Fanfic: Que Sorte a Minha Ter Você 🍀 VONDY (Adaptada) | Tema: VONDY
Tenho falado com Caprica todas as noites – o que tem salvado meu saco de ficar preto e cair de tanto tesão acumulado – e, quando leio as mensagens dela, posso ouvir sua voz e reconhecer que ela escreve do mesmo jeito que fala.
Tenho observado como Dulce é com a equipe e visto o porquê de tantas pessoas dentro desta empresa gostarem dela. A mulher não esquece nada! Se um colega de trabalho comenta que está com dor de dente, dias depois ela ainda pergunta se ele já foi ao dentista; se alguém comenta algo do filho, podem se passar dias, mas a pimentinha lembra e indaga. Ela aproxima as pessoas e lhes dá atenção, mesmo em meio a todas as horas que se mantém trabalhando.
Não sei se isso é algo inerente ou se ela criou esse hábito para fazer essa imagem de mulher de negócios, mas afetuosa. A estratégia é inteligente, pois a equipe se mata para cumprir as coisas que ela pede, e nunca, até o momento, a vi falando mais incisivamente com nenhum deles.
A pimentinha guarda sua língua afiada para mim!
— E você ressaltou várias vezes que não precisa que eu me meta em todos os assuntos dos hunters — volto ao assunto e aponto para o computador dela. — Esse, a meu ver, é um assunto da sua gerência.
Ela se surpreende com minha resposta.
— Ora, ora... acho que nossa convivência está te fazendo mais inteligente! — Sorri debochada. — Mais algum tempo por aqui e quem sabe você vire uma pessoa de verdade!
Faço minha cara de tédio, que geralmente deixa engraçadinhos sem jeito, e ela gargalha.
O som da risada preenche o ambiente, e eu sou levado à nossa última conversa no chat do Fantasy.
“Pode esquecer, que não vou comprar isso dessa vez!”
Escrevi categórico quando ela me mandou a foto de um estimulador de próstata. Achei estranha a foto, pensei que ela queria que eu comprasse um vibrador para que usasse em si mesma, mas, quando pesquisei, me engasguei e cuspi meu caro e macio bourbon, negando em seguida a possibilidade de enfiar algo vibrando no meu rabo para saber se o prazer era mais intenso.
Foi nesse momento que ela enviou um “KKKKKKKK”, e eu pude ouvir, nitidamente, a mesma risada que escuto quando ela está com os amigos ou como a que emitiu agora.
“Está com medo de gostar muito, Portnoy? Não tem problema, isso não afeta sua masculinidade!”
Fiz uma careta, mas ri, imaginando sua expressão debochada e sua gargalhada alta ecoando pelo apartamento.
“Talvez possamos conversar melhor sobre isso quando você se dignar a me conhecer pessoalmente!”
Dei a cartada final, achando que, mais uma vez, ela iria correr, mas conseguiu me surpreender.
“Se prepara, então, estou pensando seriamente em fazer isso!”
Fiquei olhando para o celular sem entender aquilo, afinal, estávamos havia mais de um ano conversando, e ela nunca dera sequer esperanças de um encontro! Por que justamente agora?
“Oi? Não gostou da novidade?”
Não fazia ideia de como responder. Isso era tudo o que eu queria desde quando nos encontramos no aplicativo, mas agora, depois de descobrir quem ela realmente é, não sinto nenhuma vontade mais de ser outra pessoa. Voltei a ser o Portnoy para entender um pouco mais dela, porque, como Ucker, não temos nenhuma intimidade. No entanto, não tenho intenção de me encontrar com ela fingindo ser outra pessoa.
“Não sei se posso confiar nisso! Espero esse encontro há mais de um ano. Por que agora?”
Arrisquei a pergunta, mas ela desviou o assunto dizendo como gostaria de me encontrar, e acabamos em mais uma fantasia que terminou em puro prazer e uma satisfação questionável, pois a ideia de ela querer ver Portnoy não saía da minha cabeça.
Volto à realidade do escritório ao vê-la sair da sala, passando em frente à mesa que mandei instalar na segunda-feira de manhã. Foi uma delícia vê-la sem saber o que fazer, provocála por causa de seu atraso e deixar mais umas frases de duplo sentido no ar.
Eu sei que Dulce María sente a mesma porra de atração que sinto. Contudo, é muito mais controlada do que eu. Ela citou uma vez um tal Kaká, então presumo que possa buscar alívio nesse pau amigo, mesmo sendo eu a despertar seu tesão, e, por isso, não está tão necessitada quanto eu.
Bem, isso não verdade, porque tenho ainda contratado uma ou outra prostituta, senão a coisa estaria bem pior, e eu já a teria agarrado, deitado em cima dessa mesa e transado com ela até perder a razão.
Dulce María volta com duas xícaras de café nas mãos, para em frente à minha mesa, deixa uma e segue para a sua própria. Olho para a bebida fumegante, o cheiro maravilhoso invadindo o ambiente, e franzo a testa.
— Pode beber sem medo. É café, não veneno — informa, bebericando em sua xícara, com sua sobrancelha debochada erguida e um leve sorriso aberto.
Puxo a xícara para mais perto, mas ainda não a pego.
— Cuspiu dentro? — brinco, e ela quase se engasga.
— Como você é desconfiado! Ninguém nunca fez uma gentileza para você, não?
Rio.
— Algo me diz que não foi uma gentileza.
Ela dá de ombros.
— Não foi, é verdade. Foi mais um ato de proteção, afinal você estava aí sentado com uma cara de cachorro que caiu da mudança, resmungando igual ao Muttley — ela me encara —, o cachorro do Dick Vigarista, conhece? — Rolo os olhos e assinto. — Então pensei que um café bem forte poderia curar qualquer que fosse essa coisa que estava acontecendo contigo.
Pego a xícara e experimento a bebida, comprovando que não tem nada estranho mesmo com ela.
— Que atenciosa! — debocho.
— Eu sou atenciosa. — Abre um enorme sorriso. — Com quem merece, claro! Mas, no seu caso, foi somente por proteção mesmo. Não preciso de um advogado do seu tamanho andando mal-humorado pelo meu setor.
Bebo de novo e balanço a cabeça.
— Você é mesmo uma pimenta, Dulce María! — penso em voz alta.
Ela para de beber e fica um tempo estática, me olhando assustada, e eu tento lembrar se Portnoy já a chamou assim. Sinceramente, não lembro, então não faço ideia do motivo que a deixou assim.
— Espero que isso não seja uma ofensa — ela diz, e eu resolvo aproveitar o gancho.
— Não, pode ter certeza de que é um grande elogio. Eu adoro pimenta!
Pisco e volto a mexer na peça que estava olhando antes. Escuto-a soltando o ar devagar, meu corpo inteiro treme como se a respiração dela tocasse minha pele, sensual, carregada da eletricidade que sinto quando estamos próximos.
Preciso admitir, mesmo sendo um tanto inconveniente, é muito interessante estar vivenciando algo tão diferente de tudo o que já fiz. Com uma garota de programa ou uma desconhecida não há tempo para isso, é algo quase mecânico; aqui com ela, não.
É nitroglicerina pura, e eu não vejo a hora de poder explodir tudo!
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Autor(a): marirbdforever ღ
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 206
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isabellearruda Postado em 03/10/2021 - 21:25:36
Cadê você menina, ama essa história, ansiosa pela sua volta!!!
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anne_mx Postado em 08/08/2021 - 16:17:56
Cadê a continuaçãoooo...Uma das únicas fanfics que eu AMO ler <3
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binha1207 Postado em 11/06/2021 - 12:39:12
Você não tem noção da minha ansiedade da sua volta! Tô feliz pra caramba.... Continua vai..
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nathalia_muoz Postado em 03/02/2021 - 00:21:12
Holaaaa cuando vuelves????
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binha1207 Postado em 07/11/2020 - 19:45:04
Ansiosa por sua volta! Estava amando essa fanfic!
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nathalia_muoz Postado em 30/10/2020 - 00:59:03
Volta
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taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:15
eu quero mais
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taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:06
quero mais
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taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:41:58
voltaaaaaa
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taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:40:44
nao esquece daqui