Fanfics Brasil - Capítulo - XII Mayores

Fanfic: Mayores | Tema: AyA


Capítulo: Capítulo - XII

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Passei a semana inteira nervosa, pensando no almoço com os pais de Alfonso, embora ele gentilmente tentasse me acalmar dizendo que a mãe dele já gostava de mim.


Diferente das outras quintas-feiras, como eu não teria aula no dia seguinte, de noite fui para o apartamento dele, eu estava deitada na cama de Alfonso, junto a ele, enquanto conversávamos sobre os mais diversos assuntos.


– Já teve alguma noite muito ruim? – perguntei curiosa.


– Ruim em que sentido? – perguntou se ajeitando na cama.


– No sentido de sexo ruim, digo por que sexo para homem é bom mesmo quando é ruim – eu disse e ele parou por um tempo como se estivesse analisando o que eu havia dito.


– Já tive algumas noites ruins – respondeu.


– Sua primeira vez foi ruim? – perguntei, adorava passar o dia com ele e enchê-lo de perguntas pessoais, e gostava de como ele me respondia sem temer se expor demais.


– Bem ruim – ele riu. – E a sua?


– Não foi prazerosa, mas não foi ruim – respondi. – Por que sua primeira vez foi ruim?


– Eu estava muito nervoso – ele comentou. – Tive a infeliz ideia de sair com uma mulher mais velha, porque achei que assim eu aprenderia mais, só que quando chegou o dia eu surtei achando que se ela era mais velha as expectativas dela seriam maiores.


– Gosto de como você fala de tudo com tanta naturalidade, eu tinha um preconceito com latinos, me perdoe por isso – fui sincera. – Mas sempre os vi muito machistas, você não tem essa masculinidade frágil.


– E somos, talvez se eu tivesse crescido no México eu fosse diferente – comentou.


– Mas acho que isso é graças a sua mãe, né? – perguntei, afinal sempre achei que um homem se moldava pela forma como fosse criado.


– Minha mãe é bem tradicional, cariño, do tipo que serve o marido à mesa e leva o prato até ele, meu pai que não gostava disso, minha mãe ainda acha que mulher tem que ficar em casa cuidando dos filhos e arrumando a casa enquanto o homem sai para trabalhar.


– E o que você pensa sobre isso? – perguntei, afinal, não havia sido criada para fazer o papel de esposa doméstica.


– Acho que é um pensamento atrasado, meu pai meio que tenta mudar essa visão da minha mãe, mas ele acredita que o homem tem que sustentar a família, no entanto ele gosta de arrumar a casa, gosta de cozinhar, me ensinou desde pequeno que quem suja arruma, embora minha mãe não me deixasse fazer nada quando eu morava com eles.


– Acho que na minha casa meus pais são bem modernos, minha mãe sempre diz que quem ganha mais é quem deve pagar as contas, então lá em casa as contas mais pesadas é ela quem paga, e nunca foi um problema ela ganhar mais do que o meu pai.


– Eu lembro que teve uma época que o seu pai ficava em casa cuidando de você e do William e sua mãe trabalhava, não sei se você se lembra, você era muito pequena – comentou.


– Eu não me lembro, mas meu pai sempre comenta isso, dizendo que eu devo estudar para não depender de homem nenhum, que eu devo seguir o exemplo da minha mãe – comentei. – O único defeito do meu pai é que ele não chora na nossa frente, acho que ele ainda acredita nessa bobagem de que homem não chora, então não importa o que aconteça, ele não chora na nossa frente.


– Em casa meu pai é muito sentimental, do tipo que chora assistindo jornal, já minha mãe é difícil vê-la chorar – contou. – Minha mãe ainda tem alguns pensamentos antigos, mas ela está tentando se desconstruir.


– Ela vai me odiar, não vai? – perguntei preocupada.


– É impossível te odiar, cariño – ele disse.


– Você fala isso porque me ama, ela vai odiar saber o tipo de puta americana que está com o filho dela – eu disse séria. – Sua mãe gostava da Cibelli?


– Que diferença isso faz, cariño? – perguntou.


– Porque quando gostam da ex, não gostam da atual, é regra – expliquei o fazendo rir.


– Relaxa, cariño – ele disse me abraçando.


– Você está quentinho – eu disse o abraçando com força. – Você já falou que amava alguém só para levar essa pessoa para cama? – perguntei do nada, curiosa e Alfonso parou por um tempo como se estivesse pensando.


– Não – respondeu. – Eu dificilmente falo que amo.


– Eu já percebi isso – disse, afinal, desde que começamos a sair, Alfonso não havia dito que me amava.


– Eu te amo, cariño – ele disse quando percebeu que eu sentia falta disso.


– Ama tanto que só falou isso porque eu pedi – eu disse ironicamente.


– Você sabe que eu te amo cariño, não preciso ficar falando isso toda hora para você saber.


– Não precisa falar toda hora, mas nunca falar também é demais – rebati.


– Eu te amo, Anahí – ele disse me apertando em seus braços.


– Ama mesmo? – perguntei fazendo manha.


– Você sabe que sim – ele disse antes de depositar um beijo em meu pescoço.


Na noite seguinte, eu insisti que queria sair para beber e Alfonso me acompanhou, mesmo ele dizendo que queria ficar em seu apartamento para aproveitarmos a noite de outra forma, mas havia tanto tempo que eu não saia para beber que acabei o convencendo a me levar para um barzinho que ficava duas quadras longe do apartamento dele.


Para começar bem a noite pedi minha tequila e Alfonso pediu uma cerveja, bebíamos enquanto conversávamos e eu tentava não pensar que no dia seguinte almoçaria com os pais de Alfonso.


Um homem alto parou ao meu lado fazendo com que Alfonso o olhasse desconfiado e quando eu me virei para pedir outra bebida, Alfonso passou sua mão em minha cintura e me puxou com brutalidade.


Antes que eu pudesse perguntar o que estava acontecendo Alfonso entrou rapidamente na minha frente discutindo com o homem que estava do meu lado.


– Qual é o seu problema? – Alfonso perguntou furioso, deixando seu sotaque ainda mais aparente.


– Volte para o seu país e deixe as vadias americanas com os americanos – disse o homem antes de ser surpreendido por um soco de Alfonso.


Alfonso e o homem trocaram poucos socos antes que todos se afastassem e os seguranças chegarem para separá-los.


– Que pasa wey? – perguntou um dos seguranças para Alfonso e eu não sei se eles se conheciam ou se o segurança apenas percebera que Alfonso era latino.


– Só tira esse otário daqui – pediu Alfonso.


– O americano tem problemas com latinos? – perguntou o segurança antes de se afastar e Alfonso assentiu.


– O que aconteceu aqui? – perguntei assustada quando os seguranças se afastaram levando o homem.


– Não foi nada, esqueça isso – pediu.


– Como assim não foi nada? – perguntei. – Você foi para cima do cara do nada, o que aconteceu? – perguntei novamente, eu conhecia Alfonso muito bem e sabia que ele dificilmente se envolvia em brigas.


Alfonso era do tipo chato, good vibes, que acreditava que violência não levava a nada, por isso vê-lo entrar em uma briga era algo difícil de acontecer.


– Ele ia passar a mão em você – respondeu Alfonso.


– O que? Como? – perguntei confusa.


– Ele está te olhando desde que chegamos, quando ele se aproximou eu sabia que daria merda – ele disse e só então eu percebi uma marca embaixo do seu olho direito, provavelmente do soco que ele havia levado.


– Isso vai ficar roxo – disse passando a mão em seu rosto. – Obrigada por ter agido antes que aquele cara encostasse em mim – agradeci.


– Podemos ir embora? – perguntou e eu assenti.


Na manhã seguinte assim que acordei me virei para olhar Alfonso que ainda dormia, e só quando vi a pequena mancha roxa debaixo de seu olho, foi que eu me lembrei do que havia acontecido na noite anterior.


– Bom dia – ele disse assim que acordou. – Estou com a cara roxa, não estou? – perguntou, e só então eu percebi que o estava encarando.


– Só um pouquinho – eu disse levando minha mão até o rosto dele, o acariciando.


– Ótimo, teremos um assunto hoje no almoço em família – ele disse ironicamente.


– Mais um motivo para sua mãe me odiar – eu disse levando minhas mãos à cabeça. – Fiz o filho dela apanhar.


– Hey, minha mãe não vai te odiar, para com isso – pediu.


– Vai sim, você nunca entra em brigas e entrou em uma por minha causa, nem começamos a namorar e eu já te ofereço perigo – eu disse o fazendo gargalhar.


– Muito perigosa você – ele disse ironicamente, ainda rindo.


Meio-dia em ponto Alfonso estacionou seu carro em frente a enorme e luxuosa casa de seus pais, desci do carro sentindo minhas pernas tremerem, mães nunca gostavam de mim, era como se eu tivesse estampado em minha cara a palavra problema.


Eu sabia poucas coisas sobre os pais de Alfonso, sabia que que Charles era um homem  calmo, desses que praticava meditação e acreditava em medicina alternativa, já Ruth era um furacão, falava alto e era expressiva, mas ambos eram pessoas simples e tirando a casa luxuosa, não demonstravam ter tanto dinheiro quanto tinham.


– Relaxa – Alfonso riu segurando em minha mão, caminhando comigo até a porta da casa de seus pais.


Os segundo que antecederam o momento em que Ruth viera abrir a porta foram os piores, mil coisas se passavam em minha cabeça, que não parava de pensar no quanto a mãe de Alfonso me detestaria.


– Dios mio, que pasó? – perguntou a mãe de Alfonso levando sua mão ao rosto do filho.


Ruth era uma mulher bonita, devia ter em torno de 50 anos, pele bronzeada, olhos esverdeados assim como os de Alfonso, cabelos castanhos claros e quase um metro e setenta de altura.


– Não foi nada mãe, é só um roxo – ele disse dando um rápido abraço em Ruth.


– Como assim não foi nada? Quem fez isso em você? – perguntou com seu forte sotaque, enquanto saia de frente da porta para que Alfonso e eu pudéssemos entrar.


– Foi uma briga besta em um bar, eu nem conheço o cara – ele disse voltando a segurar em minha mão.


– Dios, Anahí, quando foi que você cresceu e se tornou uma linda mulher? – perguntou e eu sorri envergonhada.


– Obrigada – eu disse sem jeito.


– Só assim para o meu filho desnaturado vir me visitar duas semanas seguidas – ela disse fechando a porta.


– Brigou com quem? – perguntou o pai de Alfonso, que descia as escadas.


Charles embora fosse um homem grande com mais de um metro e oitenta de altura, transmitia uma calma que era admirável, seus cabelos eram escuros assim como os do filho, sua pele clara e seus olhos verdes claro.


– Uma briga no bar, você acredita? – disse Ruth indignada.


– Violência gera violência, você sabe disso – disse Charles em seu tom de voz sempre calmo.


– Eu sei, eu perdi a cabeça – Alfonso se explicou.


– E tem um motivo para você ter perdido a cabeça? – perguntou Charles.


– O cara me mandou voltar para o meu país – disse Alfonso e Charles o olhou desconfiado, seu filho nunca perdia a cabeça por isso. – E algumas doses de álcool – Alfonso exagerou, já que só havia tomado uma cerveja.


– O cara ia mexer comigo – eu disse a verdade e Alfonso me olhou como se implorasse para que eu calasse a boca. – Alfonso brigou por minha causa.


– Eu digo para o Charles, esse mundo está violento para nós mulheres – disse Ruth. – Mas você está bem? Ele chegou a fazer alguma coisa com você? – perguntou preocupada.


– Eu estou bem, obrigada, sinto muito por Alfonso ter entrado em uma briga por mim – eu fui sincera.


– Não se desculpe por isso, ainda bem que o Alfonso estava lá com você – disse Ruth. – Esses estadunidenses não têm limites – ela disse indignada.


– Eu sou estadunidense, corazón – disse Charles.


– Mas é um idiota, com todo respeito, não faria mal nem a uma mosca – disse Ruth. – Vamos parar de falar de coisas ruins e falar de vocês dois – ela disse olhando para mim e Alfonso. – Fiquei surpresa em saber que você não tem mais 18 anos.


– Eu já sai dos 18 faz um tempinho – comentei.


– Mas ainda tem esse rosto de boneca – ela disse levando sua mão ao meu rosto gentilmente.


– Tenho uma genética boa – eu disse envergonhada.


– Não tenho dúvidas disso, você e seu irmão são divinos – Ruth sorri olhando de Alfonso para mim, como se estivesse satisfeita com o que via, e isso me deixou aliviada. – Vamos almoçar, eu não sabia do que você gosta então fiz um pouco de cada coisa – disse sorridente.


– Isso significa que ela fez comida o suficiente para alimentar um batalhão – disse Alfonso.


Assim como Alfonso dissera, ao entrarmos na sala de jantar havia comida o suficiente para que cinco famílias se alimentassem bem. Tivemos um almoço agradável, conversamos sobre diversos assuntos que foram desde política a besteiras do cotidiano.


Embora Charles também fosse um pai amoroso, nada se comparava a Ruth que parecia querer mimar Alfonso a cada segundo.


– Voltou a falar com o William? – Ruth perguntou para Alfonso quando nos sentamos na sala depois do Almoço.


– Não – Alfonso se limitou a responder.


– Vocês não podem ser tão cabeças duras, um dos dois terá que ceder – ela disse.


– Eu entendo a raiva dele, mas não vou me desculpar com ele – comentou Alfonso.


– O orgulho não nos leva a nada – comentou Charles, sempre tranquilo.


Alfonso era a mistura perfeita de seus pais, ele tinha a calma e a tranquilidade de Charles, ao mesmo tempo em que tinha o sangue quente como sua mãe.


– Se ele quiser que venha falar comigo, não vou fingir que nada aconteceu – disse Alfonso.


– Você parece uma criança birrenta – comentei, mas logo me arrependi.


– Por que é que você não fala com o William? – Alfonso perguntou.


– Eu já disse, só volto a falar com ele quando vocês voltarem a se falar – respondi.


Passamos uma tarde agradável, conversando sobre planos para o futuro e comendo doces delicioso que Ruth preparara para Alfonso, e assim como ele já esperava que aconteceria, na hora de ir embora Ruth preparara diversas travessas para que ele levasse e se alimentasse durante a semana.


– Foi tão terrível quanto você imaginava? – Alfonso perguntou assim que entramos no carro.


– Foi uma tarde gostosa, seus pais são uns amores – confessei.


Fomos direto até o apartamento de Alfonso e como não tínhamos mais nada para fazer naquele fim de sábado, assistimos a um filme em meio a beijos e caricias, os toques de Alfonso ficavam cada vez mais ousados e meu corpo já pedia por ele com certa necessidade, tanto que eu já nem prestava mais atenção ao que passava na TV, apenas o tocava tentando desconcentrá-lo.


Não demorou para que Alfonso desligasse a TV, já sabendo o que eu queria, me levantei do sofá e senti quando ele me seguiu, passei na frente de Alfonso rebolando, tentando provocá-lo, o que acho que deu certo já que ele acertou um tapa em minha bunda.


– Se é para bater, bate com força – eu provoquei depois de me virar para encará-lo.


Alfonso me virou contra a parede e prendeu meus dois braços em minhas costas, os segurando com apenas uma mão, então deu um tapa forte e estalado em minha bunda.


– Assim que você gosta? – provocou acertando um novo tapa em minha bunda. – Perdeu a voz cariño?


– Porra – eu disse com a respiração ofegante, Alfonso despertava a perversão que havia em mim.


– Cuidado com o que você pede, cariño – ele disse, sua voz carregada de desejo.


– Me fode – pedi, nunca fui de falar assim, tinha vergonha e receio, mas havia algo em Alfonso que fazia com que eu não me reconhecesse mais.



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Autor(a): alinerodriguez

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 31



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  • keka785 Postado em 28/08/2021 - 14:19:17

    Voltaaaa.....

  • aptj_ Postado em 12/12/2020 - 11:32:12

    Voltaaaaaaaa por favorrrrrrrrr.

  • keka785 Postado em 17/11/2020 - 21:55:25

    Posta mais....

  • mileponnyforever Postado em 22/10/2020 - 08:32:38

    Cada capitulo novo, uma emoção!!!

  • ponnyyvida Postado em 15/10/2020 - 11:33:56

    Aí que amor, eles se acertaram *_* *_* Posta maissss ;)

  • ponnyyvida Postado em 09/10/2020 - 01:57:54

    Ihhh, será que é só TPM mesmo ?!?! hmmm, continuaaa <3

  • keka785 Postado em 03/10/2020 - 22:28:40

    Posta maiss <3 <3

  • ponnyyvida Postado em 27/09/2020 - 04:11:44

    O Poncho defendendo o William mesmo eles brigados = tudo pra mim <3 Continuaaaa

  • ponnyyvida Postado em 19/09/2020 - 17:50:45

    Ainda bem que o meu casal voltou <3 <3 Posta maiss

  • ponnyyvida Postado em 09/09/2020 - 21:28:32

    Anahí sendo uma mula de teimosa, só faz besteira :/ :/ Continuaaa

    • alinerodriguez Postado em 16/09/2020 - 17:03:26

      Esse orgulho dela não leva a nada


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