Fanfics Brasil - Cap. 1 Que Sorte a Minha Ter Você 🍀 VONDY (Adaptada)

Fanfic: Que Sorte a Minha Ter Você 🍀 VONDY (Adaptada) | Tema: VONDY


Capítulo: Cap. 1

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UCKER


                                                                                             São Paulo, meses atrás.


 A fumaça turva meus olhos, deixando-os ardidos. Preciso esfregá-los com força, machucando- os ainda mais. Os sons se misturam, barulhentos, patéticos, risadas fabricadas, gemidos ensaiados, música mal tocada e decadência.


 Minha garganta está seca, mas continuo a segurar o copo, sentindo meu estômago se revirar, a bílis subir. Engulo-a de novo com dificuldade; recuso-me a voltar a regurgitar na frente deles, recuso-me a expressar qualquer tipo de reação. Eles não são nada! Eles não são nada!


 Inspiro fundo a fim de controlar meu asco, porém, nessa ação acabo por aspirar o nauseante perfume que paira no ar. Minha testa sua, meu corpo pega fogo como se estivesse assando lentamente em brasa, a roupa me incomoda, as pessoas à minha volta me incomodam, não queria estar aqui.


Nunca quis! 


 Olho para o lado, e meus dedos se apertam contra o copo. Sinto ódio, revolta, vontade de gritar e, quem sabe assim, entender o motivo pelo qual tudo tem que ser tão fodido para mim. Lembro-me daquele olhar e me sinto mal por pensar só em mim. Não, não sou o único, e isso dói como se rasgassem meu peito.


 Uma mulher se aproxima, conversa, mas não escuto; há muito já não ouço mais nada além de mim mesmo. Ela se senta sobre mim, pernas abertas, coxas apertando meus quadris, enquanto sua bunda rebola sobre meu pau tentando o estimular.


Olho sua cara, sinto repulsa. A vontade de vomitar é ainda mais forte quando ela sorri e geme, tocando meu rosto, elogiando meus olhos. 


 Mentiras!


 — Ajoelha e chupa! — disparo, empurrando-a para o chão. A imunda sorri, sentada na podridão do chão respingado de conhaque, uísque e cerveja barata, confeitado com bitucas de cigarro. Suas mãos sobem pela minha perna, parecendo garras de alguma ave de rapina. Meu estômago se revira quando ela abre o zíper da minha calça e sua boca pintada de vermelho se abre em um sorriso frouxo antes de avançar sobre meu membro.


 A puta deve ter muita experiência no assunto, porque logo faz meu pau reagir à quentura de sua boca, à sucção constante e suas passadas de língua. Ouço a risada das pessoas à minha volta e fecho os olhos, travando os punhos para não explodir tão cedo, retardando o máximo possível a satisfação, cerrando os dentes, deixando o pensamento vagar, mas...


 “Puta merda!”


 Me sento na cama e recuo até a cabeceira, suado, apesar do clima frio de inverno, cabelos grudados na testa, respiração ofegante e coração disparado. Olho em volta, confirmando que não estou em nenhum puteiro, mas sim no meu quarto. Passo a mão pelo rosto e amaldiçoo o pesadelo.


 Sinto meu estômago tão embrulhado quanto estava no sonho. Jogo as cobertas para o lado, saio da cama e caminho até a porta da sacada do meu apartamento. Escancaro-a, deixando o vento frio baixar a temperatura do meu corpo, olhando para a Avenida Paulista toda iluminada lá embaixo.


 Eu escolhi viver perto do trabalho. Daqui do meu apartamento posso ver o prédio da Uckermann`s, vou e volto andando para casa, sem me preocupar com o trânsito infernal da cidade, tenho tudo à minha disposição aqui mesmo. Minha vida fora da empresa se resume a trabalho em casa e algumas trepadas ocasionais.


 Respiro fundo e saio para a sacada. O ar frio da noite arrepia minha pele quente. Lembro que estou sem camisa, trajando apenas a calça do único pijama que tenho – e que raramente uso – e confiro as horas. Daqui a pouco vai amanhecer, e minha rotina começará. Vou caminhar no Trianon antes de ir para a academia treinar e me arrumar por lá mesmo; em seguida atravessarei a rua, comprarei meu café puro, fumarei meu primeiro cigarro do dia e caminharei alguns metros até chegar à empresa.


 Como se despertado apenas pelo fato de ter pensado em trabalho, meu cérebro rememora a agenda do dia, com todos os prazos a cumprir e providências a serem tomadas. Eu aprendi a gostar do meu trabalho e a ser o melhor na minha área. Poderia ser apenas mais um Casillas Uckermann a viver do que a velha raposa construiu, como tios e primos vêm fazendo ao longo dos anos, mas não. Eu quis ser a porra do melhor advogado que essa empresa já teve e consegui ser!


 Entrei para a faculdade de direito obrigado pelo filho da puta do meu pai, pois essa, nem de longe, era minha primeira opção para seguir como profissão. Passei em um vestibular disputadíssimo, pois sempre fui estudioso, e comecei o curso por pura obrigação. O que eu não esperava era que eu dominasse naturalmente a porra do negócio e tivesse uma facilidade absurda para aprender.


 Houve uma época da minha vida em que acreditei naquela coisa de dom, achando que cada pessoa já nasce com suas habilidades para uma certa área, mas a faculdade de direito me fez descobrir que isso é pura balela. O que difere um profissional bem-sucedido de um fracassado é sua dedicação. Não adianta ser bom, tem que ser ótimo!


 Peguei meu diploma com honras na faculdade de direito mais velha e bem-conceituada do país e, no ano seguinte, já estava fazendo mestrado em direito imobiliário, estudando os casos da própria empresa junto ao diretor jurídico da gestão de Víctor – diga-se de passagem que o homem era um incompetente – e unindo teoria e prática.


 Apesar da pressão, não fui trabalhar na empresa assim que me formei, pois queria adquirir a prática na advocacia e para isso contei com a ajuda de um dos advogados que eu mais respeito até hoje, Raul Navega. Foram três anos aprendendo sobre contratos, indo para fóruns e tribunais, mexendo nas peças e criando argumentos. Saí quando fui aceito no programa de doutorado na área de negócios imobiliários nos Estados Unidos.


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Autor(a): marirbdforever ღ

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 Abro um sorriso ao me lembrar dos anos longe de todo e qualquer Casillas von Uckermann, da liberdade que senti por ser eu mesmo, sem influência de nenhum outro membro dessa odiosa família. Cinco anos inteiros sem tempo para pesadelos, recordações amargas e ódio. Só conseguia estudar, estudar e estudar, sobrando pouco – e m ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 206



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  • isabellearruda Postado em 03/10/2021 - 21:25:36

    Cadê você menina, ama essa história, ansiosa pela sua volta!!!

  • anne_mx Postado em 08/08/2021 - 16:17:56

    Cadê a continuaçãoooo...Uma das únicas fanfics que eu AMO ler <3

  • binha1207 Postado em 11/06/2021 - 12:39:12

    Você não tem noção da minha ansiedade da sua volta! Tô feliz pra caramba.... Continua vai..

  • nathalia_muoz Postado em 03/02/2021 - 00:21:12

    Holaaaa cuando vuelves????

  • binha1207 Postado em 07/11/2020 - 19:45:04

    Ansiosa por sua volta! Estava amando essa fanfic!

  • nathalia_muoz Postado em 30/10/2020 - 00:59:03

    Volta

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:15

    eu quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:06

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:41:58

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:40:44

    nao esquece daqui


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