Fanfic: Enquanto Ela Desaparece - Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, drama, romance

CAFÉ DA MANHÃ? Foi o texto que me acordou na manhã seguinte. Era sábado e depois das dez, então era hora de me arrastar para fora da cama de qualquer maneira.

Eu respondi que sim. E então se levantou e se vestiu rapidamente. No escuro. Como sempre.

Christopher me encontrou do lado de fora do meu dormitório com uma xícara de café vinte minutos depois. Depois da noite passada, eu não tinha certeza do que esperar em seguida, mas não era assim. Seus cabelos escuros um pouco compridos estavam atrás das orelhas e ele usava uma camiseta cinza apertada com o brasão Kappa Sigma na frente. Os jeans que ele estava usando também não eram ruins. Ele definitivamente virou a cabeça quando os usava.

"Bom dia.” Disse ele com um sorriso sonolento. Passava bem das dez agora, mas ainda era muito cedo para ele.

"Bom dia e obrigada." Eu respondi, tomando o café.

"Dormiu bem?"

Eu balancei a cabeça e tomei um gole. Na verdade, eu dormi muito bem. Eu não tinha certeza se foi exaustão ou minha decisão de sair com Christopher.

"Você é bom em ir para Nashville e conseguir algo para comer?"

O único outro bom lugar para tomar café da manhã por aqui era o lugar em que eu o encontrei, e não queria me lembrar disso.

"Claro." Eu respondi.

“Eu preciso ir ver meu tio também. Ele voltou ao hospital. A quimioterapia tem sido difícil para ele. Quer ir comigo? Talvez parar e ver seus pais?”

Que eu não tinha planejado. Voltando para casa e encarando Crawford e minhas memórias. Senti falta dos meus pais e vê-los seria legal. Christopher precisava ver seu tio, e ele obviamente não queria ir sozinho.

"Ok." Eu disse antes que eu pudesse me convencer disso.

"Gostaria que você conhecesse o tio D. Contei a ele sobre você neste verão e ele está curioso."

"Você contou a ele sobre mim?" Eu perguntei surpresa.

"Inferno, sim, você era a coisa mais interessante acontecendo no hospital."

Eu também contei a Crawford sobre ele. Enquanto conversava com ele à noite. Decidi não trazer isso à tona com Christopher. Saímos para o jipe ​​dele e ele abriu a porta para mim. Novamente. Algo que Crawford sempre fez. Algo que eu não esperava do Christopher.

"Obrigada." Eu disse, me sentindo quase envergonhada por estar tão surpresa com isso.

Ele sorriu como se soubesse o que eu estava pensando, depois deu a volta na porta e entrou. Seu jipe ​​cheirava a ele. A colônia dele. Eu gostei daqui.

Quando ele parou na estrada, olhei para ele e decidi que realmente não sabia muito sobre ele. Ele sabia muito mais sobre mim. Mas então, ele perguntou. Ele tentou descobrir. Eu não fiz nada disso.

"Você sempre morou com seu tio?" Eu perguntei.

“Desde que eu tinha seis anos. Meu pai fugiu da minha mãe logo depois que eu nasci. Nunca conheci o homem. E minha mãe morreu de um caso grave de pneumonia quando eu tinha seis anos. Ela não tinha seguro médico e um dia ela simplesmente não acordou. O irmão mais velho dela era seu único parente vivo e ele veio me buscar.”

Enquanto ele estava me dizendo, meu peito ficou apertado e começou a doer. "Quanto tempo você ficou a sós com ela antes que alguém viesse te checar?" Eu perguntei através do nó se formando na minha garganta.

“Quando ela não acordou por um dia inteiro, liguei para o 911. Ela me ensinou se eu achava que algo estava errado e ela não podia me ajudar a ligar para o 911. Muitas vezes me pergunto se eu ligaria antes, pudesse ter a salvou. Mas eu era apenas uma criança. Tio D me ajudou a superar essa culpa.”

Tudo que eu sabia era segurança. É tudo que eu já vi. Na minha vida e na de Crawford. Agora Christopher estava assistindo o homem que o criara morrer lentamente e parecia tão injusto. Ele já sofreu o suficiente.

Depois do acidente, eu estava tão concentrada em Crawford que nunca pensei em como nossas vidas haviam sido fáceis até aquele momento. Para mim, nada poderia ter sido tão terrível. No entanto, poderia ter. As coisas sempre poderiam ser piores.

"Você foi esperto em ligar para o 911. Não sei se pensei em fazer isso aos seis." Admiti.

Ele encolheu os ombros. "Você teria. Acho que as crianças pensam bem e tomam decisões inteligentes antes dos adultos. Muitas vezes, os adultos entram em pânico e reagem mal.”

Havia tanta coisa que eu não sabia sobre Christopher, mas quanto mais eu ouvia, mais eu o respeitava. Claro, ele gostava de dormir e sabia que sua boa aparência o ajudava, mas sua vida não tinha sido fácil.

"Então você começou a trabalhar em uma fazenda quando se mudou com seu tio?"

Ele assentiu e sorriu como se fosse uma lembrança boa. "Sim. O tio D não acredita em sentir pena de si mesmo. Ele me levou a aprender a alimentar as galinhas e a pegar seus ovos no dia seguinte ao funeral de minha mãe. Eu ainda não tinha começado minha nova escola ou descompactado em meu novo quarto. Trabalhei duas horas inteiras na fazenda dele antes de entrar e me preparar para a escola. Foi um trabalho árduo, mas acho que foi o que me levou nesses primeiros meses. Perder minha mãe, afastar-me cinco horas da única vida que eu conhecia, um novo lar, um homem que eu mal sabia ser tudo o que tinha, era muito para uma criança de seis anos se adaptar. O trabalho na fazenda me ajudou. Eu não sentei e pensei muito sobre isso."

Quando eu tinha seis anos, estava brincando com bonecas e implorando para ir ao parque. O caminhão de sorvete descia a nossa rua tocando música alto e eu encontrava Crawford do lado de fora para pegar um sorvete. Foi uma vida de livro de histórias em que nada de ruim nos tocou.

"Ele parece um bom homem." Eu disse simplesmente.

Christopher riu. "Sim, ele é. Ele também usa linguagem obscena e diz o que pensa. Seu temperamento é terrível, mas ele nunca machuca ninguém. Apenas grita e se agita muito.”

Ansiava por conhecê-lo. Vendo outra parte da vida de Christopher. Quanto mais eu sabia, mais eu percebia o quão especial ele realmente era. Provavelmente foi uma conversa perigosa e eu não precisava pensar no Christopher como especial. Mas eu fiz... Porque ele era.