Fanfics Brasil - Parte VII ― Uma quase tragédia As Crônicas de Ametiel - Jornada pelo Tempo

Fanfic: As Crônicas de Ametiel - Jornada pelo Tempo | Tema: Personagens Originais, Arcanjos, Batalhas, Romance, Amizade, Aventura, Mistério, Suspense, Drama, Aç


Capítulo: Parte VII ― Uma quase tragédia

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Os dias foram passando, tudo era mais agradável sem a presença desprezível de Kochiro, Rin e eu nos víamos todos os dias e vez ou outra escapávamos para algum passeio nas redondezas. Naquele dia eu a esperava num bosque que havia descoberto. Estava no alto de uma árvore para observar ao redor quando a vi chegar. Aquela criatura tão doce e pequenina, quanta delicadeza. . . como ela me lembrava Akemi. . .ver aqueles olhinhos puxados dava até vontade de judiar. . .e foi o que decidi fazer, pregaria uma peça em Rin. Ela caminhava olhando para os lados e me chamando enquanto eu permanecia em silêncio observando-a entre as árvores. Vez ou outra eu pisava em algum galho ou na folhagem para ver a reação dela:


 


― Ametiel? Você está aí? Ametiel? – ela me chamava.


 


Rin encontrava-se distraída olhando para os lados quando eu resolvi dar a volta e surgir por trás dela com um grito:


 


― Groooaaaaaaaaaaaaaarr!!!


 


Rin deu um salto e gritou tão alto que ecoou pelo bosque me fazendo cair na gargalhada. Parei imediatamente quando vi o medo em seus olhos:


 


― Ametiel, você enlouqueceu?! Porque fez isso?! Quer me matar de susto?


 


Meu coração apertou, me voltei para ela e caminhei em sua direção acolhendo-a com um abraço, eu podia ouvir a forma disparada com a qual seu coração batia, ela tentou me empurrar irritada pela brincadeira, mas, puxei-a de volta, apertei o abraço, e não resistindo ela se deixou acolher:


 


― Me perdoe, por favor. . . não quis assustá-la assim. Era só uma brincadeira. . . Não farei mais, prometo.


 


Rin suspirou forte com a cabeça ainda apoiada em meu peito, e o coração que batia descompassado senti se acalmar, ela estava com as bochechas levemente coradas quando soltei meu abraço:


 


― Às vezes você brinca de uma forma tão bruta. . . – ela começou a me repreender.


 


Eu sabia que ela estava irritada, e também com razão, mas não deixaria que uma brincadeira estúpida minha estragasse o lindo dia que eu havia planejado para nós. Então enquanto Rin ia na frente resmungando, me adiantei para ela ajoelhando-me e abraçando-me às suas pernas, recostando minha cabeça em uma delas. Rin poderia ser severa comigo, mas eu sabia como conquistá-la. Olhei para cima como um filhote de cão:


 


― Será que você poderia perdoar esta estúpida pessoa que não merece a sua amizade?


 


Rin olhou-me tentando manter o ar de seriedade, mas não pôde deixar de se desmanchar num sorriso quando se dirigiu à mim:


 


― Mas você usa golpes muito baixos, não é mesmo? 


 


― Claro que não! Eu apenas sei que tenho a melhor amiga do mundo! – sorri para ela.


 


Naquele dia fomos a uma cachoeira que eu havia descoberto numa de minhas peregrinações. Rin e eu havíamos nos sentado para comer algo quando ela retirou uma folha de meus cabelos e decidiu terminantemente que deveria mudar a natureza deles:


 


― Aquiete-se Ametiel, deixe eu arrumar o seu cabelo!


 


― O que há de errado com meus cabelos? Deixe-os assim!


 


― Ora veja só como estão selvagens e bagunçados, deixe eu dar um jeito nisso!


 


― Mas eu gosto deles assim! São selvagens como eu! Deixe-os assim, Rin!


 


―  Não Ametiel, venha aqui, aquiete-se! Eu vou dar um jeito nisso para você.


 


― Não! Rin!


 


― Ametiel!


 


E dentro de alguns minutos meus cabelos estavam arrumados numa trança com detalhes de enfeites de flores neles. Me senti completamente idiota diante daquela situação, voltando meu cabelo à sua natureza de sempre eu desfiz toda aquela bobeira feita em minha cabeça:


 


― Ametiel! Não precisa ser tão rude! Seu cabelo havia ficado bonito!


 


― Ora, vamos! Deixe isso de lado! – disse espantando o rumo que aquela conversa tomaria – Olha, está fazendo muito calor! Vamos nadar um pouco?


 


Rin pensou por um momento e assentiu com a cabeça, ela falava com seus próprios botões ali próxima à cachoeira quando eu apareci ao seu lado:


 


― . . .Creio que com esse calor nossas roupas já tenham secado até a hora de partirmos, então não há problema se usá-las para um mergulho e. . .


 


― Oi Rin, vamos? – chamei.


 


A garota enrubesceu no momento que se voltou para mim:


 


― Ametiel! Você está. . .? Mas você não tem. . .? – ela gaguejava.


 


― Ora, vai me dizer que vocês costumam nadar vestidos! Deixe de besteira e venha! A água deve estar uma delícia! – disse correndo e mergulhando logo em seguida.


 


Rin ficou me olhando paralisada enquanto eu surgia na superfície encarando-a:


 


― O que foi? A água está excelente! Você não vem?


 


― Não enquanto você não se vestir! – ela respondeu vermelha.


 


― Deixe disso e venha, a água está ótima! – disse com mais um mergulho.


 


Nadei até a outra margem para assim poder alcançar o topo da cachoeira de onde eu chamei a atenção de Rin:


 


― Oi, Rin! – disse num aceno.


 


― Ametiel, o que você vai fazer? Não! Ametiel, não pule! Não faça isso! – eu ouvia ela gritar lá de baixo.


 


Aquela garota rubra e paralisada lá em baixo foi a última coisa que contemplei antes de mergulhar com um salto. Eu não vi mais nada depois que senti um impacto forte em minha cabeça, tudo o que me lembro era de estar num lugar cheio de pessoas trajadas de vestes que pareciam resplandecer, enquanto eu estava de joelhos trajando uma armadura diante de um rei cujo rosto eu não conseguia ver. Era como se eu me olhasse no espelho, mas minha aparência era diferente, ao invés de cabelos longos e negros, eu possuía longos e lisos cabelos brancos, meus olhos já não eram negros como de costume, mas azuis resplandecentes. Havia um brilho sobre mim e a espada que eu carregava, e algo afixado em minhas costas que eu não conseguia ver bem tamanho o resplendor do lugar, contudo, embora não pudesse ver, eu podia ouvir com clareza o que se dizia naquele lugar:


 


― Ametiel, você passará por muitas e duras provações, mas não esqueça de sua missão, encontre e destrua Valak. Não permita que ele fuja. Essa missão depende exclusivamente de você!  


 


― Sim, meu senhor.


 


― Então levante-se, Ametiel Sacreblade! E vá de encontro ao seu destino!


 


Depois daquelas palavras eu não vi absolutamente mais nada senão escuridão e não senti mais coisa alguma senão frio intenso. Minha cabeça latejava e ardia quando abri meus olhos e comecei a ver algumas imagens entrecortadas de árvores, borrões de luz e senti meu peito ser pressionado enquanto ouvia uma voz insistente a dizer:


 


. . . Vamos, Ametiel! Por favor! Reaja! . . .


 


. . .Você não pode fazer isso comigo, vamos! . . .


 


. . .Por favor, você não pode morrer! . . .


 


As coisas estavam confusas e eu já não tinha mais forças para respirar quando senti o fôlego da vida entrar por minha boca e invadir meus pulmões. Meu peito foi comprimido mais uma vez antes da sensação de ter uma textura macia sendo pressionada contra meus lábios enquanto os meus pulmões se enchiam de ar. Finalmente consegui abrir os olhos. Os lábios de Rin estavam sobre os meus:


 


― Rin? – perguntei quando ela se afastou.


 


― Oh, Ametiel! Graças aos céus! – ela disse me puxando para um abraço – Que bom que você está bem! Por favor, nunca mais faça isso comigo!


 


― O que aconteceu? – perguntei com a mente confusa.


 


Rin, que me ajudara a levantar e me recostara numa rocha ali perto me contou tudo o que havia acontecido. Eu observava seu rosto vermelho pelo esforço e os olhos marejados quando numa bronca ela me socou e me puxou para si dizendo:


 


― Nunca mais faça isso comigo! Eu tive tanto medo de te perder!


 


Suas lágrimas quentes molharam meu ombro, eu podia sentir o seu medo pela forma desesperada como seu coração batia e a maneira que me abraçava. Eu me sentia mal por ter sido tão idiota e provocado aquilo. Não pude fazer muito mais do que me desculpar:


 


― Rin. . . por favor. . . me perdoe. Me perdoe por ser tão idiota. Me perdoe por ser. . . um fardo para você.


 


Naquele momento ela apertou o abraço em que me envolvia e disse quase num sussurro:


 


― Nunca mais repita isso, ouviu?! Você não é um fardo para mim. Ametiel, você é tudo o que eu tenho!


 


As lágrimas rolaram.



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Autor(a): kellsinconnors29_

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



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  • greattechsoul Postado em 28/08/2020 - 02:19:49

    ansioso para saber o que acontece a seguir, adorando a história até o momento

  • greattechsoul Postado em 23/07/2020 - 17:02:41

    História bem interessante até o momento, aguardando os próximos capítulos :D

    • kellsinconnors29_ Postado em 23/07/2020 - 19:28:52

      Fico feliz que esteja gostando, é bom saber que estou indo bem. Atualizarei em breve, obg por comentar!


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