Fanfic: Enquanto Ela Desaparece - Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, drama, romance

Acho que talvez eu fosse aquela garota.

Enquanto caminhava em direção a Christopher, disse a mim mesma que não, não era aquela garota. Mas a cada passo, parte de mim queria estar. Além disso, ele tinha que se importar com algo para mim. Ele estava aqui, não estava? Havia uma festa em sua casa de fraternidade e ele estava aqui. Para mim. Não era o que se esperava de Christopher.

E se ele fosse esse cara e não soubesse? E se nós dois estivéssemos perdidos até agora?

"Onde está o seu telefone?" Foram as primeiras palavras que saíram de sua boca quando eu estava perto o suficiente dele.

Eu não esperava essa pergunta. "Hum, minha bolsa." Respondi, olhando para baixo para me certificar de que minha pulseira ainda estava presa ao meu pulso.

"Verifique-o."

Verifique-o? Meu telefone? "O que?" Eu perguntei, ainda não seguindo esta conversa.

Ele tomou um gole de cerveja e apontou para minha bolsa com a ponta da garrafa. "Verifique seu telefone, Dulce."

Puxei meu telefone de qualquer maneira e olhei para baixo para ver cinco chamadas perdidas de Christopher. "Você precisa de mim?" Eu perguntei, olhando de volta para ele.

“Eu precisava que você atendesse seu telefone. Recebo uma mensagem de uma Everly bêbada que você está em um clube e disse para me dizer oi. Você achou que eu não ligaria para você depois disso?"

Eu não acho que Everly diria a ele. Eu dei um leve encolher de ombros. "Eu não achei que você faria. Não."

"Você está com Charlie novamente. Então você decidiu que vai namorar?”

Eu não estava namorando. Eu estava com Charlie e Mae.

“Mae me convidou para sair hoje à noite. Caso contrário, eu ficaria no meu quarto sozinha a noite toda. Charlie nos encontrou aqui.”

Christopher tomou outra bebida e me estudou por um momento. Isso me fez querer me mexer. Eu não tinha certeza do que ele estava fazendo aqui, mas meu coração traidor estava esperando.

"Dulce." Ele disse lentamente, com intenção nos olhos. "Você quer que Everly me diga que você estava aqui?"

Sim. Não. Sim. Porcaria!

Eu mantive minha boca fechada. Eu não queria mentir, e a verdade era impossível de dizer.

"Por que, Dulce?" Ele perguntou, como se eu tivesse lhe dado uma resposta.

"Porque o que?"

Ele estendeu a mão e roçou minha bochecha logo abaixo dos meus olhos. "Eu não precisava de uma resposta verbal. Seus olhos me disseram. Agora estou perguntando o porquê."

Porque eu estava machucada não sairia da minha boca. Eu tinha muito orgulho disso. Não importa qual garota eu acabei sendo.

Christopher sorriu e balançou a cabeça. "Vamos. Diga adeus aos seus amigos e vamos lá. Só você e eu.”

A garota que eu pensava ter sido recusaria e ficaria aqui. A garota que eu tinha certeza que estava escondida dentro de mim minha vida inteira assentiu.

Mae caminhou até nós. Eu me virei para ela e acho que já estava em todo o meu rosto. Ela parecia decepcionada, mas aceitando. "Continue. Vejo você amanhã.” Disse ela antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

"Sinto muito." Eu disse, porque sentia muito por deixá-la. Eu simplesmente não sabia dizer ao Christopher não. Não quando eu queria ficar com ele a noite toda de qualquer maneira.

"Entendi. Vá.” Foi a resposta dela.

Eu rapidamente a abracei e me afastei. "Diga a Charlie que eu disse adeus." Olhei por cima do ombro para vê-lo dançando com uma garota nova. Fiquei feliz por ele não estar esperando.

Ela olhou de volta para ele. "Não se preocupe com ele. Essa charmosa rotina de garoto legal é exatamente isso, uma rotina. Ele é um jogador do pior tipo."

Eu duvidava disso, mas sorri e voltei-me para Christopher, que sentou sua cerveja e pegou minha mão. Esta foi a primeira vez. Nós nunca demos as mãos antes. Seus dedos se entrelaçaram com os meus, e por mais inocente que fosse, fez meu coração palpitar e senti um sorriso pateta iluminar meu rosto. Fiquei feliz por ele estar focado na saída e não em mim. Eu ficaria envergonhado por ser pego sorrindo como um tolo.

A brisa da noite era refrescante depois de todas aquelas pessoas e do cheiro de álcool. Inspirei profundamente e tentei me acalmar. De mãos dadas com Crawford o tempo todo. Era algo que tínhamos feito desde que me lembrava. Mas nunca me senti assim quando o fizemos. Eu tinha prestado atenção nisso então?

Christopher caminhou até a linha de táxi e abriu uma porta para mim. Eu esperava que seu jipe ​​preto estivesse estacionado aqui em algum lugar. "Eu bebi muito para dirigir."

E mais uma vez, Christopher Uckermann não se juntou. Ele era um garoto de fraternidade que conseguiu boquetes em bibliotecas, mas quando eu estava perto dele, ele era responsável. Outra parte dele, eu me perguntava se eu conseguia ver.

Ele subiu atrás de mim quando eu deslizei. "Pancake Haven." Disse ele ao motorista, depois olhou para mim. "Precisamos conversar e eu preciso de comida."

"Por que você saiu da sua festa?"

Ele se inclinou para trás e esticou as pernas na frente dele o melhor que pôde. "Porque você queria que eu fizesse."

Isso não foi justo. "Eu não disse isso."

Ele riu. "Não, você não disse. Mas, às vezes, Dulce, você não precisa dizer para eu conseguir. Você descobriu a festa em casa. Eu não mencionei isso e você foi a um clube onde ignorou minhas mensagens de texto e telefonemas. Você queria que eu fosse até você. Então eu vim.”

Ele estava certo? Eu tinha feito isso? Eu acho que não.

“Seu irmão está na minha fraternidade. Eu estava respeitando ele. Ter sua irmãzinha lá em uma festa com caras bêbados em todos os lugares o deixaria nervoso.”

"Eu estaria com você." Saiu da minha boca antes que deveria.

"Eu tive um encontro." Ele respondeu.

Oh. Bem, é o que eu imaginei de qualquer maneira. "Onde ela está agora?"

"Eu a deixei com um irmão."

Agora eu me senti terrível. O fato de ignorá-lo havia atrapalhado sua noite. No entanto, ele ainda estava comigo. Levando-me para comprar panquecas.

"Sinto muito." Foi tudo o que pude dizer.

"Você tem certeza?" ele perguntou. Ele parecia divertido.

"Sim."

"Mmmhmmm." Ele respondeu com um sorriso assim que o táxi parou na frente de Pancake Haven. Christopher pagou ao motorista, depois se inclinou sobre mim e abriu minha porta. "Vou segui-lo." Ele me disse.

Eu não queria mais conversar. Eu queria me esconder no meu quarto pelos próximos quatro anos.

O Pancake Haven cheirava a manteiga, xarope e batatas fritas. Christopher me levou a um estande mais distante da porta. Não entrei em contato com ele até que a garçonete apareceu e nos perguntou o que queríamos beber. Fui tomar café, pois achei que não iria dormir muito hoje à noite.

"Eu não namoro, Dulce. Eu fodo. É assim que eu faço as coisas.” Ele disse enquanto a garçonete se afastava.

Eu assenti. Eu não tinha nada a dizer sobre isso.

“Você e eu... Clicamos. Eu gosto de estar perto de você. Eu gosto de você. Gostei de você neste verão no hospital. Mas você é uma garota de namoro. Tudo que você já conheceu é um relacionamento. Eu não posso fazer isso."

"Por quê?" Eu perguntei antes que eu pudesse me parar.

Ele suspirou e recostou-se na cabine. "Porque não sou eu. Eu gosto de liberdade.”

Ele foi honesto e eu não tinha o direito de julgar. "OK."

Ele levantou uma sobrancelha. "Ok, isso é tudo o que você vai dizer?"

Dei de ombros. "O que mais há a dizer?"

Ele passou o polegar ao longo da mandíbula enquanto me estudava. "Eu ainda quero ver você."

"Nós somos amigos. Nós podemos ficar amigos. Só porque acho que posso estar pronto para namorar não significa que não posso ser sua amiga também." De onde isso veio? Sério, eu tinha acabado de dizer que estava namorando? O que estava errado comigo?

Uma linha de carranca apareceu entre as sobrancelhas. "Namorar?"

Fiquei tão surpreso quanto ele. Mas continuei tagarelando palavras que não sabia que sentia, mas elas saíram da minha boca da mesma forma. "Sim. Eu acho... Acho que é hora de eu namorar. Não sei quando Crawford acordará. Ele não quer que eu viva congelado. Não pretendo levar a sério ninguém, mas acho que preciso namorar. Ele é tudo que eu já conheci."

“Então, com quem você vai namorar? Charlie?”

Dei de ombros. Duvidei depois de o deixar hoje à noite que estaria namorando ele. Tudo o que eu pensava era querer Christopher mais cedo. Mas isso foi esclarecido quando ele se certificou de que eu entendia que ele não estava namorando.

"Eu não sei." Respondi enquanto a garçonete colocava nosso café na nossa frente.

"Você já decidiu o que quer comer?" Ela perguntou.

"Não, nos dê mais tempo, por favor..." Ele fez uma pausa e verificou seu crachá. "Mary." Acrescentou.

Ela sorriu e corou. Eu não a culpo. "Tudo bem." Disse ela, sua voz um pouco estridente.

"Você só esteve com Crawford. Você tem que ter cuidado com quem sai. Os caras não podem ser confiáveis." Ele parecia tão sincero e preocupado. Como se ele estivesse me dizendo algo de vital importância, e eu precisava entender.

"Não estou colocando um anúncio no jornal nem nada." Respondi, um pouco irritada.

"Isso é sério. Confie em mim nisso. Se você vai namorar, pelo menos deixe-me esclarecê-lo primeiro.”

Eu gostaria de poder ter rido disso. Mas o fato de ele soar como um dos meus irmãos mais velhos doía tanto que eu não tinha certeza de respirar fundo. O primeiro cara, além de Crawford, pelo qual desenvolvi sentimentos, me viu como uma irmã. Até hoje à noite e neste momento, eu não era capaz de admitir que tinha sentimentos por Christopher.

Eu não estava pronto para tudo isso me atingir de uma só vez. Eu precisava sair. Deslizei minha embreagem de volta no meu pulso.

“Eu entendo. Eu tenho quatro irmãos mais velhos. Eu não preciso de um quinto. Mas eu gostaria de ir para casa. Você fica e come. Eu vou... Te encontrar mais tarde.”

Mal olhei para ele enquanto falava, depois saí do estande e corri para a saída. Eu precisava de uma fuga. Não havia linha de táxi aqui, então comecei a andar. Quando chegasse longe o suficiente, ligaria para Mae. Ou pesquise no Google um número de táxi. Alguma coisa. Eu simplesmente não estava aqui.