Fanfic: Enquanto Ela Desaparece - Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, drama, romance

CHRISTOPHER

Colocando minhas sacolas no meu quarto, olhei em volta da casa da fraternidade. Eu dividiria um quarto com Knox este ano. Eu escolhi meu companheiro de quarto, e ele foi a escolha fácil. Chegamos mais perto neste verão do que eu já estive com outro cara. Nós dois lidamos com nossa própria dor no hospital.

Knox ainda não estava aqui. Ele havia mandado uma mensagem dizendo que ajudaria sua irmã a se mudar para o dormitório dela primeiro. Seus pais estavam nervosos por deixá-la, mesmo que ela estivesse fazendo um excelente progresso. Knox disse que só precisaria de fisioterapia a cada duas semanas por mais um mês.

Eu não via Dulce novamente desde aquela noite na casa dela, quando o namorado dela apareceu e a levou embora pelo resto da noite. Eu perguntei sobre ela, no entanto. Knox sempre dizia que estava se ajustando e se saindo melhor. Ele nunca me deu mais informações do que isso. E honestamente, por que diabos eu precisava disso? Eu estava preocupado com ela porque ela era irmã do meu amigo. Era isso que eu ia dizer a mim mesmo até acreditar nisso.

Curiosamente, meu tio perguntou sobre ela regularmente também. Era como se nós dois tivéssemos um estranho fascínio por essa garota. Ele costumava mencionar que ela era de um tipo especial, e isso era absurdo para ele. Como ele saberia? Ele apenas ouviu falar dela e a viu no noticiário.

"Ei, Christopher." Uma voz feminina ronronou atrás de mim. Katie, uma loira de uma das irmandades próximas, estava sorrindo na minha porta.

"Katie." Eu respondi, não com disposição para isso.

Katie estava atrás de mim no ano passado. Ela dormiu com três dos meus amigos. Eu não estava indo para lá. Eu sabia o quão grudenta ela ficava e não queria lidar com uma louca.

"Como foi seu verão?" Ela perguntou, entrando no quarto com um short que não cobria suas nádegas.

“Meu tio está morrendo de câncer. Passou a maior parte em um hospital.” Decidi que a abordagem honesta e direta a deixaria com bastante facilidade.

Como esperado, ela parou e franziu a testa como se não tivesse ideia de como responder a isso. Ela estava vestida para foder. Não para discutir meu tio moribundo. "Oh, hum, desculpe-me por ouvir isso."

Sim, eu aposto que ela era. Virei para abrir minha bolsa e comecei a desfazer as malas.

"Bem, se você precisar de alguma coisa, você sabe onde pode me encontrar."

Sim eu sabia. Mas eu não iria. "Sim." Eu respondi.

Ela deu uma desculpa, se despediu e foi embora. Eu nem olhei para trás. Isso teria sido muito encorajador.

Quando a porta se fechou atrás dela, larguei a blusa na minha mão e afundei na minha cama. Silêncio. Sozinho. Eu precisava disso. Logo haveria muito pouco tempo para mim. A casa da fraternidade nunca foi tranquila ou pacífica. Raramente havia tempo para apenas sentar e pensar. Na verdade, nunca é hora de apenas sentar e pensar.

No ano passado, eu amei isso. A festa constante e as meninas. Agora eu tinha outras coisas em mente. Ficar tão longe do tio D não foi fácil. Eu me preocupei com ele. Eu não poderia chegar lá rápido o suficiente se precisasse. Essa foi a parte mais difícil. Ele não estava tomando quimioterapia, mas viveu quase dois meses desde que eles disseram que não viveria nem um sem ela. Ele estava fraco e estava sofrendo. O remédio para dor ajudou a aliviá-lo, mas não foi suficiente. Ele não levaria o suficiente para matar completamente a dor, porque então ele estava inconsciente e queria estar acordado. Ele queria aproveitar sua vida.

Eu tentei ficar em casa este semestre. Estar com ele. Mas ele recusou veementemente. Ele me queria aqui. Ele disse que precisava sair deste mundo sabendo que eu estava obtendo meu diploma e conseguindo mais na vida do que ele. Embora eu achasse que sua vida era algo para se orgulhar, ele a via de maneira diferente. Ele queria mais para mim.

Estar aqui parecia errado, no entanto. Como se eu o estivesse deixando quando ele mais precisava de mim. Foi difícil de fazer. Explicar que para o velho teimoso era impossível. Ele estava determinado que eu iria para a faculdade este semestre.

A porta se abriu e eu me sentei, preparada para outra garota. Mas foi Knox. “Ela tinha oito caixas de merda, três malas e depois meus pais para me deixar louco. Mas ela está aqui e sou grato por isso."

Não precisava de mais explicações para essa afirmação. Eu sabia que ele estava falando sobre Dulce. "Ela se mudou?" Eu perguntei.

"Oh sim. Ela foi morar lá. Hospedando-se com outra caloura que parece tão nervosa quanto ela. Estou feliz que ela não tenha pegado uma cadela furiosa. No meu primeiro ano, eu estava em um quarto com um psicopata que tinha essas pequenas figuras de jogos de tabuleiro em uma prateleira ao lado da cama com quem ele conversava à noite. Essa merda foi fodida.”

Ele jogou a bolsa na cama e sentou-se.

"Espero que a colega de quarto dela não fale com peças do jogo." Respondi, contente por ter outra coisa em que pensar além do tio D.

"Mas acho que meus pais nunca vão embora. Eles estão pairando sobre ela. Como se ela pudesse quebrar. Se ela vier correndo aqui para se esconder, não ficarei surpreso.”

A ideia de ela correr aqui era atraente para mim. O que eu precisava verificar. Eu não pensaria naquela garota o tempo todo.

“Duke e Neil estão dividindo um quarto. Eu vi no meu caminho. Você sabia disso? Eles vão se matar.” Disse Knox, rindo.

"De quem foi a ideia?" Eu perguntei, pensando que mais duas pessoas opostas não poderiam existir.

"Eu não faço ideia. Mas isso deve ser uma merda engraçada.”

Eu concordei. Seria divertido de assistir. E para ouvir. Se Duke não era um ursinho de pelúcia, jogaria Neil e seu TOC pela janela. Embora ele possa fazê-lo de qualquer maneira. Definitivamente não será um momento de tédio por aqui este ano.

“Eu preciso desfazer as malas e ir ver se a Dulce vai comer alguma coisa comigo. Mamãe tem medo de se esconder no quarto e não ir a lugar algum. Quer vir?"

Sim. Eu me parei antes de dizer, no entanto. Se Knox pensasse que eu estava interessado em sua irmã de alguma forma, ele explodiria em mim. Nós éramos amigos, mas ele me conhecia muito bem para me aceitar como estando em qualquer lugar bom o suficiente para sua irmã. Eu vi isso. Eu estava ciente disso, mas dane-se se não queria estar perto dela.

"Certo. Eu poderia comer." Isso soou menos animado e mais parecido comigo.

Ele tirou o telefone do bolso. "Deixe-me mandar uma mensagem para ela, para que ela não se arraste na cama e se esconda antes disso."