Fanfic: Enquanto Ela Desaparece - Vondy (finalizada/adaptada) | Tema: Vondy, drama, romance

Maddy estava finalmente dormindo. Malyn adormeceu facilmente, mas Maddy estava muito animada. Eu a cobri e depois me levantei da cama. Eu queria um pouco de leite e outra mordida na torta de caramelo que mamãe tinha na geladeira. Maddy tinha comido a maior parte do meu pedaço antes.

Ouvi Knox e mamãe conversando na cozinha, quase me virei e voltei para o meu quarto. Esses dois gostavam de falar sobre Crawford e minha agenda. Eles me amavam. Mas eles precisavam entender que eu era adulto. Eu tinha dezoito anos de idade. Eu não precisava de conselhos.

Respirando fundo e me preparando para uma discussão em potencial, desci as oito escadas que levavam para chegar ao primeiro andar. Virando à direita, entrei direto na cozinha. Knox estava à mesa com o prato inteiro e um garfo. Não é surpreendente.

"Economize um pouco, porco." Eu disse, indo até a gaveta para pegar um garfo.

"O resto é todo seu." Disse ele, deslizando o prato.

"Você quer leite, bebê?" Mamãe perguntou.

"Eu pego." Eu disse a ela. Ela fazia isso pros meus irmãos, mas eu não gostava. Deveríamos estar servindo mamãe do jeito que ela fez por nós.

"Sente. Eu mal vejo você. Deixe-me pelo menos fazer seu leite.”

Forcei um sorriso e me sentei com minha torta. Era mais do que eu comia, mas não contei isso a Knox. Ele comeria tudo se eu lhe oferecesse mais.

"Alfonso disse que Christopher voltou aqui hoje." Disse Knox.

Eu assenti. "Sim." Eu decidi que contar a ele sobre o café era uma má ideia.

"Seja cuidadosa. Você é um desafio para ele. Ele está acostumado com garotas atrás dele. Ele ainda não conheceu a Dulce."

Coloquei uma torta na boca e olhei para ele. Ele estava seriamente preocupado que eu fosse me encontrar com Christopher Uckermann quando tudo o que fiz foi sentar do lado de fora do quarto de hospital do meu namorado em coma esperando por ele para abrir os olhos?

"Acho bom que ela tenha alguém para conversar. Eu me preocupo com ela ficar sozinha.” Disse mamãe enquanto sentava o leite na minha frente.

"Mãe, ele é um jogador. Dorme com mais mulheres que Charlie Sheen.”

Mamãe fez um som de zombaria. "Absurdo. Ninguém dormiu com mais pessoas que Charlie Sheen.”

Eu ri e Knox suspirou. Ele não estava divertido. Eu pensei que mamãe tinha feito graça.

"Estou falando sério. Não é o seu tipo de cara.” Ele disse, olhando para mim com um olhar duro.

Eu terminei essa conversa. "Knox, eu fico no hospital o dia todo, todos os dias, esperando o único cara que eu já amei e que adorarei abrir os olhos. Esse é o meu mundo Você honestamente acha que eu estou gostando da ideia do Christopher? O que faz você pensar que eu o notaria?”

"Todas as mulheres o notam."

Dei outra mordida. Eu não era uma garota de irmandade que queria ser adicionada aos entalhes de cabeceira de Christopher Uckermann. Não, obrigado.

"Eu acho que você precisa confiar em sua irmã." Disse mamãe.

Knox grunhiu. "Só porque você quer que ela tenha uma vida fora desse hospital não significa que Christopher Uckermann precise fazer parte dela."

Sentei meu garfo e me levantei. "Eu acho que já tive o suficiente. Eu vou dormir Então, de manhã, voltarei a Crawford. Eu sempre voltarei para Crawford.”

"Termine o seu leite, querida." Disse mamãe, parecendo quase como se estivesse implorando.

Não queria incomodá-la, então peguei meu copo e comecei a beber.

"Não estava tentando incomodá-la." Knox parecia um pouco culpado. "Vou ler para Crawford amanhã. Mais coisas de futebol americano universitário que ele precisa ouvir.”

Terminei o leite e levei o copo à pia para lavá-lo.

"Estou bem. E obrigada. Crawford precisa nos ouvir. Mas essa conversa sobre Christopher Uckermann é inútil.”

Mamãe deu um tapinha nas minhas costas e beijou o topo da minha cabeça. "Eu quero você feliz."

Eu não poderia ser feliz sem Crawford. Mas eu não disse isso a ela. Eu apenas assenti.

"Eu sei, mamãe." Eu a abracei. "Boa noite e obrigada pela torta."

"Vejo você no almoço." Knox chamou, e eu acenei sem me virar, depois voltei para o meu quarto. A segurança do silêncio. Onde ninguém me disse o que eles achavam que eu deveria fazer.

Silenciosamente, voltei para o meu quarto e vi minhas sobrinhas esparramadas na minha cama tamanho grande. Não havia mais espaço para mim agora. Sorrindo, peguei o travesseiro extra e um cobertor do armário e me enrosquei no saco de feijão que ainda tinha no chão desde a minha infância. As meninas adoravam brincar com isso, então eu mantive.

Embora eu não tivesse dormido nisso há anos, lembrei-me das noites em que dormia lendo ou conversando ao telefone com Crawford. Isso parecia outra vida atrás. O que eu daria agora para poder atender ao telefone e ligar para ele. Ouvir a voz dele antes de eu ir para a cama. Ouvir sua risada e saber que amanhã ele estaria lá comigo.

Ele tem que acordar. Eu não poderia enfrentar essa vida sem ele. Ele era meu lugar seguro, meu melhor amigo. Lágrimas picaram meus olhos e eu os deixei cair. Sentindo-as escorrerem pelo meu rosto, a dor no meu peito não diminuiu, mas parecia menos solitário chorar.

Tudo estava diferente agora. Eu estava perdida. Sozinha. Eu não sabia como me encontrar. Eu precisava de Crawford. Knox se preocupar comigo gostando do cara errado era ridículo. Eu amo Crawford e tive toda a minha vida. Um sorriso bonito e olhos incríveis não mudariam isso. Eu não era superficial.

Fechando os olhos, me lembro da vida com Crawford.

Caminhando pelo campo, vi o balanço pendurado em nossa árvore favorita antes de chegarmos a ele. As cordas grossas seguravam um grande pedaço plano de madeira. Voltei-me para Crawford. "O que é isso?" Eu perguntei, apontando para o balanço.

Ele sorriu. "Parece-me que é um balanço, D."

"Eu sei disso... Mas de onde veio?"

Ele andou e deslizou a mão sobre a minha. Nós estávamos fazendo isso muito ultimamente. De mãos dadas. “Você disse na semana passada que a única coisa que poderia melhorar esse lugar era um balanço. Então, aí está o seu."

Meus olhos se arregalaram quando suas palavras afundaram. "Você fez isso?"

"Bem, meu pai ajudou um pouco." Ele admitiu.

Isso não importava. Foi ideia dele. Ele me construiu um balanço. "Posso tentar?" Eu era incapaz de conter minha emoção.

“Você tem. Ou meus sentimentos serão feridos.”

Joguei os dois braços em volta do pescoço, enquanto eu estava na ponta dos pés para alcançá-lo. Parecia que ele crescia uma polegada todos os dias. Logo eu precisaria de uma escada para alcançá-lo.

"Obrigada." Eu disse enquanto seus braços me envolviam.

"Qualquer coisa para você, D. Qualquer coisa."