Fanfic: Enquanto Ela Desaparece - Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, drama, romance

Fiel à sua palavra, Christopher veio ao hospital para ler para Crawford várias vezes por semana. Depois do meu dia de compras com a mãe, mudei um pouco minha agenda. Tomei café da manhã em casa, depois fui ao hospital para verificar as coisas. Saí e passei um tempo com Malyn e Maddy, ou fui para casa para arrumar as coisas e visitar minha mãe. Depois voltaria às quatro quando chegasse a minha vez em Crawford.

Não foi fácil no começo, mas a nova rotina me fez sentir menos culpada por negligenciar aqueles que me amavam, e eu senti que tinha conseguido mais realizações todas as noites quando deitava para dormir. Algo que Crawford ficaria feliz. Sabendo que eu também estava feliz. Era disso que eu precisava, mesmo que não pensasse assim.

Era a segunda semana da nova programação quando cheguei no momento em que Christopher estava saindo. Eu não chegaria na sala com Crawford. Eu chegava cedo para conversar com Juliet ou as enfermeiras. Ajudou a parar e obter uma atualização.

"Ei." Eu disse a Christopher quando saí do elevador que ele estava esperando para entrar. Eu senti que deveria tomar um café para ele.

"Olá você mesmo. Ele está indo bem hoje. O médico diz que vê mais atividade diariamente dele. Ouvi dizer que você estava planejando vir no nosso caminho no próximo mês. Fico feliz em ouvir isso.”

Eu assenti. "Sim. Tenho preparado as coisas para ir para o meu dormitório."

Ele sorriu. “Vida no dormitório. Tem que amar isto." Ele fez uma pausa e depois acenou com a cabeça para o elevador que agora estava fechado sem ele. "Quer ir tomar um café comigo?"

Algumas semanas atrás, eu teria dito não. Mas agora eu tinha que pensar sobre isso. Uma xícara de café com um cara que estava ajudando meu namorado não parecia uma má ideia. Eu devia isso a ele.

"Certo. Eu poderia usar uma xícara.”

Ele sorriu e, honestamente, aquele sorriso era outra coisa. Eu me senti culpada por sequer pensar nisso, então voltei minha atenção para o elevador e apertei o botão para baixo novamente.

"Eu tenho que voltar aqui em duas horas para um jogo de pôquer com meu tio. Mas a cafeteria onde recebi as coisas boas fica a cerca de 1,6 km daqui. ”

"Por mim tudo bem. Eu tenho tempo. Não vou ver Crawford até as quatro.”

Christopher ficou quieto por um momento enquanto pegávamos o elevador até o primeiro andar. Quando saímos, ele olhou para mim. "Então, você não esteve aqui tanto. Não que seja da minha conta. Eu só estava curioso quanto à mudança.”

Eu tinha certeza de que Knox havia lhe contado algo, se não explicado tudo. Ou talvez ele não tenha perguntado. Puxei minha bolsa mais alto no meu ombro, que era um hábito nervoso, e continuei andando ao lado dele.

“Eu estava sendo egoísta. Minha família sentia minha falta e estava preocupada comigo. Crawford não sabe quando estou lá, exceto quando espero ler e conversar com ele todas as tardes. Eu quero acreditar que ele pode me ouvir então. Mas o resto do tempo minha família precisa me ver viver. É difícil. Sinto que não deveria viver enquanto ele estiver lá, mas não posso continuar fazendo isso com eles. Está errado."

Christopher soltou um suspiro. “Sim, bem, eu nunca coloquei a palavra egoísta e você na mesma categoria. Mas é legal da sua parte pensar nelas.”

Dei de ombros. "Tem sido difícil para eles. Tudo isso. Eu me retirando. Eles se preocupam comigo. Eu tive que começar a pensar sobre o que Crawford iria querer quando ele acordasse. E se ele vir que eu coloco a vida em espera por ele, ele ficará chateado. Ele sentirá que a culpa é dele. Mais uma vez, eu era egoísta. Eu tive que ajustar minha culpa e perceber que precisava tentar viver normalmente.”

O fato de eu contar a Christopher tudo isso foi surpreendente. Nós mal nos conhecíamos, mas aqui eu estava me abrindo para ele como se ele fosse um amigo próximo. Por quê? Eu não fazia ideia.

"Concordo que, se Crawford te ama tanto quanto você obviamente o ama, ele quer que você viva a vida. É o que você gostaria para ele se os papéis fossem revertidos."

Não hesitei. "Absolutamente."

"Meu carro está no terceiro nível." Disse ele quando saímos.

“O meu é logo ali. Você não vai voltar?" Eu perguntei, olhando para ele pela primeira vez durante a nossa pequena conversa.

Ele assentiu.

"Então apenas vá comigo."

Um pequeno sorriso tocou seus lábios. “Sabe, Dulce, acho que você pode ser minha primeira amiga. É meio legal."

Eu tive muitos amigos do sexo masculino. Eles também eram amigos de Crawford e isso os tornava meus também. Pude ver por que Christopher não tinha amigas. Todos eles queriam mais dele.

“Primeira vez para tudo. Além disso, vou precisar de um amigo quando chegar à escola."

Ele riu. "Sim, bem, convencer alguém de que você é apenas meu amigo será cômico. Ninguém vai acreditar.”

Abri a porta do meu carro antes de nos aproximarmos, depois sorri para ele. "Isso pode ajudar sua reputação."

"Ou destruir." Acrescentou.

Eu poderia dizer pelo olhar em seu rosto que ele estava brincando, embora eu soubesse que havia um lado em Christopher que eu duvidava que muitos viam. O cara que leu para as crianças no hospital ou leu para alguém em coma que ele nunca conheceu. Aquele cara era muito diferente daquele que eu vi beijando uma enfermeira no corredor. Ele tinha muitas partes diferentes para ele... Eu me perguntava por que ele optou por não mostrar as coisas boas tanto quanto ele fez o resto.

"Você vai me assustar ou você é um bom motorista?" Ele perguntou quando entramos no meu carro.

"Sou uma excelente motorista." Assegurei a ele. Porque eu sou. Especialmente após o acidente. Eu me tornei um motorista ainda mais cauteloso.

Ele afundou no meu assento de passageiro de couro e recostou-se. "Tudo certo. Eu vou confiar em você."

Sorrindo, liguei o carro e saí do estacionamento. Isso foi legal. Ter alguém com quem conversar novamente que não era um membro da família pairando e se preocupando comigo.

"O que acontece quando ele acorda?" Christopher me perguntou.

Essa foi uma pergunta estranha. E eu não tinha certeza. Eu vim para casa? Ele iria me querer? Franzi o cenho e foquei na estrada, mas não respondi.