Fanfics Brasil - Cap. 58 Que Sorte a Minha Ter Você 🍀 VONDY (Adaptada)

Fanfic: Que Sorte a Minha Ter Você 🍀 VONDY (Adaptada) | Tema: VONDY


Capítulo: Cap. 58

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 Eu enxerguei o sexo como algo sujo por muito tempo. Sujo, doloroso, errado. Quando comecei a namorar, na adolescência, percebi que, ao contrário do pessoal da minha idade, eu não tinha a mínima vontade de ter minha primeira experiência, e, por isso, o relacionamento não deu certo. O garoto queria transar comigo, e eu sempre negava.


 Depois, já na faculdade, eu comecei a sair com um homem e já logo o avisei que teria que ter paciência, pois não estava pronta para ir para a cama com ele. Foi aí que comecei a terapia, depois de fazer vários exames hormonais a fim de entender minha falta de libido e nenhum ter mostrado problema, e tentei entender o que acontecia comigo.


 O Paco, meu namorado na época, foi superpaciente comigo e acompanhava o tratamento de perto, sempre querendo saber se podia fazer algo para ajudar. Um dia, depois de eu chegar da terapia um tanto desanimada, ele me consolou dizendo que não se importava com sexo, pois o que valia de verdade era o amor que sentíamos um pelo outro. Naquele momento, percebi outro fato alarmante sobre mim: eu não estava apaixonada.


 Eu nunca tinha estado apaixonada por ninguém!


 Terminei o namoro – não era justo ficar com alguém sem corresponder o sentimento – e tentei me entender antes de entrar em outro relacionamento, e o tempo passou sem que isso me incomodasse, sem que eu tivesse encontrado alguém que me fizesse querer mais do que beijos e abraços.


 Entrei no estágio na Uckermann's, conheci tanta gente bacana, inclusive um rapaz da TI que vivia dando em cima de mim, e a as meninas ficavam botando pilha para eu ficar com ele. Ficava apavorada apenas com a possibilidade de que todos descobrissem que eu era virgem, afinal, já tinha 25 anos, era independente e não poderia explicar meus motivos sem me expor.


 Foi aí que nasceu a personagem descolada, que não se prendia a ninguém e que tinha horror a relacionamentos amorosos. As meninas se divertiam com minhas aventuras sexuais. Era prático, eu saía à vontade com elas, avaliávamos os boys, falávamos besteiras, elas não tentavam me empurrar para ninguém na empresa, e eu não precisava inventar um namorado que um dia elas iriam querer conhecer.


 Jane, a minha terapeuta, nunca aceitou esse jeitinho que dei, pois disse que só arrumei mais uma forma de me esconder do problema, mas eu estava confortável com isso.


 Até conhecer Portnoy, embarcar com ele nas fantasias que sempre gostei de inventar, e o Ucker começar a me atrair.


 Eu sempre notei e admirei homens gostosos! Isso nunca foi falso ou fingido. Um dos motivos pelo qual descartei a possibilidade de ser lésbica – porque pensei nessa possibilidade – foi exatamente por homens bonitos e gostosos chamarem minha atenção. Eu achava Theodoro von Uckermann um charme; Ucker, deliciosamente sexy; Mikk, misterioso de um jeito que faz qualquer uma imaginar coisas sujas para ele; e Alex, do tipo para casar, com aquele rosto lindo e sorriso doce.


 Isso sem contar os outros homens que já apareceram aqui na Uckermann's e que deixaram as meninas babando, inclusive eu. 


 Porém, nunca senti meu corpo responder eroticamente a nenhum deles, exceto ao Christopher. Justamente com ele meu tesão aflorou, e agora estou na merda, sem saber como vou conseguir conviver com ele depois disso tudo.


 Peço um Uber para casa e, no caminho, mando uma mensagem para a Jane pedindo uma consulta urgente, e ela responde que me atenderá amanhã na hora do almoço.


 Me sinto apavorada apenas por pensar em como será enfrentar Ucker amanhã, e é assim que Verinha me encontra, no saguão do prédio onde moramos.


— Armaria, o que houve? — ela me pergunta antes mesmo de me cumprimentar.


— Nada... — Tento sorrir, mas meus olhos se enchem de lágrimas.


— E eu sou cega, oxe?! — Me puxa para dentro do elevador e me abraça. — Eu estou aqui, Dulce, pode contar comigo para o que precisar. Se não quiser falar, não fale, mas pode usar meu ombro ou meus braços para se sentir melhor.  


 Eu soluço, mesmo tentando me conter. Nunca gostei de contar meus problemas a ninguém a não ser para a Jane. Sempre me senti mal por lamentar algo, ingrata ou mesmo dramática, mas dessa vez preciso de alguém para me consolar, para estar ao meu lado.


 Chegamos ao nosso andar, e ela abre a porta do meu apartamento com sua cópia da chave. Kaká pula em minhas pernas, e eu o abraço. Meu cachorro percebe meu estado de ânimo e, ao invés de toda a festa que sempre faz, fica quietinho, me dando lambidas esporádicas como quem faz um carinho de consolo.


— Vou passar um café enquanto você toma um banho e põe um pijama bem confortável, visse? — Ela praticamente me empurra para o quarto. — Chore o quanto precisar, Dulce, o chuveiro leva embora as lágrimas e ajuda a amenizar qualquer dor. 


— Obrigada, Verinha.


 Ela assente e aponta para o banheiro.


 Faço exatamente o que ela sugere e me enfio debaixo da água morna, deixando o pranto rolar sem nenhuma trava, expondo meus sentimentos a mim mesma e rasgando o peito. Estou magoada, confusa e com raiva. Tenho vontade de gritar, de bater, ao mesmo tempo em que quero me encolher como uma bola e ficar em algum cantinho, quieta 


 Sinto ainda os efeitos do toque dele em mim, de seus beijos, do desespero de sua respiração, o orgasmo causado pela fricção de seu membro na minha entrada. Tudo tão perfeito como sempre imaginei que sexo seria, mesmo em uma rapidinha descontrolada. Porém, então vem à mente a lembrança do jeito como ele se afastou, eu tentando ainda suavizar a situação, fazer graça mesmo estando confusa e com medo de sua reação.


 O olhar dele mudou, seu rosto parecia transtornado, e, ao mesmo tempo em que estava ali comigo, parecia estar longe, vendo coisas, culpado e enojado por ter me desvirginado.  


 Saio do banho e coloco um pijama fresco e antigo, um dos últimos presentes de mamãe que ainda tenho. É como se eu pudesse sentir seu abraço, como gostaria de receber se ela ainda estivesse aqui.


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Autor(a): marirbdforever ღ

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— Beba! — Verinha me estende uma xícara, e eu provo o líquido quente e cheio de álcool. — O que você colocou aqui? — pergunto fazendo careta. — Conhaque. — Mostra-me a garrafa. — Fui lá em casa deixar o Kaká brincando com o Ferdinando e peguei a bebida. Vai ajudar. Bebe tudo. — J&aacu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 206



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  • isabellearruda Postado em 03/10/2021 - 21:25:36

    Cadê você menina, ama essa história, ansiosa pela sua volta!!!

  • anne_mx Postado em 08/08/2021 - 16:17:56

    Cadê a continuaçãoooo...Uma das únicas fanfics que eu AMO ler <3

  • binha1207 Postado em 11/06/2021 - 12:39:12

    Você não tem noção da minha ansiedade da sua volta! Tô feliz pra caramba.... Continua vai..

  • nathalia_muoz Postado em 03/02/2021 - 00:21:12

    Holaaaa cuando vuelves????

  • binha1207 Postado em 07/11/2020 - 19:45:04

    Ansiosa por sua volta! Estava amando essa fanfic!

  • nathalia_muoz Postado em 30/10/2020 - 00:59:03

    Volta

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:15

    eu quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:06

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:41:58

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:40:44

    nao esquece daqui


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