Fanfics Brasil - Cap. 94 Que Sorte a Minha Ter Você 🍀 VONDY (Adaptada)

Fanfic: Que Sorte a Minha Ter Você 🍀 VONDY (Adaptada) | Tema: VONDY


Capítulo: Cap. 94

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— Ah, tenho um pedido também! — Senta-se na cama. — Você terá que se livrar do Kaká.


 Eu não esperava por isso! Sério! Um relacionamento com ele é assim? Com imposições para se livrar do que não gosta em mim ou na minha vida? Nunca que eu abriria mão do meu cachorro, meu amigo e companheiro, por causa de qualquer pessoa!


— Não! — respondo indignada. — Por que eu deveria fazer isso? 


 Ucker me olha estupefato.


— Assumi que não manteríamos qualquer contato íntimo com outra pessoa, então, nada mais normal que você se desfaça do seu – seja o que for que vocês faziam – pau amigo!


 Oh, meu Deus!


 Começo a gargalhar sem conseguir me conter. Caio na cama rindo e me contorcendo, lágrimas saindo dos olhos. Certamente Ucker deve achar que fiquei louca.


— O Kaká... — tento explicar, mas não consigo. — Não é... — Seco as lágrimas do rosto. — Você conhece ele!  


 O rosto de Ucker fica ainda mais sombrio.


— É aquele “mamãe, tô forte” que foi contigo àquele restaurante?! 


— O quê? — Rio ainda mais ao perceber que ele confundiu o Vinícius com o Kaká. — Não! — Levanto-me e abro a porta. — Kaká! — chamo alto, e o yorkshire terrier pula em cima da cama, com o rabinho agitado  de alegria. Pego-o no colo e o coloco na altura dos olhos de Ucker. — Ucker, conheça o famoso Kaká! 


 O homem arregala os olhos, encara o cãozinho, depois me olha e, então, começa a rir.


 


UCKER


— É, meu companheiro, nós somos os madrugadores, pelo visto! — comento com o cachorro ao vê-lo fazer seu xixi em uma espécie de tapete, enquanto eu mesmo mijo e dou descarga no vaso sanitário. O cão empertigado, ainda um pouco sonolento, volta para sua caminha no chão do quarto de Dulce, roda e volta a se deitar.


— Preguiçoso! — provoco-o indo para a cozinha.


 Confiro as horas; ainda não são 6h da manhã. Dormi mais do que estou acostumado, mas esse é sempre o efeito de estar com Dulce, ela me acalma e, por algum motivo, os pesadelos quase desaparecem ao seu lado. 


 Estico-me e lembro que, a essa hora, eu já estou indo treinar. Olho para o quarto onde ela dorme embolada e nua na cama e penso se gostaria de tê-la em meu apartamento. Talvez ela fique decepcionada pelo tamanho ou mesmo chateada pela bagunça dos livros espalhados por todos os cantos.


 Olho em volta, na sala, curioso por não ver nenhum exemplar à mostra, nem mesmo os do seu ídolo, Gray. Percebo móveis na varanda, abro a porta e sou seguido pelo saltitante Kaká, que sobe sobre um sofá de vime e grandes almofadões e balança o rabo como se esperasse algo.


— Ei, não entendo essa cara, não! — aviso-lhe, mas logo vejo um móvel cercado de plantas, com uns potes em cima. Abro o primeiro, e acho um biscoito em forma de osso. — Ah, você deve estar querendo isso! 


 Jogo o biscoito fedido para o cão, que o come todo feliz, e analiso a vista de Dulce, achando o local onde ela mora tranquilo, arborizado e fresco.


— Ah, aí estão vocês! — ouço sua voz animada e a vejo dar beijinhos no cachorro antes mesmo de me abraçar. — Bom dia, café? 


 Cheiro-a longamente, gostando de sentir seu aroma quando acorda.


— Bom dia, ótima ideia!


 Voltamos para dentro, e ela segue para a cozinha – que é conjugada à sala, como a minha – e abre uma caixa cheia de cápsulas para que eu escolha uma.


— Não conheço. Escolha a que você vai tomar e faça para mim também.


 Ela faz uma careta.


— Esnobe, deve tomar café naquelas máquinas italianas caríssimas! — Eu rio, pois ela tem razão. — O que você tanto procura?


 Paro o olhar em volta da sala e a encaro.   


— Livros! Onde é que você põe seus livros, que me disse que gosta tanto?


 Ela aponta para uma porta fechada.


— Tenho um cantinho, mas ainda não o arrumei. — Aponto com o olhar questionador, e ela assente, permitindo que eu o veja. — Desde que me mudei, ainda não consegui colocar esse local em ordem.


 Entro no cômodo, um quarto bem menor do que o seu, e vejo duas estantes de madeira cheias de livros e mais caixas e caixas no chão. Acendo a luz, pois, mesmo com o dia amanhecendo, a iluminação do cômodo é péssima, e noto que as quase dez caixas estão abarrotadas.


 Há uma espécie de quadro de avisos pendurado na parede e uma poltrona de leitura, ainda envolvida com plástico bolha, em um canto.


— Café! — Ela entra e me entrega uma xícara. — Eu disse que estava bagunçado!


— Você não viu meu apartamento ainda. — Rio, achando um grande exagero chamar algumas caixas enfileiradas de bagunça. — Tenho pilhas de livros até no chão.


 Ela sorri, e seus olhos brilham.


— Eu me lembro das vezes que conversamos sobre nossos gostos literários tão distintos. E, quando cheguei ao escritório com o livro do Gray e você criticou, pensei que vocês dois tinham isso em comum. — Dulce faz cara de brava. — Mal sabia eu!


— O que você pretende aqui?


  A minha pergunta a anima a tal ponto que parece uma criança descrevendo sonhos. Estantes cobrindo duas paredes, uma escrivaninha pequena, a poltrona em um canto, perto da janela, com uma luminária, tapete no chão para ficar acolhedor e luzes direcionáveis iluminando os volumes nas prateleiras.


 Embora eu não seja arquiteto ou decorador, estou há muitos anos lidando com imóveis e posso ver cada coisa como ela descreveu.


— Vai ficar ótimo! — Abraço-a. — Ia adorar chupar você naquela cadeira enquanto lê um livro! — Ela quase se engasga com o café. — Tem algum erótico? Seria interessante você lendo algum capítulo picante para mim enquanto te faço gozar.


— Tenho! — Dulce fica animada com a ideia e aponta um exemplar na prateleira da estante. — É uma trilogia, podemos ler várias cenas! 


 Rio e pego o livro para ler o título:


Peça-me o que quiser? — Abro um enorme sorriso safado, já prevendo as sacanagens. — Posso mesmo pedir?


 Ela respira fundo e assente.


— Pode!


 Beijo-a, o gosto do café misturado em nossa saliva, tornando tudo ainda mais potente e saboroso. Tenho vontade de penetra-la aqui, em meio aos livros que tanto ama e que, ela não sabe, mas também são muito especiais para mim.


 Me reconheci aqui, neste cômodo inacabado. Dulce não tem ideia de como os livros foram minha companhia – única companhia – por anos e anos. Esse era um lado dela que sempre tentei encaixar na mulher vibrante e de vida agitada que conheci no aplicativo, pois sei que a maioria dos leitores compulsivos preferem ficar em casa lendo a ir a baladas todos os finais de semana.


 Essa é a verdadeira mulher, a que gosta de ler, que quer um local para ficar horas e horas imersa no mundo das letras e, pasmem, essa versão dela me excita muito mais do que a ninfa do sexo baladeira.


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Autor(a): marirbdforever ღ

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 206



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  • isabellearruda Postado em 03/10/2021 - 21:25:36

    Cadê você menina, ama essa história, ansiosa pela sua volta!!!

  • anne_mx Postado em 08/08/2021 - 16:17:56

    Cadê a continuaçãoooo...Uma das únicas fanfics que eu AMO ler <3

  • binha1207 Postado em 11/06/2021 - 12:39:12

    Você não tem noção da minha ansiedade da sua volta! Tô feliz pra caramba.... Continua vai..

  • nathalia_muoz Postado em 03/02/2021 - 00:21:12

    Holaaaa cuando vuelves????

  • binha1207 Postado em 07/11/2020 - 19:45:04

    Ansiosa por sua volta! Estava amando essa fanfic!

  • nathalia_muoz Postado em 30/10/2020 - 00:59:03

    Volta

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:15

    eu quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:42:06

    quero mais

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:41:58

    voltaaaaaa

  • taianetcn1992 Postado em 21/10/2020 - 04:40:44

    nao esquece daqui


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