Fanfic: Enquanto Ela Desaparece - Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, drama, romance

Por causa das cortinas opacas que Everly tinha pendurado sobre a janela do nosso quarto, eu não tinha certeza de que horas eram quando acordei. O quarto ainda estava escuro como breu. Eu peguei meu telefone. Nove e meia. Uau. Eu tinha chegado na cama às dez e meia. Eu não tinha certeza de quando Everly entrou. Pelo menos ela estava quieta.

Acendi a lanterna e a brilhai no chão para encontrar o caminho para o banheiro. Eu poderia me arrumar antes de Everly acordar. Dessa forma, não haveria tentativa de compartilhar as instalações.

"Desligue isso, Jesus." Everly resmungou.

"Desculpe." Pedi desculpas, apontando-a para longe dela e em direção às minhas cestas perto da parede.

"Tipo, desligue agora." Ela retrucou com um farfalhar alto das cobertas.

"Estou apenas tentando pegar minhas coisas e ir ao banheiro." Expliquei.

"Então se apresse, porra!"

Peguei minha cesta e desliguei a lanterna. Eu tentava não quebrar o tornozelo ou esbarrar em uma parede na tentativa de encontrar a porta correta. Eu estava com medo do monstro na cama. Ela não parecia uma pessoa da manhã.

Eu consegui entrar no banheiro e me tranquei antes de acender a luz. Apenas no caso de a luz do lado de baixo da porta a levar a um frenesi enlouquecido e ela tentar atacar. A garota era seriamente difícil de lidar. Eu tinha um travesseiro peludo rosa na minha cama, pelo amor de Deus. O que mais ela queria?

Liguei o chuveiro para que a água pudesse esquentar antes de me despir. O vapor encheu a sala e eu esperava a água morna. O quarto estava frio. Ouvi o ar condicionado funcionando a noite toda, bem como um ventilador que Everly havia ligado.

Hoje eu deveria almoçar com Knox. Ele mandou uma mensagem ontem à noite. Então eu estava indo para encontrar a biblioteca e pegar os livros que eu precisava para começar a leitura no meu horário de curso. Mae mencionou fazer algo esta tarde. Ela teve que ir fazer o check-in em um restaurante chamado Polly's, onde trabalhou no ano passado como garçonete. Eles haviam prometido a ela um emprego quando ela voltasse. Ela disse que iria me pedir. Espero conseguir um emprego tão facilmente. Meus pais esperavam que eu ganhasse meu próprio dinheiro. Eles só me davam gasolina quando chegava em casa. Todo o resto estava em mim.

Vi dois outros alertas de mensagens de texto no meu telefone, mas por ter que lutar no escuro até o banheiro, não os tinha lido. Eu faria isso quando terminasse de tomar banho. Muito provavelmente era minha mãe ou um dos meus irmãos me vigiando.

Ainda não sentia saudades de casa, mas ainda carregava um peso no peito quando pensei em casa e em Crawford. Eu queria ligar para a mãe dele e checá-lo, mas fiquei preocupado que o lembrete de que eu estava aqui e ele não a deixaria triste. Eu não queria acrescentar ao que ela já estava lidando. Gostaria que minha mãe me desse uma atualização.

Depois do banho, eu relutantemente desliguei a água e me enrolei em minhas toalhas monogramadas, uma para o meu cabelo e outra para o meu corpo, antes de pegar meu telefone para verificar minhas mensagens.

Um era da minha mãe.

Um era da Christopher.

Deslizei meu dedo sobre o texto da minha mãe primeiro. Boa noite, querida. Espero que o seu dia tenha sido bom. Vos amo.

Enviei uma resposta rápida sobre como fazer amigos e tomar café e certifiquei-me de dizer que a amava.

Então eu deslizei meu dedo sobre o outro texto. Boa noite. Foi tudo o que disse.

Eu não tive uma resposta para isso. Era manhã agora. Este texto chegou no meio da noite. Eu me perguntei se Everly havia chegado ao quarto ainda quando ele o enviou. Não tive tempo de pensar nisso. Realmente não importava.

Eu sentei minha cesta no vaso sanitário fechado e encontrei minha escova. Eu tinha um dia planejado e não pensava em Christopher ou em lidar com Everly, se tivesse sorte. Nenhum deles parecia se encaixar na minha vida aqui até agora. Everly não era a pessoa mais legal do mundo. Mas eu geralmente me dava bem com todo mundo, então eu descobria. Apenas não agora.

Secar meu cabelo, colocar maquiagem e depois me vestir no escuro levou toda a minha concentração. Quando saí pela porta, Everly só me xingara três vezes. Eu pensei que isso era muito bom. Considerando.

Como eu não podia sair no meu quarto e ler ou algo assim até a hora de encontrar Knox, fui para a cafeteria para tomar cafeína da manhã. Não estava tão cheio como ontem, mas era um domingo, então a maioria dos estudantes provavelmente ainda estava dormindo. Muito parecido com Everly.

"Você acordou cedo." Disse uma voz masculina, e me virei para ver Charlie parado atrás de mim na fila. Ele tinha as mãos enfiadas nos bolsos da frente da calça jeans e sua postura era bastante fofa.

"Passa das dez." Apontei.

Ele assentiu. “É verdade, mas é domingo e você deveria estar vivendo isso ontem à noite como sua primeira noite no campus. Onde está o cansaço?"

Acho que perdi esse memorando. Eu estava na cama às dez e meia.

Ele sorriu. "Você é selvagem, Dulce Espinosa."

"Esse é o boato." Brinquei.

"O que eu posso te pegar?" a garota atrás do balcão perguntou.

Voltei-me para ela e, novamente, não tive tempo de estudar o cardápio, então tomei um café comum. Pelo menos eu estava economizando dinheiro dessa maneira.

"Ela também terá uma dose de caramelo e um muffin de canela com glacê. Faça dois de cada um, por aqui.” Charlie disse, se aproximando de mim e puxando sua carteira. "O café da manhã é por minha conta." Acrescentou ele com uma piscadela.

O que houve com esses irmãos? Agora eu devo um café a ambos. Eu não iria reclamar, no entanto. Aquele bolinho parecia delicioso.

"Obrigada. Da próxima vez, eu pago.” Eu o informei.

Charlie pegou os muffins e olhou para mim com um sorriso divertido. "Se eu deixasse uma mulher comprar meu café, minha mãe voaria aqui em sua vassoura e me batia na cabeça com isso".

A imagem me fez rir. "Nós não vamos contar a ela."

Seus olhos se arregalaram e ele se inclinou. “Você perdeu a parte da vassoura? Ela saberá Ela sabe tudo. Espero receber uma ligação dela mais tarde hoje perguntando sobre a linda ruiva com quem eu compartilhei café e um bolinho.”

Senti minhas bochechas esquentarem de serem chamadas de lindas. Eu não era boa com elogios. Estar com o mesmo garoto desde criança era fácil. Confortável. Isso era novo.

Ele me entregou os dois pratos com os muffins e levou os dois cafés enquanto me levava a uma das muitas mesas vazias. O que ele escolheu foi por uma janela e as ruas eram pitorescas e silenciosas sem todo o tráfego de ontem. Carvalhos ladeavam a rua e jardins de flores estavam por toda parte. Mesmo em cima das latas de lixo.

"Eu vou admitir que liguei para minha irmã ontem à noite para obter detalhes sobre você. Então, por mais que isso pareça eu estou dando em cima, já estou ciente de que você tem um cara em casa. Eu não vou mentir. Eu estava um pouco chateado, mas vê-lo aqui esta manhã foi o destino e acho que podemos ser apenas bons amigos, afinal.”

Isso me fez relaxar. Eu não tinha certeza de como lidar com as coisas se Charlie me convidasse para sair. Eu não queria tornar isso estranho entre mim e Mae. Eu gostava dela e queria manter essa nova amizade.

"Eu gostaria disso." Disse a ele, depois tomei um gole do meu café. Esqueci que ele adicionou o caramelo e o sabor cremoso atingiu minha língua. Eu era fã. "O caramelo é ótimo."

Ele sorriu e assentiu. "Sim. Apenas cinquenta centavos a mais também. O material que minha irmã pede custa quase cinco dólares.”

"Bom saber."

"Espere até você provar esse bolinho." Acrescentou.

Peguei meu garfo e dei uma pequena mordida. A pegajosa quente derreteu na minha língua. "Yum", eu disse, dando uma mordida maior.

"O melhor bolinho da cidade." Ele me assegurou.

"Aposto que esse lugar fica lotado de manhã durante a semana." Eu disse, já triste por não ter tempo na maioria dos dias para conseguir uma dessas coisas antes da aula. A menos que eu levantei muito cedo. Todas as minhas aulas matinais começaram às oito. Eu não tinha certeza do que estava pensando quando cumpri minha agenda.

“Line está do lado de fora. Eu tenho uma conexão, no entanto. Eu posso compartilhar nos dias em que estou por perto."

Sorrindo com sua provocação, dei outra mordida. Fazer amigos tinha sido mais fácil do que eu esperava. Eu sentia falta de casa e de Crawford, mas eu ia ficar bem aqui. Quando Crawford acordasse e voltasse completamente, eu poderia mostrá-lo e experimentaríamos tudo isso juntos. Ele adoraria esses muffins.

“Então, conte-me sobre seu cara. Ele está indo para outra faculdade?”

Falar sobre Crawford nunca foi fácil. Eu tive que dançar em torno dos fatos reais. "Ele vai ficar em casa este ano. Existem algumas coisas pessoais que ele está lidando. Nos veremos nos fins de semana quando eu voltar para casa, e ele se juntará a mim aqui assim que puder."

Charlie estava ouvindo com o garfo parado no ar como se estivesse esperando mais detalhes. "Há quanto tempo você está namorando?"

"Desde que tínhamos seis anos." Respondi, depois ri baixinho. Essa resposta sempre ficava surpresa.

"Uau, então ele é o único cara que você já namorou." Disse ele, como se não pudesse acreditar.

Eu assenti. "Sim."

"Jesus, e eu pensei que meu relacionamento de três anos no ensino médio era longo."

"Definitivamente, você venceu."

Ele me lançou um sorriso torto. "Você tem todo mundo que eu já conheci."

Isso foi legal. Falando sobre Crawford e saboreando meu café. Quando ele chegasse aqui, as pessoas o conheceriam e conheceriam nossa história. Seria um ajuste fácil. Eu ansiava por esse dia. Eu só esperava que fosse em breve.