Fanfic: O Duque e Eu 🔞 - Evansson - 2° Temporada | Tema: Scarlett Johansson, Hayley Atwell e Chris Evans, Evansson
07 de Julho de 1814
Inglaterra, Mayfair
Chá beneficente da alta sociedade Londrina
Scarlett e Simon
Londres ainda cultivava os raios de sol que aqueciam a cidade, fazendo com que uma quantidade maior de pessoas permanecesse na área urbana. Dessa forma, algumas senhoras organizaram um chá beneficente para arrecadar doações para algumas instituições de caridade, como alguns orfanatos da região, o que permitia a presença de crianças no evento.
Scarlett estava com o filho mostrando um laguinho, que na verdade era um tanque colocado no chão e cercado com várias plantas e flores, para distrair as crianças. Simon estava entretido olhando os peixinhos dourados que haviam na água.
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— O que acha de peixinhos no seu quarto? — A loura sugeriu sorrindo, observando o olhar atento e alegre do filho.
— Pode? — O pequeno se virou animado com a ideia, mostrando um lindo sorriso para a mãe.
— Claro — Afirmou e o rosto dele se iluminou ainda mais com a ideia, se virando mais uma vez para o lago Simon deu mais atenção aos peixes, pensando em qual nome daria aos seus.
— Gostaram do Laguinho?! — A sombra alta e a voz masculina fizeram Scarlett sorrir antes mesmo de se virar, já sabendo quem era.
— Observando os peixinhos — Corrigiu ela, se virando para o homem. — Boa tarde, senhor Clafin. — O cumprimentou sorrindo
— Boa tarde, senhorita — Retribuiu.
— Não esperava vê-lo no evento de hoje — Confessou. Realmente não esperava a quantidade de homens naquele evento beneficente.
— Apenas mulheres podem fazer doações? — Questionou arqueando uma sobrancelha de forma indignada
— Não, é q-que... — As palavras fugiram de sua mente e uma cor avermelhada começava a chegar a seu rosto.
— Calma, só estava brincando — ele a interrompeu rindo, a deixando de boca aberta.
— Deveria jogá-lo aos tubarões, senhor Clafin — ameaçou ainda indignada, apontando o lago. Samuel se inclinou um pouco para a direita para olhar o lago de forma irônica.
— São de fato tubarões muito selvagens e ameaçadores —Irônico o conde, com uma cara séria, encarou Scarlett que também tentava se manter séria, no entanto, ambos falharam miseravelmente e acabaram rindo. —Eu sei que homens não são exatamente o público dominante em eventos beneficentes, porém não podemos deixar de comparecer a um evento organizado pelas matriarcas da sociedade londrina — Justificou a presença de tantos homens no evento — Elas basicamente fundaram a sociedade.
As organizadoras Serafyna, Agatha, Cora e Celeste, eram as mais velhas da sociedade. Todos diziam que elas haviam fundado Londres como era e, muito provavelmente, enterrariam todos e dançariam em suas covas.
— Samuel! — Repreendeu tentando conter o riso.
— Não menti — Sorriu com um ar de inocência — Elas estão nessa terra a mais tempo que qualquer um possa contar — Continuou e Scarlett não se conteve, acabou rindo.
— Se alguém escuta as coisas que você diz.
— Irão concordar — Respondeu convicto. — Quantos anos ele tem — Apontando para Simon, que agora estava longe com Poppy que o pegara assim que Samuel se aproximou de Scarlett.
— Dois anos, correndo para os três — Contou observando o pequeno, correndo de Poppy em uma velocidade bem lenta para a babá que conseguia alcança-lo facilmente.
— Não quer que ele cresça, não é? — Questionou observando a expressão um pouco triste que ela tinha.
— Eu adoro vê-lo correr por aí, falando pelos cotovelos, pulando em mim... enfim, sendo criança. Mas eu adoraria que ele coubesse para sempre nos meus braços — Desabafou. — Claro que ele ainda cabe no meu colo, ainda assim, quando ele era menor era mais fácil ficar com ele mais que cinco minutos e não vinha acompanhado de “já chega mamain” — relatou imitando o pequeno, os dois riram.
— Você é a primeira mãe que eu conheço que reclama por não ter o filho tão perto. — Comentou achando graça. — Geralmente as crianças passam mais tempo com as babás do que com qualquer outra pessoa da família.
— É, eu sei que eu deveria ser menos apegada a ele, mas ele é o único elo com o pai dele que eu tenho — Contou com um longo suspiro. Samuel assentiu, parecendo entender o que ela queria dizer.
— Eu entendo — Concordou e Scarlett sorriu, mesmo que ele nunca fosse entender.
— Vai passar muito tempo em Londres? — Mudando de assunto, a loura colocou um sorriso no rosto e tentou voltar a tons mais amenos. Não que falar sobre o filho fosse algo ruim, mas entrar no campo da paternidade de Simon não era algo que ela gostasse muito.
— Mais alguns dias. A temporada esse ano vai ser bem mais longa, aparentemente — Comentou sorrindo de canto. — E você, vai ficar também?
— É a minha primeira temporada e até que está bem agradável — Analisou um pouco evasiva demais, mas com um sorriso misterioso.
— Isso quer dizer...?
— Que eu ficarei mais alguns dias também — Afirmou.
— Que bom — O sorriso dele se ampliou mostrando uma fileira de lindos dentes brancos e uma covinha fofa. — Posso presumir que na próxima semana ainda estará em Londres, certo? — Perguntou sondando as expressões dela. A loura assentiu, franzindo levemente as sobrancelhas, sentindo borboletas no estômago e uma onda de culpa em seguida.
— Algum motivo especial? — Questionou divertida fingindo, ou talvez não, analisá-lo.
— Posso ter algumas surpresas — Ele a encarou no fundo dos olhos e ela teve a sensação de que Samuel conseguiria ver no fundo de sua alma, que naquele momento não era um exemplo a ser seguido.
— Tenho certeza que, sim — Aquilo queria dizer que dali a uma semana ela estaria noiva, que Samuel estava disposto a estabelecer um compromisso e casar-se com ela.
Aquilo era bom, ótimo! Mas devido aos últimos acontecimentos, a confirmação de que ele pretendia desposá-la a assustava um pouco.
***
— Está com sorte hoje, Evans — Observou um senhor de forma divertida, virando um copo de uísque e apoiando o copo na ponta do taco de bilhar, enquanto Christopher acertava uma bola na caçapa.
— A semana toda, Brown, a semana toda — Evans o corrigiu, com um sorriso relaxado mirando um outra bola, já ponto para encaçapá-la.
— Sabe o que costumam dizer, não é, Christopher? Sorte no jogo... — Instigou o homem que esperava sua vez de jogar.
— Azar no amor — Completou, Evans, ainda com o tom descontraído sem se importar muito com a provocação.
— Acho que ele não está muito preocupado com isso, Brown — Robert debochou, enquanto esperava por sua vez de jogar também.
— A Duquesa, de fato, é uma mulher muito bonita — David Brown, o barão de Acton, tentou dizer aquilo da forma mais neutra e respeitosa possível. Não era novidade para ninguém, que apesar de ser um dos homens mais velhos ali presente, o Barão era um homem bem mulherengo que buscava quase todas as mulheres comprometidas da sociedade londrina e era sempre visto saindo dos bordeis, para desespero (ou não) da Baronesa de Acton.
— David, nós sabemos da sua reputação — Christopher comentou, erguendo o olhar da sua mira da bola — Eu sei que minha esposa é uma bela mulher — Concordou acertando a bola branca, mas errando a seguinte. De verdade, ele sabia que a esposa era muito bonita, não tinha nenhum receio em admitir aquilo, mas em comparação a uma certa loura de olhos verdes, a beleza de Hayley não era tão avassaladora.
— Acho que encontramos o ponto fraco do Duque, não? — Brown observou com um sorriso de canto, indo até a mesa e apoiando o taco na mesma, posicionando para jogar.
— Com certeza encontramos — Robert concordou falsamente, sabia em qual “duquesa” o amigo estava pensado. — Devo dizer que ela é loura, Evans? — Sussurrou, para que apenas o amigo ouvisse.
— Loura e de olhos verdes — Acrescentou com um sorriso largo e despojado no rosto. — Você a viu? Depois que ela foi para o jardim, não a vi mais — Comentou preocupado.
— Se está falando de Hayley, que é com que você deveria estar preocupado, ela está na sala de saraus. — Respondeu sabendo que não era sobre aquilo que Evans queria saber.
— Sim, eu a vi com as outras damas. Estou falando de Scarlett — Corrigiu.
— Gwyneth a viu com Samuel e Simon nos jardins — Contou contendo o riso, vendo o rosto dele ficar levemente vermelho. — Achou que ela sentaria e esperaria pela próxima noite com a vossa graça? — Questionou rindo.
Obviamente, Evans tinha comentado o acontecido com Scarlett uma semana antes, e Robert não sabia o que pensar. Para ele, Scarlett tinha “superado” Evans por conta de Samuel, mas depois do acontecido, só esperava que não voltasse a acontecer e que Samuel pedisse a loura em casamento o quanto antes. Não que Robert fosse contra a felicidade do amigo, só que as atitudes que tomamos tem consequências.
— O que eles faziam? — Ignorando a provocação, Evans já tinha planos para aquele taco em sua mão.
— O que acha que faziam ao ar livre com uma criança? — Rebateu. — De qualquer forma, eles se casarão em breve, não?
— Não se eu puder impedir — Garantiu, com o olhar focado. Robert sabia que Evans planejava algo, só esperava que não fosse um escândalo no meio de um evento beneficente.
Hayley
A sala de saraus estava até que interessante, melhor até dos que houveram durante a temporada social. Hayley estava sentada próxima ao pequeno tablado erguido para que aquele evento acontecesse, ouvindo atentamente cada uma das damas que se propunham a ler seu escrito ou de uma terceira.
— Você deveria ir, Hayley — Melina incentivou a filha, voltando a sentar-se a seu lado depois de ter ido buscar um copo de chá gelado.
— Apesar de escrever algumas coisas, não acho que esteja à vontade para compartilhar hoje, mamãe — Declinando a investida da mãe, a morena continuou a olhar um ponto fixo no palco. Mesmo sem olhá-la, Hayley sabia que a mãe a encarava de uma forma especulatória, procurando algo de diferente na filha.
— Você está diferente — Falou finalmente depois de ter analisado muito bem a filha. — Está fazendo algo de novo?
— Não, não estou fazendo nada de diferente — Franzindo o cenho, ela se autoavaliou por um instante pensando no que poderia ter mudado. A mãe continuava a avalia-la e Hayley se sentia como uma criança que fizera bagunça e não queria ser pega.
— Está grávida? — Finalmente imaginando o que poderia ter ocasionado a mudança que imaginara na filha, Melanie sorriu esperançosa.
— Não! — Foi a primeira reação que a morena teve, não estava grávida... estava?
— Sei que está tentando, pode ser que a hora tenha chegado — Reforçou esperançosa e Hayley ficou pensativa. Suas regras deveriam acontecer na próxima semana e duas semanas antes, Christopher e ela tinha dormido juntos. Então não era nada tão impossível, entretanto, com seu histórico dos últimos meses não algo muito confiavél — Então...? — Insistiu a mãe.
— Minhas regras devem acontecer na próxima semana. Não tenho sentido nada de diferente. Eu deveria? — Questionou agora pensativa.
— Bem, quando engravidei de você não me senti diferente por muito tempo, só notei a gravidez quando a barriga começou a crescer e você passou a chutas as minhas costelas. — Relembrou em tom de riso. — Se está em dúvida, espere alguns dias por suas regras. — Orientou calma, dando um sorriso encorajador para a filha, que retribuiu ainda pensativa.
— Acho que vou pegar uma bebida também — Hayley disse por fim, indo até a mesa que a mãe tinha ido a pouco. Ainda aera em seus pensamentos, ela não percebeu quando seu copo já estava mais que cheio.
— Querida, acho que o copo não aguenta mais a quantidade de liquido — Uma voz zombeteira surgiu atrás de Hayley, a despertando de seus pensamentos — Pensamentos longe? — Continuou a mulher.
— Oh! Eu nem percebi — Parando com a jarra e suco e a colocando de volta na mesa.
— Aqui — A ajudando com alguns guardanapos, a dama a seu lado estancou o pequeno derramamento de limonada. — Espero que os pensamentos sejam bons, para tanta distração. — Comentou com um sorriso encantador.
— Espero a mesma coisa — A morena forçou um sorriso e bebericou um pouco do liquido do copo — A propósito, eu sou Hayley — Se apresentou.
— Elizabeth — Retribuiu a outra.
As duas ficaram alguns minutos ali em pé, apenas conversando banalidades, até que uma senhora subiu ao palco para anunciar que começariam mais uma apresentação e que, para quem se interessasse, teriam um leilão no segundo andar.
Elizabeth se despediu, avisando que estaria no leilão caso o sarau ficasse entediante.
Scarlett
Deixando o jardim por um instante, a loura seguiu a procura de um banheiro. A conversa com Samuel estava tão boa e que ela não queria interromper, que quase não deu tempo de ir para o banheiro.
Andando pelo corredor vazio, Scarlett analisava distraída para os quadros que mostravam algumas paisagens de Londres que ela nunca tinha observado com tanta atenção em seu dia-a-dia. Estava tão distraída que quase teve um infarto ao ser puxada para uma saleta secreta.
Antes que a loura pudesse gritar, sua boca fora tapada e tinha sido prensada contra uma parede. Assim que a mão soltou sua boca, Scarlett estava pronta para gritar socorro, o aroma amadeirado, com uma leve nota de uísque invadiu as narinas dela e imediatamente ela soube quem era.
— Christopher, me solta — Esbravejou ela entredentes.
— Nós precisamos conversar — Intimou ele, passando a chave na porta, que na verdade era uma passagem entre dois quadros do rio Huston.
— Não temos nada para conversar — Esclareceu olhando em volta, procurando algum lugar para sair dali.
— Temos sim. — Rebateu emburrado — O que estava fazendo tão próxima do conde de Clafin? — Questionou autoritário e Scarlett precisou de um momento para pensar no que acabara de ouvir.
— As pessoas geralmente conversam quando estão interessadas umas nas outras.
— Não está pensando em levar esse cortejo a frente, está? — Perguntou de forma retórica, esperando que ela disse não.
— Christopher, pelo amor de Deus, essa conversa de novo? — Reclamou ela, cruzando os braços — Sim, iriei continuar a aceitar o cortejo de Samuel. Sim, nós iremos nos casar. — Afirmou convicta. — E, infelizmente para você, não a nada que possa fazer a respeito.
— Certeza? — Desafiou ele em um tom sombrio que fez a loura sentir um frio na espinha.
— Você não tem nada que possa me comprometer — Fingindo uma segurança. Ela sabia que ele não jogaria aos quatro ventos o acontecido de uma semana atrás, nenhum homem casado em plena consciência exporia uma traição. E, como Evans não parecia em pleno uso dessa parte de seu ser, caso ele resolvesse contar publicamente algo para arruiná-la, seria sua palavra contra a dele.
— Simon é um ótimo delatador — Comentou sem se preocupar. Simon parecia demais com Christopher, como não parecer eram pai e filho, a sorte era que Romain não ia muito a Londres e das vezes que ia, ficava poucos dias e não via muitas pessoas, o que dificultava o reconhecimento dos traços de Romain em Simon. Obviamente, naquele dia em especial, tinham observações sobre a aparecia do menino com o “tio”, mas nada muito alarmante.
— Vamos encurtar a história? — Disse cansada, aquela conversa já tinha acontecido algumas outras vezes e ela não estava muito afim de repetir — Christopher e Scarlett acabou quando você decidiu que iria propor a Hayley. Independente dos últimos acontecimentos, tudo entre nós acabou. Aceite!
Autor(a): lety_atwell
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16 de Julho de 1814Londres, MayfairScarlett A luz do sol entrava pela pequena fresta da cortina, avisando que o dia já havia começado e Scarlett já deveria se levantar. Mesmo que não estivesse com a menor vontade de sair da cama. De qualquer forma, poderia dormir mais alguns minutinhos, ninguém esperava que ela se levantasse tão ced ...
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