Fanfic: Enquanto Ela Desaparece - Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, drama, romance

CHRISTOPHER

A primeira semana de aula sempre era uma merda. Receber toda a papelada e os currículos me estressou demais. Depois, acrescente o fato de o tio D desmaiar na quarta-feira e abrir a cabeça enquanto na casa de repouso estava lá; o fato de ele ser enviado de volta ao hospital só piorou as coisas. Disseram-me que cuidariam dele. Essa merda não deveria ter acontecido.

Era difícil me concentrar em qualquer coisa quando meus pensamentos estavam com o tio D. Liguei para ele algumas vezes por dia e isso o irritava muito. Ele parecia tão malditamente fraco, no entanto. Ainda mais do que quando eu o vi pela última vez.

Quando cheguei ao meu quarto na quinta-feira, depois das aulas da manhã, larguei meus livros e toda a maldita papelada que eles nos deram na minha cama e soltei um rosnado frustrado. Eu não deveria estar aqui. Eu deveria estar com meu tio. Isso era besteira. Ele não deveria esperar que eu ficasse aqui enquanto estava morrendo.

A bolsa em que estive não me deixou abandonar este semestre para gastá-la com ele. Mas eu estava no ponto em que simplesmente não me importei. Eu recebia um empréstimo escolar quando precisava voltar.

Convencer o tio D disso seria difícil, no entanto.

Uma batida na minha porta interrompeu meus pensamentos. Juro por Deus, se for uma garota, posso perder a cabeça. Eu não saía desde que voltei para cá e não estava pensando em nada. Eu ficava apavorada toda vez que meu telefone tocava dizendo que era uma ligação sobre meu tio. Eu não tive tempo para namorar drama.

"Sim." Eu falei involuntariamente. Apenas no caso de não ser um irmão.

A porta se abriu lentamente, como se a pessoa do outro lado não tivesse certeza de que era uma boa ideia entrar. "O que você quer?" Eu perguntei novamente, pronta para acabar com isso.

Então Dulce apareceu e toda a minha frustração evaporou. Não era quem eu estava esperando. Ela não estava aqui para mim, é claro, mas vê-la depois de dias me fazendo não procurá-la no campus foi legal. Foi bom quando nada mais na minha vida foi bom.

Knox me mataria, se pudesse ler meus pensamentos.

"Me desculpe se é um momento ruim..." Ela parecia nervosa, e eu percebi que eu tinha mordido a cabeça dela por bater.

“Não, não, eu pensei que você fosse outra pessoa. Entre. Estou analisando toda essa merda do primeiro semestre em que nos afogam.”

Ela assentiu. "Sim, é muito."

Ela ainda estava nervosa.

"Knox não está aqui." Eu afirmei o óbvio.

"Sim, eu sei. Eu falei com ele. Na verdade, eu parei para te ver. Eu teria ligado, mas não tenho seu número e não queria perguntar a Knox, porque ele presumiria...” Ela parou e corou. O rosa em suas bochechas era malditamente adorável.

"Não me importo de você parar quando quiser." Disse honestamente.

"Obrigada. Eu só... Eu sei que conversamos sobre eu ir com você ver seu tio neste fim de semana e eu realmente quero, mas eu não tinha certeza de quando você estava indo. Veja, eu consegui um emprego no Early Perk e trabalho cinco a doze todas as manhãs de fim de semana. Eu pedia, mas acabei de conseguir o emprego e este será meu primeiro fim de semana. Tenho medo de perder meu emprego se o fizer.”

Eu odiava que ela estivesse tão nervosa comigo. Suas bochechas ainda estavam rosadas, e ela mal podia me olhar nos olhos. Eu a queria confortável comigo. Simplesmente para que eu pudesse ouvi-la falar e olhar para aqueles olhos surpreendentes dela.

"Sim, não, você não precisa parar. É um ótimo lugar. Estou feliz que você encontrou um emprego tão rápido. Tio D está de volta ao hospital em Franklin. Poderíamos sair por volta de uma no sábado e passar a tarde com ele. Talvez jante com ele, depois voltar aqui por volta das oito.”

Ela estava franzindo a testa. Aquele olhar preocupado que ela recebeu. "O que aconteceu? A casa de repouso o mandou de volta?”

“Ele caiu com um profissional de cuidados paliativos lá. Aparentemente, ele se levantou no meio da noite porque é teimoso. Bateu na cabeça dele e eles tiveram que mandá-lo de volta devido à perda de sangue.”

O cenho dela se aprofundou. "Ah não. Isso é terrível. Abençoe seu coração. Isso tem que ser tão difícil para você, estar aqui. Sim, se você não se importa de esperar por mim, eu adoraria ir no sábado. Mas se você quiser ir mais cedo, eu posso dirigir depois do trabalho. Eu conheço o meu caminho para Franklin.”

Eu era egoísta. Eu queria ver o tio D, mas eu a queria comigo. "Vou esperar você. Seja melhor voltar tarde. Seu irmão se sentiria melhor por eu dirigir.”

Ela assentiu. "Sim, tenho certeza que ele faria. Mas se você precisar chegar lá, sou perfeitamente capaz de dirigir à noite. Ele gosta de fingir que ainda tenho oito anos com tranças, mas eu não tenho.”

Não, ela definitivamente não era.

"Vou esperar você." Repeti.

Ela suspirou e assentiu. "Ok. Trago café e bolinhos. Mamãe vai nos dar uma torta de maçã pronta.”

Eu gostaria que meu tio pudesse realmente comer uma torta de maçã. Ele estava em um IV e se recusando a comer. Quando ele tentou, ele vomitou.

"Obrigado. Mas ele não está comendo comida. Duvido que ele consiga apreciar essa torta."

Os olhos dela pareciam tão cheios de tristeza e tristeza que eu queria abraçá-la. Não para fazê-la se sentir melhor, mas porque ela podia sentir isso por um homem velho que ela mal conhecia. Tio D não tinha muitas pessoas em sua vida. Nós trabalhamos na fazenda e ele não era um homem social. Ter alguém se preocupando com ele assim, além de mim, significava muito.

"Então terei algumas histórias divertidas para contar a ele. Ele gosta das minhas histórias.” Ela disse com um aceno de cabeça. Como se essa fosse sua missão agora. Se ela soubesse como apenas aparecer seria suficiente para ele e para mim.

"Tenho certeza que ele vai adorar."

Ela sorriu. Um triste. Então virou-se para sair. Eu a estava assistindo, sem saber o que dizer e me perguntando sobre Crawford. Onde ele estava? Ele não se importava que ela fosse comigo para Franklin?