Fanfic: Enquanto Ela Desaparece - Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, drama, romance

Uma vez que se foi, afundei-me na cama e soltei um suspiro. Eu tinha sete caixas para desempacotar. O novo ambiente era agradável. Meu quarto em casa começou a ser menos um lugar de solidão e mais um lembrete de tudo que havia mudado.

Tudo estava fresco aqui. Diferente.

Levantei-me e fui para a primeira caixa. Bem em cima estava a foto de Crawford e eu no baile. Foi em uma moldura prateada que eu comprei apenas uma semana antes do acidente. Sentei a foto na mesa de cabeceira e a familiar facada no meu peito retornou.

Eu senti falta dele. Eu senti tanto a falta dele.

Esse sorriso não era o que eu tinha visto, parecia para sempre agora. Só de vê-lo sorrir costumava me fazer sentir à vontade. Eu faria qualquer coisa para fazê-lo sorrir. Mas percebi que muitas vezes fazia o que ele pedia e não pensava no que realmente queria. Eu realmente me perdi ao longo dos anos tentando agradá-lo? Ele notou?

Eu olhei ao redor da sala novamente. Uma coisa era certa, eu estava me encontrando agora. Quando ele acordou, eu não seria a mesma garota. Eu seria a pessoa por quem ele se apaixonou no começo.

Mamãe estava certa. Este foi o meu novo começo. Eu tinha que ser forte e aprender a viver minha vida. Isso não significava que esqueceria a vida que tive com Crawford. Isso fazia parte de quem eu era. Sempre estaria lá.

Quando ele acordou, muita coisa mudaria mais uma vez. Eu balancei minha cabeça. Eu não conseguia pensar nisso agora. Eu terminava de desfazer as malas e encontrava comida. Talvez vá para a sala de reuniões no térreo e veja se Mae estava por perto. Eu gostava dela melhor do que minha colega de quarto de qualquer maneira. E com esse pensamento, olhei para o travesseiro peludo rosa da minha cama e revirei os olhos.

Minhas roupas mal cabem no meu armário. Mamãe tinha exagerado. Eu tinha mais pares de sapatos do que um realmente precisava e minhas toalhas azul-petróleo combinadas tinham V monogramado nelas simplesmente porque minha mãe tinha uma máquina de monograma e ela pensou que eu não as perderia dessa maneira.

O banheiro que eu dividia com Everly estava cheio de todas as coisas dela, então fiquei agradecido por ter cestas para colocar minhas coisas e empilhar ordenadamente contra a parede do armário. Uma vez que tudo tinha um lugar, eu quebrei as caixas e fui ler minha carta de boas-vindas novamente, porque sabia que havia dito algo sobre onde levar os materiais recicláveis. Especialmente as caixas, já que haveria bastante neste fim de semana.

Depois de ler as instruções duas vezes e memorizá-las, peguei minha pilha e fui para a porta. A fila para o elevador era pior, então decidi subir as escadas, já que estava no terceiro andar. Eu tive que ir para o fundo, depois sair pela entrada dos fundos, virar à esquerda e encontrar o primeiro lixão azul.

Larguei algumas caixas em cima três vezes antes de chegar ao pé da escada. O elevador pode ter sido mais fácil. Mas eu estava aqui agora, então saí pela porta e em direção à lixeira. Minha testa começou a suar e meus braços estavam queimando.

"Aqui, deixe-me ajudar." Disse um cara que não pude ver por causa da pilha de caixas, e então elas se foram. Eu nunca fiquei tão agradecido. "Consegui." Disse ele, como se eu ainda não tivesse percebido isso.

"Obrigada." Eu disse a ele, parecendo muito sem fôlego e fora de forma.

"Sem problemas. Eu acabei de carregar minha irmã aqui embaixo.”

Ele era alto e ruivo. Ele era o tipo atraente de gengibre, no entanto. Muito príncipe Harry. Seus músculos eram impressionantes e expostos com sua camiseta. Eu não olhei, no entanto. Isso seria rude.

"Isso é legal da sua parte. Meu irmão não ficou muito tempo, mas em sua defesa ele teve que sair da bagagem."

"Eu não sei o quanto foi bom para mim. Meus pais me fizeram jurar que ajudaria Mae até que ela terminasse. E se eu pagasse a fiança, ela teria chamado o nosso pai. Então...” Ele deu de ombros e sorriu.

"Mae, como na garota que escreve nomes únicos em um diário?" Eu perguntei, pensando que faria sentido para eles serem irmãos. Ambos ruivos com personalidades amigáveis.

"Esse seria Mae, ela e aquele diário estúpido." Disse ele com um rolar de olhos.

Eu ri. "Eu fiz parte desse diário, muito obrigada."

"Você fez? Bem, preciso ouvir seu nome então. Eu sou Charlie, a propósito.” Ele disse, estendendo a mão.

"Dulce." Respondi, e apertei sua mão. "Prazer em conhecê-lo, Charlie."

"Se você está se perguntando, temos uma irmã mais nova chamada Anne. Meus pais nunca foram criativos com os nomes. Acho que isso faz parte dos problemas de Mae."

Ele me fez sorrir. Muito parecido com a irmã dele. "Eu acho que Charlie, Mae e Anne são nomes muito respeitáveis."

Ele riu. “Minha mãe é britânica. Ela gostaria desse comentário. Ela concorda com você.”

"Realmente? Só estava pensando que você me lembrou um pouco do príncipe Harry.”

Ele levantou uma sobrancelha. "E aqui eu pensei que seríamos amigos."

Isso me fez rir, e rir foi muito bom. O aperto no meu peito diminuiu e eu respirei fundo.

"Poderia ser pior. Você poderia ter dito William. Pelo menos eu sou o filho rebelde.”

Eu assenti. "Um elogio, com certeza."

Ele olhou por cima do ombro e sorriu. “Aí vem Mae. Ela está pronta para eu ir. Eu posso ver nos olhos dela.”

Eu me virei para ver Mae vindo em nossa direção. "Pare de flertar com minha nova amiga em potencial, Charlie." Ela fez uma pausa e olhou para mim. “Outro nome comum e chato. Meus pais, gah!”

“Ele estava realmente me ajudando com minhas caixas vazias. Eles eram meio pesados .” Expliquei.

“Oh, que bom. Ele está sendo útil. Obrigada, agora corra junto. Está na hora de levar a Dulce aqui para uma boa xícara de café e um dos melhores sorvetes que ela já tomou.”

Charlie me lançou um sorriso torto. "Divirta-se, mas não deixe minha irmã ensinar muitos maus hábitos. Esse sorvete vai dar um tapa no calouro quinze em você durante a noite.”

"Oh, cale a boca." Ela deu um tapa no braço dele, depois passou o braço pelo meu. "Ele é fácil de ter por perto, mas também pode ser uma praga."

Eu sorri de volta para ele. "Mais uma vez obrigada, Charlie."

Ele acenou. "A qualquer momento, Dulce."

Mae bufou. “Ele gosta das ruivas com olhos castanhos. É coisa dele. E você é pequeno, e essa tez natural de azeitona é assassina. Tudo o que ele não tem. Ele já apaixonou."

Eu não o queria apaixonado. Eu não estava aberto a nada além de amigos. Eu não explicaria isso, no entanto. Eu não estava pronto.

"Vocês estão todos desempacotados?" Eu perguntei a ela, querendo mudar de assunto.

"Sim. Agora é hora de apresentá-lo a algumas pessoas. Quem é seu colega de quarto? Tu gostas dela?"

Essa foi uma pergunta carregada. "Hum, bem, o nome dela é Everly e ela é muito... Barbie... Ela colocou um travesseiro peludo rosa na minha cama."

Mae jogou a cabeça para trás e riu alto. "Oh caro senhor. Eles não deram a você um calouro? Você pegou Everly. Isso é quase cruel. Minha amiga Jasmine, vou apresentá-la a você daqui a pouco.” Ela ainda está desfazendo as malas e nos encontrará mais tarde. “Teve a Everly no ano passado. Essa menina é a definição completa de uma diva.”