Fanfics Brasil - Cap. 56 Que Sorte a Minha Ter Você 🍀 VONDY (Adaptada)

Fanfic: Que Sorte a Minha Ter Você 🍀 VONDY (Adaptada) | Tema: VONDY


Capítulo: Cap. 56

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 Cheguei na empresa puto e fui direto para minha sala na diretoria jurídica. Não queria encontrar Dulce María, não enquanto eu ainda estivesse fervendo de raiva. A vontade que tinha era de entrar naquela sala e a sacudir até que tivesse um pouco mais de senso e percebesse que, por mais que negasse, me queria tanto quanto eu a ela.


 Não bastasse aquela joelhada no saco no parque, a diaba teve a cara de pau de mandar mensagem para Portnoy dizendo que queria se encontrar com ele para transarem. Assim, logo depois de ter gemido na minha boca, cheia de tesão, ela mandou a porra de uma mensagem para outro homem o convidando para sair.


 Eu sei, vocês devem estar gritando comigo que o outro homem sou eu mesmo, mas, porra, ela não sabe disso! Então, sim, fiquei puto, não respondi e ainda arremessei meu celular contra a parede da sala e tive que comprar outro pela manhã.


 O que me leva à primeira merda do dia, pois, assim que liguei o aparelho, chegaram várias mensagens de Mikk me xingando e perguntando o que eu pretendia com o pedido de inclusão de pauta sobre Theo e Duda Hill. Respondi a ele que estava na hora de deixarmos de ser sombras do netinho amado, e ele, depois de me mandar tomar naquele lugar, me disse que preferia ser sombra do Theo a ser um filho da puta traiçoeiro.


 Fiquei puto por ele não me apoiar, afinal só se beneficiaria com a saída do atual CEO, mas é tão cego com essa mania de lealdade que não percebe que eu seria muito melhor do que meu irmãozinho mais velho.


 O resultado dessas duas situações foi uma noite azeda e uma manhã sombria, enfurnado na minha sala, sozinho, puto demais para falar com alguém sem berrar, então descontei minha frustração no trabalho e no cigarro.


 Mais tarde fiquei pensando nas mensagens de Dulce e seriamente tentado a marcar o tal encontro do sexo, deixar que ela fosse até algum motel e revelar que eu sou o Portnoy e encerrar todo o ciclo de mentiras – minhas e dela – de uma vez.


 Obviamente, não o fiz, e fiquei o dia todo trancado na diretoria jurídica, resmungando como um cão sarnento, frustrado e puto. Queria poder entender aquela mulher, o que queria, por que teve aquela reação depois do beijo mesmo correspondendo.


 Sinceramente, eu não entendia nada! A imagem que tinha dela não correspondia a tudo o que ela estava me mostrando, e isso, para alguém que se julga um ótimo avaliador de caráter, era alarmante.


 Já ao final do expediente da Uckermann's, entre 18h e 19h, recebi um e-mail de Viviane Lamour me convidando para uma conversa, pois, segundo ela, tinha coisas interessantes a me mostrar sobre meu irmão. Dei um sorriso cínico, pensando no que havia acontecido para que a mulher, que se mostrava tão resistente a me ajudar, tivesse mudado de ideia. Descartei a mensagem; já não me interessava mais, eu tinha conseguido coisa muito melhor para desgastar a imagem de Theodoro e sem a ajuda de ninguém, só dele mesmo.


 Assim que ele voltasse da Grécia, o Conselho se reuniria, e essa história pesaria contra ele, desde sua obsessão por comprar um terreno para o qual não tínhamos cliente ou projeto em vista, à compra de uma promissória prestes a vencer para ser cobrada de um espólio e o envolvimento dele com a herdeira, que culminou no pedido para sobrestar a ação de cobrança, gerando, assim, prejuízo.


 Theodoro fez tudo o que um diretor executivo não poderia fazer, misturar interesse pessoal com os da empresa. Exatamente o que Víctor fazia e que lhe custou sua cabeça.  


 David bateu à porta de vidro da minha sala, e eu fiz sinal para ele entrar.


— Doutor, o levantamento das legislações que me pediu para a conta Ethernium. — Ele deixou uma pasta em cima da mesa. — Mandei uma cópia para o servidor também. O doutor precisa de algo mais?


— Não, David.


 O advogado se despediu, e eu olhei para a pasta e decidi deixá-la na minha mesa lá na gerência de hunter. Enquanto ia, tentava me convencer de que não estava fazendo isso para ver a gerente esmagadora de bolas, que só queria deixar o documento junto aos outros que estavam lá e devolver os malditos óculos de sol que acabei levando comigo depois do beijo trágico no Trianon.


 Não vou disfarçar que fiquei decepcionado quando entrei e não a encontrei na sala. A mesa estava em perfeita ordem, como ela costuma deixar, o caderno de anotações fechado em um canto, o computador desligado e sua cadeira encaixada debaixo da mesa.


 Estranhei que ela tivesse saído mais cedo que o costume, deixei o documento e os óculos na mesa que usava e, quando ia sair, uma das recepcionistas tomou um susto ao me ver. Ela carregava um buquê de flores – em uma embalagem brega, cheia de corações – como se fosse uma preciosidade.


— Boa noite, doutor — cumprimentou-me sem jeito. — Acabaram de entregar para a Dulce, mas, como ela ainda não voltou da reunião... 


 Ah, reunião externa!, pensei ao estender a mão e pegar o buquê. A diaba vai voltar!


— Pode deixar, que eu mesmo entrego; provavelmente ainda estarei aqui quando ela retornar.  


 A moça sorriu.


— Ah, obrigada! Eu já preciso ir embora, então ia deixar na mesa dela.


— Pode ir tranquila, eu mesmo entrego.


 Fechei a porta praticamente na sua cara e fiquei analisando o arranjo. Eu não entendo nada de flores, muito menos de rosas, afinal, para quem eu mandaria algo assim?


 Cheirei as rosas, mas retorci o nariz por me lembrar do velório de minha avó materna, quando eu ainda era criança. Joguei o buquê de qualquer jeito em cima da mesa dela, então vi o pequeno envelope branco colado com durex na embalagem cafona e o puxei para ler.


 Eu sei que vocês vão dizer: ei, Ucker, ler correspondência alheia é falta de educação, além de ser crime! Foda-se, o envelope nem estava lacrado, então não houve violação, só indiscrição mesmo.


 Li a mensagem deixada por um tal Vinícius e lembrei que ela me disse, no chat online, que tinha ido para uma festa com o vizinho, mas que não se sentiu atraída. Ergui a sobrancelha e abri um sorriso, em um deboche competitivo cheio de testosterona, lamentando a perda de dinheiro e de tempo do meu companheiro de gênero.


 Se ferrou, vizinho!


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Autor(a): marirbdforever ღ

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 Já tinha colocado o bilhetinho de volta no envelope e estava tentando voltar a colá-lo na embalagem quando ouvi um barulho na porta e, na pressa, joguei-o no meio das flores.  Enfim, penso ao beber mais um gole do bourbon barato e de má qualidade, o resto foi o pandemônio que vocês já sabem. Perdi a cabeça, transei c ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 206



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  • isabellearruda Postado em 03/10/2021 - 21:25:36

    Cadê você menina, ama essa história, ansiosa pela sua volta!!!

  • anne_mx Postado em 08/08/2021 - 16:17:56

    Cadê a continuaçãoooo...Uma das únicas fanfics que eu AMO ler <3

  • binha1207 Postado em 11/06/2021 - 12:39:12

    Você não tem noção da minha ansiedade da sua volta! Tô feliz pra caramba.... Continua vai..

  • nathalia_muoz Postado em 03/02/2021 - 00:21:12

    Holaaaa cuando vuelves????

  • binha1207 Postado em 07/11/2020 - 19:45:04

    Ansiosa por sua volta! Estava amando essa fanfic!

  • nathalia_muoz Postado em 30/10/2020 - 00:59:03

    Volta

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:15

    eu quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:06

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:41:58

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:40:44

    nao esquece daqui


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