Fanfics Brasil - Capítulo 19 Bodas de Fogo (Vondy - Adaptação) 1ª temporada

Fanfic: Bodas de Fogo (Vondy - Adaptação) 1ª temporada | Tema: Vondy, Romance


Capítulo: Capítulo 19

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Dulce deixou que Alice a ajudasse entrar na pequena banheira. Depois de um dia inteiro passado inspecionando a leiteira e os campos, estava ansiosa para se livrar da sujeira. Suspirando fundo, pegou o sabonete e começou a ensaboar-se. Não havia nada como um delicioso banho quente.


Sua satisfação era ainda maior porque a serva parecia tranqüila. Finalmente Alice aceitara mudar-se para o próprio quarto e já não falava tanto sobre abandonarem Dunmurrow de uma hora para a outra.


Dulce: É bom vê-la alegre outra vez - Dulce comentou.


Alice: Hum... Não posso dizer que esteja feliz aqui e tam­bém não confio naquele demônio vermelho. Mas vendo como ele a trata bem e como lhe deu permissão para dirigir o castelo... E, suponho que por enquanto eu vou ficar aqui.


Ela sorriu, sabendo que a criada jamais pensara em abandoná-la. Entregando-se ao calor da água que a aque­cia até aos ossos, Dulce percebeu que na verdade sen­tia-se bastante contente. Era uma ideia estranha, pois jamais julgara possível encontrar motivos para satisfação dentro daquelas quatro paredes e muito menos que o papel de lady de Dunmurrow pudesse lhe dar prazer. Contudo... aqui estava, ronronando como uma gata depois de um longo e proveitoso dia.


Apesar da hostilidade inicial, Christopher acabara deixando-a ocupar a posição de castelã, algo que lhe pertencia por direito, e até concordara com as reformas que pretendia implantar. Alice tinha razão. Sua vida sempre girara em torno da administração de um castelo e era entre­gando-se às responsabilidades e cuidando de todos os detalhes que se sentia próxima à realização pessoal.


Dunmurrow talvez não fosse tão grande quanto Belvry, porém as mudanças ali necessárias representavam um desafio. Felizmente, no momento, Belvry estava entregue aos cuidados de um empregado de confiança, alguém ca­paz de dar conta da administração durante uns poucos meses. Quem sabe quando chegasse a primavera ela po­deria fazer uma visita...


Alice: Uma única coisa posso dizer sobre aquele homem. Pelo menos ele sabe como agradá-la. Embora que com os seus poderes diabólicos não deva ser uma tarefa tão difícil assim. - Alice colocou um vestido limpo sobre a cama antes de continuar. - Fico feliz que você esteja se adaptando tão bem, minha lady, mas...


Dulce: Mas o quê?


Alice: Às vezes acho que você não está feliz de verdade, minha lady, que esse seu bom humor é apenas o resultado de alguma feitiçaria.


Dulce: Que bobagem é essa agora?


A velha criada retorcia as mãos nervosa, sem saber como se explicar.


Alice: O barão não lançou feitiços em você, não é? Tenho medo que o próprio demônio a tenha... hipnotizado!


Se não fosse pela expressão desolada de Alice, ela teria caído na risada.


Dulce: Pare de se preocupar à toa. Uckermann não me enfeitiçou.


Farta de ouvir comentários tolos, Dulce fechou os olhos e procurou relaxar. Qual o problema se o Cavaleiro Vermelho se diluísse em sombras? Ou se colocasse penas na cabeça e dançasse à luz do luar? Desde que ela fizesse o quisesse, o resto não tinha importância... Na verdade poderia ter acabado presa a um homem muito menos de seu agrado do que Christopher Uckermann.


Barão Gilbert, o tal vizinho viúvo, imediatamente veio à sua mente. Ainda se lembrava como o cavaleiro pom­poso e arrogante tratara a primeira esposa. A pobre coi­tada passara anos trancada numa torre, afastada do mundo, enquanto o marido se deitava com uma amante após a outra.


Ou então poderia estar às voltas com o barão Humph­ries, cujo olhar frio parecia mais malevolente do que a escuridão de Dunmurrow. Isso sem contar Rothchilde, com seus lábios gordos e molhados... Dulce estremeceu, cheia de repugnância.


Alice: Pelo menos o Cavaleiro Vermelho não espera que você lhe dê banho - Alice falou, obrigando-a a inter­romper o curso dos pensamentos.


Dulce nada respondeu. Que a serva pensasse o que quisesse. Simplesmente recusava-se a discutir a intimi­dade, ou a falta dela, reinante em seu casamento com quem quer que fosse.


Alice jamais saberia o quanto seu comentário fora acurado. Christopher não lhe pedia para executar qualquer ta­refa em geral associada ao papel de esposa, desde a mais banal até a mais íntima. E embora devesse se sentir grata pela distância que os separava, por algum motivo que não conseguia entender, sentia-se decepcionada.


Olhando para o próprio corpo nu na banheira, não havia como negar o óbvio. Suas formas estavam longe de ser opulentas. Sempre fora magra, esguia, os seios pequenos. Talvez Uckermann preferisse o contrário... Nunca em sua vida tentara parecer desejável aos olhos de um homem, entretanto tivera muitos admiradores. Seus irmãos quase precisavam colocá-los para fora de Belvry a pontapés. E durante a recente visita a Edward, vira-se cercada de cavaleiros ansiosos para cortejá-la. Aliás, todos deram a impressão de cobiçar suas terras com o mesmo ardor com que cobiçavam seu corpo.


O que fazer para despertar a atenção de um homem? Vira muitas damas vestidas em rendas e sedas, lançando olhares lânguidos na direção daqueles a quem preten­diam conquistar, os seios fartos empinados para o alto, expostos em decotes profundos. Porém essas táticas de nada adiantariam na escuridão dos aposentos do Cava­leiro Vermelho. Christopher seria incapaz de enxergá-la. Ele nunca chegava perto o suficiente... exceto uma vez...


Dulce corou ao pensar no beijo que haviam trocado. Lembrava-se dos mínimos detalhes da carícia inesperada e saboreava o episódio como se degustasse um vinho raro. O calor que se espalhava por suas entranhas agora não tinha nada a ver com a temperatura da água. Mas como qualquer outra lembrança, estava começando a desbotar. Às vezes se perguntava se não fora somente um sonho, Será que aquele beijo realmente acontecera dias atrás? Sem que conseguisse conter o impulso, Dulce levou os dedos aos lábios, como se tentasse recapturar a sensação deliciosa. Então, irritada com a própria tolice, mergulhou a cabeça na água e pôs-se a lavar os cabelos.


Ao terminar o banho, Alice lhe entregou um dos belos vestidos que trouxera de Belvry. Fosse por uma simples questão de satisfação pessoal ou mera curiosidade, estava decidida a causar a melhor das impressões no jantar daquela noite.


O vestido de veludo grená tinha um corpete justo que evidenciava a linha dos seios com ousadia. Um pingente de ouro descansava sobre o colo branco, chamando ainda mais atenção para o decote. Para completar, uma tiara, também de ouro, nos cabelos. Na escuridão dos aposentos do Cavaleiro Vermelho, Dulce o fitou provocante en­quanto jantavam, procurando agir de maneira sensual e encantadora. Entretanto Christopher parecia indiferente, com­pletamente alheio às suas tentativas de sedução.


Para complicar ainda mais, ele sequer dava mostras de que a fitava. Por que se dar ao trabalho de parecer bonita e desejável? Alice com certeza iria reprová-la por procurar despertar a atenção de um homem que se es­condia nas sombras como um leproso... ou algo pior... Se tivesse um pingo de bom senso, ela devia cair de joelhos e agradecer a Deus por Uckermann deixá-la em paz! Dulce empurrou o prato para o lado, esforçando-se para acreditar que sua inquietação e frustração eram devidas à mudança da lua e nada tinham a ver com certos desejos inconfessáveis.


Ainda assim, quando Christopher falou, o tom baixo e profundo da voz deixou-a inteiramente arrepiada.


Christopher: Você vai cantar para mim esta noite?


Dulce: Se você quiser. Devo chamar o garoto para tocar flauta?


Christopher: Não é preciso. Sua voz é tão bela que dispensa acompanhamento.


Feliz com o cumprimento, Dulce cantou uma canção atrás da outra. A sua favorita era uma balada de amor, triste e doce. E foi com essa música que ela deu a noite por encerrada.


Christopher: Você não vai cantar mais nenhuma? - Christopher per­guntou sem disfarçar o desaponto.


Dulce: Por hoje é só. Ou amanhã estarei mais rouca do que uma gralha.


Christopher: Está bem. De qualquer maneira já é muito tarde pode se retirar.


De repente ela se deu conta de que estavam inteira­mente a sós, envoltos pela escuridão. Nada do músico ou mesmo de Cecil. Dulce levantou-se, porém em vez de caminhar para a porta, deu um passo na direção do marido. Um dos cães rosnou baixo.


Christopher: Que foi?


Dulce: Quero apenas lhe dar boa noite, meu lorde. - Ner­vosa, ela passou a língua pelos lábios secos, o sangue latejando nas veias. E claro que suas palavras podiam ser interpretadas de muitas maneiras, e na verdade isso não a preocupava nem um pouco. Ousada por natureza, sentia-se mais afoita e atrevida do que nunca, levada por sensações estranhas, que não sabia como explicar.


Christopher: Boa noite, esposa.


Por um momento Dulce ficou imóvel, confusa, inca­paz de acreditar que havia acabado de ser mandada em­bora. Não estava acostumada a ser tratada assim. Então virou-se e saiu, odiando-se por tentar ganhar um beijo de alguém como o Cavaleiro Vermelho.


Enquanto seguia Cecil até seu quarto, não parava de se recriminar por ter tido coragem de agir de modo tão tolo. Estaria mesmo interessada em partilhar uma certa intimidade com Uckermann, quando poucas noites atrás experimentara o terror mais profundo diante da possibilidade de ser abraçada? Não. Sim. Ah, Deus, já não sabia de mais nada. Até então sempre se considerara uma pessoa decidida, capaz de enxergar a realidade com clareza. Agora as sombras do castelo pareciam ter alterado sua capacidade de raciocinar!


O fato é que gostara do beijo. Christopher não era nenhum demônio. Suas mãos não possuíam garras. seus caninos não eram pontiagudos, nem seus olhos irradiavam faíscas avermelhadas. Também apreciava a voz profunda, con­trolada e estranhamente reconfortante.


Dulce suspirou fundo, insegura a respeito de tudo. Tinha certeza apenas de uma coisa. Depois de uns poucos dias de casada, o Cavaleiro. Vermelho tornara-se muito mais atraente do que assustador.


 


Continua...



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Autor(a): delenavondy

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Depois que Dulce saiu, Christopher continuou sentado, imerso na escuridão, analisando o comportamento da esposa. Desde que a recebera em Dunmurrow, passara a viver apenas para aqueles breves encontros durante o almoço e o jantar, mesmo tendo cons­ciência de que cortejava o perigo. A verdade é que não conseguia agir de outro modo. Evitar ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • anne_mx Postado em 26/07/2020 - 04:04:22

    Poxaaa, não acredito que já acabou, que fanfic incrível, amei a história de amor e superação do casal Vondy, que coisa mais linda eles terem tido uma filha e amei o Christopher vendo o veado branco, ainnn uma pena que já tenha chegado ao fim, obrigada por essa história tão linda, você nos conquistou através dela, te acompanharei não segunda temporada Delena com certeza, beijinhosss e parabéns, você arrasou <3

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:05:29

    Não acredito no quanto esse Gilbert é covarde, amo os cachorrinhos protegendo a Dul, pô Glenna tinha que aparecer justo naquele momento? Tadinha da Dul, como será que ela vai sair dessa? Espero que o Christopher tenha previsto isso e salve-a, continuaaa, tô aqui angustiada, deveria ser pecado escrever esses capítulos e não ter a continuacão kkkkkkkk <3

    • delenavondy Postado em 25/07/2020 - 20:12:57

      Esse Gilbert é muito covarde...kkkkk Vc vai ver quando ele ficar frente a frente com o Cavaleiro Vermelho. Sobre a Dulce ela vai ter uma ajudinha de uma pessoa só lendo pra saber...kkkkk Continuando....

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:03:32

    MEU DEUSSSS, A DUL TÁ GRÁVIDAAAA, eu sabia que ela ia estar gravidissima quando ele voltasse, amo a velhinha feiticeira, ela é até boazinha vai <3

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:02:06

    Meu Deus, que angústia ver ele indo lutar por ela e Belvry e ela sem poder fazer nada tadinha, meu coracão chega ficou pequenininho de ver o sofrimento deles dois, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:20:08

    ALELUIA, a visão dele voltou, achei tão fofo a Dul chorando, esses dois merecem ser tão felizes, essa se tornou sem dúvidas uma das minhas favoritas, continuaaa, amei o Poncho jurando que sabia de tudo mas não sabia de nada tadinho kkkkkkkkkkkk <3

    • delenavondy Postado em 24/07/2020 - 23:43:24

      O Poncho sabe de nada inocente...kkkkk Continuando....

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:18:57

    MEU DEUSSSS, Alice vai casar com Pasquaaaa, que fofenhoooo, espero que eles facam uma boa viagem e tudo fique bem <3

    • delenavondy Postado em 24/07/2020 - 23:42:12

      Sim muito fofo os dois <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:32:09

    Ai minha paciência viu? P esses machos que não aceitam um NÃO na cara, tenha a santa paciência Senhor! Quero só ver quando ele descobrir quem o Cavaleiro Vermelho é de verdade KKKKKKKK ai ai Gilbertizinho, eu contava os dias de vida pq ele morresse não ia ser nada estranho, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:24:31

    Não acredito que ele tá voltando a enxergar AAAAAAAA que felicidade! Só quero que ele consiga ver ela, vai ser tão emocionante quando isso acontecer pela primeira vez cara! Quero ver eles dois juntinhosss e com um baby Saviñón Uckermann a caminho, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:22:56

    Fiquei tão orgulhosa dele quando ele salvou ela <3 Esse veado branco realmente trouxe muuuitaaaa sorte pra eles dois <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:22:25

    Ainnn que coisa mais linda, tô muito apaixonada neles dois! Dulce, meu Deus, QUE MULHER viu? Revolucionou a vida dele pra melhor claro <3


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