Fanfics Brasil - Capítulo - XXIII Mayores

Fanfic: Mayores | Tema: AyA


Capítulo: Capítulo - XXIII

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Já era quinta-feira de noite quando eu me dei conta de que havia passado quase a semana toda no apartamento de Alfonso, mas nós estávamos nos dando tão bem agora, que eu não tinha vontade de voltar para minha casa, mesmo que minha mãe me mandasse dezenas de mensagens perguntando quando eu voltaria para casa.


Durante a semana Alfonso havia me dado mais algumas aulas de direção, sempre paciente, mas cada vez mais eu me convencia de que isso não era para mim, eu definitivamente não tinha noção de espaço.


Já era tarde, Alfonso já estava deitado na cama e me chamava para eu me deitar também, dizendo que amanhã teria que acordar cedo, mas eu estava parada em frente ao espelho do seu quarto, olhando meu reflexo.


– Acho que eu quero pôr peito – comentei tocando em meus seios.


– Para que? – perguntou. – Você está ótima assim.


– Você acha? – perguntei analisando meu reflexo no espelho. – Você não os acha pequenos demais?


– São perfeitos, cariño – respondeu sonolento.


– Você não gosta de peitos grandes? – perguntei.


– Eu gosto de qualquer tamanho, agora venha dormir.


Me deitei na cama ao lado de Alfonso, que me puxou colando meu corpo ao dele, mas eu não estava com sono.


– Se tivermos um filho, você prefere que seja um menino ou uma menina? – Perguntei curiosa, totalmente sem sono.


– O que você quiser, agora vamos dormir.


– Então responde só isso, você prefere um filho ou uma filha? – perguntei o fazendo bufar.


– Tanto faz – ele respondeu dando-se por vencido.


– Não prefere um filho homem? Os homens que eu conheço querem filhos homens para ensiná-los a ser um macho de verdade – debochei.


– Eu só quero dormir – protestou.


– Me leva em uma penitenciaria um dia? – perguntei animada.


– Não – ele prontamente respondeu.


– Por quê? – perguntei, sabia que não faltava muito para que eu o tirasse do sério, Alfonso era um homem pacífico, mas que se transformava quando estava com sono.


– Porque não é um lugar para você – se limitou a dizer.


– Por quê? Por que eu sou mulher? – perguntei me virando para ficar de frente para ele.


– Não Anahí, só porque você não é uma delinquente – respondeu o obvio.


– Mas eu poderia ser uma advogada...


– Você é uma advogada? – ele me interrompeu.


– Não, mas...


– Então não tem o porquê você ir a uma penitenciaria.


– Mas eu tenho curiosidade...


– E eu tenho sono, vamos dormir, por favor – pediu.


Embora eu tivesse acordado extremamente cedo na manhã seguinte, Alfonso já não estava mais na cama, me levantei e depois de jogar uma água em meu rosto para me ajudar a despertar, fui até a cozinha, onde encontrei Alfonso já vestido com seu terno que sempre o deixava extremamente sexy e elegante.


Alfonso estava de costas para mim e de frente para pia, quando eu me aproximei dele, achando que seria uma ótima ideia abraçá-lo por trás, mas quando eu o fiz, acabei batendo meu braço na cafeteira quente e derramando toda a água fervente no corpo de Alfonso, que estava preparando seu café.


– Puta que pariu – ele disse e quando eu me abaixei para ver o estrago que havia feito, ele levou seus braços para trás para tirar seu terno, acertando seu cotovelo no meu nariz, que começou a sangrar no mesmo instante. – Merda – ele disse sem saber o que fazer, sem saber se me acudia ou se fazia algo com a queimadura em seu corpo.


– Eu estou bem, eu estou bem – eu disse ao ver sua confusão, então Alfonso tirou sua gravata e sua camisa e eu pude ver seu corpo vermelho devido a água fervente que caíra em seu abdome. – Eu sinto muito – eu disse inclinando minha cabeça para frente para que meu nariz parasse de sangrar.


– Me desculpa – ele disse se aproximando de mim


Alfonso fizera uma compressão em meu nariz com uma toalha e aplicando gelo, até que meu nariz parasse de sangrar, mas era visível em sua expressão o quanto ele se sentia culpado.


– Está doendo muito? – levei minha mão até a marca vermelha em seu abdome, onde a água fervente havia sido derramada.


– Já passou.


Alfonso me levou até o banheiro em seu quarto e tirara minha roupa para que eu tomasse banho e antes que eu pudesse chamá-lo para tomar um banho comigo, ele já havia saído, provavelmente porque tomaria um banho no chuveiro do quarto de hospedes.


– Eu realmente sinto muito pela cotovelada. Você não acha melhor ir para o hospital? – ele perguntou minutos depois, quando já havíamos tomado nossos banhos e ele já havia vestido um novo terno.


– Não tem o porquê irmos ao hospital só por isso, eu vou ligar para minha mãe e perguntar o que eu posso fazer para desinchar meu nariz.


– Oi mãe, o Alfonso acabou de dar uma cotovelada no meu nariz, o que eu posso fazer para não inchar? – ele disse me fazendo rir.


– Ela vai entender, e eu não preciso dizer como foi que eu me machuquei.


– Conte a verdade, você é péssima mentindo, sua mãe vai achar que eu te bati e você não quer contar.


– Alfonso, você não bateu nem no William quando ele socou a sua cara, minha mãe sabe que você não me bateria.


Alfonso saíra do trabalho cedo e fora até a minha casa me buscar, mas dessa vez eu pedi para que ele entrasse, já que eu estava separando algumas roupas para levar para o seu apartamento, já que eu estava passando mais tempo lá do que em casa.


– Como você está? – ele disse olhando para o meu nariz.


– Estou ótima, já não sinto mais nada, e você, como está? – perguntei.


– Preciso desesperadamente tirar essa camisa, então vamos logo, por favor – ele pediu.


– Está ardendo? – perguntei após levantar sua camisa e ver a marca ainda vermelha em seu abdome.


– Só incomoda um pouco – respondeu afrouxando sua gravata.


– Eu já disse o quanto eu te acho sexy de terno e gravata? – perguntei o empurrando no sofá do meu quarto e me sentando em seu colo. – Você chegou e nem me deu um beijo – disse antes de beijá-lo.


– Na casa dos seus pais não – ele disse, tentando me afastar quando eu comecei a abrir os botões de sua camisa.


– Eles não estão aqui, vão demorar para chegar – eu disse, voltando a beijá-lo, rebolando em seu colo, sentindo seu membro ereto sob o pano da calça.


– Não cariño, aqui não. – Ele disse tentando me empurrar, mesmo contra a sua vontade.


– Relaxa, não vai chegar ninguém...


– Não – disse antes de se levantar. – Preciso ficar longe de você, vou te esperar na sala.


– Não quer resolver seu problema antes de ir? – Perguntei me aproximando dele e levando minha mão até o seu membro.


– Céus, eu me sinto tão sujo fazendo isso aqui, preciso de distância de você – disse se afastando de mim e saindo do meu quarto.


– Alfonso querido, que prazer vê-lo – pude escutar minha mãe dizendo e já imaginei Alfonso travando.


– Chegou cedo – gritei saindo do meu quarto, descendo as escadas e assim que cheguei na sala me posicionei na frente de Alfonso, escondendo sua ereção.


– Vou cobrir o plantão da noite, então vim dormir um pouco – ela olhou para mim e depois para Alfonso, desconfiada. – Mas podem ficar tranquilos, finjam que eu não estou aqui, as paredes são grossas – disse me fazendo rir e Alfonso corou envergonhado.


– Marichelo, ele é um rapaz de família, você fala essas coisas e ele fica envergonhado – eu ri e pude sentir o olhar de Alfonso me queimar.


– Ha ha ha – disse Alfonso ironicamente. – Eu vou te esperar no carro, não demore – pediu.


– Juro que não vou te agarrar, vem comigo, me espera no quarto – eu disse o puxando pelo braço.


– Como está seu nariz? – Marichelo perguntou se aproximando e tocando em meu nariz, já que eu havia ligado para ela e contado sobre o meu pequeno incidente.


– Já não doí – respondi quando ela se afastou.


– Anahí me disse que você se queimou, está tudo bem? Quer que eu olhe? – ela perguntou a Alfonso.


– Não foi nada demais, Anahí é exagerada – ele disse.


– Que merda vocês estavam fazendo para que um se queimasse e o outro machucasse o nariz? – ela perguntou.


– Foi minha culpa, eu não vi que ele estava fazendo café – contei.


Puxei Alfonso até o meu quarto, ele se sentou no sofá, me esperando pacientemente enquanto eu separava uma troca de roupas e o material que eu precisaria para minhas aulas segunda-feira.


– Toma, isso é leitura obrigatória para namorar comigo – eu disse entregando um exemplar de “sejamos todos feministas” para que Alfonso lesse.


Alfonso não disse nada, apenas pegou o livro e analisou a capa, depois o virou e leu o verso do livro antes de abri-lo e começar a lê-lo.


– Eu li americanah, é da mesma autora, um ótimo livro.


– Você já leu Chimamanda Adichie? – perguntei impressionada e Alfonso assentiu, eu até pensei em dizer o quanto estava surpresa, mas não quis que ele achasse que estava fazendo muito por ler uma autora feminista. – Mas parece que não aprendeu o suficiente, já que se recusa a me deixar pagar a conta.


A verdade é que eu me recuso a elogiar um homem por ele ter tido qualquer comportamento básico de humanidade, e com Alfonso eu precisava treinar muito esse meu lado de não o elogiar por ele ter feito o qualquer homem deveria fazer.


Quando saímos do meu quarto, fomos até a cozinha preparar um lanche já que estávamos com fome e encontramos minha mãe que ainda não havia ido descansar.


– Marichelo – chamei minha mãe que estava preparando seu chá, precisava de uma opinião dela, já que ela sempre fora uma mulher à frente de seu tempo. – Quando você saia com o papai, quem pagava a conta? – perguntei e pude ver Alfonso revirar os olhos.


– Vai começar – bufou Alfonso.


– Seu pai e eu erámos dois estudantes sem dinheiro, então raramente um podia pagar algo para o outro – contou.


– Não temos comidas saudáveis nessa casa, você terá que se contentar com um pacote de batatas – eu disse a Alfonso, enquanto abria o armário e pegava um pacote de batatas fritas. – Mas quando tinham dinheiro, quem pagava? – perguntei retomando o assunto


– Quem tinha mais dinheiro, por quê? – perguntou.


– Quem tem mais dinheiro, no caso eu, então assunto encerrado – disse Alfonso e eu bufei abrindo o pacote de batatas.


– E quem tinha mais dinheiro? – perguntei dividindo minhas batatas com Alfonso.


– Ela está te enchendo com isso de ser independente e poder pagar a própria comida? – minha mãe perguntou olhando para Alfonso e ele assentiu. – William também reclamava quando você pagava as coisas para ele? – perguntou ironicamente.


– William nunca reclamou – Alfonso riu.


– Sua relação era mais fácil com ele do que com ela, né?


– Bem mais fácil – confessou.


– Namore o William então – eu disse antes de sair batendo meus pés, mostrando o quanto eu era uma pessoa madura.


– Boa sorte – pude escutar minha mãe dizer a Alfonso.


 



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Autor(a): alinerodriguez

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 31



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  • keka785 Postado em 28/08/2021 - 14:19:17

    Voltaaaa.....

  • aptj_ Postado em 12/12/2020 - 11:32:12

    Voltaaaaaaaa por favorrrrrrrrr.

  • keka785 Postado em 17/11/2020 - 21:55:25

    Posta mais....

  • mileponnyforever Postado em 22/10/2020 - 08:32:38

    Cada capitulo novo, uma emoção!!!

  • ponnyyvida Postado em 15/10/2020 - 11:33:56

    Aí que amor, eles se acertaram *_* *_* Posta maissss ;)

  • ponnyyvida Postado em 09/10/2020 - 01:57:54

    Ihhh, será que é só TPM mesmo ?!?! hmmm, continuaaa <3

  • keka785 Postado em 03/10/2020 - 22:28:40

    Posta maiss <3 <3

  • ponnyyvida Postado em 27/09/2020 - 04:11:44

    O Poncho defendendo o William mesmo eles brigados = tudo pra mim <3 Continuaaaa

  • ponnyyvida Postado em 19/09/2020 - 17:50:45

    Ainda bem que o meu casal voltou <3 <3 Posta maiss

  • ponnyyvida Postado em 09/09/2020 - 21:28:32

    Anahí sendo uma mula de teimosa, só faz besteira :/ :/ Continuaaa

    • alinerodriguez Postado em 16/09/2020 - 17:03:26

      Esse orgulho dela não leva a nada


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