Fanfics Brasil - Capítulo 39 Bodas de Fogo (Vondy - Adaptação) 1ª temporada

Fanfic: Bodas de Fogo (Vondy - Adaptação) 1ª temporada | Tema: Vondy, Romance


Capítulo: Capítulo 39

20 visualizações Denunciar


Quando Dulce acordou, horas depois, Christopher já havia se retirado e ela ficou se perguntando o que fora sonho ou realidade. Lembrava-se ter ido visitar a viúva Nebbs com a vaga esperança de quebrar o encantamento que a ligava ao marido, mas não se lembrava de pedir ajuda à curandeira. Contudo, a velha realmente lhe dera uma mistura de ervas e acabara tomando a infusão, porque logo depois caíra doente. A poção fora capaz de fazê-la eliminar tudo o que havia em seu corpo, exceto os sentimentos por Uckermann.


Portanto tais sentimentos iriam permanecer em seu coração pois não eram produto de magia ou encantamento. Enfim Dulce compreendeu que este fascínio tinha causas naturais. As emoções que sentia não podiam ser negadas ou ignoradas. Também não eram uma doença para a qual se busca a cura.


Quer gostasse da ideia ou não, a verdade é que se importava com Christopher e o melhor era ir se acostumando logo com o fato pois tinha certeza que esses sentimentos iriam crescer ao invés de diminuir. Se ao menos conseguisse ignorar as sombras que o cercavam...


A tarde, Dulce já se sentia bem o suficiente para demonstrar impaciência, embora Alice não a deixasse sair da cama.


Alice: Tenho ordens estritas para impedir que você se canse, minha lady.


Apesar do tédio, Dulce permaneceu na cama o dia inteiro mas à hora do jantar, tentou levantar-se para ir ao encontro do marido.


Alice: Não, minha lady - Alice falou decidida, empur­rando-a de volta para os travesseiros. - Cecil me disse para impedi-la de colocar os pés fora deste quarto hoje porque seu marido quer que você se cuide bem. - Seria essa mulher, que agora demonstrava aprovação por uma atitude do Cavaleiro Vermelho, a mesma que o temia tanto na chegada a Dunrnurrow? - Vamos, minha lady, beba isso. Glenna lhe preparou uma sopa especial, bem leve por causa de seu estômago.


Irritada, Dulce começou a tomar a sopa. Claro que Christopher não iria querer a sua companhia. Com certeza ainda devia estar zangado. Será que ele descobrira, através de Glenna ou da própria viúva Nebbs, o verdadeiro objetivo da poção?


Oh, Deus, só esperava que agora, depois de tê-lo aceito com todo o coração, que ele não lhe desse as costas.


Dulce: Quero meu marido. Quero vê-lo agora. - Dulce entregou o prato vazio à criada, sabendo que choramin­gava como uma criança. Mas não tinha importância. Pre­cisava do conforto que apenas o Cavaleiro Vermelho era capaz de lhe dar.


Alice: E você o verá, minha lady. Vou pedir a Cecil que lhe transmita o recado. Posso me retirar agora, ou você vai querer algo mais?


Dulce balançou a cabeça e dispensou a serva, não sem antes recomendá-la para ir atrás de Cecil logo. Na verdade, se Alice fosse mais corajosa, a mandaria dar o recado ao Cavaleiro Vermelho pessoalmente.


Dulce: Alice! Por favor... apague todas as velas. E feche as cortinas da minha cama antes de sair.


Sozinha outra vez, ela sorriu ao pensar no engano da criada. Não precisava das sombras para repousar e sim para aguardar o marido.


Não foi necessário esperar muito. Uma leve corrente de ar, O ruído das cortinas sendo abertas e logo uma presença grande e sólida dominava a escuridão. Ao es­tender a mão para tocá-lo, Dulce se surpreendeu ao perceber que Christopher usava uma espécie de robe, quando na verdade preferia sabê-lo nu.


Christopher: Você mandou me chamar, esposa? -A voz profunda soava séria como sempre.


Dulce: Sim. - Será que fora apenas imaginação sua, ou ele a confortara ao amanhecer, abraçando-a ternamente? Aquelas mudanças repentinas de humor a deixavam confusa, sem saber o que pensar. Porém sentia-se incapaz de experimentar qualquer sentimento de raiva em relação do marido. Não depois de se dar conta do quanto aquele homem era importante na sua vida.


Entretanto saber que seus sentimentos por Christopher não podiam ser mudados em nada diminuía o impacto das emoções recém-descobertas. Era doloroso demais desejar alguém com tamanho desespero. Não podia se culpar por ter tentado se proteger da força incontrolável das emo­ções. Mas sempre fora uma mulher corajosa e estava disposta a enfrentar a situação. Embora não pudesse al­terar o desejo, conhecia uma maneira de amenizá-lo.


Dulce: Será que foi imaginação minha, marido, ou hoje de manhã você me prometeu filhos? - Seguindo um impulso ousado, Dulce deslizou a mão para dentro do robe de Christopher. - Lembro-me perfeita­mente de você haver prometido plantar sua semente den­tro de mim... bem fundo dentro de mim.


Mesmo notando que o membro masculino já estava ereto, ela continuou acariciando-o devagar, de uma ma­neira sensual e provocante.. Uckermann permaneceu imóvel durante alguns segundos, pego de surpresa pela atitude da esposa. Então tomou-a nos braços e manteve a palavra empenhada.


Para seu alívio, ele não falou uma palavra sobre o mal que a acometera, porém fez questão de amá-la com uma delicadeza especial. Ao acordar, na manhã seguinte, Dulce não foi capaz de reprimir o desaponto ao se descobrir sozinha. Contudo melhor assim do que ser convidada a se retirar do quarto.


Desse modo ficou estabelecida uma rotina. Durante dia ela dirigia o castelo, ao anoitecer jantava nos aposentos principais e na calada da noite, fazia amor com o marido. Dulce dizia-se que era mais do que suficiente que sua estranha experiência com a viúva Nebbs afastara quaisquer pensamentos ligados à feitiçaria. Porém con­tinuava se perguntando por que motivo Christopher se mantinha nas sombras e porque nunca ficava ao seu lado até ao amanhecer. E como dizem, o fruto proibido é sempre o mais desejado...


Por algum tempo manteve-se satisfeita. Os prepara­tivos para o Natal a ocupavam bastante, evitando que pensasse nos mistérios que cercavam o marido. Ou pelo menos adiando o momento de tomar uma atitude concreta.


Depois de decidir o cardápio do dia com Glenna, ela voltou para o salão e sentou-se à mesa com a intenção de escrever uma carta para seu administrador em Belvry. Porém logo sua concentração foi interrompida pela che­gada de Alice, com Pasqua a tiracolo. A criada derretia-se em sorrisos enquanto o soldado não dava a impressão de estar muito satisfeito.


Pasqua: Calma, mulher - ele resmungou ajeitando a espada na bainha. - Eu lhe disse que ainda não estava pronto para descer. Que ideia é essa de sair correndo sem a companhia de seu guarda pessoal?


Alice: Tenho trabalho para fazer, Pascoal Gallway, e não posso me dar ao luxo de passar a manhã inteira na cama, como certos soldados que conheço.


Pasqua: Por acaso você está me chamando de preguiçoso, mulher? - O sorriso brincalhão tirava a aspereza das palavras.


Alice: Se a carapuça lhe serve, pode vesti-la.


Dulce fitava a serva fascinada. Quando chegaram a Dunmurrow, a criada agia como quem estivesse partici­pando de um eterno funeral, mas agora, de uns dias para cá, voltara a agir de maneira natural e relaxada. Aliás, Alice realmente mudara. Remoçara, seria a pala­vra mais adequada. Será que o relacionamento com o guarda-costas havia ido além de um flerte?


Quando a criada não aparecera em seu quarto de manhãzinha, para ajudá-la a vestir-se, sequer se preo­cupara, porque estava com os pensamentos ocupados com outras coisas. Contudo agora, tentava imaginar o que atrasara Alice...


Pasqua: Calma lá, Alicezinha - Pasqua ordenou num tom sério, - Acho que já está na hora de você aprender quem é seu senhor.


Alice: Verdade?


Pasqua: Sim. Agora sente-se e escute o que vou lhe dizer. Já fazem muitos anos desde que um de nós foi casado e talvez tenhamos que refrescar a memória para nos lembrarmos como é que um homem e uma mulher se relacionam.


Alice: Pois me parece que você se lembra bastante de algumas partes.


Pasqua: Bem, ah, sim - ele admitiu. - Contudo tem certas coisas que você parece ter se esquecido, como por exemplo, que uma mulher deve sempre obedecer ao seu homem. Sei que você tem vivido sozinha e acabou se acostumando a agir de acordo com a própria cabeça, porém espero que a partir de agora passe a me obedecer, porque é esse o jeito natural das coisas.


Curiosa, Dulce tentou enxergar o rosto da criada, que conversava a distância com o soldado.


Alice: Então você quer que eu o obedeça em tudo? ­


Alice indagou muito calma.


Pasqua: Sim. - Apesar da afirmativa, Pasqua não parecia tão positivo quanto antes.


Alice: Está bem.


Dulce quase caiu da cadeira ao ouvir a resposta da criada. Afinal esperara uma cena.


Pasqua, que estivera andando de um lado para o outro não se conteve de satisfação.


Pasqua: Ótimo, assim é que se fala. Fico feliz que você seja capaz de agir com bom senso.


Alice: Se o assunto está resolvido, tenho alguns trabalho de costura a fazer para a minha lady. - A serva levantou-se e caminhou na direção de Dulce.


Alice: Vou consertar as roupas agora - Alice falou em alto e bom som para logo depois diminuir o tom da voz, uma expressão conspiratória no rosto simpático. - Dei­xe-os sempre pensar que estão no comando e faça o que você bem entender.


Com uma piscadela, Alice saiu e Pasqua a acompanhou como um cachorrinho treinado... e feliz.


Por um momento Dulce experimentou uma pontada de inveja da relação entre o soldado e a serva. Os dois não eram obrigados a se encontrar somente durante a noite, como amantes secretos, e podiam estar juntos a qualquer hora do dia, deixando aparente a afeição que os unia. Queria tanto que seu casamento com Uckermann pudesse ser assim... Irritada com o rumo dos pen­samentos, imediatamente censurou-os.


Na verdade podia-se considerar uma mulher de sorte. Depois de ter se casado com um homem de quem ouvira falar horrores, acabara encontrando alguém que a dei­xava administrar a vida dentro do castelo, além de ser um parceiro maravilhoso na cama. Por que se sentir in­feliz quando recebera esses presentes inesperados?



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): delenavondy

Este autor(a) escreve mais 14 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Talvez fosse melhor ignorar a escuridão que a cercava e a curiosidade que lhe pesava sobre os ombros como um fardo. Embora procurasse manter a atenção fixa na carta que pretendia escrever, as palavras insistiam em lhe faltar. Só conseguia pensar no marido, sozinho, nos aposentos enormes e sombrios. O que será que ele fazia o dia inteiro? S ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • anne_mx Postado em 26/07/2020 - 04:04:22

    Poxaaa, não acredito que já acabou, que fanfic incrível, amei a história de amor e superação do casal Vondy, que coisa mais linda eles terem tido uma filha e amei o Christopher vendo o veado branco, ainnn uma pena que já tenha chegado ao fim, obrigada por essa história tão linda, você nos conquistou através dela, te acompanharei não segunda temporada Delena com certeza, beijinhosss e parabéns, você arrasou <3

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:05:29

    Não acredito no quanto esse Gilbert é covarde, amo os cachorrinhos protegendo a Dul, pô Glenna tinha que aparecer justo naquele momento? Tadinha da Dul, como será que ela vai sair dessa? Espero que o Christopher tenha previsto isso e salve-a, continuaaa, tô aqui angustiada, deveria ser pecado escrever esses capítulos e não ter a continuacão kkkkkkkk <3

    • delenavondy Postado em 25/07/2020 - 20:12:57

      Esse Gilbert é muito covarde...kkkkk Vc vai ver quando ele ficar frente a frente com o Cavaleiro Vermelho. Sobre a Dulce ela vai ter uma ajudinha de uma pessoa só lendo pra saber...kkkkk Continuando....

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:03:32

    MEU DEUSSSS, A DUL TÁ GRÁVIDAAAA, eu sabia que ela ia estar gravidissima quando ele voltasse, amo a velhinha feiticeira, ela é até boazinha vai <3

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:02:06

    Meu Deus, que angústia ver ele indo lutar por ela e Belvry e ela sem poder fazer nada tadinha, meu coracão chega ficou pequenininho de ver o sofrimento deles dois, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:20:08

    ALELUIA, a visão dele voltou, achei tão fofo a Dul chorando, esses dois merecem ser tão felizes, essa se tornou sem dúvidas uma das minhas favoritas, continuaaa, amei o Poncho jurando que sabia de tudo mas não sabia de nada tadinho kkkkkkkkkkkk <3

    • delenavondy Postado em 24/07/2020 - 23:43:24

      O Poncho sabe de nada inocente...kkkkk Continuando....

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:18:57

    MEU DEUSSSS, Alice vai casar com Pasquaaaa, que fofenhoooo, espero que eles facam uma boa viagem e tudo fique bem <3

    • delenavondy Postado em 24/07/2020 - 23:42:12

      Sim muito fofo os dois <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:32:09

    Ai minha paciência viu? P esses machos que não aceitam um NÃO na cara, tenha a santa paciência Senhor! Quero só ver quando ele descobrir quem o Cavaleiro Vermelho é de verdade KKKKKKKK ai ai Gilbertizinho, eu contava os dias de vida pq ele morresse não ia ser nada estranho, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:24:31

    Não acredito que ele tá voltando a enxergar AAAAAAAA que felicidade! Só quero que ele consiga ver ela, vai ser tão emocionante quando isso acontecer pela primeira vez cara! Quero ver eles dois juntinhosss e com um baby Saviñón Uckermann a caminho, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:22:56

    Fiquei tão orgulhosa dele quando ele salvou ela <3 Esse veado branco realmente trouxe muuuitaaaa sorte pra eles dois <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:22:25

    Ainnn que coisa mais linda, tô muito apaixonada neles dois! Dulce, meu Deus, QUE MULHER viu? Revolucionou a vida dele pra melhor claro <3


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais