Fanfics Brasil - Cap. 13 Que Sorte a Minha Ter Você 🍀 VONDY (Adaptada)

Fanfic: Que Sorte a Minha Ter Você 🍀 VONDY (Adaptada) | Tema: VONDY


Capítulo: Cap. 13

649 visualizações Denunciar


 Abro um sorriso de satisfação ao pensar em Theodoro e sua arrogância. Meu irmão acha que pode fazer o que quiser, jogar com a vida das pessoas sem lhes causar nenhum ressentimento, e, o melhor de tudo, descobri que essa mesma prepotência o deixa cego para certas situações, então, nada mais justo que me aproveitar de seus próprios defeitos para fazê-lo cair.


 A música acaba no exato momento em que termino de cortar a picanha, e coloco o prato com as fatias de carne no balcão de madeira que Mikk usa como mesa.


— O cheiro está bom! — meu primo elogia, sentando-se em uma banqueta, servindo-se de mais uma caneca de cerveja. — Como foi com a Dulce Saviñón?


 Quase engasgo com a pergunta e o olho puto.


— Esse assunto indigesto justo agora?


— Ucker, em algumas semanas estarei de férias, e quero poder aproveitar esse tempo sem nenhuma questão ainda por solucionar.


 Dou de ombros.


— Não chegamos a lugar nenhum ainda.


 A verdade é que chegamos, sim! A esquentadinha me mandou tomar naquele lugar, e eu a mandei para a puta que pariu. Claro que não falamos essas coisas assim, diretamente na cara um do outro, mas, se me pedissem uma síntese da nossa conversa anteontem, se encaixaria perfeitamente. 


 Tive que pedir o endereço dela no RH, dirigi na hora do almoço – e quem mora em São Paulo sabe que é umas das piores horas para se pegar trânsito – até a Vila Mariana, engoli meu orgulho e me identifiquei para o porteiro.


 Nunca teria ido atrás dela por vontade própria, mas não estava disposto a perder o apoio e amizade de Mikk por causa de uma rusga com uma funcionária. Se fosse Theo quem tivesse pedido, eu o mandaria se foder, mas eles agiram direito e me acertaram no calcanhar de Aquiles ao ser Mikk a conversar comigo sobre a “importância” da pequena abusada na empresa.


— Doutor, sinto muito, mas dona Dulce não permitiu sua subida.


 Bufei de raiva, sentindo meus pés coçarem de vontade de virar as costas para toda aquela baboseira e voltar para o carro. No entanto, mais do que minha impaciência por estar ali, aquela mulher despertou a raiva por eu ter sido dispensado sem nem ao menos ter falado nada.   


Quem ela pensa que é?, pensei indignado.  


— Teria como eu falar com ela pelo interfone?


 O porteiro ficou um tempo sem saber o que fazer até, talvez por ter se sentido pressionado, abrir o portão e permitir minha entrada em sua cabine, onde me estendeu um telefone.   


— Oi, Joca, aquele mala ainda está aí?


 Dei uma risada sarcástica ao telefone.


— Aquele mala é quem está falando com você.


— Merda! — Bateu o interfone na minha cara, mas, antes que eu devolvesse o aparelho ao porteiro, ela voltou falar: — O que você quer aqui afinal? Sabia que posso enquadrar isso como assédio e perseguição? 


— Pode ficar tranquila, que você seria a última mulher no mundo que eu iria assediar ou perseguir, pelo menos não com intenção de sexo — falei rudemente com ela. — Vim aqui para termos uma conversa civilizada como dois adultos, mas, já que a nervosinha vai me fazer conversar pelo interfone, dane-se! Vim dar meu recado e não vou sair daqui até cumprir minha missão.


— Poderia muito bem ter economizado nosso tempo se, ao invés de fazer esse discursinho ridiculo, tivesse dito logo para que veio aqui perturbar minha paz.


 Eu já tinha ensaiado um discurso bonitinho sobre não deixar nossas questões afetarem a Uckermann's, que, mesmo não nos suportando, deveríamos unir esforços em prol da empresa e blá-blá-blá, mas, sinceramente? Nunca fui a porra de um falso e não iria começar naquele dia.


— Querem você de volta ao trabalho — decidi ser direto.


— Querem? — Ela riu. — Você, pelo visto, não está incluído nisso. 


 Bufei de raiva, apertei o fone e dei a resposta que ela merecia:


— Você é petulante, uma boca suja, insubordinada; por que eu deveria querê-la de volta? Aposto que encontro, em uma hora de anúncio, um currículo tão bom ou melhor que o seu.


 Dulce María riu de novo.


— É assim que você é em um tribunal? Admiro que ainda ganhe alguma ação! — Ela respirou fundo e disparou. — Não.


 Perdi a paciência.


— Não vou oferecer de novo, essa é sua última chance.


— Foda-se!


 Em seguida ao xingamento, a comunicação foi cortada.


 O porteiro parecia ter visto um fantasma, estava branco como cera de vela e com os olhos esbugalhados como se fossem se atirar das órbitas. Admito que nosso tom foi exaltado, gritamos um com o outro no interfone, e, sim, eu deveria ter tido mais bom senso e paciência para conseguir convencê-la.


 Acontece que aquela pequena marrenta me tira do sério, e são poucas as pessoas que possuem esse poder de me levar ao limite da irritação. Geralmente eu envio olhares afetuosos, risadas cheias de ironia e uma expressão debochada aos meus interlocutores, mas não para ela.


 Mikk já mudou de assunto enquanto eu relembrava a conversa com a gerente irritadinha. Ele conta detalhes da rota que irá fazer a partir do ano novo, e eu finjo interesse, mesmo que minha cabeça só pense em como fazer para convencer Dulce María a voltar para a empresa antes da viagem dele.


---


 Depois que cheguei da visita ao Mikk, tomei um longo banho, vesti a calça do pijama e me estiquei no sofá procurando qualquer programa de esportes que pudesse encontrar. Me servi de uma dose de bourbon, acendi meu cigarro – não fumei na casa do meu primo porque ele deixou o fumo há algum tempo – e fiquei trocando os canais da TV.


 A verdade é que eu deveria ter saído do banho e deitado na cama, mas estava à espera de Caprica para um prazer antes de dormir.


 Minha “companheira” virtual andava sumida, havia três dias não me mandava mensagem, nem mesmo respondeu às últimas que mandei do terraço da Uckermann's antes de ser atacado pela doida dos hunters.


 Nunca imaginei que estava tão acostumado às nossas conversas, mas admito que estou. O anonimato me permitiu ficar mais solto, deixar um pouco minhas defesas de lado. Naquele chat eu sou qualquer homem que ela imaginar, sou instrumento do seu prazer e das suas fantasias, não há expectativas ou mesmo cobranças, e isso é libertador.


----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): marirbdforever ღ

Este autor(a) escreve mais 8 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

 Eu não conseguiria manter tanto tempo de conversa com ela – já vai completar um ano – se fosse diferente disso. Não mantenho relacionamentos, apenas faço sexo quando a vontade bate. Quando isso acontece, contrato prostitutas, a melhor forma de se obter o que se quer sem nenhum tipo de vínculo e de forma sincera. Eu sei o q ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 206



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • isabellearruda Postado em 03/10/2021 - 21:25:36

    Cadê você menina, ama essa história, ansiosa pela sua volta!!!

  • anne_mx Postado em 08/08/2021 - 16:17:56

    Cadê a continuaçãoooo...Uma das únicas fanfics que eu AMO ler <3

  • binha1207 Postado em 11/06/2021 - 12:39:12

    Você não tem noção da minha ansiedade da sua volta! Tô feliz pra caramba.... Continua vai..

  • nathalia_muoz Postado em 03/02/2021 - 00:21:12

    Holaaaa cuando vuelves????

  • binha1207 Postado em 07/11/2020 - 19:45:04

    Ansiosa por sua volta! Estava amando essa fanfic!

  • nathalia_muoz Postado em 30/10/2020 - 00:59:03

    Volta

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:15

    eu quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:06

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:41:58

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:40:44

    nao esquece daqui


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais