Fanfics Brasil - Capítulo 10 Bodas de Fogo (Vondy - Adaptação) 1ª temporada

Fanfic: Bodas de Fogo (Vondy - Adaptação) 1ª temporada | Tema: Vondy, Romance


Capítulo: Capítulo 10

484 visualizações Denunciar


Christopher: Não - ele respondeu afinal.


Dulce: Oh! - Dulce largou a faca sobre a mesa com força, irritada por ter sido deixada naquela expectativa.


Christopher: Mas e se eu gostasse? - Uckermann indagou cheio de desprezo, impedindo-a de protestar. - Você com certeza não pensou em mim, ou em qualquer outra pes­soa, um segundo sequer quando traçou esse plano louco para escapar do altar. .


Dulce mal podia conter o desagrado. Então aquele insolente tinha coragem de distorcer a situação, de fazê-la parecer a vilã da história quando fora Edward que a forçara a se casar e o Cavaleiro Vermelho tolo o suficiente para concordar.


Dulce: Oh, meu lorde, mas eu pensei em você sim. Na verdade nunca imaginei quê seria capaz de aceitar ca­sar-se comigo.


Uckermann resmungou alto, como se as palavras dela confirmassem seus pensamentos.


Dulce: Posso saber o que isso significa? - A irritação de Dulce crescia perigosamente. Já era desagradável o suficiente não enxergar o homem para ainda ter que aguen­tar resmungos incoerentes.


Christopher: Significa, minha querida esposa, que você é exata­mente o que eu suspeitava. Uma garota mimada.


Dulce: Como você tem a ousadia de me falar nesse tom? - ela indagou possessa de ódio.


Christopher: Posso ousar o que quiser porque sou seu marido - Uckermann retrucou muito calmo. - Talvez seja bom lembrar-se desse detalhe.


Dulce: Como se eu pudesse esquecer. - Por um instante Dulce julgou ter ouvido um som parecido com uma ri­sadinha, porém descartou logo a possibilidade. Quem sabe um dos cachorros rosnava baixinho... Irritadíssima, resolveu jantar. Melhor comer e ficar em silêncio do que ouvir insultos.


Seu marido não era nenhum tolo, pensou furiosa. Se quisesse dominá-lo, precisaria usar toda a inteligência e sagacidade. Tinha que e encontrar uma maneira de dobrá­-lo, ou de no mínimo, arrancar o tom de zombaria daquela voz. De repente uma idéia salvadora lhe ocorreu. Uma revelação maravilhosa!


A união podia ser anulada.


É possível invalidar casamentos alegando-se que a cerimônia foi realizada contra a vontade de uma das partes envolvidas. Embora Dulce não tivesse desejado casar-se com homem algum, escolhera Uckermann de livre e espontânea vontade na frente do rei e de várias teste­munhas, portanto seria impensável alegar que sofrera algum tipo de coação. Não, ela realmente não teria como dizer que fora coagida.


Mas Uckermann sim.


O Cavaleiro Vermelho deixara claro que não a queria. Durante a conversa de horas atrás, ainda de manhã, aquele grosseirão a insultara, dizendo-lhe que só podia ser uma mulher desejável por causa do dote. O barão também afirmara, em alto e bom som, que só a aceitava como esposa em obediência a Edward. Para completar, não fora ele mesmo que acabara de proclamar sua in­dignação por ter sido forçado a aceitar um casamento que não procurara e sequer desejara? Concluindo: ele se casara contra a vontade, simplesmente para cumprir um decreto do rei.


Certa de que a união de ambos seria anulada com facilidade, Dulce sorriu. Precisava apenas convencer Montmorency e dariam um fim àquela farsa. Ficaria livre para voltar para Belvry, uma vez que cumprira sua parte escolhendo um cavaleiro como Edward ordenara. Uckermann tampouco seria culpado. Afinal ele obedecera ao rei. Também ninguém dissera nada sobre quanto tem­po o casamento teria que durar.


Usando de todo o seu poder de persuasão, como cos­tumava fazer ao barganhar com os mercadores de tecidos finos e especiarias, Dulce expôs sua idéia brilhante.


Dulce: Há uma saída, meu lorde.


Christopher: Uma saída para o quê?


Dulce: Para você se livrar de mim. - A voz feminina trans­pirava doçura.


Christopher: Se existe uma saída, eu gostaria de saber qual é.


Dulce: Casamentos realizados contra a vontade de uma partes envolvidas podem ser invalidados - ela exclamou paciente. - Portanto, teremos somente que aguardar o tempo suficiente de entrar com uma petição para dissolução de nosso casamento.


Christopher: Dissolução? - O Cavaleiro Vermelho indagou alto. - Sob qual alegação?


Dulce: Sob a alegação de que uma das partes foi forçada a casar-se contra a vontade - Dulce repetiu exasperada. Será que aquele homem recusava-se a entender?


Ruídos estranhos atravessaram a escuridão, como se o barão estivesse praguejando. Bem, talvez fossem os cães outra vez.


Dulce: E então? Você concorda?


Christopher: Quer dizer que está mesmo falando sério?! - Uckermann explodiu surpreso.


Dulce: Claro que estou falando sério, meu lorde. É a solução perfeita para o nosso dilema. Quando nossa união for declarada nula e dissolvida, estaremos livres para vol­tarmos às nossas vidas de solteiros.


Mais ruídos estranhos vindos da direção do Cavaleiro Vermelho. Seria o barulho provocado pelos animais?


Dulce: Bem, qual a sua opinião a respeito do meu plano?


Christopher: Na minha opinião você é louca! - Dulce o ouviu levantar-se e sentar-se de novo, a cadeira rangendo sob a montanha de músculos. Ao perceber que a respiração do marido havia se alterado, ela experimentou um prin­cípio de pânico. O que o deixara tão furioso? Ele não fora taxativo ao dizer que não a queria como esposa?


Quando Uckermann voltou a falar parecia ter se acal­mado um pouco.


Christopher: Vamos ver se consegui entender direito esse seu novo plano. Edward lhe ordenou escolher um marido e você escolheu a mim. Agora quer mudar de ideia e entrar com uma petição junto ao rei e à Igreja para que nosso casamento seja anulado, alegando ter sido coagida?


Dulce: Não, não. Você me entendeu mal, meu lorde.


Um suspiro de alívio vindo das sombras colocou-a mais à vontade para explicar o resto do plano. 


Dulce: Foi você quem contraiu matrimônio sem desejar, portanto é você quem deve entrar com a petição. Claro que vou apoiá-lo. Testemunharei a seu favor, dizendo que você se casou comigo somente por causa da ordem do rei.


Christopher: Eu?! - Desta vez o soco de Uckermann na mesa fez o quarto inteiro tremer. Ele se levantou de um pulo, jogando a cadeira no chão. - Você quer que eu declare que fui forçado a me casar com você?


Dulce: Claro que sim - Dulce respondeu devagar, in­quieta com aquela demonstração de fúria. - É verdade, não é? Pelo menos foi o que você me disse.


O Cavaleiro Vermelho rosnava feito uma fera enjau­lada e por um momento ela teve medo de ser atacada. Desacostumada a tais manifestações de raiva, Dulce ficou imóvel, tentando lutar contra o sentimento de pavor que ameaçava sufocá-la. Não era o modo como ele parecia pairar sobre o aposento, uma figura alta, sombria e com­pletamente desconhecida, o que a assustava, mas a força daquela ira.


Dulce sempre achara emoções de qualquer tipo algo inquietante e detestava funerais porque o excesso de la­mentos e tristeza a incomodava. Mesmo durante o enterro do pai não fora capaz de chorar. Lágrimas que Alice e outras pessoas derramavam com tanta facilidade nunca vinham aos seus olhos. Nervosa, mordeu os lábios sem saber se devia ficar onde estava ou voar para longe do alcance da fúria do Cavaleiro Vermelho.


Ao perceber que o marido não fazia nenhum movimento na sua direção, aventurou um comentário.


Dulce: Pelo que pude entender, você não está inteiramente de acordo com o meu plano.


Uckermann deixou escapar um gemido exasperado. Pelo menos era um avanço, Dulce pensou, considerando que até minutos atrás seu marido estivera rosnando.


Christopher: Não, não estou de acordo com o seu plano - ele falou muito calmo. - Em primeiro lugar, seria uma mentira porque ninguém, jamais, me forçou a fazer qualquer coisa contra minha vontade.


Dulce: Mas você disse...


Christopher: Eu disse que não procurei e nem desejei esta união. Também não falei nada sobre ter sido coagido. O casa­mento foi celebrado para agradar Edward, muito embora eu esteja tentado a acreditar que o sacrifício será maior do que supunha a princípio.


O comentário indelicado a magoou profundamente. Será que o Cavaleiro Vermelho precisava ser sempre tão rude?


Dulce: Você age como se fosse o único a estar sofrendo as consequências. Posso lhe garantir que nossa união tampouco me agrada. Por acaso você acha que eu quero viver aqui?


Uckermann estava longe de ser tolo e não lhe passou despercebido o desprezo contido em cada uma daquelas palavras.


Christopher: Pois viver aqui é o que fará - ele respondeu de forma tão dura e deliberada que Dulce sentiu uma pon­tada de dor no coração. Melhor ter cuidado. O homem sentado à sua frente podia ser muito perigoso.


Quando o barão se mostrava disposto a conversar como uma criatura civilizada, era até possível esquecer sua reputação bizarra e a esquisitice do ambiente ao redor. Se ela fechasse os olhos, podia quase se imaginar no solário ou jantando no salão aconchegante de Belvry, na companhia de um cavaleiro famoso, embora um tanto seco. O problema era que estava a centenas de quilôme­tros de casa. Fora presa numa armadilha, trancafiada dentro da escuridão eterna ao lado de um homem de quem jamais vira sequer o rosto e cuja fama violenta fazia o sangue de qualquer um gelar nas veias.


Melhor lembrar-se de quem era Uckermann de fato e agir com cuidado, especialmente até conhecê-lo um pou­co mais. Procurando raciocinar depressa, Dulce decidiu que deveria apresentar argumentos consistentes e evitar brigas e discussões. Embora estivesse claro que ele não a queria como esposa, também parecia resolvido a não anular o matrimônio. Talvez aceitasse um acordo em que ambos vivessem separados...


Dulce: Meu lorde - ela começou delicada -, se você está tão infeliz comigo, por que não me deixa ir para casa? Continuaríamos casados mesmo morando longe um do outro. Você poderia ir e vir de Belvry como lhe for con­veniente. - Entusiasmada com a ideia, Dulce teria continuado a falar se não fosse interrompida de repente.


Chrsitopher: Você é minha esposa e ficará aqui, quer lhe agrade ou não.


Dulce: Mas precisam de mim em Belvry - Dulce argu­mentou, mudando de tática. Não pretendia abrir mão da própria liberdade tão facilmente assim. - É um feudo muito próspero e se queremos continuar obtendo lucros tenho que estar lá para...


Uckermann sequer deixou-a continuar a frase.


Christopher: Já lhe disse que não quero um vintém de seu precioso dinheiro! Não preciso dele!


Dulce: Então por que não foi oferecida uma refeição aos convidados do nosso casamento? Por que o castelo está nesse triste estado de abandono? Por que não há servos suficientes para mantê-lo limpo? Por que não há mais fogo nas lareiras para nos aquecer e nem velas para afastar essa escuridão maldita? - A voz de Dulce vibrava de frustração. Como Uckermann tinha coragem de negar que precisava de dinheiro? Como é que podia rejeitar aquilo que qualquer outro homem agarraria com ambas as mãos? E se ele não a queria, por que não lhe dava permissão para ir embora de Dunmurrow? Era impossível entendê-lo. Suas perguntas não podiam continuar sem respostas.


Entretanto sem respostas foi exatamente como suas perguntas continuaram. O barão trancou-se em si mesmo até o silêncio pesado se estendeu sobre o quarto como um manto sufocante e ameaçador. Se não fosse pelos contornos da figura maciça protegida pelas sombras, diria até que ele a deixara só. Contudo, quando o Cavaleiro Vermelho voltou a falar, sua voz não mostrava qualquer sinal de raiva, apenas da mais total frieza e indiferença, aliás como vinha lhe tornando familiar.


Christopher: Se você tem medo de escuridão, minha lady, não deveria ter me escolhido.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): delenavondy

Este autor(a) escreve mais 14 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Dulce já engolira humilhação suficiente. Como uma criança mimada, culpava Uckermann pela situação em que se encontrava agora porque ele não desafiara a ordem do rei. Aquele de quem se diziam as piores coisas devia tê-la recusado, devia ter lutado para manter a própria liberdade. Pela primeira vez na vida, sentia-s ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • anne_mx Postado em 26/07/2020 - 04:04:22

    Poxaaa, não acredito que já acabou, que fanfic incrível, amei a história de amor e superação do casal Vondy, que coisa mais linda eles terem tido uma filha e amei o Christopher vendo o veado branco, ainnn uma pena que já tenha chegado ao fim, obrigada por essa história tão linda, você nos conquistou através dela, te acompanharei não segunda temporada Delena com certeza, beijinhosss e parabéns, você arrasou <3

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:05:29

    Não acredito no quanto esse Gilbert é covarde, amo os cachorrinhos protegendo a Dul, pô Glenna tinha que aparecer justo naquele momento? Tadinha da Dul, como será que ela vai sair dessa? Espero que o Christopher tenha previsto isso e salve-a, continuaaa, tô aqui angustiada, deveria ser pecado escrever esses capítulos e não ter a continuacão kkkkkkkk <3

    • delenavondy Postado em 25/07/2020 - 20:12:57

      Esse Gilbert é muito covarde...kkkkk Vc vai ver quando ele ficar frente a frente com o Cavaleiro Vermelho. Sobre a Dulce ela vai ter uma ajudinha de uma pessoa só lendo pra saber...kkkkk Continuando....

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:03:32

    MEU DEUSSSS, A DUL TÁ GRÁVIDAAAA, eu sabia que ela ia estar gravidissima quando ele voltasse, amo a velhinha feiticeira, ela é até boazinha vai <3

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:02:06

    Meu Deus, que angústia ver ele indo lutar por ela e Belvry e ela sem poder fazer nada tadinha, meu coracão chega ficou pequenininho de ver o sofrimento deles dois, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:20:08

    ALELUIA, a visão dele voltou, achei tão fofo a Dul chorando, esses dois merecem ser tão felizes, essa se tornou sem dúvidas uma das minhas favoritas, continuaaa, amei o Poncho jurando que sabia de tudo mas não sabia de nada tadinho kkkkkkkkkkkk <3

    • delenavondy Postado em 24/07/2020 - 23:43:24

      O Poncho sabe de nada inocente...kkkkk Continuando....

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:18:57

    MEU DEUSSSS, Alice vai casar com Pasquaaaa, que fofenhoooo, espero que eles facam uma boa viagem e tudo fique bem <3

    • delenavondy Postado em 24/07/2020 - 23:42:12

      Sim muito fofo os dois <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:32:09

    Ai minha paciência viu? P esses machos que não aceitam um NÃO na cara, tenha a santa paciência Senhor! Quero só ver quando ele descobrir quem o Cavaleiro Vermelho é de verdade KKKKKKKK ai ai Gilbertizinho, eu contava os dias de vida pq ele morresse não ia ser nada estranho, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:24:31

    Não acredito que ele tá voltando a enxergar AAAAAAAA que felicidade! Só quero que ele consiga ver ela, vai ser tão emocionante quando isso acontecer pela primeira vez cara! Quero ver eles dois juntinhosss e com um baby Saviñón Uckermann a caminho, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:22:56

    Fiquei tão orgulhosa dele quando ele salvou ela <3 Esse veado branco realmente trouxe muuuitaaaa sorte pra eles dois <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:22:25

    Ainnn que coisa mais linda, tô muito apaixonada neles dois! Dulce, meu Deus, QUE MULHER viu? Revolucionou a vida dele pra melhor claro <3


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais