Fanfic: Enquanto Ela Desaparece - Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, drama, romance

“Esse café é uma merda. Aqui, pegue isso. É seu."

Eu estava lendo quando uma xícara de café que cheirava a céu, definitivamente não era café velho, foi colocada debaixo do meu nariz.

Eu conhecia aquela voz. Ele voltou. O puto. Mas ele tomou café. Café bom. E estou acordada desde as quatro da manhã olhando para o ventilador de teto no meu quarto. Eu queria um bom café.

Peguei a xícara antes de olhar para ele. "Obrigada." Eu quase engasguei. Isso foi difícil de dizer para ele. Mas me ensinaram boas maneiras. Ele estava sendo legal porque eu era irmã de Knox. Eu poderia aceitar isso.

“Você chega cedo. Eu nunca estou aqui tão cedo. Não consegui dormir ontem à noite, então achei que começaria o meu dia."

Ele me comprando um bom café significava que eu tinha que conversar com ele? Provavelmente sim. Além disso, seu tio estava doente. Onde estava minha compaixão?

"Como está seu tio?" Eu perguntei, já que essa era a única parte de sua vida que me preocupava. Não gostava de ver as pessoas perderem um ente querido.

Ele encolheu os ombros. "Teimoso, boca de marinheiro, maldoso e carinhosp, adorável."

Essa não era a resposta que eu esperava. Mas me perguntei se alguém já teve uma resposta real desse cara.

"Então..." Continuou ele “Tomamos café, compartilhamos um irmão e passamos um tempo neste local diariamente. Eu acho que isso nos faz amigos.”

"Nós não compartilhamos um irmão." Foi minha resposta muito rápida.

Ele riu e tomou um gole de café. “O Kappa Sigma discordaria. Irmãos para a vida."

Eu queria revirar os olhos, mas o café estava delicioso, por isso não.

"Por que você está aqui o tempo todo, Dulce?" Ele perguntou, me surpreendendo com o meu nome. Eu não havia lhe dado essa informação.

"Como você sabe meu nome?" Eu agarrei.

“Nós compartilhamos um irmão. Agora, o que mantém você aqui olhando para esta parede?” Ele perguntou enquanto apontava para a parede na minha frente que não continha nada além de um único relógio.

"Se compartilharmos um irmão, você já deve saber disso."

"Touché." Ele respondeu, depois tomou outro gole. "OK. Por uma questão de argumento, não compartilhamos um irmão de verdade. Eu sei o gosto de Knox em cerveja, cartões e mulheres. Eu não sei muito mais. Como eu não sabia até ontem que ele tinha uma irmã. Então, posso saber o que meu novo amigo faz aqui o dia todo?”

Eu estava sendo difícil. Por quê? Esse cara estava apenas sendo legal. Então ele era um paquerador e um galinha. Isso importou para mim? Eu era apenas tão crítica? Deus, eu esperava que não.

"Meu namorado está em coma." Dizendo isso em voz alta machuca. Como um tipo de mágoa que se espalha pelo peito e dificulta a respiração.

“Ai.” Ele disse, como se sentisse a dor que atualmente estava passando por mim. "Como isso aconteceu?"

Eu precisava falar sobre isso. Foi bom para mim contar para alguém. Para tentar aceitá-lo. “Um acidente de carro na noite da formatura. Eu também estava no carro.”

"Caralho." Ele murmurou, e deixou cair a mão para descansar o pulso na coxa enquanto segurava o copo com a mesma mão. "O que tem sido, há um mês agora?"

Eu assenti. Fazia um mês e um dia.

"Por que você não pode sentar no quarto dele? Estar aqui sozinha todos os dias parece... Solitário.”

Ele com certeza estava cheio de muitas perguntas.

“Eu passo três horas enquanto seus pais fazem uma pausa. É minha hora de ler para ele."

Ele se inclinou para a frente, apoiando os cotovelos nos joelhos e olhando para mim, para que eu tivesse que encontrar o seu olhar ou olhar para a frente rudemente.

"Então você fica aqui o dia todo fazendo nada?"

Apreciei o bom café. Eu realmente fiz. Foi o melhor café que já tomei há algum tempo, mas esse cara era intrometido e eu não estava com disposição para me defender. Se eu quisesse sentar aqui o dia todo, eu poderia. Nem ele, nem meus pais, nem meus irmãos, ninguém tinha que entender. Eu estava fazendo o que tinha que fazer para sobreviver a cada dia. Minha vida estava no quarto de Crawford e eu não estava deixando ele.

"Sim." Eu respondi.

Ele assentiu e tomou outro gole de café, depois voltou sua atenção para a parede à nossa frente. "Você deve realmente amá-lo."

"Eu tenho desde os seis anos de idade e ele me trouxe meu brownie favorito para a escola e colocou na minha lancheira." Isso foi mais do que eu disse sobre ele e nosso passado a qualquer pessoa desde o acidente. Mas saiu facilmente.

Christopher não tirou sarro de mim. Em vez disso, ele sorriu. Um pequeno sorriso que fez seus lábios enrolarem um pouco. "Essa é uma boa lembrança."

Sim, era. Eu tinha milhões dessas lembranças.

“Nunca me apaixonei. Não acredite nisso. Mas é bom ouvir alguém falar sobre o assunto." Ele tomou outro gole de café e se levantou.

"Espero que seu namorado abra os olhos em breve." Disse ele. "Eu tenho que ir ver o velho e deixá-lo me vencer em uma partida de pôquer. Faz com que ele se sinta como se tivesse feito algo."

Eu não imaginava que Christopher deixasse muitas pessoas ganharem neste mundo. Ele parecia esperar ganhar tudo. Saber que ele estava deixando seu tio vencê-lo o fez parecer um pouco mais humano. Isso e o café. O café estava bom. 

"Obrigada. Eu precisava disso.” Falei, levantando um pouco a xícara.

Ele piscou. "Todos nós." Então ele se virou e caminhou pelo corredor.

Eu posso ter assistido até ele virar à esquerda e sumir de vista. Não que eu gostasse dele, mas ele teve um bom passeio.

"Alguém disse que Christopher Uckermann estava aqui." Uma enfermeira interrompeu meus pensamentos, o que precisava ser interrompido.

Então, seu sobrenome era Uckermann.

“Ele apenas foi por esse caminho. Para o quarto do tio dele.” Falei, apontando para o corredor.

Ela sorriu brilhantemente. "Obrigada!" Então ela correu atrás dele.

Essa foi diferente da de ontem. Christopher Uckermann realmente deu a volta. As enfermeiras daqui tinham que ser alguns anos mais velhas que ele, mas não pareciam se importar. Não é de admirar que ele estivesse tão cheio de si.

Christopher era atraente. Eu daria isso a ele. Ele tinha uma boa aparência surpreendente que poderia parar o tráfego. Mas eu não me importei com isso. Meu coração não foi movido por um rosto bonito e um corpo esculpido. Pertencia a um cara em um quarto de hospital e sempre pertenceria. Um dia, eu falava para Crawford todas as coisas que aconteciam enquanto ele dormia e nós sorríamos. Não porque ele estava em coma, mas porque ele acordou.

Ele era um lutador e tinha muito pelo que lutar.

Meu telefone vibrou na minha bolsa e eu sabia que as mensagens de texto haviam reiniciado. Na noite passada, joguei basquete e comi bolo caseiro de morango com cobertura de creme de queijo enquanto conversava com Maddy sobre o uso do penico. Todo mundo tinha conseguido um pedaço de mim. Eles precisavam me dar um tempo hoje e me deixar em paz.

Eu ficaria bem quando Crawford acordasse.