Fanfic: Enquanto Ela Desaparece - Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, drama, romance

Pela primeira vez desde o acidente, dormi demais. Meu alarme não disparou, o que foi estranho, porque eu tinha certeza de que havia disparado ontem à noite. Eu sempre o defino. O relógio dizia que eram quase dez horas. Como eu dormi tão tarde?

Vestindo uma pressa louca, pulei o café da manhã e corri direto para a porta. Mamãe me chamou que me havia feito um bagel, mas eu não tive tempo de responder. Eu deveria estar no hospital. Por que Knox não me acordou? Ele ia ler para Crawford as dez hoje. Ele deveria ter percebido que eu não tinha saído ainda.

Enquanto eu agarrava o volante, me dei conta de que ele sabia que eu ainda estava dormindo e me deixou dormir. Eu sabia que ele tinha boas intenções, mas sabia o que era melhor para mim. Eu não precisava da interferência dele ou da minha mãe. Eu não ficaria surpreso se ele tivesse desligado o meu alarme.

Todos eles precisavam me deixar lidar com isso da maneira que eu queria. Do jeito que eu precisava. Eles não entenderam. Crawford me quer lá. Quando seus olhos se abrissem, ele iria querer me ver. Deixar-me em casa assim estava errado. Eu diria a Knox isso quando o visse.

Estacionei rapidamente e corri o resto do caminho. Eu sabia que a mãe de Crawford teria saído para tomar um ar fresco enquanto Knox estava lendo para Crawford, então fui direto para o quarto dele. Eu não discutia com ele na frente de Crawford, mas olhava para ele e informava o quanto eu estava com raiva.

Abrindo a porta do quarto de Crawford, entrei e congelei imediatamente. Essa não era a voz de Knox ou a parte de trás da cabeça de Knox. Aquele era Christopher. Lendo. Para Crawford.

Aproximando-me, ouvi seu profundo suspiro e tentei descobrir por que ele estava na sala de Crawford lendo para ele. Ler para as crianças era uma coisa, mas isso era algo completamente diferente.

“Parece que a SEC foi criada este ano. O futebol deve ser interessante. Até seus Vols parecem bons. Faz um tempo desde que isso aconteceu."

Ele estava segurando uma revista de esportes e conversando com Crawford. Como se fossem amigos. Como se ele se importasse com Crawford.

Dei outro passo e ele se virou desta vez para olhar para mim. Então aquele sorriso lento e preguiçoso se espalhou por seu rosto. “Bem, parece que sua garota chegou aqui. Bonita como sempre.”

Eu não iria corar com o elogio dele. "Por que você está aqui?" Eu soltei, então desejei que não tivesse. Parecia rude. "O que eu quero dizer é, onde está Knox?"

Christopher se recostou e sorriu. “Knox recebeu uma ligação e precisava correr para algum lugar. Parecia importante. Ele me viu no corredor mais cedo, então veio e me perguntou se eu terminaria de ler."

Ele tinha algo importante para fugir e fazer? E deixou Crawford com um estranho para ler para ele? Knox não estava bem hoje.

“Bem, obrigada. Se ele tivesse me acordado hoje de manhã antes de partir, eu poderia ter lido para ele. Não tenho certeza qual é o negócio dele hoje.”

Christopher encolheu os ombros. "Eu não me importei. Além disso, ele mencionou que você estava dormindo até tarde e isso era raro. Ele se preocupa com você, é tudo. Uma coisa de irmão, eu acho.”

Eu não queria me preocupar. Eu estava bem! Eu estava andando e respirando sozinha, então estava absolutamente bem! Crawford não estava.

“Ele precisa recuar. Todos eles precisam.” Murmurei.

Christopher fechou a revista. "Boa sorte com isso. A família pode ser uma merda, mesmo quando eles estão tentando fazer o que é melhor." Então ele se levantou. "Vou deixar você com ele. Eu tenho um jogo de pôquer para terminar com meu tio.”

Ele deixou seu tio para vir ler para Crawford. Ele pode ser um playboy, mas também era um cara legal. O mundo era maior do que a pequena bolha protetora em que eu fui criada. Coisas como sexo não definem as pessoas. Eles poderiam ser bons e não ser material da Escola Dominical.

"Obrigada por ler para ele."

Christopher assentiu. "O prazer é meu. Sempre que precisar de ajuda, me dê um grito.”

Eu vi quando ele saiu da sala. Ele realmente tinha sua própria arrogância especial. Era difícil não assistir. A personalidade de bad boy se encaixava bem nele. Mas agora eu tinha uma espiada em seu coração. E aparentemente era bem grande. Não é egocêntrico como eu pensava. O tio dele, as crianças, agora Crawford.

Eu lhe devia um pedido de desculpas. Eu não tinha certeza de como dar a ele um. Ele pode nem saber que eu o havia julgado tão injustamente. Voltei minha atenção para Crawford. Ele gosta de Christopher. Eu estava certo de que Christopher iria entretê-lo. Crawford não era de julgar as pessoas.

“Você parece bem esta manhã. Gostou da sua atualização na temporada de futebol da SEC?” Eu perguntei, sabendo que não conseguiria uma resposta. Eu tinha o livro que estava lendo para ele, mas por enquanto só queria conversar.

"Chegará a hora de ir para a faculdade em breve. Meus pais já começaram comigo. Especialmente mãe. Não consigo imaginar ficar sem você.” Eu queria implorar para ele abrir os olhos, mas não o fiz. Eu tinha feito isso o suficiente.

“Ficar aqui é tudo que consigo pensar agora. Estar ao seu lado. Vendo você. É o que eu preciso lidar. Sinto sua falta, Crawford. Sinto tanta falta sua."

A porta se abriu atrás de mim e a mãe de Crawford entrou. Ela franziu a testa ao me ver e isso doeu. Ter-me por perto a incomodava, e tudo que eu conseguia entender era que era porque eu me afastei daquele acidente e ele não.

"Onde está o Knox?" ela perguntou.

“Ele teve que sair mais cedo. Entrei para assumir o controle até você voltar.”

Não contei a ela sobre Christopher, para o caso de ela não concordar com isso. Ele fez uma coisa boa, embora Knox tenha uma boa desculpa para o motivo de ter saído mais cedo.

"Bem. Eu vou assumir agora. Vejo você às quatro.” Disse ela.

Eu olhei para Crawford. Eu queria dizer mais, mas também tinha medo. Eu levantei e tentei me lembrar de uma época em que me ver não fez Juliet franzir a testa. Quando Crawford estava cheio de vida. Voltar quando tínhamos um futuro planejado.

“Eu falei com sua mãe. Você precisa ir para a faculdade, Dulce. Não sabemos quando Crawford acordará e você ficar sentado aqui todos os dias não fará com que isso aconteça mais rápido. Ele gostaria que você fosse para a faculdade. Viva a vida que você planejou e venha visitar."

Eu não esperava ouvir isso dela. Presumi que ela não me perdoaria se eu fosse para a faculdade sem ele. Ela estava desmoronando diariamente e ele era o mundo dela. Minha partida seria uma traição. Ela não viu dessa maneira?

"Acho que não posso deixá-lo."

Ela endireitou os ombros que agora estavam tão frequentemente caídos. "Eu não sou sua mãe e não posso forçá-lo a fazer nada. Mas quando Crawford acordar, ele não vai querer saber que você desperdiçou sua vida aqui esperando por ele. Ele se culpará por isso. Não quero que ele desperte para nada que o perturbe. Pense nele, em vez de você mesmo, para variar. Você sempre o fez fazer o que queria. Ele nunca teve que tomar suas próprias decisões se quisesse mantê-la feliz.”

Isso doeu. Profundamente. Eu não tinha palavras para isso, então consegui um aceno fraco e saí da sala. Lembrar dos problemas da nossa vida não foi fácil. Porque, embora eu amasse Crawford, as coisas não tinham sido fáceis antes. A mãe dele o adorava e, por isso, nem sempre era feliz comigo. Eu nunca parecia tratá-lo da maneira que ela pensava que eu deveria. Embora eu tenha tentado tanto fazê-lo feliz.

Eu estava pensando em mim mesma ficando aqui?