deixou o baile, não estava cansada, mas depois de dançar com o Conde, ela se sentiu um pouco mal. Gostava dele, mas não na intensidade que deveria.
— Todos os casamentos são assim! — Se repreendendo ao mesmo tempo que tentava se consolar, ela voltou a sua atenção para o espelho, continuando a se admirar.
Scarlett ainda não tinha tirado o vestido que causara tantos arrepios nos homens, principalmente em Christopher, naquela noite. Ela se sentiu realmente incrível, como se nada pudesse atingi-la. Adorou os olhares cobiçosos sobre ela e o leve falatório dos homens, não só pelo alvoroço que tinha causado, mas por ter tirado Christopher, ainda mais, dos eixos.
Ela podia ver, sentir, era palpável o desejo nos olhos dele. Os punhos fechados, o maxilar trancado e a respiração pesada. Scarlett o conhecia, sabia quando a desejava, saboreou aquele olhar por tempo o suficiente e conhecia bem quando estava a ponto de loucura para ataca-la. A dança só a ajudará a perceber aqueles detalhes, como ele discretamente tentava ter um pouco mais dela, sentindo seu cheiro, os dedos a acariciando a cintura.
— Scarlett, esse caminho é perigoso demais — Se repreendeu pelo rumo que seus pensamentos estavam indo. Obviamente ela também o desejava, porém ele não era mais seu, tinha feito sua escolha e Hayley era a nova duquesa.
Aquela noite, no baile, enquanto dançavam, poderia ser considerado como uma despedida. Assim que se casasse com Samuel, poderia dar tchau a qualquer contato diário com Christopher. Pelo menos fora da temporada e em datas comemorativas.
Afastando esses pensamentos ela seguiu para sua penteadeira para tirar o ruge que tinha usado aquela noite. Ela tinha passado um pouco do pó vermelho para realçar as bochechas. Como a "maquiagem" era pouca, logo seu rosto estava livre do leve tom de vermelho. Retirando os brincos, anéis, pulseiras e colares, Scarlett se atentou ao cabelo, tirando quilos e quilos de grampos, e se torturando com o pente em seguida para desfazer os emaranhados do creme. Os lavaria no dia seguinte.
Voltando ao espelho, sem parte de todo aquele glamour, do cabelo, maquiagem e joias, ela ficou admirando seu reflexo, ela tinha realmente gostado daquele vestido.
Com um pouco de pesar, ela levou as mãos as costas do vestido para alcançar o cadarço do espartilho, quando ouviu o barulho estrondoso da porta de seu quarto abrindo.
— Mas quê...? — Se assustando com o que acontecia, Scarlett já estava pronta para gritar com quem quer que fosse, menos ele. Um sorriso presunçoso surgiu em seus lábios apesar do susto— A que devo a honra, tão exaltada, da visita, vossa graça? — perguntou levando uma mão ao peito, tentando acalmar o coração.
— Quer me enlouquecer, Scarlett, é isso? — Christopher esbravejou entrando no quarto e fechando a porta atrás de si. Apesar de ter mantido a “calma” durante o baile, estava realmente com vontade de bater em cada homem que a elogiara aquela noite, que a cobiçara. E, para brindar a noite, a forma com que ela dançara com Samuel antes de ir embora, foi o suficiente para querer joga-lo pela janela mais alta daquele casarão em que estavam.
— Com certeza essa não é minha intensão, vossa graça. — Respondeu tentando sua melhor cara inocente. Ela deveria fazer aquilo?!. — Por que? Fiz alguma coisa?
— Scarlett... — Aquele tom, ah aquele tom! Ela conhecia tão bem, foram noites e mais noites o ouvindo chamá-la com a voz rouca e arrastada pelo desejo, e como ele a desejava naquele momento. — Eu quero uma explicação — exigiu.
— Sobre? — Quis saber ela, arqueando uma sobrancelha. Era só o que faltava, ela precisar explicar as vestes que usaria em algum evento social.
— Que diabo de vestido é esse?! — respondeu exasperado apontando o vestido.
— Como você mesmo disse, um vestido. — respondeu calma — Se era essa sua dúvida, vossa graça, você já pode se retirar — apontou para a porta — Estou exausta depois do baile de hoje e, apesar de ser um lindo vestido, e só um vestido, eu adoraria tirá-lo para dormir. — Com o mesmo tom calmo ela passou por ele, resistindo a todas as vontades de seu corpo de beijá-lo e abriu a porta.
Christopher ficou estagnado onde estava, observando a mulher a sua frente e, por Deus, maldita hora que tinha se deixado levar por Hayley. E o que estava acontecendo com Scarlett para agir daquele jeito? Ele não sabia o que era, mas ela o deixava enlouquecido.
— Eu sei que é um vestido, petit, mas por que diabos este tom de carmim? — Trincando os dentes, ele tentou ser mais claro e voltou a se aproximar dela.
— Bem, porque quando fui a modista achei o tecido e a cor muito bonitos. — Tentando segurar o riso, porque para ela a situação estava hilária. A expressão dele se tornava cada vez mais indignada a cada resposta dela — Se já respondi todas as suas perguntas. — voltou a apontar a saída para que ele passasse por ela.
— Querendo se livrar de mim, Scarlett?
— Estava tentando ser sútil, mas aparentemente não funcionou. — comentou irônica.
— Esperando alguém? — deduziu com um sorriso maldoso e a expressão alegre que ela sustentava morreu.
— Christopher, saia. Agora! — Ordenou apontando a porta mais uma vez. Aquilo já era ofensivo, sugerir que ela levaria outra pessoa para sua casa, enquanto o filho dormia a alguns quartos de distância já era demais. — Ficou surdo? — questionou quando ele não se moveu.
— Ainda não respondeu minha pergunta. — Insistiu dando alguns passos na direção dela, sentindo o cheiro do perfume dela ficar mais forte a cada passo.
[Erned It – The Weekend (Instrumental)]
— Realmente acha que eu traria alguém, na calada da noite, para casa com o meu filho dormindo no quarto ao lado? — Perguntou sentida e ele se sentiu a pior pessoa do mundo por ter sugerido aquilo.
— Não, meu amor, você não faria isso. — Afirmou se arrependendo das palavras. — Eu sei que não. — eles estavam muito perto, perto demais. O cheiro dele estava a tirando dos eixos e com ele acontecia o mesmo.
— Christopher, por favor, fora. — Pediu mais uma vez, sem a mesma firmeza de antes, tentando não se render ao perfume dele, ao calor que ele emanava.
— Você não quer que eu vá, não é?! — Disse convencido, erguendo o queixo dela de leve, confirmando o que dizia ao olhá-la nos olhos. Scarlett ficou muda, apenas sentindo o toque dos dedos dele em seu rosto. Tomando a falta de resposta dela como um sinal positivo, ele avançou sobre ela a beijando.
Correspondendo de imediato assim que sentiu a boca dele na sua, reconhecendo e se lembrando de todas as sensações que aquilo trazia, como tinha acontecido algumas horas antes na porta de entrada, Scarlett se permitiu sentir um pouco mais, constando o tamanho da falta que sentiu de estar nos braços dele, do toque dele, e se deixou levar, sem pensar no depois, sem se importar com Hayley ou o quão horrível ela se sentiria na manhã seguinte por estar com ele daquela forma, por estar o beijando e sendo beijada daquela forma. Ela apenas se deixou levar.
Perdida naquele beijo ela se sentiu como na primeira vez em que ele a beijou, que a tocou. Estava sem ar, sem voz, sem equilíbrio... Completamente fora dos eixos. Tanto, que se assustou ao sentir a cama atrás de si. Christopher sorriu ao perceber, parecendo recordar também a primeira vez dos dois.
— Vire-se. — Pediu ele, se afastando dela. Fazendo o que ele pediu, se virou e sentiu as mãos trêmulas dele alcançarem as cordas do espartilho — O quanto você gostou do vestido? — Perguntou apressado, a virando para ele de novo.
— Bastante e foi bem caro. — Observou com um pouco de medo do que ele faria.
— Eu juro que te compro outros, de todas as cores. — Disse ansioso, colocando as mãos no decote do vestido e o rasgando. Camada por camada, linha por linha, Scarlett viu seu vestido ser totalmente rasgado, sobrando apenas os frangalhos aos seus pés. Desfazer o laço do espartilho demoraria muito mais tempo e algo que ele tinha muito naquele momento, além de todo o desejo, era pressa.
— Christopher, eu vou ma... — Antes que ela pudesse completar a frase, ele atacou a boca dela e a colocou na cama, se deitando por cima dela. Scarlett gemeu entre o beijo, sentindo o membro dele fazer uma deliciosa pressão contra sua intimidade, mesmo ainda cobertos. Se atentando a esse detalhe, as mãos tremulas de Scarlett correram pelo peitoral de Christopher em direção as casas dos botões do terno de noite que ele usava desfazendo uma a uma, até abri-la e ter o peito nu dele livre para suas mãos.
— Que diabos! — Reclamou ele ao tentar tirar as ceroulas dela e encontrar certa dificuldade. A peça era diferente das tradicionais que sairiam com um simples puxão por serem presas a cintura por um cordão, entretanto, aquela tinha como sustentação alguns botões que ele estava com dificuldade de desfazer das casas.
— Precisa de ajuda, Christopher?. — Com a voz baixa e aveludada, ela ofereceu ajuda ao constatar a frustração no rosto dele por não conseguir abrir a peça. — Não se frustre, esse modelo é novo, e a menos que já tenha visto antes, nunca saberia tirá-lo. — Saindo de baixo do corpo quente dele, ela se levantou, ficando de pé fora da cama.
As mãos foram direto para a primeira fileira de botões da peça. A ceroula, de cintura alta para manter a sustentação, era de um tamanho bem menor do que as tradicionais, cobria apenas a parte do bumbum ao invés de cobrir até próximo dos joelhos, levava duas fileiras de 3 botões de cada lado da cintura, permitindo que a peça ficasse presa no corpo sem o auxílio de cordões. Christopher a observava realizar a tarefa com maestria, em poucos segundos os botões estavam abertos e parte da barriga dela exposta. Com o tecido fora de seu caminho, ele se lançou a ela mais uma vez, tomando sua boca.
O beijo era urgente, necessitado, exigente. Eles precisavam sentir as bocas juntas, sentir os corpos ainda conectados, precisavam um do outro. Christopher a deitou no meio da cama, ficando por cima dela. Sua boca abandou a dela e passou a beijar o rosto, seguindo para o pescoço e, antes que ele seguisse por aquela trilha de beijos, Scarlett o puxou sutilmente para cima mais uma vez, o beijando com gana.
Ela o deitou na cama, ficando por cima dele e o beijando da mesma forma que ele fazia com ela, enquanto retirava a camisa que ele usava e desafivelava o cinto de sua calça. Ele estava muito vestido e aquilo a irritava, queria sentir o calor dele direto da fonte, sem as roupas os atrapalhando.
Diferente da primeira vez em que estiveram juntos, Scarlett não era mais tão inocente, não tinha a mesma inexperiência, estava mais madura, mais decidida, e ele entendeu isso quando a mão dela invadiu a calça dele, tateando em busca do seu membro, ainda por cima do fino tecido de sua roupa íntima.
— Scarlett... — Um gemido sofrido e excitado escapou da garganta dele. Já estava muito excitado e ela o tocando daquele jeito não ajudava muito a prolongar o êxtase.
— O quê? — Apesar do ar inocente da pergunta, a mão dela continuava a trabalhar ativamente em sua intimidade — Estou fazendo algo que não gosta? Algo de errado Christopher? — Antes que ele pudesse formular uma resposta, a mão dela o apertou suavemente, o fazendo perder o fio de raciocínio. Scarlett tinha perdido boa parte do pudor aquela noite para aquele ato mais ousado.
Sentir o toque dele em seu corpo, os beijos em sua pele, o calor dele se misturando com o seu. Foi mais forte que ela, mais rápido do que ela conseguiu pensar. Só conseguia sentir e se deixar levar.
Quando roubou o controle daquela brincadeira, não conteve a vontade de tocá-lo, de beija-lo. Sentir que ele estava entregue a ela, pulsando e gemendo por ela, assim como ficava quando ele a guiava, a deixou ainda mais excitada, saber que aquele desejo era por ela e para ela, a deixava com ainda mais vontade dele.
A calça dele foi retirada e ela ficou um pouco perdida, nunca tinha tomado a iniciativa daquela forma. Ela o tocava, o beijava... Mas nunca conduzia totalmente. Estava perdida e completamente excitada. Christopher sorriu ao perceber que os olhos dela refletiam o que ela queria, mas o corpo não sabia como continuar. Ele se sentou na cama, a deixando com uma perna de cada lado de seu corpo, as intimidades de chocaram violentamente e ela não conteve o gemido.
— Eu cuido disso para você, petit — Garantiu, mordendo de leve o pescoço dela. Como ela ainda estava com a peça íntima, a mão dele invadiu a roupa a sentindo muito, muito, muito molhada. Seus dedos desligavam facilmente pela fenda quente e encharcada — Quanto tempo você iria aguentar nessa brincadeira, hein?! — Os dedos dele brincavam em sua entrada, sem adentrar, apenas insinuando com a ponta dos dedos.
— O suficiente — Respondeu entregue, se concretando nos dedos dele e em tirar o máximo de proveito deles. — Humm — A boca dele em seu seio e os dedos em sua intimidade, já eram o suficiente para levá-la a um orgasmo, o ápice estava bem próximo e ela podia sentir. Ele também chegaria a seu nível máximo apenas por vê-la e senti-la daquela forma, mas ele queria mais... Muito mais.
— Está quase, não é? — Instigou mordiscando a pele sensível dos mamilos. A resposta veio em um arquejo e arranhões em suas costas. Ele a levaria ao paraíso, com certeza faria aquilo, mas precisava estar dentro dela, precisava sentir com outra parte de seu corpo e não com os dedos.
Ele a afastou, a deitando mais uma vez na cama, e arrancou com um puxão bruto a única peça que cobria o corpo, fazendo o mesmo com a sua própria roupa íntima em seguida. Scarlett o olhou de cima a baixo, como uma vez já tinha feito, se ajeitou entre os travesseiros e afastou as pernas em um convite para que ele se acomodasse entre elas. Ela o teria daquela forma mais uma vez, mais aquela noite e nunca mais. Seriam um do outro mais uma vez, apenas uma noite.
Atendendo o convite silencioso, ele voltou a cama se posicionando entre as coxas dela, brincando com a ponta de seu membro em sua entrada e no ponto sensível do clitóris, as mãos de Scarlett correram para apertar os lençóis na tentativa de aliviar um pouco daquele tesão, mas não funcionou, só se dissiparia quando ele a invadisse, quando a tomasse e fizesse sua.
Quando ele já tinha se lubrificado o suficiente com o próprio prazer dela, Evans segurou a cintura da loura e começou a invadi-la lentamente. Eram quase três anos sem nenhum tipo de relação e era como ser virgem novamente, não chegava a doer como na primeira vez, mas era um pouco incômodo. Centímetro por centímetro ele se colocou dentro dela de forma lenta, tentando não deixá-la desconfortável. Quando estava todo dentro, Evans ficou alguns instantes parado para que ela voltasse a se adaptar a ele como costumava ser.
Scarlett podia servir muito bem toda a extensão dele, cada veia saltada em sua intimidade. Três anos sem ser tocada a deixou sensível e Christopher a preenchia de uma forma que ela não sabia se outro conseguiria. Mais relaxada, os leves movimentos do quadril sinalizaram que Christopher poderia começar a se mover e assim ele fez. Saindo totalmente e voltando, saindo totalmente e voltando, repetindo aquele ritmo algumas vezes até ter a confiança completa de que ela estava bem.
— Christopher! — Ele estava indo cada vez mais devagar e, por mais que ela estivesse gostando daquilo, daquela deliciosa tortura, precisava que ele intensificasse um pouco ou enlouqueceria.
— É o meu nome — Respondeu sorrindo, aumentando a velocidade do jeito que ela queria, fazendo com que a cama rangesse o corpo dela balançasse com a intensidade. A expressão de prazer e deleite que Scarlett tinha o fez repetir o movimento mais acelerado que foi acompanhado de um gemido que saiu do fundo do ser dela, demonstrando que o ápice estava mais que próximo.
Daquela forma ele também não aguentaria segurar por mais tempo. A mão que a segurava em uma das pernas, foi deslizando suavemente até chegar ao centro das pernas dela, encontrando o ponto sensível e o estimulando. Scarlett tentava não ceder tão fácil ao ápice, deveriam prolongar mais, mas ele a levava a loucura daquela forma.
Foi inevitável sentir a explosão em seu ventre, seu corpo todo se contraindo em uma gostosa convulsão de prazer. Realmente, os franceses estavam certos, era la petite mort, a pequena morte. Christopher foi em seguida, se derramando dentro dela, sentindo cada parte do seu ser se reduzir àquele pequeno ato.
— Ainda me mata — Comentou ele após minutos ofegastes, deitado ao lado dela. Scarlett se limitou a responder um “humm” e continuar deitada, apenas contemplando o maravilhoso orgasmo que acabará de ter. Os dois ficaram alguns minutos em silêncio, até que a loura sentiu uma mão dele percorrer sua coxa, chegando em sua intimidade — Sabe onde isso vai terminar, não sabe?! — Perguntou divertido a vendo afastar as pernas.
— Uhuum — Murmurou já entregue. Não queria pensar, só sentir. Pro inferno o que fosse acontecer na manhã seguinte.
Naquela noite todos da casa dormiram feito anjos, apenas dois diabinhos ficaram de travessuras.
Mas seria apenas aquela noite.
Autor(a): lety_atwell
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