Fanfics Brasil - Cap. 21 Que Sorte a Minha Ter Você 🍀 VONDY (Adaptada)

Fanfic: Que Sorte a Minha Ter Você 🍀 VONDY (Adaptada) | Tema: VONDY


Capítulo: Cap. 21

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 Respira fundo, Dulce! Você tem que mostrar a ele que voltou porque precisam de você, tem que demarcar seu território e fazê-lo enfiar o rabo entre as (longas, muito longas) pernas.


 Balanço a cabeça e desvio o olhar o homem. Eu sei que ele é irritante, mas poxa! A natureza não contribuiu em nada fazendo-o tão grande desse jeito. Chama a atenção de qualquer uma, e eu não sou de ferro, gosto de coisas espalhafatosas.


 A simples presença de Ucker na sala já é suficiente para baixar o ânimo de toda a equipe que, até poucos segundos, confraternizava livre e sem nenhum constrangimento. Nem mesmo quando o CEO esteve aqui, eles ficaram emudecidos, mas o diretor jurídico da empresa tem esse dom, essa aura pesada que escurece tudo à sua volta.


 Seu sorriso é capaz de iluminar qualquer escuridão!


— Olha só quem resolveu nos dar o ar de sua graça! — Ele cruza os braços sobre o peito e abre aquele frio sorriso irritante. — Decidiu, enfim, baixar as orelhas e retornar ao trabalho.  


 Abro meu melhor sorriso, aliso a saia de linho ao estilo envelope que decidi usar hoje e o encaro. Não é fácil para mim, sou pelo menos 30 centímetros mais baixa que ele, mas, mesmo correndo o risco de ter a cervical travada, olho diretamente em seus olhos.


— Não graças ao seu poder de negociação, convenhamos! — Ele franze o cenho. — Por isso Theodoro é o CEO, e Mikk, o segundo no comando. Eles sabem negociar. — Pisco para ele. — Fica a dica!


— Você é muito abusada! Foi mandada embora e ainda volta insolente?


— Epa! Primeiro de tudo, não fui mandada embora, pedi demissão e, se lembro certo, bem na sua cara. — Ah, nada vai me tirar o prazer de ter jogado aquela água nele. — Depois, vocês foram atrás de mim, não o contrário, então quem tem que baixar a bola aqui é você. 


 Escuto um pigarrear leve, e Leonardo estende uma bandeja com salgadinhos para ele. 


— O doutor aceita? — pergunta.


 Basta só um olhar entediado do diretor jurídico para que Leo perceba que o homem não gostou de sua intromissão. Ele me oferece, eu nego com um sorriso, e, após isso, sai de fininho de perto de onde estamos, mas posso ouvi-lo dizer baixinho: “eu tentei, gente, seja o que Deus quiser!”


— Acho que precisamos esclarecer umas coisas aqui, já que voltou, senão você e sua equipe mudarão de andar. — Sua arrogância não tem limites, e eu ponho as mãos na cintura, esperando-o fazer seu discurso. — Eu sou superior a você não só na altura — dá um risinho debochado —, mas em hierarquia. Sabe o que é isso, não? Sou seu chefe. Modere seu palavreado comigo, dirija-se a mim por doutor e não questione minhas ordens...


— Que ditador! Alguém já te contou que a maioria igual ao doutor se ferrou? — Faço cara de assustada e tampo a boca, fingindo não ter xingado de propósito, mas depois rio. — Doutor Christopher, talvez o senhor não saiba, mas exigi algumas concessões ao voltar para a empresa, e, como sou indispensável para a Uckermann's, todos os meus pedidos foram aceitos. 


— Eu soube que conseguiu um bônus, mas seu cargo continua o mesmo, ou seja — ele faz um gesto com o polegar e o indicador indicando coisa pequena —, sou um diretor, e você, uma gerente. Coloque-se no seu lugar. 


 Respiro fundo três vezes, lembrando-me dos conselhos de Portnoy.


— Eu sei qual é o meu lugar. — Abro os braços e mostro a sala toda. — Aqui, e não vou sair. Os incomodados que se mudem. 


 Aproveito a deixa e aponto para a porta em um recado claro para que ele saia.


— Veremos, senhorita Saviñón.


 Ucker faz a irritante careta de desprezo que sempre dá quando quer colocar alguém abaixo de si e sai da sala. Homem miserável! Filho de uma mãe!


— Ei, tudo bem? — Leo toca meu ombro, e eu percebo que estou tremendo.  


 De que adiantou usar minhas botas vermelhas da Mulher Maravilha? O homem tem o poder de me tirar do sério, me fazer estremecer de raiva, de vontade de dar uns tapas naquela cara larga, morena e sensual.


 Aff!


— Estou bem — tranquilizo meu colega de trabalho. — Vou até minha sala para ver se me livro um pouco do ranço que aquele ser me causa.  


 Abro a porta da divisória entre as salas e entro em meu escritório. Imediatamente tantas lembranças boas vem à minha mente, tantos momentos de superação, de adrenalina nas alturas, que tudo o que sinto é gratidão por estar de volta.


 A negociação com Mikk foi por telefone, mas, há alguns dias, encontrei-o sem querer na fila do Starbucks. Eu estava mandando uma mensagem quando ele tampou meus olhos por trás e disse:


— Não sou o Ucker, não me mate!


 Eu gargalhei com sua brincadeira e o cumprimentei, feliz por vê-lo.


— Feliz Natal atrasado! — Abracei-o.


— Pois é, este ano ninguém deixou Papai Noel de chocolate nas mesas da Uckermann's. — Fiquei sem jeito por ele saber que era eu quem deixava os presentes para os funcionários. — Eu sei tudo, Dulce María, acredite nisso.


 Eu adoro o Natal, aprendi com meus pais. Mamãe enfeitava a casa toda, colocava luzinhas em volta de nossa casa, comprava enchimento de bonecas para simular neve e pendurava meias de lã – de verdade! – na maçaneta das portas e trinco das janelas. Papai era o responsável pela ceia, amava cozinhar e se vestia de Bom Velhinho todo ano para entregar meus presentes, também os das crianças dos abrigos em que eram voluntários.


 Era uma época cheia de risos, cheiros e sabores maravilhosos. Eu adorava os presentes, claro, mas amava a atmosfera festiva e as histórias de papai.


— Dulce María, que nome forte! — ele dizia. — Significa vencedora e doçura. Duas coisas ótimas! — Ele apontava para meu coração. — As duas vêm daí.


 Meus pais foram incríveis. Muito do que sou hoje, devo à educação simples, mas cheia de princípios que eles me deram. Uma das coisas que mais me orgulho de ter aprendido com eles foi sobre empatia. Mesmo não tendo muitos recursos financeiros, faziam questão de dividir com quem não tinha nada. Mamãe ajudava a vizinhança, acolhia as crianças mais pobres de nossa rua em nossa  casa, muitas vezes cuidava delas quando doentes e auxiliava as outras mães.


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Autor(a): marirbdforever ღ

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 206



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  • isabellearruda Postado em 03/10/2021 - 21:25:36

    Cadê você menina, ama essa história, ansiosa pela sua volta!!!

  • anne_mx Postado em 08/08/2021 - 16:17:56

    Cadê a continuaçãoooo...Uma das únicas fanfics que eu AMO ler <3

  • binha1207 Postado em 11/06/2021 - 12:39:12

    Você não tem noção da minha ansiedade da sua volta! Tô feliz pra caramba.... Continua vai..

  • nathalia_muoz Postado em 03/02/2021 - 00:21:12

    Holaaaa cuando vuelves????

  • binha1207 Postado em 07/11/2020 - 19:45:04

    Ansiosa por sua volta! Estava amando essa fanfic!

  • nathalia_muoz Postado em 30/10/2020 - 00:59:03

    Volta

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:15

    eu quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:06

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:41:58

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:40:44

    nao esquece daqui


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