Fanfic: Que Sorte a Minha Ter Você 🍀 VONDY (Adaptada) | Tema: VONDY
É que, mesmo decidido a não dar vazão à essa química, estou sendo atraído para ela e traído pelo meu próprio corpo de uma forma que não consigo deter. Por mais que eu saiba que ela, dentre todas as possibilidades que já tive, é a escolha mais complicada, não só por trabalhar na empresa da minha família, mas também pelo gênio de cão que tem, não consigo deixar de querê-la.
Fui até a sala dela para provocá-la, extravasar um pouco a frustração que estava sentindo por ter perdido a fantasia da Caprica. A culpo por isso, por ter eliminado minha diversão, por ter matado a fantasia da mulher que podia ser qualquer uma e que, agora, só consigo enxergar como sendo ela mesma.
Não queria isso, não quero um envolvimento, mesmo que sexual, com ela. Porém, em contradição a esse meu não-querer, só penso em como seria meu corpo junto ao dela, na nossa diferença de tamanho e na forma com que eu conseguiria envolvê-la totalmente com meus braços, a ponto de ela sumir dentro de mim.
É uma fissura que nunca tive, uma fantasia nova que se revela no auge dos meus 36 anos de vida: envolver alguém com meu corpo, abrigar.
Tudo nela deveria me repelir, mas me atrai sobremaneira.
Tenho vontade de deixá-la trêmula de tesão de tal forma que não consiga se manter de pé naquelas botas de cano longo e coloridas que usa. É, admito, sinto um tesão absurdo por aquelas botas e imagino Dulce toda nua, usando apenas elas.
Quero dobrá-la, deixá-la implorando pelo prazer que só eu posso lhe dar, e... Cacete!
Fecho os olhos e balanço a cabeça, me repreendendo por estar perdendo o controle desse jeito. Eu não vou tocar nessa mulher! Não sou assim, não transo com quem conheço, não me envolvo, não posso! Espalmo as mãos na cabeça, os cabelos deslizando entre os dedos, buscando um jeito de retomar minha frieza e controle.
Não me interessa como vou fazer – por mais que eu mesmo me traia, como aconteceu há pouco na sala dela quando decidi que trabalharíamos juntos no mesmo espaço, quando a provoquei com frases de duplo sentido e me imaginei transando com ela em cima daquela mesa meticulosamente organizada –, não vou tocar nela.
Me lembro de como ela piscou, brincou e tocou meu irmão caçula e de como reagi àquele gesto simples. Me senti puto, fervendo de raiva e indignado por ela ser cordial, amistosa e talvez até flertar levemente com Alex. Ela nunca me tratou daquela forma, nunca recebi um só sorriso como aquele ou mesmo fui alvo de qualquer brincadeira ou mesmo um ingênuo flerte.
Bufo de raiva por ter deixado que isso me afetasse, por ter sentido inveja do tratamento que Alex recebe dela, querendo eu mesmo ser o destinatário do sorriso e da piscadela.
Não vou tocá-la, porra! Já tomei a decisão!
Confiro as horas e entendo o motivo pelo qual o setor está vazio: hora do almoço. Não tenho fome agora – rio, pois tenho, mas não é de comida –, por isso me sento para voltar a trabalhar no arquivo no qual estava quando David me interrompeu para falar do primeiro retorno que tivemos na conta da Ethernium.
Abro meu e-mail, e qual não é minha surpresa ao receber uma mensagem da pessoa que mais estava aguardando nesse tempo todo! Leio atentamente a mensagem, marcando um encontro, e sorrio satisfeito por sentir que realmente vou ganhar um aliado na minha luta para dar ao meu irmão um pouco do mesmo veneno que ele nos deu anos atrás.
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Entro no restaurante da empresa quase às 15h para almoçar. Todos já estão de volta ao trabalho, mas, como estou mais interessado em comer uma proteína – coisa que eles sempre fazem na hora para mim – e uma salada, não tenho problema com o horário regrado para o bufê.
Ainda há alguns retardatários no refeitório, especialmente o pessoal que faz serviço de rua e que só deve ter chegado à empresa agora.
— Doutor, posso ajudá-lo em algo? — uma das moças que organizam a cozinha me intercepta ainda na entrada do lugar.
— Um grelhado e uma salada, coisa simples.
Ela assente e vai direto para a cozinha.
O refeitório foi uma ideia de meu irmão mais novo, Alex. O garoto, mesmo depois de tudo o que passou na mão de Víctor, ainda se mantém um idealista, cheio de ideias utópicas típicas de um membro do proletariado, não de um herdeiro de algo do porte da Uckermann's.
Quando Alex assumiu a K-Eng, eu achei que ele ia falir a subsidiária em tempo recorde, mas ele demonstrou ter tino para os negócios, além de ser um engenheiro muito bom. O garoto prodígio é como eu o vejo! Mesmo com o inferno que foi nossa infância e adolescência, ele conseguiu se manter são, deu a volta por cima diante de todos os problemas que enfrentamos, mergulhou nos estudos e acumulou prêmios e mais prêmios na área das ciências exatas.
Mesmo depois de ter sido expulso de várias escolas durante o ensino médio, não foi surpresa para mim ele ter passado em vestibulares para as melhores universidades de engenharia do país aos 16 anos. O menino era um gênio, mas, hoje, parece mais um sonhador.
Desde o começo não levei muita fé nesse modelo de fornecer a comida dentro da empresa. Os funcionários gostam de sair, ver “moda”, saber o que acontece além das paredes da Uckermann's, e a saída para o almoço era uma “desculpa” para fazerem isso. Ademais, a ideia foi perdendo a força, e o restaurante andou totalmente largado às traças, até que o CEO resolveu se juntar à ralé e começou a fazer refeições aqui.
Caminho para uma das mesas livres, mas meus olhos são atraídos por uma mulher miúda, com cabelos cortados abaixo dos ombros e com a nuca aparecendo, pois eles estão para o lado.
O que eu devo fazer? Me sentar o mais longe possível dela.
Mas o que estou fazendo?
— Refeição tardia também? — Sento-me à sua mesa, e ela me olha parecendo ver um fantasma. — Não me diga que está na modinha do jejum intermitente!
Dulce María respira fundo, termina de mastigar sua comida e me encara.
— Não estou, mas e você, está? Também está vindo comer tarde!
Nego e faço um biquinho.
— Não, geralmente como no horário, mas hoje algo de manhã me deixou com o estômago meio revolto. — Aspiro o ar perto dela, que enrijece o corpo. — Ah, seu perfume é muito doce, foi isso!
Seus olhos faíscam de raiva.
— Não me lembro de tê-lo chamado até minha sala de manhã e — ela olha em volta — nem de o ter convidado a se sentar na minha mesa agora. Então, se meu perfume o enoja, sinta-se à vontade para se afastar.
Ela aponta para a mesa mais distante de si, e eu rio.
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Autor(a): marirbdforever ღ
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— Não, Dulce María, não me enoja. — Fico sério. — Foi apenas uma provocação, não fique tão tensa. Pisco para ela da mesma forma que ela fez para meu irmão de manhã, e meu prato é servido. — Carne e folhas? De dieta, doutor? Corto um pedaço do bife, masti ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 206
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isabellearruda Postado em 03/10/2021 - 21:25:36
Cadê você menina, ama essa história, ansiosa pela sua volta!!!
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anne_mx Postado em 08/08/2021 - 16:17:56
Cadê a continuaçãoooo...Uma das únicas fanfics que eu AMO ler <3
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binha1207 Postado em 11/06/2021 - 12:39:12
Você não tem noção da minha ansiedade da sua volta! Tô feliz pra caramba.... Continua vai..
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nathalia_muoz Postado em 03/02/2021 - 00:21:12
Holaaaa cuando vuelves????
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binha1207 Postado em 07/11/2020 - 19:45:04
Ansiosa por sua volta! Estava amando essa fanfic!
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nathalia_muoz Postado em 30/10/2020 - 00:59:03
Volta
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taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:15
eu quero mais
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taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:06
quero mais
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taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:41:58
voltaaaaaa
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taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:40:44
nao esquece daqui