Fanfic: No berço da Máfia (2° temp)- adaptada - Vondy - Finalizada | Tema: RBD
Eu pensei que fosse ficar melhor, mas não ficou.
Quando saímos da casa de Mai pouco depois de Marcos ter aparecido, eu estava preparada para uma briga com Christopher quando estivéssemos de volta no apartamento. O que não aconteceu.
Ele só tirou a gravata e o paletó e deixou num canto. Meu primeiro pensamento foi que ele iria querer sexo.
O que novamente, não foi o caso.
Christopher não me deu um segundo olhar quando foi para o banho. Eu continuava apreensiva, esperando, querendo que ele começasse algo. Desse-me alguma reação sobre o que aconteceu na festa. Eu não estava preparada para aquilo e pela primeira vez desde que nos casamos, ele fez o que eu disse.
Quando não voltou para a cama depois de algum tempo, eu levantei e sai em direção a sala. Apenas para ver que ele já dormia.
No sofá.
No dia seguinte eu acordei sozinha, o que deveria ser um alívio. Mas não foi. Eu sabia que era apenas porque meu corpo estava acostumado a ter outro grudado ao meu, mas mesmo assim não tirou o incômodo. Desde que nos casamos eu vivia constantemente dizendo a ele que queria ter meu próprio espaço, e isso incluía uma cama apenas para mim. Coisa que ele não tinha respeitado até então.
Não foi até passado das sete da noite que eu ouvi o barulho da fechadura na porta. Liguei a TV rapidamente e olhei, tentando fingir que estava simplesmente deitada no sofá passando algum tempo.
Ele parou diante de mim, jogando as chaves e sua carteira em cima da pequena mesa de centro e enfiou a mão no bolso da calça.
– Olá.
Continuei olhando para a TV quando murmurei um "Ei".
– Eu não sabia que você era tão ligada a natureza assim. – Comentou.
Só então eu realmente foquei na tela e percebi que estava no canal sobre bois e vacas. Ainda mantendo o olhar sobre isso, porém agora mortificada, evitei levantar meus olhos a ele. Eu sabia o que acontecia todas as vezes que estávamos sozinhos em algum lugar, e o final nunca era bonito.
Dei de ombros.
– Acho legal.
Christopher deu uma risadinha e se sentou perto de mim. Tipo muito perto. A ponto de segurar meus pés e os colocar no seu colo. Cada parte do meu corpo estava tensa.
Eu resolvi evitar fazer sexo com ele de forma tão exibida depois dele ter dito que ganhei alguns quilos. Dali para perceber uma barriga, ou qualquer outra alteração mais nítida no meu corpo seria um pulo. Teria de ser mais cuidadosa até finalmente resolver o que faria sobre a minha questão.
Até então teria que levá-lo sempre para o escuro, ou manter-nos em posições mais discretas e que me escondessem melhor. Usando sempre uma camiseta talvez.
Eu poderia até dizer que era meu novo fetiche transar com uma de suas camisetas, já que elas eram tão largas e folgadas.
–... você não acha? – Ele me cutucou e só então percebi que falava comigo.
– O que?
Ele encarava a TV com verdadeiro interesse.
– O jeito como as mães protegem os filhotes quando acabam denascer? Eles saem delas e já vão em busca de se alimentar, procurar aconchego nas mães. É legal.
De repente percebi que aquela linha de bate-papo não era uma que eu queria levar com ele. Tudo o que envolvesse mães, crianças, alimentação e aconchego... definitivamente não.
Tirei os pés de cima dele e me sentei, levantando logo depois. Não dei nem dois passos quando ele falou.
– Você não consegue ficar perto de mim nem para ter uma conversa, não é?
Encarei seu rosto. Seu bonito rosto. Ele tinha apenas um curvar nos lábios, mas não havia deboche. Ele parecia estar falando sério. Mas então, ele sempre parecia estar quando queria. Por mais de um ano ele me manipulou, usou seu charme e nossa atração sexual para usar esse mesmo rosto e mentir.
Não obrigada.
Mas já tive o bastante de deixá-lo foder comigo. Literalmente.
– Isso nunca trabalhou bem pra nós. – Respondi, tentando soar indiferente.
Ele se levantou e cruzou os braços, fazendo com que seus músculos fossem visíveis e marcados através da camiseta. Foi preciso cada grama de concentração para mover meus olhos de lá para seu rosto novamente.
– Vamos jantar hoje.
Lá estava.
Deixei minha atenção sobre seu rosto, por mais que eu quisesse revirar os olhos e perguntar qual era o jogo que ele estava jogando. Bancando o marido bonzinho. Ele não sabia que eu já tinha tido o suficiente daquilo? Entre meu irmão carrasco e ter o pai mais negligente. Então a minha primeira paixão que brincou comigo durante um longo tempo, satisfeito em foder e ir embora, seguido de um cara que usou palavras bonitas para tentar entrar nas minhas calças.
Lorenzo.
Christopher .
Marcos.
Meu próprio pai.
Porra eu mal tinha vinte e cinco anos e tinha mais experiência em ser quebrada de novo e de novo que muita mulher por aí. Ele não conseguia olhar para mim e ver que eu estava feita com as nossas brincadeiras de sedução e jogos de preliminares?
– Eu não estou com fome. – Respondi por fim.
No mesmo momento meu estômago roncou. Era um daqueles momentos em que nem mesmo o barulho dos bois e das vacas e seus bebês poderiam ter escondido a evidência de quão faminta eu estava.
O que eu podia fazer?
Não sabia cozinhar nem para salvar minha própria vida. Por Deus, minha massa parecia cimento de tão dura, e eu juro que era impossível acertar o ponto de qualquer coisa.
Christopher me deu um sorriso conhecedor e levantou uma sobrancelha.
– É claro que não está.
– Va bene. Mas é melhor que a comida seja boa!
Ele sorriu aquele sorriso cheio de intenções.
– Será fodidamente incrível amor.
***
O carro parou na porta do "Listratta", um dos restaurantes mais famosos e caros da Itália. E pela janela do carro eu podia ver os manobristas pegando as chaves dos carros de luxo que estacionavam e as pessoas ridiculamente bem vestidas entrando.
Virei-me para Christopher e o encarei cética.
– Sério?
Ele franziu a testa.
– O que?
– O Listratta?
– É o melhor.
O olhei por alguns segundos antes de perguntar.
– Por que está sendo
tão clichê?
Ele deu de ombros.
– Toda mulher gosta de algo clichê.
– Talvez eu não seja mulher então, porque esse lugar vai me deixar entediada assim como os eventos chatos da Família fazem.
Ele segurou meu olhar por alguns minutos antes de um pequeno sorriso atrevido curvar seus lábios.
Eu senti o meu próprio querer repuxar.
– O que foi?
– Você vai ver. – O motor acordou para vida e ele dirigiu por poucos minutos, antes de parar na frente de um prédio azul.
A primeira coisa que me surpreendeu foi que não havia manobrista, então ele mesmo estacionou atrás de outro carro na rua.
– Você vai deixar o carro aqui?
– Nino está logo atrás para ficar de olho.
É claro que ele estaria.
A rua estava deserta de pessoas. Porém haviam muitos veículos. Nós entramos sem a necessidade de dizer nossos nomes ou conferir reservas.
Ninguém perguntou se gostaríamos de guardar o casaco ou correu pra puxar nossas cadeiras.
– Christopher, que lugar é... – Fui cortada quando ele abriu as portas duplas e a visão diante de mim tirou meu fôlego. – Oh meu Deus...
Haviam pessoas dançando no centro do enorme salão, rodeado por mesas. Quem estava sentado comia, bebia, conversava e aplaudia os dançarinos de plantão.
Minha animação cresceu mil vezes. Só então um homem com um terno e sorridente correu até nós e estendeu a mão para Christopher.
– Herrera! Já faz um tempo meu amigo!
– Não tanto tempo. Cesar, essa é minha esposa, Dulce. Dulce, esse é Cesar Tortilho, chef do lugar e dono do restaurante.
O homem pegou minha mão e deu um beijo respeitoso.
– Ah, mas que bella donna! Seja bem-vinda, eu espero que se divirta essa noite!
– Oi. Obrigada, tenho certeza que eu vou.
Eu me perguntava se seu rosto não doía do sorriso constante, e além, um verdadeiro sorriso.
Imediatamente gostei dele.
– Venham, vamos pegar uma mesa para vocês.
Christopher pegou minha mão repentinamente, e eu não consegui nem mesmo ser grossa ou afastá-lo. Não naquele momento e não com toda a felicidade que rolava por todos os cantos do restaurante.
Nós seguimos Cesar até uma mesa e deixei que ele puxasse a cadeira para mim.
– Comam, dancem, bebam e se divirtam, per l`amor de dio!
Eu dei risada de seu entusiasmo enquanto ele se afastava sempre parando nas mesas e conversando com os clientes.
– Oh meu Deus Christopher, como eu nunca conheci esse lugar?
– Cesar é um bom amigo.
Então isso me bateu. Eles só se referiam a "bom amigo" ou "meu amigo" quando se era um associado da Família.
– É um negócio da Família, não é?
Christopher abriu o cardápio e levantou uma sobrancelha para mim, como quem diz "Tem alguma dúvida?"
– Não é nosso. Mas nós demos a ele a maior parte do dinheiro para levantar o lugar.
– Eu não entendo porque alguém iria querer livremente se ligar a máfia, por Dio, as pessoas deviam ser mais espertas que isso.
Christopher levantou os olhos do menu para me encarar.
– E o que faz delas espertas, amor? Ir até o banco e pegar uma quantidade ridícula de dinheiro, pagar juros exorbitantes e ainda dever para o resto da vida? A Família pelo menos é justa e tem palavra.
– Vai me dizer agora que a Família não cobra juros?
– Você sabe como cobramos débitos em aberto, amor.
Sim, eu sabia.
– Vocês são como ceifadores, sabe disso?
Christopher riu e se recostou na cadeira.
– Estou lisonjeado.
Nós fizemos nosso pedido logo depois. Queria apenas por algumashoras não pensar em nada que envolvesse a Família e nossa vida fora de lá.
Começamos com uma boa e velha macarronada com um molho tradicional acompanhado de uma taça de vinho.
Culpada.
Álcool e gravidez e a coisa toda de não beber. Não dei um segundo pensamento a isso. Não estava pronta para admitir que isso realmente estava acontecendo. E se eu recusasse uma taça Christopher iria além de desconfiar. Nós não falamos muito enquanto comemos, principalmente com o quão focada eu estava na grande movimentação constante bem na minha frente. Cada vez que uma música acabava, outra iniciava logo em seguida e um novo grupo de pessoas iria dançar.
Eu me sentia boba observando e querendo estar lá. Sorrindo com uma alegria que não sentia a muito tempo.
– Por Dio, vá dançar.
Tirei meus olhos da pista apenas para ver Christopher
– O que?
– Eu vejo como você está babando só de olhar. Vá lá para frente e mostre a eles como o sangue siciliano trabalha bem com esse som.
Voltei-me para o salão, depois para ele de novo. Lambi meus lábios de repente secos, sentindo meu coração acelerar com as vibrações da música.
– Acha mesmo?
Christopher me deu aquele sorriso e assentiu.
– Nada vai me divertir mais do que vê-la se balançar lá, amor.
Hesitei novamente e ele bufou.
– Lhe trouxe aqui porque sabia que ia gostar, agora vai.
Ele não precisou falar novamente e eu estava fora da cadeira, sentindo como meus pés já batiam no piso no ritmo.
Abriram a roda e eu comecei a dançar. Grazzie a dio meu vestido era rodado. Nós fomos de Pizzica a Tarantella, batendo palmas, cabelo no rosto e sorrisos em exibição.
Em algum momento alguém deu um lenço em minha mão e eu já não sabia mais nada além da dança. Tinha esquecido do prazer que era fazer aquilo. Eu me sentia brilhando. Cantando músicas da minha terra e girando pela sala como se não houvesse amanhã.
Não voltei para a mesa pelas próximas duas horas, mal parando para beber água. E cada vez que eu olhei para lá, ele estava sorrindo para mim.
Autor(a): naty_h
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– Grazzie, grazzie, grazzie! – Eu disse a Christopher uma e outra vez desde que saímos do restaurante. Já passava da uma da madrugada e eu me sentia transbordando de energia. – Você já disse isso. – Eu sei! Mas Christopher... foi incrível! – Fico feliz que gostou. – Respondeu já dando pa ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 129
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nathalia_muoz Postado em 08/12/2020 - 14:00:06
No encuentro, por favor
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nathalia_muoz Postado em 08/12/2020 - 13:56:39
Hola acabo de leer ambas historias y me encantó me podrías pasar el link de la historia de whattpad no encuentro el perfil
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Postado em 11/08/2020 - 15:35:11
Vou sentir saudades, fico feliz do meu Vondy estarem juntinhos <3
naty_h Postado em 11/08/2020 - 20:42:06
Eu tbm vou sentir, já tava na hora desses dois se acertarem mesmo, mas a confusão nunca vai acabar kkkkkk
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Srta Vondy ♥ Postado em 11/08/2020 - 13:49:04
Aí, acabou, que saudade eu vou sentir Eles mereciam o final feliz, depois de tudo q esses dois passaram, que bom que eles terão gêmeas, q amor Deus E o que eu faço com a curiosidade q bateu aqui senhora? Socorrooo Que história e escrita hein ? Pelo amor de Deus, perfeito Obrigada por esse prazer q você trouxe p nós, imagino que deve ser trabalhoso p cacete, adaptar, revisar tudo e tal, muito obrigada e parabéns
naty_h Postado em 11/08/2020 - 14:14:44
Aaaaaaa vou sentir falta dos seus comentários. A curiosidade você pode matar indo lá no Wattpad e procurar "o monstro em guerra" que é o próximo livro, tem várias coisas sobre a Dulce e o Christopher (no caso, sobre a Anita e o Luigi).
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Srta Vondy ♥ Postado em 10/08/2020 - 20:47:15
Meu casal dinamite tá mais forte do que nuncaaa, que alívio meu Deus E essa vadia vai ter o que merece, ver o quão evoluída tá a Dul é demaaais, foi nem preciso sujar suas mãos p colocá-la no lugar q eu jamais deveria ter saído e o Christopher foi maravilhoso, que prazer em ver que ela vai pagar Vem baby Vondy ? Diz q simmm Continuaaa
naty_h Postado em 11/08/2020 - 00:24:31
Eu li o diálogo da Dulce com a Angelique e gritei RAINHA!! Mas apesar de tudo n podia ficar por isso msm, então o Christopher deu um jeitinho kkkkkkk casal dinamite vai ter seu final feliz finalmente (apesar de ainda ter muita coisa doida nessa familia)
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anne_mx Postado em 10/08/2020 - 20:15:17
Ranço de William? Temos! Mas eu espero que ele não continue sendo o idiota que ele foi até agora com o meu Chris <3 E a Dulce em? Amei desde sempre, o coração dela é lindo, a alma dela é uma das mais especiais que já conheci, aff, o amor da minha vida simmmm, continuaaa, quero ver eles felizes com 10 crianças em uma casa magnífica <3
naty_h Postado em 11/08/2020 - 00:21:37
O William sabe ser bem desnecessário as vezes, Maite faz muito milagre. 10 crianças? Caramba, será que a Dulce vai curtir esse número? Kkkkkkk
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anne_mx Postado em 10/08/2020 - 13:08:09
MEU DEUS, esses dois vão do céu ao inferno em questão de segundos kkkkkkkkkk eu amooooo, o casal mais louco da máfia, eu sou tão apaixonada, continuaaaa, solta mais unzinho hoje, pelo amor de Deus kkkkkkkk <3
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Srta Vondy ♥ Postado em 10/08/2020 - 11:47:12
Vai ter reconciliação simmm, até que fim né ? Já tinha passado da hora Oh Christopher q faz cagada hein, tudo bem q tava bêbado mas como a idiota da Isabella? A Dulce vai te esganar amado, tomara que não vá embora novamente quando descobrir e eu espero q ela saiba por ele e não pela idiota q vai querer se vangloriar Continuaaa
naty_h Postado em 10/08/2020 - 14:45:52
Eles nem se reconciliaram direito e já veio problema kkkkkll Cheha da Dul fugir né? A gente n aguenta mais
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anne_mx Postado em 10/08/2020 - 00:59:08
Eitaaaaa que finalmente meu casal tá juntinho, amém que eu te lembrei do 45, que capítulo lindo, o Christopher nunca foi tão romântico antes na vida dele, continuaaaa, minha menina e meu menino merecem serem felizes, só queria Ponny juntos tbm pra ficar completoooo, faz isso acontecer Naty <3
naty_h Postado em 10/08/2020 - 14:43:17
Eu amo ponny, o recado que eu vou dar no último capítulo é relacionado a eless
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Srta Vondy ♥ Postado em 09/08/2020 - 23:29:22
Até que fim alguém deu o tapa na cara sem mão que a Dulce precisava, ela precisava realmente de um tempo afastada (apesar de eu achar dois anos muito tempo longe) mas fugir o tempo todo e p o resto da vida não adianta nada E a vadia apareceu, vamos ver o que vai ser do pouco tempo de vida dela agora, ansiosaaa Tomara que a Dul deixe de lado a teimosia dela e vá atrás do Ucker agora, plmdss Continuaaa
naty_h Postado em 09/08/2020 - 23:48:49
A sinceridade grotesca do William serviu pra alguma coisa finalmente!! Ela fugiu o máximo que ela pode, na vdd se n fosse pelo Antony e pelas irmãs eu acho q ela nem voltava mais, mesmo morrendo de vontade de ver o Ucker de novo, mas agora voltou e alguém jogou umas vdd na cara dela, então bora ver oq acontece.