Fanfics Brasil - Capítulo 38 Bodas de Fogo (Vondy - Adaptação) 1ª temporada

Fanfic: Bodas de Fogo (Vondy - Adaptação) 1ª temporada | Tema: Vondy, Romance


Capítulo: Capítulo 38

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Ela mal podia se conter na pressa de chegar aos apo­sentos do marido. Embora tentasse se convencer de que não gostaria de se atrasar por uma questão de educação, sabia que o pulso acelerado devia-se a motivos bastante diferentes. Será que Christopher a receberia com prazer? Será que a possuiria sobre o tapete diante da lareira ou a levaria para a cama onde fariam amor loucamente e de onde seria dispensada assim que ele se cansasse dela? Ao entrar no quarto do marido, alimentava dúvidas a respeito de tudo.


Christopher: Minha lady.


Dulce: Christopher - ela respondeu ofegante. Ansiosa, levou o cálice aos lábios, a garganta seca de antecipação. O vinho estava um tanto quente e doce esta noite, mas não tinha importância, precisava aplacar a agitação que consumia. ­


Christopher: Foi um dia longo sem você, esposa.


Dulce corou, o corpo respondendo à voz baixa e profunda de Uckermann. Era como uma carícia que lhe penetrava pela pele e lhe aquecia a alma. Porém estava disposta a não sucumbir ao encanto esta noite sem re­sistir ao menos um pouquinho.


Dulce: Foi uma longa noite sem você, meu marido.


Ao ouvi-lo rir, ela levou o cálice aos lábios e tomou o resto do vinho, procurando acalmar-se.


Dulce: O gosto da cerveja está estranho hoje, você não acha?


Christopher: É mesmo? Não percebo nada quando estou na sua companhia.


Dulce sorriu, entregando-se ao fascínio que o marido exercia sobre seus sentidos. A bebida a tinha acalmado, assim como o evidente bom humor de Christopher. Apesar de ter andado chateada, já se esquecera de tudo e só con­seguia pensar na noite ardente que teriam pela frente. Será que ele arrancaria suas roupas ou a possuiria ves­tida mesmo, dominado pela urgência do desejo?


Ansiosa para tocá-lo, inclinou-se para frente, porém uma sensação estranha obrigou-a a permanecer no mes­mo lugar. Com muito esforço, tentou sentar-se ereta, embora tremesse da cabeça aos pés.


Christopher: Dulce? - A voz de Christopher parecia vir de muito longe e quando ela se moveu de novo foi como se suas entranhas estivessem em fogo.


Em questão de segundos Uckermann estava ao seu lado, entretanto o toque daquelas mãos fortes davam a impressão de lhe queimar a pele enquanto a escuridão dos aposentos enormes a engolfava.


Dulce: Não faça isso - ela pediu ofegante, esforçando-se para afastá-lo com gestos frenéticos e desajeitados.


Christopher: Cecil! - Atendendo imediatamente ao chamado do barão, o servo entrou no quarto e ergueu-a do chão. En­quanto era carregada para o próprio quarto, Dulce ou­via a voz do marido praguejando baixo.


Então já estava deitada na cama e Alice colocava um pano úmido em sua testa para aliviar a quentura. Mas não havia nada no mundo capaz de suavizar as sensações terríveis que pareciam destroçá-la por dentro. Fechando os olhos, Dulce perdeu-se num labirinto escuro e des­tituído de qualquer pensamento coerente.


*******************************


Christopher: E então? - Christopher mal conseguia conter a impaciên­cia. Parecia que o criado estivera ausente durante horas, deixando-o louco de preocupação.


Cecil: Ela não está nada bem, meu lorde, porém tudo indica que se trata de um mal passageiro.


Christopher: Claro que será passageiro! Não me faça perder a calma com, explicações dignas de uma criança. O que provocou essa indisposição?


Cecil: Glenna, a cozinheira, diz que sua esposa bebeu uma poção preparada pela curandeira da aldeia. A cozinheira insiste que se trata de uma espécie de purgante que foi misturado ao vinho. Também não sabe dizer ao certo se sua esposa pretendia ou não tomar a infusão de ervas. Talvez tudo tenha sido um acidente.


Christopher: Um purgante? - Confuso, Christopher sentou-se na bei­rada da cama. Por que Dulce iria procurar uma curan­deira? Será que andara doente? Mas ontem mesmo ela lhe parecera perfeita. Ainda se lembrava do ardor como reagira às suas carícias...


Quem sabe era somente uma indisposição feminina... De repente um pensamento terrível lhe ocorreu. Muitas mulheres costumam tomar um tipo especial de pur­gante quando querem se livrar de uma gravidez inde­sejada.


Christopher: Não! - Uckermann gritou, levantando-se num impulso. - Dulce não faria isso!


Cecil: Ela poderia estar grávida - Cecil falou, como se fosse capaz de ler a mente do barão.


Christopher: É possível. Mas minha mulher ainda não poderia sabê-lo. É cedo demais. - Oh, Deus, fora apenas alguns dias atrás que lhe tirara a virgindade.


Cecil: Sua esposa poderia ter medo de que um filho seu fosse a reencarnação do demônio...


Christopher: Não! - A voz angustiada de Christopher ecoou pelo quarto silencioso. Não era verdade, não podia ser verdade. Dulce não temia o Cavaleiro Vermelho e nem acreditava nas histórias absurdas que se contavam. Por que então iria pedir uma poção a uma curandeira qualquer para se livrar da criança?


Christopher: Não! - Christopher esmurrou a parede do quarto com força e não reparou que o criado saíra e nem que de suas mãos escorria sangue. ­


*******************************


Alice: Vamos, vamos, minha lady - Alice falou baixinho. - Você vai ficar boa agora. Já esvaziou todo o estômago, pobrezinha. Vamos, beba isso aqui. Vai fazer a dor passar e você poderá descansar.


Dulce sentiu um líquido amargo sendo colocado na sua boca e gemeu.


Alice: Quietinha, minha lady. Foi a infusão de ervas que lhe provocou todo este mal estar. Como é que você foi confiar numa aldeã velha e ignorante? As curandeiras são loucas, ou pelo menos a maioria delas é. Agora des­canse um pouco, vou ficar ao seu lado.


Dulce fechou os olhos, sentindo os membros pesados. Porém a cabeça latejava e o estômago ardia, dificultando a chegada do sono. Mas quando finalmente conseguiu adormecer, sonhos estranhos e vívidos a atormentaram, sempre girando em tomo do Cavaleiro Vermelho. Angustiada, acabou acordando para logo em seguida voltar a dormir.


De repente a atmosfera do quarto mudou. Era como se o ar estivesse carregado de eletricidade, como acontece antes de uma violenta tempestade. Dulce sentiu a pre­sença de alguém ao seu lado, e não era Alice.


Viúva Nebbs: Aqui, minha criança - a viúva Nebbs dizia em seu sonho, o rosto enrugado, os olhos penetrantes, as mãos morenas segurando um pequeno pacote. - Você precisa apenas misturar um pouco deste pó no vinho de seu ma­rido e ficará livre dele para sempre.


Dulce: O que você está dizendo? - ela perguntou confusa. Será que adormecera junto à lareira? - Não estou­ entendendo nada.


Viúva Nebbs: Está entendendo sim - a viúva confirmou sem hesitar. - Isto aqui é para seu marido, para o barão Uckermann. Faça-o beber e ele perderá o poder de enfeitiçá-la.


Dulce se encolheu, horrorizada. Será que a mulher estava lhe dizendo para envenenar Christopher?


Viúva Nebbs: Assim você ficaria livre, minha criança. Livre para voltar ao seu lar, à sua vida antiga. Livre para administrar seu próprio castelo sem interferências... ou distrações.


Dulce: Sim, mas...


Viúva Nebbs: Então você precisa colocar apenas um pouco dessas ervas na cerveja de seu marido.


Ela balançou a cabeça de um lado para o outro, os pensamentos voltados para o conforto e o prazer que en­contrara naqueles braços fortes. Não importava quem ou o que Christopher era. Jamais teria coragem de matá-lo.


Dulce: Não posso fazer isso - murmurou desesperada.


Viúva Nebbs: Menina tola. Não será preciso matá-lo. Apenas usa­rá as ervas para se ver livre dele para sempre. Afinal não é isto o que você quer? Você tem que decidir agora - a viúva Nebbs insistiu, acuando-a. - Não é isto o que você quer?


Dulce: Não! - Dulce gritou com todas as suas forças e sentou-se na cama. - Eu quero Christopher!


Christopher: Estou aqui. - A voz calma e profunda afastou o pesadelo. Então ele a abraçou, fazendo-a sentir-se segura, protegida... e querida.


*******************************


Logo antes do amanhecer Dulce acordou. Inspirando fundo, ela sentiu-se repentinamente bem. Devagar, abriu os olhos e reconheceu o próprio quarto. Um braço forte rodeava-lhe a cintura.


Dulce: Christopher? - chamou baixinho, o rosto encostado ao peito largo do marido. As lembranças começaram a voltar, depois das horas seguidas de total confusão. Lembrava-se da visita à viúva Nebbs, da volta a Dunmurrow, de haver jantado com Christopher... e dos pesadelos horríveis.


A viúva tinha-lhe dado uma mistura de ervas, mas podia jurar que jogara o pacote fora. Por nada deste mun­do, por mais difícil e estranho que pudesse parecer, ja­mais teria coragem de abrir mão de Christopher.


Hesitante, deslizou os dedos pelo peito másculo, que­rendo ter certeza de que aquele marido misterioso con­tinuava inteiro e respirando, apesar de sua tentativa de exorcizá-lo.


Christopher: Dulce? Você está se sentindo bem agora?


Ela acenou com a cabeça, comovida demais para confiar na própria voz. Como pudera ter sido tão idiota? Como fora capaz de desejar romper o encantamento que os li­gava um ao outro? Ah, como desejava não ter sequer ouvido falar da viúva Nebbs.


Christopher: Por quê? - Christopher perguntou num tom rouco e emo­cionado.


Será que ele sabia da história toda? Sentia-se en­vergonhada de ter procurado a curandeira e embara­çada pela própria fraqueza e estupidez. Nunca deveria ter trazido o embrulho para casa porque de algum modo as ervas haviam ido parar em seu estômago, pondo-lhe em risco a saúde, a paz de espírito e a trégua com o marido.


Christopher: Para que servia a poção? - Estava claro que Christopher seria persistente na sua busca de explicações. Embora soubesse que precisaria dizer alguma coisa que justificasse sua atitude, Dulce não suportaria contar a ver­dade. - Era um purgante para livrá-la de nosso filho?


Dulce: Christopher! - ela exclamou horrorizada. - Eu jamais, faria uma coisa dessas! - O fato é que a ideia de um filho não lhe passara pela cabeça, apesar de ser uma consequência natural depois de haverem estado juntos...


Um bebê... Como seria o filho do Cavaleiro Vermelho? O pensamento trazia embutida uma série de novas preocupações, mas Dulce simplesmente as ignorou. Havia feito uma escolha e era tarde demais para voltar atrás, à vida antiga, a vida sem Christopher Uckermann.


Dulce: Você está dizendo que eu estou grávida?


Christopher: Não. Ainda é muito cedo para saber, a menos que sua menstruação esteja atrasada.


Dulce corou e baixou, a cabeça.


Dulce: Mas eu poderia estar grávida, não é? Embora seja possível que esse meu mal estar tenha... matado o bebê. Oh, Christopher, eu não queria tomar nada, juro! Foi tudo tão estranho, como num sonho... Fui visitar a viúva Nebbs para conversar sobre medicamentos e quanto voltei Glen­na encontrou um pacote de ervas dentro da cesta. Eu o joguei no chão e saí com Cecil para resolver um assunto. Glenna deve ter presumido... Oh, Deus, não vou suportar se fiz mal ao bebê...


Christopher: Ainda é muito cedo para saber. - Christopher abraçou-a com força, parecendo aliviado.


Ela retribuiu o abraço, jurando a si mesma que o ma­rido jamais saberia que aquela poção tinha como objetivo arrancá-lo da sua vida.


Christopher: Você quer... filhos?


Dulce: Sim, claro - ela respondeu aconchegando-se de en­contro ao corpo forte.


Christopher: Então iremos começar a fazê-los assim que você se sentir melhor. Vou amá-la vezes e vezes sem conta, es­posa, até que minha semente esteja firmemente plantada nas suas entranhas.


A promessa apaixonada a fez estremecer da cabeça aos pés, confirmando o quanto aquele homem a fascinava. Era um fascínio tão real que superava qualquer feitiço ou encantamento.


Christopher: Você não vai aceitar mais nada da curandeira da aldeia. São mulheres tolas ou ainda pior.


Dulce: Não se preocupe, estou curada.



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Autor(a): delenavondy

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Quando Dulce acordou, horas depois, Christopher já havia se retirado e ela ficou se perguntando o que fora sonho ou realidade. Lembrava-se ter ido visitar a viúva Nebbs com a vaga esperança de quebrar o encantamento que a ligava ao marido, mas não se lembrava de pedir ajuda à curandeira. Contudo, a velha realmente lhe dera uma mistura de er ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • anne_mx Postado em 26/07/2020 - 04:04:22

    Poxaaa, não acredito que já acabou, que fanfic incrível, amei a história de amor e superação do casal Vondy, que coisa mais linda eles terem tido uma filha e amei o Christopher vendo o veado branco, ainnn uma pena que já tenha chegado ao fim, obrigada por essa história tão linda, você nos conquistou através dela, te acompanharei não segunda temporada Delena com certeza, beijinhosss e parabéns, você arrasou <3

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:05:29

    Não acredito no quanto esse Gilbert é covarde, amo os cachorrinhos protegendo a Dul, pô Glenna tinha que aparecer justo naquele momento? Tadinha da Dul, como será que ela vai sair dessa? Espero que o Christopher tenha previsto isso e salve-a, continuaaa, tô aqui angustiada, deveria ser pecado escrever esses capítulos e não ter a continuacão kkkkkkkk <3

    • delenavondy Postado em 25/07/2020 - 20:12:57

      Esse Gilbert é muito covarde...kkkkk Vc vai ver quando ele ficar frente a frente com o Cavaleiro Vermelho. Sobre a Dulce ela vai ter uma ajudinha de uma pessoa só lendo pra saber...kkkkk Continuando....

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:03:32

    MEU DEUSSSS, A DUL TÁ GRÁVIDAAAA, eu sabia que ela ia estar gravidissima quando ele voltasse, amo a velhinha feiticeira, ela é até boazinha vai <3

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:02:06

    Meu Deus, que angústia ver ele indo lutar por ela e Belvry e ela sem poder fazer nada tadinha, meu coracão chega ficou pequenininho de ver o sofrimento deles dois, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:20:08

    ALELUIA, a visão dele voltou, achei tão fofo a Dul chorando, esses dois merecem ser tão felizes, essa se tornou sem dúvidas uma das minhas favoritas, continuaaa, amei o Poncho jurando que sabia de tudo mas não sabia de nada tadinho kkkkkkkkkkkk <3

    • delenavondy Postado em 24/07/2020 - 23:43:24

      O Poncho sabe de nada inocente...kkkkk Continuando....

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:18:57

    MEU DEUSSSS, Alice vai casar com Pasquaaaa, que fofenhoooo, espero que eles facam uma boa viagem e tudo fique bem <3

    • delenavondy Postado em 24/07/2020 - 23:42:12

      Sim muito fofo os dois <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:32:09

    Ai minha paciência viu? P esses machos que não aceitam um NÃO na cara, tenha a santa paciência Senhor! Quero só ver quando ele descobrir quem o Cavaleiro Vermelho é de verdade KKKKKKKK ai ai Gilbertizinho, eu contava os dias de vida pq ele morresse não ia ser nada estranho, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:24:31

    Não acredito que ele tá voltando a enxergar AAAAAAAA que felicidade! Só quero que ele consiga ver ela, vai ser tão emocionante quando isso acontecer pela primeira vez cara! Quero ver eles dois juntinhosss e com um baby Saviñón Uckermann a caminho, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:22:56

    Fiquei tão orgulhosa dele quando ele salvou ela <3 Esse veado branco realmente trouxe muuuitaaaa sorte pra eles dois <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:22:25

    Ainnn que coisa mais linda, tô muito apaixonada neles dois! Dulce, meu Deus, QUE MULHER viu? Revolucionou a vida dele pra melhor claro <3


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