Fanfics Brasil - Cap. 88 Que Sorte a Minha Ter Você 🍀 VONDY (Adaptada)

Fanfic: Que Sorte a Minha Ter Você 🍀 VONDY (Adaptada) | Tema: VONDY


Capítulo: Cap. 88

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— Os conselhos que te dei. — Sorri de leve. — Eu nunca poderia imaginar que estava aconselhando alguém contra mim mesmo, e, quando você fez referência ao que te disse online, eu soube. A bem da verdade é que não entendi como não soube antes, mas acho que eu presto tão pouca atenção a alguns detalhes que não consegui ligar um ponto ao outro.


— Você quer dizer que não prestava atenção em mim antes de descobrir que eu era a mulher das suas transas virtuais. — Neguei, mas ela não me permitiu falar: — Logo depois daquele dia da reunião, tudo mudou, Ucker. Você me deixou trabalhar em paz, depois impôs sua presença na minha sala e começou com seu joguinho de provocação. — Ela arregalou os olhos. — Eu contei a você que estava atraída por você mesmo! — Dulce se pôs de pé, e eu fiz o mesmo e tentei segurá-la, preocupado com seu equilíbrio após o desmaio. — Você deve ter rido muito de mim!


 Foi nesse momento que eu percebi que ela estava levando tudo para o lado errado e que, se eu ficasse calado, seria pior. Então a segurei firme pelos ombros e tentei explicar da maneira mais clara possível.


— Não! Não ri. Eu fiquei desesperado no começo, cheguei até a cancelar a conta no Fantasy, porque já havia me sentido atraído por você, pela gerente irritadinha que me tirava do sério, e eu não queria envolvimento. Eu não faço isso! — Apontei para nós dois juntos. — Eu nunca fiz isso antes!


— Mas, quando soube que eu era a Caprica, quis fazer, não foi? Eu não sou ela!


— Eu sei! — falei um pouco mais alto que o normal e a senti se contrair. Busquei ar e me acalmei, baixando a voz: — Eu sei. No começo, eu via em você a mistura das duas. Você, Dulce, me excitava com seu jeito, me enchia de tesão com seu corpo, seu modo de vestir, e a Caprica era a minha musa, a ninfa do sexo, com quem eu achava que tinha afinidade total na cama, mesmo sem nunca ter transado com ela. Sim, no começo eu vi vocês duas, mas isso durou até nossa primeira vez lá no seu escritório.  


 Senti seus músculos trêmulos.


— Descobriu que eu era uma mentirosa e saiu correndo.


 Ri e neguei.


— Fiquei surpreso, sim, mas não saí de lá por isso. Eu fiz questionamentos sobre o motivo pelo qual você mentiu sobre sua vida sexual, mas não me fixei nisso, porque já não importava. — Senti um bolo na garganta. Nunca estive tão exposto a alguém como estava com ela naquele momento. — Eu segui você naquele seu encontro, não a fantasia de uma mulher que sabia tudo de sexo. Eu transei com uma inexperiente naquela noite; eu me dediquei ao seu corpo para nunca mais te machucar, porque não era mais a Caprica ali comigo, era você, Dulce María. A partir do momento em que tive você, a fantasia se desvaneceu, pois descobri que a realidade era muito melhor! 


 Dulce soluça, e eu a abraço forte contra meu corpo.


— Por que demorou tanto para me contar? — sua voz saiu abafada, mas consegui ouvi-la.


— Eu não sabia como contar e nem se devia.


— Então por que contou? Por que fez tudo isso hoje? Por que ressuscitou Caprica e Portnoy?


 Essa era a pergunta que eu temia que ela fizesse desde quando começamos a conversar. Era hora de dizer a ela quem eu era, como eu era e como o que estava acontecendo entre nós seria para mim.


— Porque eu jogo limpo. — Ela se afastou para me encarar. — Porque sempre fui sincero sobre o que queria ou não queria. Nunca transei com conhecidas, nunca tive um caso, um relacionamento fixo e, muito menos, estável. Há anos só faço sexo com prostitutas, porque entendi que era o melhor e o mais sincero a se fazer. — Dulce se afastou ainda mais de mim, puxando uma toalha que estava dobrada em cima da pia, e se enrolou nela. — Você é diferente, não sei o motivo, mas é. Eu não posso oferecer nada além disso — aponto meu corpo para ela — porque não tenho nada além disso. Eu quero... não, eu preciso de você, mas não posso prometer nada além do prazer que sentimos juntos. Eu seria cruel se deixasse você pensar que esse envolvimento entre nós pudesse se desenvolver. Não pode, Dulce, não vai, eu não sou capaz disso.


— Você me contou, então, porque queria que eu soubesse de tudo e fizesse a minha escolha sobre querer ou não o que você pode me oferecer?


 Concordei.


— Eu estou me permitindo viver essa nova experiência com você, e isso já é um passo enorme que dou, mas não posso ser irresponsável e te iludir, não vou fazer isso. — Apontei para meu peito. — Aqui não tem nada, nunca teve e nunca terá. Não sei o que é afeto, nunca o senti por ninguém.


— Triste, isso — Dulce disse baixinho. — Eu sinto tanto que chega a transbordar; tanto que preciso dividir, compartilhar e doar. Não imagino como seja passar uma vida sem conhecer o carinho, o afeto e o amor.


 Ela deixou a toalha de volta na pia e entrou no quarto. Eu a segui, ainda molhado, fazendo poças no chão, e a acompanhei vestir o vestido, procurar a calcinha, descartá-la quando viu que não tinha como usá-la e calçar as sandálias.


 Meu coração parecia querer sair pela boca, e o bolo que começou a se formar em minha garganta cresceu tanto que eu já não conseguia falar.


— Você acha que me falar todas essas coisas impedirá que eu sinta algo por você? — Ela riu, balançando a cabeça e pegou a bolsa. — Esse tipo de conversa só te serve como desculpa; primeiro, para sua consciência, caso eu venha a me apaixonar, e, finalmente, para o seu medo, pois te ajuda a continuar fechado, sem arriscar abrir o peito e sofrer. — Ela pôs a mão na maçaneta e me olhou. — Eu não sei fazer nada pela metade, Ucker. Nunca me apaixonei por ninguém e pode ser que nunca venha a me apaixonar, mas não é porque eu tenha meu coração fechado para a possibilidade, apenas porque nunca aconteceu. No entanto, quando acontecer, não vou ter medo e, mesmo se não for correspondida, saberei que sou capaz, e isso me fará ter esperança de um dia encontrar alguém que sinta o mesmo por mim. Eu não fecho as portas, elas estão abertas, qualquer um pode entrar, mas só alguém muito especial saberá permanecer.


 E, com essas últimas palavras, saiu para o corredor e me deixou sozinho dentro de um quarto frio de hotel, tremendo, gelado e me sentindo infinitamente só.


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Autor(a): marirbdforever ღ

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 Não voltei para a Uckermann's, tirei meu carro da garagem do prédio e dirigi por horas, pensando em tudo o que ela me disse, tentando avaliar o que senti. Cheguei em casa já havia anoitecido, comi qualquer coisa que tinha na geladeira, tomei um banho e me joguei no sofá, computador ligado, trabalho atrasado e a cabeça a mil, e, mesmo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 206



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  • isabellearruda Postado em 03/10/2021 - 21:25:36

    Cadê você menina, ama essa história, ansiosa pela sua volta!!!

  • anne_mx Postado em 08/08/2021 - 16:17:56

    Cadê a continuaçãoooo...Uma das únicas fanfics que eu AMO ler <3

  • binha1207 Postado em 11/06/2021 - 12:39:12

    Você não tem noção da minha ansiedade da sua volta! Tô feliz pra caramba.... Continua vai..

  • nathalia_muoz Postado em 03/02/2021 - 00:21:12

    Holaaaa cuando vuelves????

  • binha1207 Postado em 07/11/2020 - 19:45:04

    Ansiosa por sua volta! Estava amando essa fanfic!

  • nathalia_muoz Postado em 30/10/2020 - 00:59:03

    Volta

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:15

    eu quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:06

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:41:58

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:40:44

    nao esquece daqui


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